Título no Brasil: Sucker Punch - Mundo Surreal
Título Original: Sucker Punch
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Elenco: Emily Browning, Vanessa Hudgens, Abbie Cornish, Jamie Chung. Carla Gugino, Oscar Isaac
Sinopse:
Uma garota chamada Baby Doll (Emily Browning) é internada em um hospício por seu padastro. Uma vez lá dentro ela começa a perder a noção do mundo ao seu redor, se envolvendo em fantasias e alucinações onde não consegue mais separar a realidade do surrealismo.
Comentários:
Zack Snyder se esforçou muito para que esse filme desse certo. Ele escreveu o roteiro e foi atrás de financiamento. Com um custo de 80 milhões de dólares o filme não conseguiu trazer o lucro que a Warner estava esperando. Alguns executivos do estúdio inclusive acusaram o roteiro de ser "cabeça demais", fazendo com que o público alvo - os adolescentes - não conseguissem entender o contexto do filme. Com isso o que era para ser uma franquia acabou sendo cancelada de uma vez por todas. É uma pena porque o filme tem boas ideias e sua estética chama a atenção. Claro, há excessos de efeitos digitais, mas isso não atrapalha o filme, pelo contrário, ajuda a contar sua história. Só que o público não se interessou e nem reagiu muito bem. Acontece. Nas ilusões da protagonista você encontrará de tudo: samurais gigantes, batalhas da I Guerra Mundial e lutas em ritmo de videogame. Muita gente achou "over" demais. De minha parte até que me diverti. De uma maneira ou outra o filme serviu pelo menos para chamar a atenção para o trabalho de Zack Snyder. Depois desse filme ele acabou sendo cotado para dirigir filmes de super-heróis.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de março de 2020
segunda-feira, 2 de março de 2020
10 Minutos
Título no Brasil: 10 Minutos
Título Original: 10 Minutes Gone
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Emmett/Furla/Oasis Films
Direção: Brian A. Miller
Roteiro: Kelvin Mao, Jeff Jingle
Elenco: Bruce Willis, Michael Chiklis, Meadow Williams, Kyle Schmid, Texas Battle, Swen Temmel
Sinopse:
Um grupo de assaltantes profissionais de banco coloca em prática um novo roubo. Seu objetivo é roubar um artefato que contém em seu interior joias raras, no valor de 30 milhões de dólares. Só que tudo dá errado. Alguém dentro do grupo trai o plano e os diamantes simplesmente desaparecem. Após ter seu irmão assassinado na fuga, Frank (Michael Chiklis) vai atrás dos comparsas para saber o que realmente aconteceu no dia do assalto.
Comentários:
Infelizmente o fato é que Bruce Willis desistiu de sua carreira. Ultimamente ele apenas coloca seu nome para aluguel. Filma duas ou três cenas e nada mais. Seu nome no cartaz dos filmes é apenas um chamariz de bilheteria. É justamente isso que ele voltou a fazer nesse filme. Perceba que praticamente todas as suas cenas são em um mesmo cenário. Provavelmente Willis não levou mais que alguns dias para filmar todas elas. Sobrou para o bom ator Michael Chiklis (da série "The Shield: Acima da Lei) tentar levar o filme nas costas até o fim. Porém sem muito sucesso. Seu maior problema foi ter que contracenar com uma péssima atriz, Meadow Williams, que tentou interpretar uma personagem crucial no filme. Deu tudo errado. Nem a reviravolta final, que deveria ser o grande triunfo do filme, funciona. O que sobra de tantos problemas? Um filme de ação bem genérico, que nem nas cenas de violência e tiroteios convence o espectador. Enfim, esse "10 Minutos" não vai agradar nem mesmo aos fãs de filmes de ação, já que ele consegue ser ruim em praticamente tudo. Pura perda de tempo.
Pablo Aluísio.
Título Original: 10 Minutes Gone
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Emmett/Furla/Oasis Films
Direção: Brian A. Miller
Roteiro: Kelvin Mao, Jeff Jingle
Elenco: Bruce Willis, Michael Chiklis, Meadow Williams, Kyle Schmid, Texas Battle, Swen Temmel
Sinopse:
Um grupo de assaltantes profissionais de banco coloca em prática um novo roubo. Seu objetivo é roubar um artefato que contém em seu interior joias raras, no valor de 30 milhões de dólares. Só que tudo dá errado. Alguém dentro do grupo trai o plano e os diamantes simplesmente desaparecem. Após ter seu irmão assassinado na fuga, Frank (Michael Chiklis) vai atrás dos comparsas para saber o que realmente aconteceu no dia do assalto.
Comentários:
Infelizmente o fato é que Bruce Willis desistiu de sua carreira. Ultimamente ele apenas coloca seu nome para aluguel. Filma duas ou três cenas e nada mais. Seu nome no cartaz dos filmes é apenas um chamariz de bilheteria. É justamente isso que ele voltou a fazer nesse filme. Perceba que praticamente todas as suas cenas são em um mesmo cenário. Provavelmente Willis não levou mais que alguns dias para filmar todas elas. Sobrou para o bom ator Michael Chiklis (da série "The Shield: Acima da Lei) tentar levar o filme nas costas até o fim. Porém sem muito sucesso. Seu maior problema foi ter que contracenar com uma péssima atriz, Meadow Williams, que tentou interpretar uma personagem crucial no filme. Deu tudo errado. Nem a reviravolta final, que deveria ser o grande triunfo do filme, funciona. O que sobra de tantos problemas? Um filme de ação bem genérico, que nem nas cenas de violência e tiroteios convence o espectador. Enfim, esse "10 Minutos" não vai agradar nem mesmo aos fãs de filmes de ação, já que ele consegue ser ruim em praticamente tudo. Pura perda de tempo.
Pablo Aluísio.
211 - O Grande Assalto
Título no Brasil: 211 - O Grande Assalto
Título Original: 211
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos, Bulgária
Estúdio: Millennium Films
Direção: York Alec Shackleton
Roteiro: York Alec Shackleton
Elenco: Nicolas Cage, Sophie Skelton, Michael Rainey Jr, Dwayne Cameron, Weston Cage Coppola, Cory Hardrict
Sinopse:
Durante um assalto a banco os criminosos são surpreendidos pela chegada de alguns policiais que conseguem cercá-los. Isso dá começo a uma intensa troca de tiros, com vários feridos e mortos, inclusive de homens da lei.
Comentários:
O que dizer de um filme que foi descrito como "um grande desapontamento" até mesmo pelo próprio ator principal? Pois foi isso mesmo que aconteceu. Quando o filme foi lançado Nicolas Cage pediu desculpas ao público e prometeu melhorar da próxima vez. Realmente esse filme policial é bem medonho. Logo que as primeiras imagens surgem na tela você percebe que tem algo muito errado acontecendo. O problema é que o filme não foi rodado com câmeras de cinema. Segundo o diretor essa foi uma opção para "dar mais realismo" ao filme como um todo. Na minha opinião isso é pura cascata. O filme foi rodado com material de filmagem de segunda categoria mesmo. Todo filmado na Bulgária para cortar custos (confirmando meu ponto de vista) esse foi seguramente o pior momento da filmografia de Nicolas Cage. Filme muito ruim que a despeito de sua falta de qualidade ainda ganhou espaço na programação do canal Telecine. Vai entender o que se passa na cabeça desses programadores! De qualquer forma fica o aviso, principalmente para quem gosta do Cage. O filme é ruim de doer mesmo.
Pablo Aluísio.
Título Original: 211
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos, Bulgária
Estúdio: Millennium Films
Direção: York Alec Shackleton
Roteiro: York Alec Shackleton
Elenco: Nicolas Cage, Sophie Skelton, Michael Rainey Jr, Dwayne Cameron, Weston Cage Coppola, Cory Hardrict
Sinopse:
Durante um assalto a banco os criminosos são surpreendidos pela chegada de alguns policiais que conseguem cercá-los. Isso dá começo a uma intensa troca de tiros, com vários feridos e mortos, inclusive de homens da lei.
Comentários:
O que dizer de um filme que foi descrito como "um grande desapontamento" até mesmo pelo próprio ator principal? Pois foi isso mesmo que aconteceu. Quando o filme foi lançado Nicolas Cage pediu desculpas ao público e prometeu melhorar da próxima vez. Realmente esse filme policial é bem medonho. Logo que as primeiras imagens surgem na tela você percebe que tem algo muito errado acontecendo. O problema é que o filme não foi rodado com câmeras de cinema. Segundo o diretor essa foi uma opção para "dar mais realismo" ao filme como um todo. Na minha opinião isso é pura cascata. O filme foi rodado com material de filmagem de segunda categoria mesmo. Todo filmado na Bulgária para cortar custos (confirmando meu ponto de vista) esse foi seguramente o pior momento da filmografia de Nicolas Cage. Filme muito ruim que a despeito de sua falta de qualidade ainda ganhou espaço na programação do canal Telecine. Vai entender o que se passa na cabeça desses programadores! De qualquer forma fica o aviso, principalmente para quem gosta do Cage. O filme é ruim de doer mesmo.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de março de 2020
A Cidade da Máfia
Título no Brasil: A Cidade da Máfia
Título Original: Mob Town
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: 2B Films
Direção: Danny A. Abeckaser
Roteiro: Jon Carlo, Joe Gilford
Elenco: David Arquette, Danny A. Abeckaser, P.J. Byrne, Jamie-Lynn Sigler, Jennifer Esposito, Gino Cafarelli
Sinopse:
Baseado em fatos reais. Em 1957 o chefão mafioso Vito Genovese decidiu promover uma grande reunião de chefes da cosa nostra em uma pequena cidade do interior do estado de Nova Iorque. A reunião da cúpula do crime organizado acabou sendo descoberta por um simples policial chamado Ed Croswell (Arquete).
Comentários:
Esse filme B conta uma história bem interessante, que é até bem conhecida pelos que gostam de estudar a história da máfia. A malfadada reunião dos chefões das principais famílias em uma cidade pequena e afastada. Nunca na história da cosa nostra havia se cogitado reunir em um mesmo local tantos chefões, alguns dos principais capos das principais famílias mafiosas dos Estados Unidos. E toda essa movimentação acabou descoberta por um simples patrulheiro de rodovia que foi desconfiando do que estava acontecendo. Seus superiores não lhe deram ouvidos quando ele começou a dizer que algo grande estava acontecendo naquela cidadezinha. Um italiano, com fama de bandido, chamado Joe Barbara, estava comprando toda a carne da cidade. Ele ia nas peixarias e comprava todo o estoque. Comprou todas as caixas de bebidas que conseguiu encontrar e tudo com dinheiro á vista. Isso despertou as suspeitas do policial interpretado por David Arquette que foi atrás seguindo pistas. Acabou estourando a reunião das reuniões dos chefes mafiosos da América. Eu já tinha visto um documentário sobre esse evento, mas aqui no filme tudo é bem reconstituído. A produção é modesta, é verdade, mas o filme deu conta do recado, recriando um momento ímpar na história dos mafiosos. E pensar que muitos daqueles chefes poderosos caíram em uma armadilha sem nem ao menos se darem conta do que realmente estava acontecendo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mob Town
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: 2B Films
Direção: Danny A. Abeckaser
Roteiro: Jon Carlo, Joe Gilford
Elenco: David Arquette, Danny A. Abeckaser, P.J. Byrne, Jamie-Lynn Sigler, Jennifer Esposito, Gino Cafarelli
Sinopse:
Baseado em fatos reais. Em 1957 o chefão mafioso Vito Genovese decidiu promover uma grande reunião de chefes da cosa nostra em uma pequena cidade do interior do estado de Nova Iorque. A reunião da cúpula do crime organizado acabou sendo descoberta por um simples policial chamado Ed Croswell (Arquete).
Comentários:
Esse filme B conta uma história bem interessante, que é até bem conhecida pelos que gostam de estudar a história da máfia. A malfadada reunião dos chefões das principais famílias em uma cidade pequena e afastada. Nunca na história da cosa nostra havia se cogitado reunir em um mesmo local tantos chefões, alguns dos principais capos das principais famílias mafiosas dos Estados Unidos. E toda essa movimentação acabou descoberta por um simples patrulheiro de rodovia que foi desconfiando do que estava acontecendo. Seus superiores não lhe deram ouvidos quando ele começou a dizer que algo grande estava acontecendo naquela cidadezinha. Um italiano, com fama de bandido, chamado Joe Barbara, estava comprando toda a carne da cidade. Ele ia nas peixarias e comprava todo o estoque. Comprou todas as caixas de bebidas que conseguiu encontrar e tudo com dinheiro á vista. Isso despertou as suspeitas do policial interpretado por David Arquette que foi atrás seguindo pistas. Acabou estourando a reunião das reuniões dos chefes mafiosos da América. Eu já tinha visto um documentário sobre esse evento, mas aqui no filme tudo é bem reconstituído. A produção é modesta, é verdade, mas o filme deu conta do recado, recriando um momento ímpar na história dos mafiosos. E pensar que muitos daqueles chefes poderosos caíram em uma armadilha sem nem ao menos se darem conta do que realmente estava acontecendo.
Pablo Aluísio.
7 Dias em Entebbe
A história do filme é baseada em fatos reais. Durante a década de 1970 vários grupos radicais europeus de esquerda decidiram apoiar a causa palestina. Um casal de alemães então decide fazer algo impensável: sequestrar um avião da Air France que viajava de Tel Aviv até Paris. No meio da viagem eles sacaram suas armas dentro do avião, colocaram a tripulação e os passageiros como reféns e partiram rumo a Uganda, país comunista africano comandando pelo sanguinário ditador Idi Amin Dada. O ato terrorista alarmou as autoridades israelenses pois grande parte dos passageiros eram judeus. Todos ficaram sob controle de homens armados no terminal do aeroporto da cidade de Entebbe;
A partir dessa grave crise o governo de Israel então resolveu agir, mandando um grupo de militares altamente treinados. Um comando especializado em situações de terrorismo. A função deles passou então a ser libertar todos os reféns, matando os sequestradores. E tudo isso deveria ser feito em território de outro país.
O curioso é que esse filme foi dirigido pelo brasileiro José Padilha. Só não espere por muitas cenas de ação como se vê em outros filmes do diretor como "Robocop" ou "Tropa de Elite". Aqui, muitas vezes, ele optou pela sutileza. Por exemplo, na cena final, quando temos a chegada dos militares israelenses em Uganda não há a exploração do confronto, da ação. Tudo é sutilmente mesclado com um grupo de dança. Acredito que Padilha usou esse artifício narrativo em respeito às vítimas. De qualquer modo é um filme muito bom, que resgata um ato terrorista acontecido em 1976 e que nem sempre é muito lembrado nos dias de hoje. A ideologia, como já bem sabemos, cega as pessoas e as fazem cometer os atos mais bárbaros de violência.
7 Dias em Entebbe (Entebbe, Estados Unidos, Inglaterra, França, 2018) Direção: José Padilha / Roteiro: Gregory Burke / Elenco: Daniel Brühl, Rosamund Pike, Brontis Jodorowsky, Lior Ashkenazi, Eddie Marsan / Sinopse: Em 1976 um avião comercial rumo a Paris é sequestrado por um grupo terrorista de esquerda. Eles tomam a aeronave de refém e a levam até Uganda, exigindo a libertação de terroristas presos em troca da vida dos passageiros judeus e da tripulação.
Pablo Aluísio.
A partir dessa grave crise o governo de Israel então resolveu agir, mandando um grupo de militares altamente treinados. Um comando especializado em situações de terrorismo. A função deles passou então a ser libertar todos os reféns, matando os sequestradores. E tudo isso deveria ser feito em território de outro país.
O curioso é que esse filme foi dirigido pelo brasileiro José Padilha. Só não espere por muitas cenas de ação como se vê em outros filmes do diretor como "Robocop" ou "Tropa de Elite". Aqui, muitas vezes, ele optou pela sutileza. Por exemplo, na cena final, quando temos a chegada dos militares israelenses em Uganda não há a exploração do confronto, da ação. Tudo é sutilmente mesclado com um grupo de dança. Acredito que Padilha usou esse artifício narrativo em respeito às vítimas. De qualquer modo é um filme muito bom, que resgata um ato terrorista acontecido em 1976 e que nem sempre é muito lembrado nos dias de hoje. A ideologia, como já bem sabemos, cega as pessoas e as fazem cometer os atos mais bárbaros de violência.
7 Dias em Entebbe (Entebbe, Estados Unidos, Inglaterra, França, 2018) Direção: José Padilha / Roteiro: Gregory Burke / Elenco: Daniel Brühl, Rosamund Pike, Brontis Jodorowsky, Lior Ashkenazi, Eddie Marsan / Sinopse: Em 1976 um avião comercial rumo a Paris é sequestrado por um grupo terrorista de esquerda. Eles tomam a aeronave de refém e a levam até Uganda, exigindo a libertação de terroristas presos em troca da vida dos passageiros judeus e da tripulação.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 20
Quando começaram as filmagens de "Bus Stop" (Nunca Fui Santa, no Brasil) Marilyn avisou ao estúdio que estaria acompanhada da instrutora de atuação Paula Strasberg. Ela era esposa do grande Lee Strasberg, fundador do Actors Studio. Inicialmente Paula iria ajudar Marilyn a melhorar suas atuações, mas logo descobriu-se que ela na verdade era uma espécie de assistente pessoal de Marilyn. Andando com uma bolsa cheia de remédios ao lado, estava sempre se trancando com Marilyn em seu camarim. Os diretores logo descobriram que teriam problemas com ela. Paula estava sempre vestida de preto, suando muito (pois era muito obesa), criando dificuldades ainda maiores para os filmes. Suas instruções de atuação eram exageradas, demoradas e geralmente atrasavam ainda mais o cronograma de filmagens.
Paula também passou a desempenhar um papel bem estranho dentro dos estúdios. Antes de Marilyn entrar no set de filmagens ela mandava Paula fazer uma lista das pessoas que estavam lá. Essa lista então era mostrada para Marilyn e ela mandava algumas pessoas irem embora antes que começasse a trabalhar. Marilyn começou a implicar com técnicos, roteiristas e operadores de câmera. Assim quando Marilyn mandava eles embora do filme criava-se um problema extra para a produtora Fox que tinha que arranjar substitutos, e isso bem no meio das filmagens. Também começou a criar problemas com as atrizes com quem trabalhava. Certo dia ao entrar no estúdio se deparou com a atriz Hope Lange usando a mesma cor de cabelo dela. Isso bastou para Marilyn se retirar e avisar ao estúdio que não voltaria a atuar até que Lange escurecesse seus cabelos! O mesmo aconteceu com Cyd Charisse, cuja demissão Marilyn exigiu justamente pelo mesmo motivo.
Marilyn também começou a piorar seus atrasos. Se antes ela chegava duas, três horas atrasada para atuar, agora ela nem mais aparecia no estúdio. Geralmente dizia que estava doente, mas era tudo mentira. O excesso de pílulas estava destruindo sua capacidade de memorizar as falas, além de a torná-la incapaz de se levantar pela manhã para trabalhar. Isso levou com que a Fox contratasse uma pessoa apenas para bater na sua porta no dia seguinte, a tirar da cama, dar um banho e colocá-la em condições de aparecer na frente de uma câmera. A Fox também decidiu que a equipe de maquiagem deveria ir para a casa de Marilyn, para maquiá-la lá, já que a atriz levava horas para aparecer no departamento de maquiagem. O drama da Fox é que não podia demiti-la pois Marilyn significava muitos milhões de dólares na bilheteria - na verdade ela tinha se tornado em pouco tempo a estrela mais lucrativa de todo o estúdio. Uma verdadeira mina de ouro!
O período em que estudou no Actors Studio também colaborou para que Marilyn criasse ainda mais problemas. Ela havia aprendido lá que o elenco sempre tinha que discutir aspectos de roteiro e direção. Assim qualquer cena - até mesmo as mais banais - levavam horas para ficarem prontas, pois antes Marilyn tinha que discutir com roteiristas a razão daquela sequência existir. Era exaustivo e cansativo para todos. Ela também chegou na conclusão de que todos os membros das filmagens de que iria participar tinham que passar por seu crivo antes. Seus contratos com a Fox iriam trazer cláusulas de que Marilyn escolheria a dedo todos os profissionais que iriam trabalhar ao seu lado. E que tinha direito de demiti-los quando bem quisesse. Em certos aspectos ela iria ter o mesmo poder que um produtor executivo, algo até então inédito em Hollywood. Nas palavras da atriz ela nunca mais queria ser manipulada pelos estúdios.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 19
Marilyn Monroe teve muitos relacionamentos amorosos em sua vida. Vários deles foram intensos, frutos de grandes paixões, mas ao mesmo tempo eram fugazes demais. A personalidade de Marilyn parecia ter essa característica: ela se apaixonava perdidamente, em paixões fulminantes, porém assim que começava a se relacionar com seu novo companheiro ia perdendo gradualmente o interesse por ele. Marilyn tinha tendência a desenvolver paixões platônicas e como todos sabemos essas sempre se transformavam em fumaça quando eram realizadas no mundo real. Essa forma de viver acompanhou Marilyn por toda a sua vida e não era restrita aos seus namorados, mas também aos seus maridos.
Marilyn não foi apaixonada pelo primeiro marido, James Dougherty. Esse seu primeiro casamento foi arranjado por sua mãe adotiva. Ela não queria mais Marilyn em casa e fez de tudo para que ela se casasse com aquele rapaz simpático da vizinhança. Ele era marinheiro e assim durante uma viagem em 1946 recebeu um telegrama de Marilyn pedindo o divórcio. Ela nunca chegou realmente a gostar dele, em nenhum nível. Em 1954 ela se casou com o jogador de beisebol Joe DiMaggio. Foi outro casamento sem paixão. Joe era muito mais apaixonado por ela do que Marilyn poderia imaginar. Ela, por sua vez, parecia mais interessada na publicidade que aquele casamento iria trazer para sua carreira. Da parte dela houve quase nenhuma paixão ou sentimento verdadeiro. O relacionamento chegou ao fim após Joe agredir Marilyn durante uma discussão acalorada. Com seu jeito italiano, estilo dominador, não conseguia conviver com o sucesso dela, com seu jeito de ser independente. Foi demais para o machão com sangue latino. Ao longo dos anos, mesmo após a separação, Joe DiMaggio iria se comportar como um cachorrinho em busca de atenção de sua antiga dona. Só que Marilyn após o fim do casamento só queria dar ao ex-marido uma amizade até sincera, mas ao mesmo tempo distante.
Uma das grandes paixões platônicas de Marilyn Monroe se deu com o escritor Arthur Miller. Em uma época em que Marilyn lutava desesperadamente para adquirir cultura, lendo livros e estudando, Miller representava um ideal de homem culto e respeitado que ela almejava conquistar. Naquela altura de sua vida Marilyn já tinha se cansado dos galãs apaixonados por si mesmos que lotavam os estúdios de Hollywood. Beleza física já não era tão importante para ela. Assim Monroe mudou seus paradigmas e começou a se interessar por homens intelectuais, que pudessem trazer algo de novo para sua vida. Um deles foi seu próprio professor de música na Fox. Um sujeito elegante, com educação primorosa e cultura erudita. Marilyn ficou loucamente apaixonada por ele, mas não foi correspondida. Ele já era casado naquela altura e não queria jogar tudo fora em prol de uma aventura ao lado da atriz.
Isso devastou Marilyn e ela cultivou uma paixão platônica em relação a ele que durou anos e anos. Pela primeira vez em sua vida Marilyn começou a correr atrás de um homem, que ela considerava perfeito, ao invés de ser cortejada e seduzida. O fato de Marilyn ter que ir atrás dele, de sua paixão, ao invés de ficar esperando o tal sujeito se jogar aos seu pés, fez com que ela ficasse ainda mais apaixonada - loucamente apaixonada. Mesmo com todos os esforços realmente não deu em nada e Marilyn experimentou uma das grandes desilusões amorosas de sua vida.
Já com Arthur Miller as coisas foram diferentes. O escritor acabou se apaixonando por Marilyn, colocando fim em seu casamento, jogando seu juízo pela janela. O caso entre Monroe e Miller porém não acabou bem. Ela inicialmente parecia muito apaixonada por ele, a ponto de colocar um retrato do escritor ao lado de sua cama. Ela amava a cultura do marido e seu estilo intelectual, mas não demorou muito para tudo ruir. Miller, compreensivelmente, tinha hábitos moderados, típicos de um escritor. Isso significava que passava horas em seu escritório, escrevendo seus romances e peças em sua velha máquina de escrever. Assim Marilyn começou a se sentir sozinha. Pior do que isso, começou a achar o marido um chato. Em pouco tempo ela começou a desenvolver uma antipatia nada saudável por ele. O divórcio não demorou e ganhou tintas públicas quando ela começou a tomar atitudes humilhantes para com ele, inclusive nos sets de filmagens. O sonho, a paixão, estava novamente morta na vida de Marilyn Monroe. Para muitos autores e biógrafos, o fato inegável é que uma das maiores divas do cinema, talvez o maior símbolo sexual do século XX, a rainha da beleza de sua época, a mulher que ditava moda, acabou tendo uma vida amorosa bem infeliz. Uma grande ironia do destino.
Pablo Aluísio.
Marilyn não foi apaixonada pelo primeiro marido, James Dougherty. Esse seu primeiro casamento foi arranjado por sua mãe adotiva. Ela não queria mais Marilyn em casa e fez de tudo para que ela se casasse com aquele rapaz simpático da vizinhança. Ele era marinheiro e assim durante uma viagem em 1946 recebeu um telegrama de Marilyn pedindo o divórcio. Ela nunca chegou realmente a gostar dele, em nenhum nível. Em 1954 ela se casou com o jogador de beisebol Joe DiMaggio. Foi outro casamento sem paixão. Joe era muito mais apaixonado por ela do que Marilyn poderia imaginar. Ela, por sua vez, parecia mais interessada na publicidade que aquele casamento iria trazer para sua carreira. Da parte dela houve quase nenhuma paixão ou sentimento verdadeiro. O relacionamento chegou ao fim após Joe agredir Marilyn durante uma discussão acalorada. Com seu jeito italiano, estilo dominador, não conseguia conviver com o sucesso dela, com seu jeito de ser independente. Foi demais para o machão com sangue latino. Ao longo dos anos, mesmo após a separação, Joe DiMaggio iria se comportar como um cachorrinho em busca de atenção de sua antiga dona. Só que Marilyn após o fim do casamento só queria dar ao ex-marido uma amizade até sincera, mas ao mesmo tempo distante.
Uma das grandes paixões platônicas de Marilyn Monroe se deu com o escritor Arthur Miller. Em uma época em que Marilyn lutava desesperadamente para adquirir cultura, lendo livros e estudando, Miller representava um ideal de homem culto e respeitado que ela almejava conquistar. Naquela altura de sua vida Marilyn já tinha se cansado dos galãs apaixonados por si mesmos que lotavam os estúdios de Hollywood. Beleza física já não era tão importante para ela. Assim Monroe mudou seus paradigmas e começou a se interessar por homens intelectuais, que pudessem trazer algo de novo para sua vida. Um deles foi seu próprio professor de música na Fox. Um sujeito elegante, com educação primorosa e cultura erudita. Marilyn ficou loucamente apaixonada por ele, mas não foi correspondida. Ele já era casado naquela altura e não queria jogar tudo fora em prol de uma aventura ao lado da atriz.
Isso devastou Marilyn e ela cultivou uma paixão platônica em relação a ele que durou anos e anos. Pela primeira vez em sua vida Marilyn começou a correr atrás de um homem, que ela considerava perfeito, ao invés de ser cortejada e seduzida. O fato de Marilyn ter que ir atrás dele, de sua paixão, ao invés de ficar esperando o tal sujeito se jogar aos seu pés, fez com que ela ficasse ainda mais apaixonada - loucamente apaixonada. Mesmo com todos os esforços realmente não deu em nada e Marilyn experimentou uma das grandes desilusões amorosas de sua vida.
Já com Arthur Miller as coisas foram diferentes. O escritor acabou se apaixonando por Marilyn, colocando fim em seu casamento, jogando seu juízo pela janela. O caso entre Monroe e Miller porém não acabou bem. Ela inicialmente parecia muito apaixonada por ele, a ponto de colocar um retrato do escritor ao lado de sua cama. Ela amava a cultura do marido e seu estilo intelectual, mas não demorou muito para tudo ruir. Miller, compreensivelmente, tinha hábitos moderados, típicos de um escritor. Isso significava que passava horas em seu escritório, escrevendo seus romances e peças em sua velha máquina de escrever. Assim Marilyn começou a se sentir sozinha. Pior do que isso, começou a achar o marido um chato. Em pouco tempo ela começou a desenvolver uma antipatia nada saudável por ele. O divórcio não demorou e ganhou tintas públicas quando ela começou a tomar atitudes humilhantes para com ele, inclusive nos sets de filmagens. O sonho, a paixão, estava novamente morta na vida de Marilyn Monroe. Para muitos autores e biógrafos, o fato inegável é que uma das maiores divas do cinema, talvez o maior símbolo sexual do século XX, a rainha da beleza de sua época, a mulher que ditava moda, acabou tendo uma vida amorosa bem infeliz. Uma grande ironia do destino.
Pablo Aluísio.
As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 18
Marilyn nunca chegava na hora certa. Todos os cineastas sabiam disso. Billy Wilder foi informado sobre os problemas de Marilyn, mas não chegou a perceber o tamanho do problema. Anos depois de ter trabalhado ao seu lado, Wilder confessou em uma entrevista: "As filmagens eram marcadas para começarem às nove da manhã, mas Marilyn aparecia no set às duas da tarde! Era um tormento. Geralmente eu usava as manhãs para gravar todas as cenas em que ela não estava. Mas isso ainda era insuficiente. Assim comecei a gravar com os atores que contracenariam com ela. Apenas closes de seus rostos falando suas falas! Lá pela tarde Marilyn finalmente aparecia no set. Ela não parecia ter decorado nenhuma linha de suas falas! Insegura, geralmente se trancava no trailer! Olha, era um verdadeiro inferno!"
Até diretores que eram reconhecidamente ótimos cavalheiros perderam a paciência com Marilyn. Um deles foi Laurence Olivier. Quando Marilyn foi para a Inglaterra para trabalhar ao seu lado em um novo filme ele mal sabia os problemas que o esperavam. Novamente Monroe voltou ao seu habitual. Não aparecia na hora certa, mostrava muitos problemas para memorizar suas falas - alguns diziam que os problemas vinham do fato dela tomar muitas pílulas que embaralhavam sua mente - e ataques de raiva e fúria na frente da equipe técnica. Depois de mais um atraso de quatro horas, o antes polido e educado Olivier explodiu, gritando com Marilyn, dizendo: "Você não tem o menor senso de profissionalismo?" - disse exacerbado, ao que Marilyn respondeu, também gritando: "Vá se danar! Se você não me pedir desculpas na próxima meia hora vou pensar seriamente em pegar o primeiro avião de volta aos Estados Unidos!".
Alarmado e preocupado em perder milhões caso o filme não fosse feito, Laurence engoliu todo o seu orgulho pessoal e pediu desculpas a Marilyn. Depois chegou até mesmo a elogiar a atriz publicamente: "Trabalhar com Marilyn não foi fácil. Depois de cada cena eu pensava que ela havia atuado muito mal, mas quando assistia as gravações via que ela havia se saído melhor do que todos os demais atores do elenco! A câmera amava Marilyn!". O auge dos problemas de Marilyn levaria ela a ser demitida pela Fox naquele que seria seu último filme, uma comédia romântica rodada ao lado de Dean Martin. A produção, cara e problemática, ficou inacabada pois Marilyn não conseguia mais sequer chegar no estúdio para fazer suas cenas. Sem outra opção os executivos da Fox a demitiram. Claro, foi um grande escândalo em Hollywood. A mais popular estrela do mundo sendo demitida não era algo que se via todos os dias. A nota triste é que Marilyn nunca mais faria um filme depois disso pois em poucos meses ela morreria em circunstâncias até hoje nebulosas.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 17
No começo da década de 1960 o cantor Frank Sinatra comprou um hotel em Lake Tahoe. Essa pelo menos era a informação oficial que passava para a imprensa. Boatos em Hollywood porém diziam que o hotel na verdade pertencia ao chefão mafioso Sam Giancana. Sinatra na verdade seria apenas seu testa de ferro. O objetivo era transformar Lake Tahoe numa segunda Las Vegas, que inclusive era também quase toda da máfia italiana. De uma maneira ou outra Frank Sinatra ficaria anos se apresentando ali, tudo na tentativa de transformar o lugar em uma estação de turismo de sucesso. Até Elvis Presley cantaria no hotel alguns anos depois.
De uma maneira ou outra o hotel de Sinatra acabou se tornando um dos lugares preferidos de Marilyn Monroe. Sempre que ela terminava um filme ia embora de Los Angeles e ficava semanas ali hospedada. Durante as tardes jogava no cassino, nas noites desfrutava dos shows que eram realizados. Usando de sua influência no mundo artístico Frank Sinatra levou muitos astros de Hollywood para se hospedarem por lá. Era algo que trazia publicidade grátis para seu grande hotel.
Quem ficou furioso com essas viagens de Marilyn Monroe foi seu ex-marido Joe DiMaggio. Durante anos ele considerou Sinatra como seu amigo pessoal. Não apenas pelas origens - eles eram de família de imigrantes italianos - mas também pelo fato dele ser considerado um bom amigo de sua esposa. Só que os anos passaram e Joe descobriu que Sinatra também tinha interesses amorosos com Marilyn. Como se isso tudo não bastasse para acabar com qualquer amizade, Joe ficou sabendo por fofocas que Sinatra estava dando drogas para Marilyn em Lake Tahoe. Achou que isso era ruim? Joe também ficou sabendo que numa dessas ocasiões Frank Sinatra havia dado drogas a Marilyn para ela participar de uma orgia. Era o fim da picada. Joe queria matar Frank Sinatra.
Se era verdade ou não, era complicado saber. Porém que houve abusos de drogas por Marilyn Monroe em Lake Tahoe isso era confirmado por várias pessoas que também estavam hospedadas no hotel de Sinatra. Muitos lembram da atriz completamente desnorteada no piscina ou no restaurante do hotel, sempre parecendo estar bêbada ou drogada. E pensar que Marilyn ia para lá para supostamente descansar e relaxar do stress das filmagens de suas produções em Los Angeles. Outro ponto que magoava bastante Joe DiMaggio era saber que aquele era um reduto de mafiosos, de pessoas ligadas ao crime organizado. Marilyn jamais havia se envolvido com esse tipo de gente antes. Era algo ruim e perigoso para sua ex-esposa. Porém como o casamento havia acabado ele já não tinha mais o que fazer a não ser lamentar bastante tudo o que estava acontecendo.
Pablo Aluísio.
De uma maneira ou outra o hotel de Sinatra acabou se tornando um dos lugares preferidos de Marilyn Monroe. Sempre que ela terminava um filme ia embora de Los Angeles e ficava semanas ali hospedada. Durante as tardes jogava no cassino, nas noites desfrutava dos shows que eram realizados. Usando de sua influência no mundo artístico Frank Sinatra levou muitos astros de Hollywood para se hospedarem por lá. Era algo que trazia publicidade grátis para seu grande hotel.
Quem ficou furioso com essas viagens de Marilyn Monroe foi seu ex-marido Joe DiMaggio. Durante anos ele considerou Sinatra como seu amigo pessoal. Não apenas pelas origens - eles eram de família de imigrantes italianos - mas também pelo fato dele ser considerado um bom amigo de sua esposa. Só que os anos passaram e Joe descobriu que Sinatra também tinha interesses amorosos com Marilyn. Como se isso tudo não bastasse para acabar com qualquer amizade, Joe ficou sabendo por fofocas que Sinatra estava dando drogas para Marilyn em Lake Tahoe. Achou que isso era ruim? Joe também ficou sabendo que numa dessas ocasiões Frank Sinatra havia dado drogas a Marilyn para ela participar de uma orgia. Era o fim da picada. Joe queria matar Frank Sinatra.
Se era verdade ou não, era complicado saber. Porém que houve abusos de drogas por Marilyn Monroe em Lake Tahoe isso era confirmado por várias pessoas que também estavam hospedadas no hotel de Sinatra. Muitos lembram da atriz completamente desnorteada no piscina ou no restaurante do hotel, sempre parecendo estar bêbada ou drogada. E pensar que Marilyn ia para lá para supostamente descansar e relaxar do stress das filmagens de suas produções em Los Angeles. Outro ponto que magoava bastante Joe DiMaggio era saber que aquele era um reduto de mafiosos, de pessoas ligadas ao crime organizado. Marilyn jamais havia se envolvido com esse tipo de gente antes. Era algo ruim e perigoso para sua ex-esposa. Porém como o casamento havia acabado ele já não tinha mais o que fazer a não ser lamentar bastante tudo o que estava acontecendo.
Pablo Aluísio.
As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 16
"Quanto Mais Quente Melhor" é considerado por muitos críticos de cinema como a melhor comédia já feita por Hollywood. É incrível que o filme tenha dado tão certo, uma vez que suas filmagens se deram em meio ao caos. O diretor Billy Wilder diria depois que nunca havia sofrido tanto para concluir um filme. Marilyn Monroe bateu todos os recordes de problemas que poderia se imaginar. Ela atrasava suas cenas, não decorava as falas e geralmente chegava atrasada por 3, 4 horas nos estúdios. Era um completo caos.
Ao mesmo tempo a estrela colecionou atritos e brigas com o resto do elenco ao ponto de Tony Curtis soltar uma frase infeliz para a imprensa. Ele declarou que beijar Marilyn era a mesma coisa que beijar Hitler! Muitos anos depois em seu livro de memórias o ator se diria completamente arrependido do que havia dito, porém justificava seu comentário mordaz dizendo que estava na época completamente farto de Marilyn e sua falta de profissionalismo. Numa das cenas, irritada com Curtis, ela teria inclusive jogado um copo de vinho em sua cara, o que era completamente impensável para uma atriz de seu porte. E isso tudo era apenas a ponta do iceberg.
O único que manteve a paciência, servindo como um pacificador durante as filmagens foi Jack Lemmon. Ele tinha mesmo essa personalidade amigável e bonachona, o que ajudou a aliviar o clima de tensão durante a produção do filme. Geralmente bem no meio de um bate boca ou de um quebra pau ele sentava-se tranquilamente ao piano do estúdio e começava a tocar, sem preocupação com as cadeiras que voavam ao seu redor. Era um sujeito completamente boa praça e gente fina, não importando o que acontecesse.
E o filme se tornou um clássico absoluto, apesar de tudo. Billy Wilder diria que não conseguia entender. Marilyn Monroe poderia ser considerada a pior profissional que ele já tinha trabalhado, mas ao mesmo tempo quando as cenas eram reveladas ela parecia perfeita na tela de cinema. Melhor do que seus dois parceiros de filme, melhor do que qualquer um. Era pura mágica na opinião de Wilder. Como uma pessoa tão neurótica, caótica e estranha como Marilyn conseguia parecer tão perfeita nos filmes? O velho Billy morreu sem saber dar a resposta. Apenas constatava que isso acontecia mesmo, sem a menor dúvida. Um mistério dos deuses da sétima arte.
Pablo Aluísio.
Ao mesmo tempo a estrela colecionou atritos e brigas com o resto do elenco ao ponto de Tony Curtis soltar uma frase infeliz para a imprensa. Ele declarou que beijar Marilyn era a mesma coisa que beijar Hitler! Muitos anos depois em seu livro de memórias o ator se diria completamente arrependido do que havia dito, porém justificava seu comentário mordaz dizendo que estava na época completamente farto de Marilyn e sua falta de profissionalismo. Numa das cenas, irritada com Curtis, ela teria inclusive jogado um copo de vinho em sua cara, o que era completamente impensável para uma atriz de seu porte. E isso tudo era apenas a ponta do iceberg.
O único que manteve a paciência, servindo como um pacificador durante as filmagens foi Jack Lemmon. Ele tinha mesmo essa personalidade amigável e bonachona, o que ajudou a aliviar o clima de tensão durante a produção do filme. Geralmente bem no meio de um bate boca ou de um quebra pau ele sentava-se tranquilamente ao piano do estúdio e começava a tocar, sem preocupação com as cadeiras que voavam ao seu redor. Era um sujeito completamente boa praça e gente fina, não importando o que acontecesse.
E o filme se tornou um clássico absoluto, apesar de tudo. Billy Wilder diria que não conseguia entender. Marilyn Monroe poderia ser considerada a pior profissional que ele já tinha trabalhado, mas ao mesmo tempo quando as cenas eram reveladas ela parecia perfeita na tela de cinema. Melhor do que seus dois parceiros de filme, melhor do que qualquer um. Era pura mágica na opinião de Wilder. Como uma pessoa tão neurótica, caótica e estranha como Marilyn conseguia parecer tão perfeita nos filmes? O velho Billy morreu sem saber dar a resposta. Apenas constatava que isso acontecia mesmo, sem a menor dúvida. Um mistério dos deuses da sétima arte.
Pablo Aluísio.
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