A sexualidade de Marilyn - Apesar de ter sido um dos maiores símbolos sexuais da história do cinema, Marilyn nunca conseguiu ser plenamente feliz em sua vida sexual. Isso pode ser comprovado nos escritos que deixou ao longo dos anos. Em vários deles Marilyn deixou bem claro que, em muitos aspectos, sentia-se frustrada nesse aspecto. Assim não faltaram farpas para os homens que conseguiram levar a estrela para a cama. Marilyn costumava dar apelidos engraçados para os vários tipos de parceiros sexuais que teve. Um dos que mais lhe irritavam eram os "lobos". Marilyn usava essa denominação para qualificar homens que se aproximavam dela com segundas intenções. Na superfície pareciam homens bondosos que queriam lhe ajudar, mas que no fundo mesmo só queriam explorar a atriz para fins, digamos, libidinosos. Outros que não agradavam em nada eram os "apaixonados por si mesmos". Homens bonitos, fortes e musculosos, que perdiam mais tempo se olhando no espelho do que dando atenção para a mulher ao seu lado. Tipos egocêntricos, com cabelos cheios de brilhantina, e sorrisos falsos. Sexualmente esse tipo de parceiro, segundo Marilyn, não era nada interessante na cama. Só procuravam se satisfazer sexualmente a si mesmos, ao seus egos famintos, deixando as pobres garotas ao seu lado insatisfeitas.
Marilyn reclamava bastante também da forma como os homens de sua época faziam amor. Para a atriz a grande maioria deles eram puramente "mecânicos" e não se importavam em dar carinho ou afeto para ela. Assim Marilyn ficava com a impressão que esses tais "garanhões" se comportavam na verdade como se estivessem em algum atividade esportiva, em maratonas de exercícios e não em uma relação que exigia também cumplicidade e afeição com a parceira. Como teve muitos amantes Marilyn também acabou conseguindo ter uma boa experiência com homens em geral. Os vários relacionamentos e namoros fizeram com que ela logo descartasse os bonitões de estúdio que lhe importunavam.
O tipo ideal de homem para Marilyn acabou sendo bem mais velho do que ela, geralmente pessoas mais carinhosas e que sabiam ouvir. Também começou a ter uma queda por homens intelectualmente interessantes, que pudessem lhe trazer mais cultura e conhecimento. O sexo, na opinião de Marilyn, jamais poderia ser o fator mais importante em um relacionamento e ela provou seu ponto de vista no casamento com Joe DiMaggio. Sexualmente eles se davam muito bem, mas Joe era intelectualmente medíocre. Um italiano que preferia falar sobre esportes a ter algum tipo de conversa com mais conteúdo ao lado de sua jovem esposa. Não demorou então e o casamento entre eles logo acabou. Afinal de contas como ela própria dizia: "Uma relação sexual dura poucos minutos, depois você terá que aturar seu homem pelo resto do dia! Se não for uma pessoa interessante você estará em uma situação complicada de se lidar".
Outro fato curioso sobre Marilyn embaixo dos lençóis é que ela geralmente ficava frustrada após uma noite de amor. Ela não tinha muito prazer e isso lhe deixou bem encucada por um bom tempo. Em seu diário confessou: "Devo ser frígida, porque nunca fico plenamente satisfeita com sexo!". O pior acontecia quando ela tinha relações com homens que pouco se importavam se ela estava tendo algum prazer. Depois de uma transa rápida simplesmente viravam para o lado na cama e iam dormir. Não raro Marilyn ficava devastada quando isso acontecia. Sua frustração chegou ao ponto dela se perguntar se ainda gostava mesmo de homens, se era de fato heterossexual. "Será que se eu me relacionasse com uma mulher teria maior prazer?" - era um pensamento recorrente que Marilyn resolveu inclusive colocar no papel. Curiosamente porém ela nunca quis dar um passo à frente nessa questão e pelo que se saiba não existem evidências fortes o suficientes para revelar algum caso lésbico em sua vida. Pelo visto a atriz seguiu mesmo o caminho dos frustrantes relacionamentos com homens, ainda que muitos deles fossem decepcionantes e sexualmente insatisfatórios.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 21 de maio de 2019
segunda-feira, 20 de maio de 2019
Confidências à Meia Noite
Infelizmente Doris Day se foi nessa semana, deixando muitas saudades naqueles que assistiram aos seus filmes ao longo de todos esses anos. Esse "Confidências à meia noite" foi um dos mais lembrados em artigos e matérias comentando sua morte. Não é para menos, sem dúvida é um de seus filmes mais populares, aquele que de certa forma definiu sua carreira no cinema. "Pillow Talk" é certamente um dos melhores filmes de sua filmografia (se não for o melhor). Essa é uma simples constatação para quem gosta de cinema clássico. A primeira parceria com Rock Hudson (faria mais dois filmes ao lado dele) rendeu ótimas cenas de humor. Considerado ousado e sofisticado demais para os anos 50, o filme fez um tremendo sucesso. Rock em sua biografia afirmou que esse foi um dos trabalhos que mais gostou de fazer, pois o clima no set era o melhor possível, muito descontraído e alegre. Além disso ele criou uma ótima química com Doris nas cenas. Foram amigos até o fim de suas vidas. Amizade verdadeira, pouco comum em Hollywood.
Hudson havia recentemente se separado da esposa e procurava por novos caminhos em sua carreira. Depois de estrelar faroestes e dramas com Douglas Sirk e George Stevens, Rock tinha dúvidas se poderia fazer bem um papel de playboy numa comédia romântica sofisticada como essa. Depois de pensar por um tempo resolveu arriscar. O interessante é que o sucesso de "Confidências à Meia Noite" acabou significando uma mudança completa nos rumos de sua filmografia. A partir daqui ele deixaria definitivamente os dramas pesados de lado para se dedicar a filmes bem mais leves, divertidos como "Volta meu Amor", "Não me Mandem Flores", "O Esporte Favorito do Homem" e "Quando Setembro Vier". Ele mudou seu estilo, mudou sua carreira a partir desse ponto.
Já Doris Day atribuiu ao filme à sua fama de "virgem profissional" e disse não ter entendido a razão de ter recebido esse "rótulo" por parte da imprensa. No filme sua personagem se recusava a ceder ao conquistador barato interpretado por Rock. Além disso a personagem era dona de si, profissional e no comando de sua vida. Nada parecida com uma dondoca. Segundo Doris Day aqui ela não interpretava uma "virgem" mas sim uma mulher independente, inserida no mercado de trabalho, profissional, que pela primeira vez tinha o direito de escolher o homem com quem queria se casar - ou não casar, de acordo única e exclusivamente com sua consciência. O filme foi divisor de águas também porque acabou criando um dos filões mais usados em Hollywood - o da comédia romântica com roteiros mais picantes. Antes de Pillow Talk ("conversa de Travesseiro", seu título original) os estúdios não prestavam muito atenção nesse estilo. Com o sucesso do filme eles começaram a investir mais no gênero - que atingiria seu auge vinte anos depois, nos anos 80. Uma fórmula que até hoje não demonstra sinais de desgaste perante o público, principalmente feminino.
Confidências à Meia Noite (Pillow Talk, EUA, 1959) Direção de Michael Gordon / Roteiro de Stanley Shapiro e Maurice Richlin / Elenco: Rock Hudson, Doris Day, Tony Randall, Thelma Ritter / Sinopse: Jovem playboy (Rock Hudson) se faz passar por uma caipirão para conquistar sua vizinha (Doris Day) que implica com ele por causa da linha de telefone que ambos dividem. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Também indicado nas categorias de Melhor Atriz (Doris Day), Melhor Atriz Coadjuvante (Thelma Ritter), Melhor Direção de Arte e Melhor Música. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Melhor Atriz (Doris Day) e Melhor Ator Coadjuvante (Tony Randall).
Pablo Aluísio.
Hudson havia recentemente se separado da esposa e procurava por novos caminhos em sua carreira. Depois de estrelar faroestes e dramas com Douglas Sirk e George Stevens, Rock tinha dúvidas se poderia fazer bem um papel de playboy numa comédia romântica sofisticada como essa. Depois de pensar por um tempo resolveu arriscar. O interessante é que o sucesso de "Confidências à Meia Noite" acabou significando uma mudança completa nos rumos de sua filmografia. A partir daqui ele deixaria definitivamente os dramas pesados de lado para se dedicar a filmes bem mais leves, divertidos como "Volta meu Amor", "Não me Mandem Flores", "O Esporte Favorito do Homem" e "Quando Setembro Vier". Ele mudou seu estilo, mudou sua carreira a partir desse ponto.
Já Doris Day atribuiu ao filme à sua fama de "virgem profissional" e disse não ter entendido a razão de ter recebido esse "rótulo" por parte da imprensa. No filme sua personagem se recusava a ceder ao conquistador barato interpretado por Rock. Além disso a personagem era dona de si, profissional e no comando de sua vida. Nada parecida com uma dondoca. Segundo Doris Day aqui ela não interpretava uma "virgem" mas sim uma mulher independente, inserida no mercado de trabalho, profissional, que pela primeira vez tinha o direito de escolher o homem com quem queria se casar - ou não casar, de acordo única e exclusivamente com sua consciência. O filme foi divisor de águas também porque acabou criando um dos filões mais usados em Hollywood - o da comédia romântica com roteiros mais picantes. Antes de Pillow Talk ("conversa de Travesseiro", seu título original) os estúdios não prestavam muito atenção nesse estilo. Com o sucesso do filme eles começaram a investir mais no gênero - que atingiria seu auge vinte anos depois, nos anos 80. Uma fórmula que até hoje não demonstra sinais de desgaste perante o público, principalmente feminino.
Confidências à Meia Noite (Pillow Talk, EUA, 1959) Direção de Michael Gordon / Roteiro de Stanley Shapiro e Maurice Richlin / Elenco: Rock Hudson, Doris Day, Tony Randall, Thelma Ritter / Sinopse: Jovem playboy (Rock Hudson) se faz passar por uma caipirão para conquistar sua vizinha (Doris Day) que implica com ele por causa da linha de telefone que ambos dividem. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Também indicado nas categorias de Melhor Atriz (Doris Day), Melhor Atriz Coadjuvante (Thelma Ritter), Melhor Direção de Arte e Melhor Música. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Melhor Atriz (Doris Day) e Melhor Ator Coadjuvante (Tony Randall).
Pablo Aluísio.
Moby Dick
O livro original foi escrito por Herman Melville em 1851. Curiosamente não foi um grande sucesso de vendas em seu lançamento, mas ao longo dos anos foi sendo redescoberto pelos estudiosos de literatura. Hoje é considerada uma obra prima. O filme nasceu da insistência pessoal de John Huston que viu no texto várias características com as quais ele próprio se identificava. A adaptação para as telas realmente ficou excelente, fruto de seu trabalho como grande cineasta que sempre foi. Muita gente pensa que se trata apenas de um filme de aventura que mostra um capitão alucinado na caça de uma baleia cachalote albina. Não é bem isso. Bom, isso é a superfície, na realidade Moby Dick é uma grande metáfora sobre a obsessão que corrói a mente dos homens. Basta trocarmos a baleia por qualquer outra coisa que cause a obsessão ao ser humano para entendermos muito bem o que o autor do livro quis passar. No fundo é a história de um homem disposto a sacrificar tudo (até sua vida) para ir atrás de um objetivo, nem que isso leve ele e seus tripulantes à ruína completa.
Existem outras versões de Moby Dick, mas nenhuma delas sequer conseguem chegar ao nível dessa de 1956 que foi dirigida por John Huston. Não é surpresa nenhuma que ele tenha feito esse filme. O tema era muito próximo a Huston que se empenhou em uma história parecida quando estava filmando na África (assistam “Coração de Caçador” de Clint Eastwood para entender). Outro ponto que conta muito a favor nessa versão é a dupla de atores: Gregory Peck (como o obcecado capitão e sua voz de trovão) e Orson Welles (em uma ótima cena passada num culto religioso). Os diálogos são ricos e declamados com eloquência, então é garantido o show de interpretação desses atores. Até os efeitos ainda são charmosos, mesmo com mais de 50 anos de sua realização. Enfim, Moby Dick é excelente, uma viagem em busca do monstro interior de cada um de nós.
Moby Dick (EUA, 1956) Direção: John Huston / Roteiro: John Huston, Ray Bradbury baseado na obra de Herman Mellvile / Elenco: Gregory Peck, Orson Welles, Richard Basehart, Leo Genn / Sinopse: O Capitão Ahab (Gregory Peck) é um velho homem do mar que se torna obcecado em encontrar e matar uma baleia branca cachalote conhecida como Moby Dick. Para isso não medirá esforços exigindo severamente o máximo dos homens de sua tripulação. A obsessão da caça se torna sua ruína pessoal.
Pablo Aluísio.
Existem outras versões de Moby Dick, mas nenhuma delas sequer conseguem chegar ao nível dessa de 1956 que foi dirigida por John Huston. Não é surpresa nenhuma que ele tenha feito esse filme. O tema era muito próximo a Huston que se empenhou em uma história parecida quando estava filmando na África (assistam “Coração de Caçador” de Clint Eastwood para entender). Outro ponto que conta muito a favor nessa versão é a dupla de atores: Gregory Peck (como o obcecado capitão e sua voz de trovão) e Orson Welles (em uma ótima cena passada num culto religioso). Os diálogos são ricos e declamados com eloquência, então é garantido o show de interpretação desses atores. Até os efeitos ainda são charmosos, mesmo com mais de 50 anos de sua realização. Enfim, Moby Dick é excelente, uma viagem em busca do monstro interior de cada um de nós.
Moby Dick (EUA, 1956) Direção: John Huston / Roteiro: John Huston, Ray Bradbury baseado na obra de Herman Mellvile / Elenco: Gregory Peck, Orson Welles, Richard Basehart, Leo Genn / Sinopse: O Capitão Ahab (Gregory Peck) é um velho homem do mar que se torna obcecado em encontrar e matar uma baleia branca cachalote conhecida como Moby Dick. Para isso não medirá esforços exigindo severamente o máximo dos homens de sua tripulação. A obsessão da caça se torna sua ruína pessoal.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de maio de 2019
O Destino Bate à Sua Porta
A grande maioria dos cinéfilos conhece essa estória através do remake que foi feito muitos anos depois com Jack Nicholson e Jessica Lange. Esse aqui é o filme original mostrando a trama de assassinato orquestrada por dois amantes contra o marido mais velho da garota. Na trama somos apresentados a um vagabundo errante, Frank Chambers (John Garfield), que chega até uma lanchonete de beira de estrada numa cidadezinha da Califórnia. O pequeno estabelecimento é tocado por Nick (Cecil Kellaway) e sua jovem esposa, a bela Cora (Lana Turner). Logo Frank cai nas graças de Nick e este o contrata para trabalhar no local. Não demora muito para que Frank e Cora se sintam atraídos um pelo outro. A partir daí tudo caminha para um desfecho trágico pois o casal de amantes começa a planejar um jeito de liquidar Nick para continuarem juntos sem o velho marido que agora se tornou um estorvo na vida deles. O roteiro chama atenção pela sordidez dos eventos. O casal age de forma natural mas planeja um assassinato com raro sangue frio. A personagem de Lana Turner (belíssima em cena) não parece ter maiores conflitos pelo que está fazendo, aliás é justamente ela que concebe a idéia e passa para o amante Frank Chambers. No fundo ela está de olho não apenas na lanchonete do marido mas também em um rico seguro de vida no nome dele (algo que negará depois).
A produção é a primeira em língua inglesa baseada no livro que lhe deu origem, escrito pelo autor James M. Cain. Hollywood só se interessou pela estória após ela ter sido filmada duas vezes, uma na França e outra na Itália. Esse pode ser considerado o primeiro grande papel de expressão de Lana Turner. Antes desse personagem amoral, Cora, ela apenas passeava sua beleza em cena sem grandes interpretações a tiracolo. Como era uma starlet apenas tirava proveito de sua beleza e nada mais. Aqui porém já foi exigida bem mais em seu papel, tanto que ganhou grandes elogios da crítica na época. Outro que também está muito bem é John Garfield, em um papel que ficaria melhor com Jack Nicholson décadas depois. A caracterização de Jack é muito mais rica pois expõe os motivos de Frank Chambers com mais intensidade. Na pele de Garfield não conseguimos entender muito bem suas motivações para um crime tão bárbaro. Em conclusão diria que "O Destino Bate à Sua Porta" vale por um direção segura e pela bela atuação de Lana Turner mas a despeito de tudo isso não consegue ser superior à versão de Bob Rafelson em um caso raro de remake superior ao original.
O Destino Bate à Sua Porta (The Postman Always Rings Twice. EUA, 1946) Direção: Tay Garmett / Roteiro: Harry Huskin, Niven Busch baseados no livro de James M. Cain / Elenco: Lana Turner, John Garfield, Cecil Kellaway / Sinopse: Jovem esposa com seu amante planejam a morte de seu marido mais velho para herdar sua lanchonete e um seguro de vida de 10 mil dólares.
Pablo Aluísio.
A produção é a primeira em língua inglesa baseada no livro que lhe deu origem, escrito pelo autor James M. Cain. Hollywood só se interessou pela estória após ela ter sido filmada duas vezes, uma na França e outra na Itália. Esse pode ser considerado o primeiro grande papel de expressão de Lana Turner. Antes desse personagem amoral, Cora, ela apenas passeava sua beleza em cena sem grandes interpretações a tiracolo. Como era uma starlet apenas tirava proveito de sua beleza e nada mais. Aqui porém já foi exigida bem mais em seu papel, tanto que ganhou grandes elogios da crítica na época. Outro que também está muito bem é John Garfield, em um papel que ficaria melhor com Jack Nicholson décadas depois. A caracterização de Jack é muito mais rica pois expõe os motivos de Frank Chambers com mais intensidade. Na pele de Garfield não conseguimos entender muito bem suas motivações para um crime tão bárbaro. Em conclusão diria que "O Destino Bate à Sua Porta" vale por um direção segura e pela bela atuação de Lana Turner mas a despeito de tudo isso não consegue ser superior à versão de Bob Rafelson em um caso raro de remake superior ao original.
O Destino Bate à Sua Porta (The Postman Always Rings Twice. EUA, 1946) Direção: Tay Garmett / Roteiro: Harry Huskin, Niven Busch baseados no livro de James M. Cain / Elenco: Lana Turner, John Garfield, Cecil Kellaway / Sinopse: Jovem esposa com seu amante planejam a morte de seu marido mais velho para herdar sua lanchonete e um seguro de vida de 10 mil dólares.
Pablo Aluísio.
O Fantasma da Ópera
Título no Brasil: O Fantasma da Ópera
Título Original: The Phantom of the Opera
Ano de Produção: 1925
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rupert Julian
Roteiro: Gaston Leroux
Elenco: Lon Chaney, Mary Philbin, Norman Kerry, Arthur Edmund Carewe, Gibson Gowland, John St. Polis
Sinopse:
No passado um homem aplaudido pelas massas, compositor de sucesso. No presente uma triste figura, desfigurado, se escondendo pelos porões da ópera. Uma ruína de si mesmo, conhecido como um fantasma, um ser que vive escondido nas trevas. Filme preservado como patrimônio cultural dos Estados Unidos pelo National Film Registry.
Comentários:
Essa foi uma das primeiras adaptações do Fantasma da Ópera no cinema americano. Filme muito bem produzido, com ótima fotografia e maquiagem. O clima soturno foi realmente fantástico, influenciando inúmeros filmes nos anos que viriam. Assim, mesmo sendo feito na era do cinema mudo, em nada se perdeu em termos de impacto e ambientação. Some tudo isso ao trabalho do ator Lon Chaney e você entenderá porque esse filme ainda é reverenciado. Não vá também confundir Lon Chaney com Lon Chaney Jr, que era seu filho. O primeiro Lon Chaney (pai) foi considerado um dos maiores atores de todos os tempos, tanto que passou a ser conhecido como "o homem das mil faces". Já Lon Chaney (seu filho) ficou famoso interpretando o lobisomem na primeira versão do estúdio, algumas décadas depois. De qualquer forma o talento parecia ser mesmo de família. Por fim uma curiosidade: esse filme foi dado como desaparecido por anos, pois não se conseguia encontrar uma cópia, até que a salvação veio de Paris. Um antigo colecionador tinha guardado uma cópia completa em sua coleção, salvando assim esse clássico do cinema do desaparecimento total.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Phantom of the Opera
Ano de Produção: 1925
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rupert Julian
Roteiro: Gaston Leroux
Elenco: Lon Chaney, Mary Philbin, Norman Kerry, Arthur Edmund Carewe, Gibson Gowland, John St. Polis
Sinopse:
No passado um homem aplaudido pelas massas, compositor de sucesso. No presente uma triste figura, desfigurado, se escondendo pelos porões da ópera. Uma ruína de si mesmo, conhecido como um fantasma, um ser que vive escondido nas trevas. Filme preservado como patrimônio cultural dos Estados Unidos pelo National Film Registry.
Comentários:
Essa foi uma das primeiras adaptações do Fantasma da Ópera no cinema americano. Filme muito bem produzido, com ótima fotografia e maquiagem. O clima soturno foi realmente fantástico, influenciando inúmeros filmes nos anos que viriam. Assim, mesmo sendo feito na era do cinema mudo, em nada se perdeu em termos de impacto e ambientação. Some tudo isso ao trabalho do ator Lon Chaney e você entenderá porque esse filme ainda é reverenciado. Não vá também confundir Lon Chaney com Lon Chaney Jr, que era seu filho. O primeiro Lon Chaney (pai) foi considerado um dos maiores atores de todos os tempos, tanto que passou a ser conhecido como "o homem das mil faces". Já Lon Chaney (seu filho) ficou famoso interpretando o lobisomem na primeira versão do estúdio, algumas décadas depois. De qualquer forma o talento parecia ser mesmo de família. Por fim uma curiosidade: esse filme foi dado como desaparecido por anos, pois não se conseguia encontrar uma cópia, até que a salvação veio de Paris. Um antigo colecionador tinha guardado uma cópia completa em sua coleção, salvando assim esse clássico do cinema do desaparecimento total.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de maio de 2019
O Homem das Mil Caras
Belo filme clássico. O que temos aqui é uma cinebiografia do ator Lon Chaney. É Hollywood olhando para si mesma, contando parte de sua história. Chaney não era um galã bonitão como Clark Gable e nem tampouco um comediante talentoso como Charles Chaplin. Fisicamente ele tinha a aparência de um homem comum, já entrando na velhice. Isso não o impediu de se tornar um dos atores mais populares de seu tempo. Para alcançar esse sucesso nas telas ele usava não apenas de seu talento dramático, mas também de seus talentos como maquiador, criando personagens apenas com suas ferramentas artísticas. Isso criou um estilo próprio de fazer cinema. Assim ele ficou muito popular interpretando figuras trágicas como o fantasma da ópera e o corcunda de Notre Dame. Tudo criado por ele mesmo, usando de figurinos e maquiagem em doses excessivas. Por isso os posters de seus filmes traziam o título de "O Homem das Mil Faces", já que ele conseguia se transformar em qualquer personagem, sejam piratas, orientais, palhaços sinistros, qualquer coisa que o roteiro de um filme pedisse. O filme assim celebra sua vida como ator, mas também mostrando muitos detalhes de sua vida pessoal, como o casamento conturbado e infeliz, a perda da guarda do seu filho e uma certa vergonha que tinha por causa de seus pais, que eram deficientes.
O roteiro que concorreu ao Oscar é primoroso. Consegue mesclar o lado profissional e pessoal desse ator de forma magistral. Não há espaços para vazios ou cenas gratuitas. Tudo tem uma razão de ser. E por falar em talento dramático uma das melhores coisas nesse clássico é o trabalho de James Cagney. Claro, se você gosta de cinema clássico imediatamente o associa a personagens de gangsters durões. Foi nesse tipo de filme que ele se tornou famoso no cinema. Só que aqui temos o ator em um papel dramático que exigiu muito dele em termos de dramaturgia. E ele se saiu excepcionalmente bem. Diria que ficou à altura do próprio personagem que retratou. Afinal de contas temos que salientar que apenas um grande ator conseguiria interpretar um grande ator do passado como Lon Chaney. Nesse aspecto James Cagney merece todos os nossos aplausos por seu brilhante trabalho nesse filme.
O Homem das Mil Caras (Man of a Thousand Faces, Estados Unidos, 1957) Direção: Joseph Pevney / Roteiro: Ralph Wheelwright, R. Wright Campbell / Elenco: James Cagney, Dorothy Malone, Jane Greer, Marjorie Rambeau / Sinopse: O filme conta a história do ator Lon Chaney, aqui interpretado pelo astro James Cagney. Um resgate histórico da obra e da vida desse grande ator da era de ouro do cinema mudo americano. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original.
Pablo Aluísio.
O roteiro que concorreu ao Oscar é primoroso. Consegue mesclar o lado profissional e pessoal desse ator de forma magistral. Não há espaços para vazios ou cenas gratuitas. Tudo tem uma razão de ser. E por falar em talento dramático uma das melhores coisas nesse clássico é o trabalho de James Cagney. Claro, se você gosta de cinema clássico imediatamente o associa a personagens de gangsters durões. Foi nesse tipo de filme que ele se tornou famoso no cinema. Só que aqui temos o ator em um papel dramático que exigiu muito dele em termos de dramaturgia. E ele se saiu excepcionalmente bem. Diria que ficou à altura do próprio personagem que retratou. Afinal de contas temos que salientar que apenas um grande ator conseguiria interpretar um grande ator do passado como Lon Chaney. Nesse aspecto James Cagney merece todos os nossos aplausos por seu brilhante trabalho nesse filme.
O Homem das Mil Caras (Man of a Thousand Faces, Estados Unidos, 1957) Direção: Joseph Pevney / Roteiro: Ralph Wheelwright, R. Wright Campbell / Elenco: James Cagney, Dorothy Malone, Jane Greer, Marjorie Rambeau / Sinopse: O filme conta a história do ator Lon Chaney, aqui interpretado pelo astro James Cagney. Um resgate histórico da obra e da vida desse grande ator da era de ouro do cinema mudo americano. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original.
Pablo Aluísio.
O Paraíso Infernal
Em um país da América do Sul, o aviador americano Geoff Carter (Cary Grant) administra uma pequena empresa de aviação, formada por pilotos destemidos que precisam levar cargas, pessoas e alimentos para regiões inóspitas e distantes do continente. Se utilizando de velhos aviões, em climas hostis, eles precisam levar em frente um negócio não apenas arriscado, mas muitas vezes mortal. Bonnie Lee (Jean Arthur) é uma viajante que acaba conhecendo o grupo durante uma parada de seu navio na região. Em pouco tempo ela se encanta por Geoff, embora ele não esteja muito interessado em realmente se apaixonar novamente por alguém. Indicado a dois Oscars (Melhor Fotografia e Melhores Efeitos Especiais) esse "Only Angels Have Wings" já traz todas as características que seriam muito presentes na obra do cineasta Howard Hawks. Um dos diretores mais ecléticos da história do cinema americano aqui ele procura mesclar aventura com romance, drama com humor. O resultado é muito bom, mesmo com algumas pequenas falhas de roteiro.
Como basicamente se trata de um enredo aventuresco o diretor precisou utilizar de duas técnicas básicas para contar sua estória. Na primeira ele se utilizou de maquetes de aviões (bem charmosas aliás) para reproduzir os momentos de maior perigo, principalmente em acidentes aéreos e pousos perigosos. Na segunda conseguiu ótimas sequências reais, usando aviões de verdade. Existe uma cena onde temos dois aviões - um de filmagem e outro em ação - que impressiona até hoje. As aeronaves sobrevoam montanhas íngremes e realizam verdadeiras manobras em sua encosta. Tudo realizado com extrema perícia e competência. Em termos de elenco o galã Grant interpreta um piloto durão que após uma decepção amorosa no passado (a sua ex-mulher não suportou sua vida de desafios e perigos no ar) decide que não mais irá se apaixonar. Isso se torna um problema para a personagem de Jean Arthur que fica caidinha por seus encantos. Para completar o triângulo amoroso surge uma jovem Rita Hayworth, esposa de um dos pilotos que trabalham para Grant, embora ela esteja interessada mesmo é nele! Enfim, como eu já frisei, Hawks conseguia mesclar vários gêneros em um só filme. Aqui ele conseguiu novamente, realizando assim um de seus melhores trabalhos na década de 1930. Diversão garantida, como bem queria o grande mestre.
O Paraíso Infernal (Only Angels Have Wings, Estados Unidos, 1939) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Howard Hawks / Roteiro: Jules Furthman / Elenco: Cary Grant, Jean Arthur, Rita Hayworth / Sinopse: Geoff Carter (Cary Grant) é um piloto de aviões comerciais que voam em regiões distantes e perigosas da América do Sul. Enquanto tenta sobreviver a cada voo vai se apaixonando por mulheres interessantes que vão cruzando seu caminho.
Pablo Aluísio.
Como basicamente se trata de um enredo aventuresco o diretor precisou utilizar de duas técnicas básicas para contar sua estória. Na primeira ele se utilizou de maquetes de aviões (bem charmosas aliás) para reproduzir os momentos de maior perigo, principalmente em acidentes aéreos e pousos perigosos. Na segunda conseguiu ótimas sequências reais, usando aviões de verdade. Existe uma cena onde temos dois aviões - um de filmagem e outro em ação - que impressiona até hoje. As aeronaves sobrevoam montanhas íngremes e realizam verdadeiras manobras em sua encosta. Tudo realizado com extrema perícia e competência. Em termos de elenco o galã Grant interpreta um piloto durão que após uma decepção amorosa no passado (a sua ex-mulher não suportou sua vida de desafios e perigos no ar) decide que não mais irá se apaixonar. Isso se torna um problema para a personagem de Jean Arthur que fica caidinha por seus encantos. Para completar o triângulo amoroso surge uma jovem Rita Hayworth, esposa de um dos pilotos que trabalham para Grant, embora ela esteja interessada mesmo é nele! Enfim, como eu já frisei, Hawks conseguia mesclar vários gêneros em um só filme. Aqui ele conseguiu novamente, realizando assim um de seus melhores trabalhos na década de 1930. Diversão garantida, como bem queria o grande mestre.
O Paraíso Infernal (Only Angels Have Wings, Estados Unidos, 1939) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Howard Hawks / Roteiro: Jules Furthman / Elenco: Cary Grant, Jean Arthur, Rita Hayworth / Sinopse: Geoff Carter (Cary Grant) é um piloto de aviões comerciais que voam em regiões distantes e perigosas da América do Sul. Enquanto tenta sobreviver a cada voo vai se apaixonando por mulheres interessantes que vão cruzando seu caminho.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de maio de 2019
As Oito Vítimas
Gostei bastante desse requintado filme inglês. O enredo se passa na década de 1940. Um conde está em sua cela, na noite anterior à execução de sua pena. Ele foi condenado à morte por diversos assassinatos. Um Duque, um dos maiores títulos dinásticos, agora se encontra na posição do mais bárbaro dos plebeus. O que aconteceu? Para tentar explicar as razões que o levaram até aquele lugar ele começa a escrever uma longa carta, revisitando seu passado. O filme então se torna um longo flashback de sua história pessoal, desde o seu nascimento até sua sentença final. Assim o espectador avança ao passado e descobre que o Duque foi fruto de um casamento entre sua mãe nobre e um cantor italiano sem qualquer título de nobreza.
Isso enfureceu sua família que a deserdou de sua herança. Sem recursos e vivendo na pobreza, o jovem foi criando um grande ressentimento com o que fizeram com sua mãe no passado. Depois de uma série de empregos como vendedor de roupas, Louis (Dennis Price) decide que é hora de se vingar da família D'Ascoyne. Estudando a linha de sucessão de seus parentes descobre que há oito pessoas entre ele e seu tão cobiçado título de Duque. Assim começa a planejar e executar seus crimes. Um detalhe interessante no elenco é que o grande ator Alec Guinness interpreta todas as pessoas da família de nobres D'Ascoyne; Até mesmo as damas são interpretadas por ele. Que grande talento! Apenas com a ajuda de uma maquiagem até discreta ele interpretou nesse filme tipos diversos, como o jovem nobre escapista, o banqueiro, o Duque rico e insensível, etc. Todas facetas de um mesmo ator, aqui esbanjado talento e naturalidade. O filme, como não poderia deixar de ser, tem também uma clara linha do típico humor negro inglês, o que só ajuda ainda mais em seu resultado final que considerei realmente ótimo. Assista se ainda não conhece a fita.
As Oito Vítimas (Kind Hearts and Coronets, Inglaterra, 1949) Direção: Robert Hamer / Roteiro: Robert Hamer, baseado na novela escrita por Roy Horniman / Elenco: Dennis Price, Alec Guinness, Valerie Hobson, Joan Greenwood / Sinopse: Rapaz pobre, mas descendente de uma família de nobres aristocratas, decide matar todos os familiares que estão em sua linha de sucessão ao título de Duque. Assim cada um membro da família D'Ascoyne que está em seu caminho passa a ser eliminado numa série de crimes bem planejados. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme inglês do ano.
Pablo Aluísio.
Isso enfureceu sua família que a deserdou de sua herança. Sem recursos e vivendo na pobreza, o jovem foi criando um grande ressentimento com o que fizeram com sua mãe no passado. Depois de uma série de empregos como vendedor de roupas, Louis (Dennis Price) decide que é hora de se vingar da família D'Ascoyne. Estudando a linha de sucessão de seus parentes descobre que há oito pessoas entre ele e seu tão cobiçado título de Duque. Assim começa a planejar e executar seus crimes. Um detalhe interessante no elenco é que o grande ator Alec Guinness interpreta todas as pessoas da família de nobres D'Ascoyne; Até mesmo as damas são interpretadas por ele. Que grande talento! Apenas com a ajuda de uma maquiagem até discreta ele interpretou nesse filme tipos diversos, como o jovem nobre escapista, o banqueiro, o Duque rico e insensível, etc. Todas facetas de um mesmo ator, aqui esbanjado talento e naturalidade. O filme, como não poderia deixar de ser, tem também uma clara linha do típico humor negro inglês, o que só ajuda ainda mais em seu resultado final que considerei realmente ótimo. Assista se ainda não conhece a fita.
As Oito Vítimas (Kind Hearts and Coronets, Inglaterra, 1949) Direção: Robert Hamer / Roteiro: Robert Hamer, baseado na novela escrita por Roy Horniman / Elenco: Dennis Price, Alec Guinness, Valerie Hobson, Joan Greenwood / Sinopse: Rapaz pobre, mas descendente de uma família de nobres aristocratas, decide matar todos os familiares que estão em sua linha de sucessão ao título de Duque. Assim cada um membro da família D'Ascoyne que está em seu caminho passa a ser eliminado numa série de crimes bem planejados. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Filme inglês do ano.
Pablo Aluísio.
O Mundo em Perigo
Um filme da década de 1950 com formigas atômicas gigantes não parece ser muito promissor, eu sei, porém a despeito de tudo isso não deixa de ser uma das produções sci-fi mais curiosas que já assisti desse período do cinema americano. Como se sabe vivia-se na época a paranoia da guerra fria. Com o avanço da tecnologia nuclear surgiu também um grande medo em torno dela. Algo que piorou ainda mais quando os cientistas descobriram que a radioatividade poderia promover mutações genéticas nas estruturas de animais, insetos, etc. Assim não precisa ir muito longe para entender as origens do roteiro desse filme. O enredo é bem fruto da mentalidade da época em que o filme foi feito. Testes nucleares no deserto do Novo México logo desencadeiam diversas mutações em formigas. Ela ficam enormes - com dois metros e meio de altura - o que leva o pânico e o terror para aquela região. Para tentar exterminar essas novas espécies os militares começam a contar com a ajuda de um especialista nos insetos, que logo decreta o fim da humanidade se as formigas não forem mortas a tempo. Afinal uma rainha poderia dar origem a milhares de formigas, destruindo as cidades e a nossa civilização.
Eu chamo especialmente a atenção de quem é cinéfilo para uma cena em que militares e cientistas descem até as profundezas de um formigueiro e lá se deparam com ovos de uma rainha. O lugar é escuro e eles decidem queimar tudo. É impossível assistir a essa cena hoje em dia e não lembrar de "Aliens - O Resgate" que tem uma cena extremamente semelhante a essa, inclusive o design dos ovos é praticamente igual. Pelo visto James Cameron assistiu a esse filme antes de dirigir o famoso filme. Tudo o que ele fez foi trocar formigas por aliens, até porque eles são muito mais de acordo com a cultura pop atual. Além disso escondeu um pouco aquele cheirinho de plágio que alguns poderiam sentir.
O Mundo em Perigo (Them!, Estados Unidos, 1954) Direção: Gordon Douglas / Roteiro: Ted Sherdeman, Russell S. Hughes / Elenco: James Whitmore, Edmund Gwenn, Joan Weldon / Sinopse: Formigas gigantes mutantes invadem o deserto do Novo México. Militares e cientistas unem suas forças para exterminar esse novo perigo. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
Eu chamo especialmente a atenção de quem é cinéfilo para uma cena em que militares e cientistas descem até as profundezas de um formigueiro e lá se deparam com ovos de uma rainha. O lugar é escuro e eles decidem queimar tudo. É impossível assistir a essa cena hoje em dia e não lembrar de "Aliens - O Resgate" que tem uma cena extremamente semelhante a essa, inclusive o design dos ovos é praticamente igual. Pelo visto James Cameron assistiu a esse filme antes de dirigir o famoso filme. Tudo o que ele fez foi trocar formigas por aliens, até porque eles são muito mais de acordo com a cultura pop atual. Além disso escondeu um pouco aquele cheirinho de plágio que alguns poderiam sentir.
O Mundo em Perigo (Them!, Estados Unidos, 1954) Direção: Gordon Douglas / Roteiro: Ted Sherdeman, Russell S. Hughes / Elenco: James Whitmore, Edmund Gwenn, Joan Weldon / Sinopse: Formigas gigantes mutantes invadem o deserto do Novo México. Militares e cientistas unem suas forças para exterminar esse novo perigo. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de maio de 2019
Assalto ao Submarino Wayne
Título no Brasil: Assalto ao Submarino Wayne
Título Original: Assault on the Wayne
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Studios
Direção: Marvin J. Chomsky
Roteiro: Jackson Gillis
Elenco: Joseph Cotten, Leonard Nimoy, Lloyd Haynes, Dewey Martin, William Windom, Keenan Wynn
Sinopse:
Durante a guerra fria um submarino americano cruza o Atlântico com a missão de levar um armamento de alta tecnologia, misseís especiais da marinha. O que não se suspeita é que um dos tripulantes é na verdade um sabotador à bordo.
Comentários:
Esse é um filme bem raro de se encontrar hoje em dia. Originalmente o filme acabou sendo exibido na TV americana em 1971. Havia planos para seu lançamento nos cinemas, mas depois a Paramount decidiu que seria melhor exibi-lo no canal CBS. Era lucro certo e fácil já que o orçamento do filme foi restrito. Nos anos 80 ele chegou a ser lançado em nosso mercado de vídeo VHS pelo selo CIC. Nunca chamou muita atenção. O que vale a pena mesmo são os efeitos especiais, um pouco datados pelo tempo, é verdade, além da presença de um elenco bem interessante e esforçado. Entre os atores quem mais se destaca é Leonard Nimoy. Ele interpreta o comandante Phil Kettenring. Homem austero e disciplinador, que a despeito disso também apresenta uma personalidade nebulosa e misteriosa. A presença de Nimoy também serve como referência para provar que o ator foi muito além de seu personagem mais famoso, o Sr. Spock da série Jornada nas Estrelas. Quando a série de TV original acabou ele teve que partir para outros trabalhos, entre eles esse interessante filme de submarinos. Assim deixo a dica para quem admirava o trabalho desse ator. Ele faz o filme valer bastante a pena.
Pablo Aluísio.
Título Original: Assault on the Wayne
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Studios
Direção: Marvin J. Chomsky
Roteiro: Jackson Gillis
Elenco: Joseph Cotten, Leonard Nimoy, Lloyd Haynes, Dewey Martin, William Windom, Keenan Wynn
Sinopse:
Durante a guerra fria um submarino americano cruza o Atlântico com a missão de levar um armamento de alta tecnologia, misseís especiais da marinha. O que não se suspeita é que um dos tripulantes é na verdade um sabotador à bordo.
Comentários:
Esse é um filme bem raro de se encontrar hoje em dia. Originalmente o filme acabou sendo exibido na TV americana em 1971. Havia planos para seu lançamento nos cinemas, mas depois a Paramount decidiu que seria melhor exibi-lo no canal CBS. Era lucro certo e fácil já que o orçamento do filme foi restrito. Nos anos 80 ele chegou a ser lançado em nosso mercado de vídeo VHS pelo selo CIC. Nunca chamou muita atenção. O que vale a pena mesmo são os efeitos especiais, um pouco datados pelo tempo, é verdade, além da presença de um elenco bem interessante e esforçado. Entre os atores quem mais se destaca é Leonard Nimoy. Ele interpreta o comandante Phil Kettenring. Homem austero e disciplinador, que a despeito disso também apresenta uma personalidade nebulosa e misteriosa. A presença de Nimoy também serve como referência para provar que o ator foi muito além de seu personagem mais famoso, o Sr. Spock da série Jornada nas Estrelas. Quando a série de TV original acabou ele teve que partir para outros trabalhos, entre eles esse interessante filme de submarinos. Assim deixo a dica para quem admirava o trabalho desse ator. Ele faz o filme valer bastante a pena.
Pablo Aluísio.
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