segunda-feira, 8 de julho de 2019
As Branquelas
Título Original: White Chicks
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios
Direção: Keenen Ivory Wayans
Roteiro: Keenen Ivory Wayans, Shawn Wayans
Elenco: Marlon Wayans, Shawn Wayans, Busy Philipps, Frankie Faison, Lochlyn Munro, John Heard
Sinopse:
Dois tiras negros precisam se disfarçar para prender uma quadrilha de sequestradores. Para isso eles mudam radicalmente de aparência, assumindo a identidade de duas loiras ricas e patricinhas, frequentadoras da alta roda da cidade. Filme indicado no Framboesa de Ouro na categoria de pior filme do ano!
Comentários:
Esse é aquele tipo de filme que de tão ruim acaba se tornando divertido, engraçado. A ideia é tão sem noção que espanta. Dois atores negros usando forte maquiagem para se parecerem com loiras burras e estúpidas, do tipo Paris Hilton. Maquiagem essa que deixou eles bem esquisitos, é bom dizer. Enfim, a família Wayans realmente pagou para ver pois a reação poderia ser tão negativa que eles poderiam até mesmo sofrer um processo ou algo assim. Felizmente a imprensa entendeu o espírito do filme - que de polêmico não tem nada, é até bobinho - para abaixar as armas. Melhor para os irmãos já que foi um sucesso inesperado de bilheteria. Custou meros 30 milhões de dólares e faturou nas bilheterias 200 milhões! Receita de filme grande! Isso prova também que o público nem sempre quer consumir algo de qualidade ou importância artística. Muitas vezes eles só querem dar algumas gargalhadas com material podreira. Se é isso que você está procurando então pode encarar "White Chicks" sem medos ou preconceitos.
Pablo Aluísio.
Ataque das Loiras
Título no Brasil: Ataque das Loiras
Título Original: Blonde and Blonder
Ano de Produção: 2007
País: Canadá
Estúdio: Rigel Entertainment
Direção: Dean Hamilton, Bob Clark
Roteiro: Rolfe Kanefsky, Dean Hamilton
Elenco: Pamela Anderson, Denise Richards, Emmanuelle Vaugier, Meghan Ory, Joey Aresco, Garry Chalk
Sinopse:
Dee Twiddle (Anderson) e Dawn St. Dom (Richards) são duas loiras burras que acabam sendo confundidas com outra dupla, de assassinas profissionais. Isso cria uma série de confusões e mal entendidos.
Comentários:
É ruim demais. É ruim de doer. É incrível acreditar que algum produtor teve a coragem de investir dinheiro em algo tão ruim. O filme se propõe a ser uma comédia nonsense com duas protagonistas que se valem de sua loirice e burrice para escapar das piores situações. Só que tudo é tão sem graça que chega a ser constrangedor. Pamela Anderson mais parece uma boneca inflável. Como seu talento é bem escasso ela se utiliza de seus óbvios dotes físicos para manter o interesse do espectador chocado com tanta ruindade. Assim a loira ao estilo bombshell desfila decotes, cada vez menores, para mostrar seus peitos turbinados por silicone. E acabou, it´s over, isso é o máximo que você vai encontrar nessa fitinha de quinta categoria. E para não dizer que não dei risadas, dei duas. A primeira ao descobrir o tamanho da ruindade desse filme tosco. A segunda na cena do mensageiro retardado do hotel. É tão idiota que tive que rir, mesmo contra a vontade! Santo filme ruim, Batman!
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de julho de 2019
Hellboy
O roteiro também não me pareceu grande coisa. Há uma bruxa que foi desmembrada e aprisionada pelo Rei Arthur no passado. Agora ela é trazida de volta. Apenas a lendária espada Excalibur pode destruir seus planos. E nessa simbiose entre as lendas de Arthur e Merlin com o universo do Hellboy, ainda arranjaram um jeito de colocar ele como um de seus descendentes, o único que poderia empunhar a arma contra a bruxa. É isso é tudo. Achei forçado e nada criativo. O final do filme também é bem previsível, nada espetacular. De bom mesmo há algumas cenas que fazem valer a pena o preço do ingresso, entre elas uma luta entre Hellboy e três gigantes. Tecnicamente perfeita, inclusive no design dos monstros, só não ficou melhor porque não dura muito. Mais um erro da direção. Afinal se o enredo não ajuda muito, deveria se focar mais naquilo que deu certo no filme. Regra básica de cinema pop. Pena que são apenas momentos pontuais, que acabam não elevando muito a qualidade cinematográfica desse filme como um todo. Com isso o que sobra é apenas uma diversão ligeira, de consumo rápido e descartável.
Hellboy (Estados Unidos, 2019) Direção: Neil Marshall / Roteiro: Andrew Cosby, baseado nos personagens de quadrinhos criados por Mike Mignola/ Elenco: David Harbour, Milla Jovovich, Ian McShane / Sinopse: Hellboy (David Harbour) precisa enfrentar uma bruxa milenar que está de volta após passar séculos aprisionada pelo Rei Arthur. Ela quer usar a força infernal de Hellboy para criar um apocalipse final para a humanidade.
Pablo Aluísio.
Hellboy II - O Exército Dourado
Título Original: Hellboy II - The Golden Army
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, Doug Jones, John Alexander, Seth MacFarlane, Luke Goss
Sinopse:
Hellboy (Ron Perlman) e sua trupe precisam salvar a Terra de um nobre vindo das trevas que decide espalhar medo e destruição em represália a tudo o que lhe aconteceu no passado. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Maquiagem.
Comentários:
Era para ser o segundo filme de uma trilogia sobre o personagem Hellboy. Tudo estava bem planejado pelo estúdio e pelo diretor Guillermo del Toro. Só que esse segundo filme custou caro demais, 85 milhões de dólares e nas bilheterias não conseguiu romper a barreira dos 100 milhões. Resultado? O estúdio achou que o filme decepcionou nas bilheterias. A ideia inicial da trilogia assim foi cancelada, algo que irritou muito o ator Ron Perlman. Ele inclusive disse em entrevistas recentes que esse cancelamento ainda hoje o irrita profundamente. Ao invés de um terceiro filme o estúdio então decidiu recomeçar tudo do zero, com essa recente produção que chegou a pouco nos cinemas (e que também decepcionou os produtores comercialmente). E olha que esse segundo filme não era ruim. Tinha mais efeitos especiais, mais personagens e a produção era bem mais rica e cuidada. O problema parece ter sido mesmo o roteiro. Guillermo del Toro esqueceu de escrever algo realmente bom. Com isso a primeira franquia dos filmes de Hellboy simplesmente afundou. Uma pena.
Pablo Aluísio.
sábado, 6 de julho de 2019
O Xangô de Baker Street
Título Original: O Xangô de Baker Street
Ano de Produção: 2001
País: Brasil, Portugal
Estúdio: MGN Filmes
Direção: Miguel Faria Jr.
Roteiro: Marcos Bernstein
Elenco: Joaquim de Almeida, Anthony O'Donnell, Maria de Medeiros, Letícia Sabatella, Cláudia Abreu, Claudio Marzo
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Jô Soares, o filme conta a divertida estória da visita ao Rio de Janeiro do lendário detetive inglês Sherlock Holmes que ao lado de seu fiel assistente Dr. Watson, chegam ao Brasil para desvendarem um mistério sobre o desaparecimento de um raro violino Stradivarius.
Comentários:
Eu gosto bastante de Jô Soares. Considero um dos grandes nomes do humor brasileiro. Também curto bastante seus livros de ficção que geralmente são criativos e bem escritos. Ele só não teve muita sorte na adaptação desse seu primeiro livro para o cinema. É uma pena, o filme já tinha uma boa estória para contar, boa produção, orçamento, etc. Tudo estava pronto para mais um bom filme da retomada do cinema nacional. O problema é que erraram na escolha do elenco. O português Joaquim de Almeida foi escalado para interpretar o inglês Sherlock Holmes. Colocar um português tentando imitar o sotaque inglês em um filme que deveria ser destinado ao público brasileiro foi um equívoco e tanto. Não que Joaquim de Almeida não seja um bom ator, o problema é sua dicção horrorosa durante o filme. Você vai entender pouca coisa do que ele diz, porque está simplesmente péssimo seu sotaque incompreensível. Esse pequeno grande detalhe acabou estragando o potencial do filme, inclusive nas piadas criadas por Jô, que aqui ficam enterradas quando o público, com dificuldade, tenta entender o que diabos o Joaquim de Almeida está falando. Um erro crucial que acabou comprometendo todo o filme.
Pablo Aluísio.
A Dama do Lotação
Título Original: A Dama do Lotação
Ano de Produção: 1978
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Neville de Almeida
Roteiro: Neville de Almeida
Elenco: Sônia Braga, Nuno Leal Maia, Jorge Dória, Paulo César Peréio, Yara Amaral, Claudio Marzo
Sinopse:
Com roteiro baseado na obra de Nelson Rodrigues, o filme "A Dama do Lotação" conta a história de Solange (Sônia Braga), uma bela e jovem mulher que supera as infelicidades e frustrações de seu casamento ao se encontrar com homens em Ônibus pela cidade.
Comentários:
Devemos reconhecer a coragem de todos que fizeram parte desse filme. Em meio a uma ditadura militar eles conseguiram fazer um filme baseado em Nelson Rodriguas e ainda caprichar nas tinas da sensualidade de uma estrela da TV, a bela Sônia Braga. E tudo produzido ainda por cima por uma estatal, a Embrafilme. Olhando-se para o passado realmente é uma surpresa que tal filme tenha sido produzido e lançado naqueles anos de chumbo da história do Brasil. De qualquer forma o filme está aí. Um interessante estudo da sexualidade feminina, ainda mais quando reprimida ao extremo pelas circunstâncias daqueles tempos. Sônia Braga, linda e talentosa, é a grande razão da existência do filme. Ainda hoje impressiona nas cenas mais ousadas. Envelheceu um tanto, isso é verdade, mas ainda funciona como retrato da coragem das pessoas que faziam cinema naquela época.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Em Nome do Rei
Título Original: In the Name of the King: A Dungeon Siege Tale
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, Alemanha, Canadá
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Uwe Boll
Roteiro: Doug Taylor, Jason Rappaport
Elenco: Jason Statham, Ron Perlman, Ray Liotta, Leelee Sobieski, Kristanna Loken, Matthew Lillard
Sinopse:
Um simples homem do campo vê sua vida ser destruída por estranhas criaturas. Agora ele partirá para a vingança contra todos aqueles que destruíram seus sonhos em um reino medieval repleto de violência e selvageria.
Comentários:
Existem aqueles que odeiam os filmes do diretor Uwe Boll. Eu nunca julgo um filme antes de assisti-lo, o condenando apenas por ter sido dirigido por alguém que fez filmes que no passado me decepcionaram. Assim fui ver essa aventura medieval sem préjulgamentos. Acabei me divertindo. OK, não é nenhuma obra prima da sétima arte, mas se mantém em um bom patamar, até mesmo de produção já que o filme custou mais de 60 milhões de dólares. Além de Jason Statham como o protagonista, o filme ainda apresenta um elenco coadjuvante bem bacana. Ron Perlman, o Hellboy, está no elenco com seu tipo bem característico de homem rude, violento. Ray Liotta (alguém lembrou de "Os Bons Companheiros" por aí?) também ajuda muito no resultado final. E por fim ainda há a beleza de Leelee Sobieski, atriz que sempre considerei das mais bonitas em Hollywood. Fora isso muitas lutas de espadas e aquela brutalidade típica dos tempos medievais. Dá para assistir numa boa, sem se aborrecer em nenhum momento.
Pablo Aluísio.
Como se Fosse a Primeira Vez
Algumas pessoas poderiam reclamar de se fazer piada em cima de uma doença que realmente existe, uma síndrome terrível que atinge pessoas ao redor do mundo. A questão porém não é essa, pois o roteiro nunca é desrespeitoso com isso. Certo, há cenas que quase vão para o pastelão, mas no geral a coisa se desenvolve mesmo ao nível do romance entre o casal. Curiosamente assisti a esse filme no cinema, em uma época em que ia muito ao cinema, lá por volta de 2004. Assim acabava vendo de tudo. Hoje em dia não pagaria ingresso para ver algo desse nível, mas no geral provavelmente também não ficaria arrependido mortalmente de ver na tela grande. Isso porque "Como se Fosse a Primeira Vez" foi salvo por seu roteiro bem bolado e pela sempre carismática presença da atriz Drew Barrymore que com seu olhar de garota avoada combinou perfeitamente com sua personagem.
Como se Fosse a Primeira Vez (50 First Dates, Estados Unidos, 2004) Direção: Peter Segal / Roteiro: George Wing / Elenco: Adam Sandler, Drew Barrymore, Rob Schneider / Sinopse: Homem apaixonado (Sandler) precisa reconquistar a mulher de seus sonhos a cada dia, pois ela tem uma síndrome que lhe faz perder todas as memórias. Assim a cada dia eles precisam ter um primeiro encontro, que parecem nunca ter fim.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de julho de 2019
Anjos na América
Título Original: Angels in America
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Tony Kushner
Elenco: Al Pacino, Meryl Streep, Patrick Wilson, Emma Thompson, Mary-Louise Parker, Jeffrey Wright
Sinopse:
Minissérie em sete episódios que conta o drama das pessoas que foram infectadas pelo vírus HIV durante a década de 1980. Uma nova doença que surgia, sem cura, que praticamente condenava à morte os que eram diagnosticados com ela. Vencedor de 3 prêmios no Globo de Ouro, incluindo o de Melhor Minissérie do ano.
Comentários:
A AIDS apareceu no final dos anos 70. Inicialmente dita como uma espécie de "câncer gay" por atingir principalmente homossexuais, logo se espalhou entre a população em geral, levando milhares de pessoas à morte. Essa minissérie da HBO foi a primeira a levar o tema para a TV americana em forma de episódios. Cada um contando a história de uma pessoa que foi diagnosticada com a doença na década de 1980. Naquela época era uma sentença de morte pois a medicina e a ciência ainda não tinham desenvolvido um tratamento que prolongasse a vida dos doentes. O coquetel químico, hoje aplicado nos infectados, ainda era algo em vias de elaboração. Assim a morte era praticamente certa. Pelo tema e pela importância do assunto vários astros de Hollywood aceitaram trabalhar no projeto, entre os mais conhecidos temos Al Pacino, Meryl Streep e Emma Thompson. Eles que sempre atuaram apenas em filmes para o cinema abriram uma exceção. Afinal muitos tiveram parentes e amigos atingidos pela doença. No mais o tema é tratado com uma grande sensibilidade e respeito para com as vítimas, tudo resultando em uma série excelente, acima da média.
Pablo Aluísio.
Ben - O Rato Assassino
Título Original: Ben
Ano de Produção: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Phil Karlson
Roteiro: Phil Karlson, Alain Keisker
Elenco: Lee Montgomery, Joseph Campanella, Arthur O'Connell
Sinopse:
Um garoto solitário, que não recebe atenção dos pais, torna-se amigo de um rato a quem passa a chamar de Ben. Ocorre que o animal é também o líder de um bando de ratos assassinos que matam humanos e deixam a cidade em estado de alerta.
Comentários:
O enredo é simples. Um garoto acaba se ligando emocionalmente com um rato de esgoto. E o animal parece interagir com as emoções do menino, punindo os que lhe fazem mal, trazendo um caos para a cidade como um todo. Hoje em dia o filme é muito mais lembrado por causa de sua trilha sonora pois a música tema é "Ben", cantado por Michael Jackson. Aliás verdade seja dita, justiça seja feita, a música é linda mesmo, maravilhosa em todos os aspectos. Em termos puramente cinematográficos o filme "Ben" também não é ruim, muito pelo contrário. Sua mistura de terror com uma certa melancolia, um drama infanto juvenil, até hoje se mantém interessante. Nos anos 80 o filme foi campeão de reprises em canais abertos no Brasil o que fez criar uma certa saturação. Hoje em dia já pode ser considerado um pequeno cult movie do terror.
Pablo Aluísio.