Título no Brasil: O Casamento do Meu Melhor Amigo
Título Original: My Best Friend's Wedding
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Pictures
Direção: P.J. Hogan
Roteiro: Ronald Bass
Elenco: Julia Roberts, Dermot Mulroney, Cameron Diaz, Rupert Everett, M. Emmet Walsh, Philip Bosco
Sinopse:
Julianne Potter (Julia Roberts) é uma bem sucedida crítica de culinária. Sua vida vai muito bem, principalmente no aspecto profissional até que um convite a faz desmoronar emocionalmente. Seu melhor amigo quer que ela se torne sua madrinha de casamento. O problema é que Julianne o ama há anos, mesmo sem nunca ter se declarado para ele. E agora, como vai conseguir lidar com essa delicada situação?
Comentários:
Julia Roberts sempre teve muito poder e influência em Hollywood. Uma prova disso aconteceu justamente nesse filme. No geral é uma comédia romântica das mais banais, com roteiro sem novidades que aposta naquele velho problema envolvendo amizades que escondem um grande amor. Pois bem, mesmo tendo em mãos uma fita tão esquecível e descartável, Roberts conseguiu arrancar uma indicação ao Oscar para o filme (na categoria de Melhor Música - James Newton Howard). E o que dizer de uma imerecida indicação ao Globo de Ouro? Claro que algo assim iria impulsionar a bilheteria do filme pois o Oscar não é nada mais do que uma grande vitrine promocional para qualquer filme. Em razão disso Julia Roberts teve com esse romance uma das maiores bilheterias de sua carreira. Na época inclusive muitos esperavam uma indicação de Melhor Ator Coadjuvante para Rupert Everett. Ele realmente está ótimo na pele de um amigo homossexual de Roberts. Pena que não conseguiu. Enfim, temos aqui mais uma comédia romântica sobre casamentos, dirigido por um mestre no assunto, pois o cineasta P.J. Hogan já havia se destacado antes com um filme bem parecido, "O Casamento de Muriel". Pelo visto em se tratando de vestidos de noivas e buquês ele é praticamente um especialista.
Pablo Aluísio.
sábado, 9 de março de 2019
sexta-feira, 8 de março de 2019
Duas Rainhas
Alguns filmes já foram feitos no passado sobre o conturbado relacionamento político e pessoal entre essas duas rainhas. Elizabeth I (Margot Robbie) era a rainha da Inglaterra, protestante, incapaz de gerar um herdeiro. Nunca se casou, o que lhe valeu o título histórico de "A Rainha Virgem". Era considerada uma mulher fria, que soube conduzir bem o império britânico enquanto esteve no trono. Mary Stuart (Saoirse Ronan) era a rainha da Escócia. Após viver longos anos na França retornou para se sentar no trono escocês. Falava mais francês do que a língua do país. Causou mal estar e desconforto entre os nobres escoceses. Muitos a consideravam uma estrangeira. Também era católica, o que causava problemas com os protestantes da Escócia.
Mary tinha parentesco com Elizabeth. Elas eram primas. Mais importante do que isso, Mary era a primeira na linha de sucessão ao trono inglês caso algo acontecesse com Elizabeth. Isso acabava criando uma tensão entre as duas monarcas. O filme retrata esse aspecto, mas desde o começo foca muito mais em Mary Stuart e seus problemas na corte da Escócia, do que em Elizabeth e seu relacionamento com ela. Era um foco de tensão conviver com uma nobreza tão vil e traidora como aquela. Para piorar ainda mais esse quadro, Mary teve um filho que também estaria na linha de sucessão do trono inglês. Ao mesmo tempo Elizabeth não conseguia gerar herdeiros para a dinastia Tudor ao qual pertencia (ela era filha de Ana Bolena e Henrique VIII).
O filme em si é bem interessante, conta sua história até mesmo de forma didática. As questões históricas são colocadas na mesa sem muita cerimônia. A produção também é boa, mas nada espetacular, como se poderia esperar de um filme sobre duas rainhas poderosas. O único problema do roteiro é que ele precisou compilar em pouco mais de duas horas de filme uma história que durou mais de trinta anos. Para se ter uma ideia disso basta citar o exemplo de quando Mary Stuart finalmente cai nas mãos de Elizabeth. No filme parece que sua execução se deu em poucos dias. Na verdade durou 18 anos! Houve um longo julgamento (ignorado no filme) e depois se passou muitos anos até que ela fosse executada. Assim as coisas ficam meio atropeladas. Mesmo assim ainda é um bom filme. O conselho final porém para quem gostou da história em si é ir atrás de livros sobre as monarcas, onde aí sim o leitor poderá ter uma ideia muito mais ampla do que realmente aconteceu.
Duas Rainhas (Mary Queen of Scots, Inglaterra, Estados Unidos, 2018) Direção: Josie Rourke / Roteiro: Beau Willimon, baseado no livro histórico "Queen of Scots: The True Life of Mary Stuart" / Elenco: Saoirse Ronan, Margot Robbie, Jack Lowden, Andrew Rothney / Sinopse: O filme conta a história do complicado relacionamento político e pessoal entre as rainhas Mary Stuart da Escócia (Saoirse Ronan) e Elizabeth I da Inglaterra (Margot Robbie). Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhor Figurino. Também indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Margot Robbie), Melhor Maquiagem e Melhor Figurino.
Pablo Aluísio.
Mary tinha parentesco com Elizabeth. Elas eram primas. Mais importante do que isso, Mary era a primeira na linha de sucessão ao trono inglês caso algo acontecesse com Elizabeth. Isso acabava criando uma tensão entre as duas monarcas. O filme retrata esse aspecto, mas desde o começo foca muito mais em Mary Stuart e seus problemas na corte da Escócia, do que em Elizabeth e seu relacionamento com ela. Era um foco de tensão conviver com uma nobreza tão vil e traidora como aquela. Para piorar ainda mais esse quadro, Mary teve um filho que também estaria na linha de sucessão do trono inglês. Ao mesmo tempo Elizabeth não conseguia gerar herdeiros para a dinastia Tudor ao qual pertencia (ela era filha de Ana Bolena e Henrique VIII).
O filme em si é bem interessante, conta sua história até mesmo de forma didática. As questões históricas são colocadas na mesa sem muita cerimônia. A produção também é boa, mas nada espetacular, como se poderia esperar de um filme sobre duas rainhas poderosas. O único problema do roteiro é que ele precisou compilar em pouco mais de duas horas de filme uma história que durou mais de trinta anos. Para se ter uma ideia disso basta citar o exemplo de quando Mary Stuart finalmente cai nas mãos de Elizabeth. No filme parece que sua execução se deu em poucos dias. Na verdade durou 18 anos! Houve um longo julgamento (ignorado no filme) e depois se passou muitos anos até que ela fosse executada. Assim as coisas ficam meio atropeladas. Mesmo assim ainda é um bom filme. O conselho final porém para quem gostou da história em si é ir atrás de livros sobre as monarcas, onde aí sim o leitor poderá ter uma ideia muito mais ampla do que realmente aconteceu.
Duas Rainhas (Mary Queen of Scots, Inglaterra, Estados Unidos, 2018) Direção: Josie Rourke / Roteiro: Beau Willimon, baseado no livro histórico "Queen of Scots: The True Life of Mary Stuart" / Elenco: Saoirse Ronan, Margot Robbie, Jack Lowden, Andrew Rothney / Sinopse: O filme conta a história do complicado relacionamento político e pessoal entre as rainhas Mary Stuart da Escócia (Saoirse Ronan) e Elizabeth I da Inglaterra (Margot Robbie). Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhor Figurino. Também indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Margot Robbie), Melhor Maquiagem e Melhor Figurino.
Pablo Aluísio.
O Chamado
Título no Brasil: O Chamado
Título Original: The Ring
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Naomi Watts, Martin Henderson, Brian Cox, Jane Alexander, Lindsay Frost, Amber Tamblyn
Sinopse:
Depois da morte misteriosa de sua sobrinha a jornalista Rachel Keller (Naomi Watts) resolve investigar o que de fato teria acontecido. Ela descobre que inúmeras mortes sem solução parecem ter algo em comum: o contato das vítimas com uma suposta fita, mostrando um filme perturbador, com cenas estranhas, de origem desconhecida. Por mais bizarro que possa parecer todos os que morreram assistiram essa fita sete dias antes. Agora ela terá que correr contra o tempo pois seu filho também assistiu ao filme amaldiçoado. Filme premiado no Fangoria Chainsaw Awards.
Comentários:
Esse filme deu origem a uma longa franquia de filmes de terror. O último a ser lançado foi "Os Chamados" ou "O Chamado 3", filme dirigido por F. Javier Gutiérrez. Assim "The Ring" virou uma marca de sucesso nos cinemas entre os fãs de terror. Diante dessa linhagem cinematográfica se tornou uma boa ideia rever o filme original americano. Na realidade o primeiro "O Chamado" de 2002 era o remake feito nos Estados Unidos de um filme japonês chamado "Ring: O Chamado" de 1998. Todos se baseando no livro de terror escrito por Kôji Suzuki. É interessante que dentro da cultura japonesa há uma forte e frequente referência aos espíritos dos antepassados. Por essa razão também é farto o mercado de livros e filmes explorando a figura de assombrações e entidades fantasmagóricas semelhantes. O grande atrativo desse enredo vem da presença da garota Samara, morta brutalmente e jogada sem piedade dentro de um poço abandonado. Costuma-se dizer em Hollywood que todo grande filmes de terror tem sempre um personagem assustador e marcante por trás de tudo.
No caso de "The Ring" a força de sua trama vem justamente dela, de Samara, com seus cabelos molhados e imagem sinistra. Como já se tornou uma presença constante dentro do universo pop aconselho aos que gostem desse filme passar por toda a franquia, a saber: os filmes japoneses "Ring: O Chamado", "Ringu 2" e "Ring 0 - O Chamado" e os americanos "O Chamado", "O Chamado 2" e "O Chamado 3". Como se pode ver Samara ainda daria muito trabalho nas telas de cinema por todo o mundo. Já sobre esse primeiro filme o que posso dizer é que ele sobreviveu bem ao tempo. Continua bem editado, bem produzido, com excelentes cenas de suspense e terror. Só ficou meio datado mesmo no que se refere às velhas fitas VHS. Hoje em dia, para os mais jovens, aquela coisa de videocassete vai soar muito antiga e fora de moda. Já para os saudosistas pode quem sabe até mesmo se tornar um charme nostálgico. De qualquer maneira o primeiro Chamado continua muito bom. Samara segue sendo assustadora em todas as suas aparições.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Ring
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Naomi Watts, Martin Henderson, Brian Cox, Jane Alexander, Lindsay Frost, Amber Tamblyn
Sinopse:
Depois da morte misteriosa de sua sobrinha a jornalista Rachel Keller (Naomi Watts) resolve investigar o que de fato teria acontecido. Ela descobre que inúmeras mortes sem solução parecem ter algo em comum: o contato das vítimas com uma suposta fita, mostrando um filme perturbador, com cenas estranhas, de origem desconhecida. Por mais bizarro que possa parecer todos os que morreram assistiram essa fita sete dias antes. Agora ela terá que correr contra o tempo pois seu filho também assistiu ao filme amaldiçoado. Filme premiado no Fangoria Chainsaw Awards.
Comentários:
Esse filme deu origem a uma longa franquia de filmes de terror. O último a ser lançado foi "Os Chamados" ou "O Chamado 3", filme dirigido por F. Javier Gutiérrez. Assim "The Ring" virou uma marca de sucesso nos cinemas entre os fãs de terror. Diante dessa linhagem cinematográfica se tornou uma boa ideia rever o filme original americano. Na realidade o primeiro "O Chamado" de 2002 era o remake feito nos Estados Unidos de um filme japonês chamado "Ring: O Chamado" de 1998. Todos se baseando no livro de terror escrito por Kôji Suzuki. É interessante que dentro da cultura japonesa há uma forte e frequente referência aos espíritos dos antepassados. Por essa razão também é farto o mercado de livros e filmes explorando a figura de assombrações e entidades fantasmagóricas semelhantes. O grande atrativo desse enredo vem da presença da garota Samara, morta brutalmente e jogada sem piedade dentro de um poço abandonado. Costuma-se dizer em Hollywood que todo grande filmes de terror tem sempre um personagem assustador e marcante por trás de tudo.
No caso de "The Ring" a força de sua trama vem justamente dela, de Samara, com seus cabelos molhados e imagem sinistra. Como já se tornou uma presença constante dentro do universo pop aconselho aos que gostem desse filme passar por toda a franquia, a saber: os filmes japoneses "Ring: O Chamado", "Ringu 2" e "Ring 0 - O Chamado" e os americanos "O Chamado", "O Chamado 2" e "O Chamado 3". Como se pode ver Samara ainda daria muito trabalho nas telas de cinema por todo o mundo. Já sobre esse primeiro filme o que posso dizer é que ele sobreviveu bem ao tempo. Continua bem editado, bem produzido, com excelentes cenas de suspense e terror. Só ficou meio datado mesmo no que se refere às velhas fitas VHS. Hoje em dia, para os mais jovens, aquela coisa de videocassete vai soar muito antiga e fora de moda. Já para os saudosistas pode quem sabe até mesmo se tornar um charme nostálgico. De qualquer maneira o primeiro Chamado continua muito bom. Samara segue sendo assustadora em todas as suas aparições.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 7 de março de 2019
Sua Majestade, Mrs. Brown
Assisti pela primeira vez em 1997. Ontem resolvi rever, isso pela simples razão de que ando interessado na história da Rainha Vitória. Acontece que estou acompanhando a série "Victoria" da TV britânica, então sempre surge aquele interesse na figura histórica. Esse filme já mostra a rainha em seus últimos anos, em pleno luto pela morte do marido. A corte toda se veste de preto e há um clima de tristeza no ar. A rainha também havia se retirado de sua vida pública, preferindo viver em um palácio afastado, nos arredores da Escócia. E é justamente nesse clima de pesar que chega um novo criado, um cavalariço chamado Mr. Brown.
Ele meio que desafia a rainha a sair de seu estado melancólico. Todos os dias se coloca em frente ao palácio com a bela montaria da rainha. Isso perturba Vitória em um primeiro momento, mas depois ela cede e começa a fazer passeios a cavalo diariamente. Segundo Mr. Brown apenas o ar livre vai tirar a rainha de seu estado de miserável infelicidade. Aos poucos, como era de se supor, a monarca e seu empregado vão criando uma aproximação, uma amizade sincera entre duas pessoas que se encontram em polos opostos da sociedade inglesa. Claro que isso também começa a despertar suspeitas e ciúmes dentro da nobreza. Não demora muito e as fofocas começam a ficar mais intensas. Estariam tendo um caso amoroso?
Até hoje historiadores não chegaram a uma conclusão sobre isso. O roteiro do filme por sua vez resolveu não tomar certas liberdades com o caso, o que andou bem. Não seria de bom tom mostrar um relacionamento amoroso que nunca foi comprovado, manchando de certa forma a maneira como a rainha Vitória seria retratada no cinema. Entre tantas dúvidas históricas porém emerge um belo filme, com destaque para o elenco. Judi Dench tem o porte certo de uma rainha. Basta sua presença na tela para afastar qualquer dúvida sobre isso. Uma atriz como poucas. Já Billy Connolly também não fica atrás. A suposta rudeza de seu Mr. Brown esconde uma postura de fidelidade e lealdade inquebráveis. Enfim, um belo filme que retratou muito bem a famosa rainha Vitória que deu nome a todo um século na história do império britânico.
Sua Majestade, Mrs. Brown (Mrs Brown, Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos, 1997) Direção: John Madden / Roteiro: Jeremy Brock / Elenco: Judi Dench, Billy Connolly, Geoffrey Palmer / Sinopse: O filme mostra a amizade que surgiu entre a rainha Vitória e seu criado Mr. Brown. Nele ela encontrou um amigo leal a quem poderia confessar seus mais íntimos pensamentos. Filme vencedor do Globo de Ouro e do BAFTA Awards na categoria de Melhor Atriz (Judi Dench). Também indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Judi Dench), e Melhor Maquiagem.
Pablo Aluísio.
Ele meio que desafia a rainha a sair de seu estado melancólico. Todos os dias se coloca em frente ao palácio com a bela montaria da rainha. Isso perturba Vitória em um primeiro momento, mas depois ela cede e começa a fazer passeios a cavalo diariamente. Segundo Mr. Brown apenas o ar livre vai tirar a rainha de seu estado de miserável infelicidade. Aos poucos, como era de se supor, a monarca e seu empregado vão criando uma aproximação, uma amizade sincera entre duas pessoas que se encontram em polos opostos da sociedade inglesa. Claro que isso também começa a despertar suspeitas e ciúmes dentro da nobreza. Não demora muito e as fofocas começam a ficar mais intensas. Estariam tendo um caso amoroso?
Até hoje historiadores não chegaram a uma conclusão sobre isso. O roteiro do filme por sua vez resolveu não tomar certas liberdades com o caso, o que andou bem. Não seria de bom tom mostrar um relacionamento amoroso que nunca foi comprovado, manchando de certa forma a maneira como a rainha Vitória seria retratada no cinema. Entre tantas dúvidas históricas porém emerge um belo filme, com destaque para o elenco. Judi Dench tem o porte certo de uma rainha. Basta sua presença na tela para afastar qualquer dúvida sobre isso. Uma atriz como poucas. Já Billy Connolly também não fica atrás. A suposta rudeza de seu Mr. Brown esconde uma postura de fidelidade e lealdade inquebráveis. Enfim, um belo filme que retratou muito bem a famosa rainha Vitória que deu nome a todo um século na história do império britânico.
Sua Majestade, Mrs. Brown (Mrs Brown, Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos, 1997) Direção: John Madden / Roteiro: Jeremy Brock / Elenco: Judi Dench, Billy Connolly, Geoffrey Palmer / Sinopse: O filme mostra a amizade que surgiu entre a rainha Vitória e seu criado Mr. Brown. Nele ela encontrou um amigo leal a quem poderia confessar seus mais íntimos pensamentos. Filme vencedor do Globo de Ouro e do BAFTA Awards na categoria de Melhor Atriz (Judi Dench). Também indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Judi Dench), e Melhor Maquiagem.
Pablo Aluísio.
A Lente do Amor
Título no Brasil: A Lente do Amor
Título Original: Addicted to Love
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Griffin Dunne
Roteiro: Robert Gordon
Elenco: Meg Ryan, Matthew Broderick, Kelly Preston, Nesbitt Blaisdell, Maureen Stapleton, Dominick Dunne
Sinopse:
Dois jovens desprezados e desiludidos no amor por seus respectivos ex-namorados resolvem se unir para se vingarem deles, bolando várias situações comprometedoras para suas ex-paixões. Um deles é um astrônomo disposto a tudo para se vingar daquela que partiu seu coração. A outra é uma garota que não consegue superar o fim de seu relacionamento. O destino porém ensinará a eles que esse definitivamente não é o caminho para esquecer uma experiência ruim no campo afetivo.
Comentários:
Nas décadas de 80 e 90 a atriz Meg Ryan foi a namoradinha da América, estrelando vários filmes como esse, comédias românticas de grande sucesso de bilheteria. Curiosamente aqui ela foi dirigida pelo ator Griffin Dunne em sua estreia na direção. De modo em geral ele conseguiu realizar até um filme redondinho e bem feito, porém suas pretensões de ser uma espécie de Woody Allen da comédia romântica não se concretizaram. Na época em que esse filme foi lançado ele foi acusado, entre outras coisas, de ter um roteiro muito bizarro por se apoiar em situações de crueldade (emocional) contra os antigos amores dos protagonistas do filme. Isso se deve exatamente pelo fato deles procuraram por vingança por terem sido abandonados. Conforme a trama vai avançando as situações vão ficando mais pesadas e em algum momento o espectador acaba se perguntando se há realmente algo a rir daquele tipo de coisa. De qualquer modo o filme - embora um pouco envelhecido prematuramente nos dias de hoje - diverte. Ele tem um viés de humor negro que nem sempre combina, porém se você for um pouco menos exigente certamente vai ao menos dar algumas risadinhas amarelas das maldades armadas pela dupla central (que convenhamos não passam de dois mal amados)!.
Pablo Aluísio.
Título Original: Addicted to Love
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Griffin Dunne
Roteiro: Robert Gordon
Elenco: Meg Ryan, Matthew Broderick, Kelly Preston, Nesbitt Blaisdell, Maureen Stapleton, Dominick Dunne
Sinopse:
Dois jovens desprezados e desiludidos no amor por seus respectivos ex-namorados resolvem se unir para se vingarem deles, bolando várias situações comprometedoras para suas ex-paixões. Um deles é um astrônomo disposto a tudo para se vingar daquela que partiu seu coração. A outra é uma garota que não consegue superar o fim de seu relacionamento. O destino porém ensinará a eles que esse definitivamente não é o caminho para esquecer uma experiência ruim no campo afetivo.
Comentários:
Nas décadas de 80 e 90 a atriz Meg Ryan foi a namoradinha da América, estrelando vários filmes como esse, comédias românticas de grande sucesso de bilheteria. Curiosamente aqui ela foi dirigida pelo ator Griffin Dunne em sua estreia na direção. De modo em geral ele conseguiu realizar até um filme redondinho e bem feito, porém suas pretensões de ser uma espécie de Woody Allen da comédia romântica não se concretizaram. Na época em que esse filme foi lançado ele foi acusado, entre outras coisas, de ter um roteiro muito bizarro por se apoiar em situações de crueldade (emocional) contra os antigos amores dos protagonistas do filme. Isso se deve exatamente pelo fato deles procuraram por vingança por terem sido abandonados. Conforme a trama vai avançando as situações vão ficando mais pesadas e em algum momento o espectador acaba se perguntando se há realmente algo a rir daquele tipo de coisa. De qualquer modo o filme - embora um pouco envelhecido prematuramente nos dias de hoje - diverte. Ele tem um viés de humor negro que nem sempre combina, porém se você for um pouco menos exigente certamente vai ao menos dar algumas risadinhas amarelas das maldades armadas pela dupla central (que convenhamos não passam de dois mal amados)!.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 6 de março de 2019
Les Innocentes
Quero deixar mais uma dica para os leitores do blog. O filme se chama Les Innocentes. No Brasil ele recebeu o título de "Agnus Dei". O filme resgata uma história real (bem triste, por sinal) de um grupo de freiras católicas polonesas que acabam sofrendo abusos sexuais por parte dos soldados russos que invadiram aquele país durante a II Guerra Mundial. Para piorar o que já era terrível muitas delas ficam grávidas de seus estupradores, tornando tudo ainda mais sofrido. Para ajudá-las surge uma jovem médica francesa que vai até o convento onde vivem e descobre o drama pela qual passam. As religiosas não possuem qualquer tipo de assistência hospitalar e temem ficar estigmatizadas perante a comunidade caso os estupros cheguem ao conhecimento do povo local. Essa parte do roteiro explora algo que ainda hoje acontece com muitas mulheres vítimas desse crime pavoroso. Com medo de ficarem marcadas para sempre muitas delas preferem o silêncio.
O título original (em português, "Os Inocentes") se refere obviamente às crianças, filhas das pobres freiras estupradas. Embora o roteiro não entre nessa questão o fato é que o filme levanta, mesmo que indiretamente, a questão do aborto envolvendo estupro. Seria correto mesmo condenar uma vida de um ser indefeso e inocente por causa dos crimes de seus pais? Afinal a criança concebida não cometeu crime algum, mas sim seu pai. É ético lhe aplicar uma pena de morte por essa razão? É algo para pensarmos com extremo cuidado.
Por fim aqui vai uma revelação (caso ainda não tenha assistido ao filme pare de ler por aqui). A madre, líder do convento, em determinado momento resolve então levar as crianças recém nascidas para o meio da floresta gelada. Ela acredita que abandonadas elas seriam salvas pela providência divina! Claro que temos aqui uma situação complicada de se lidar. Porém condenar todos aqueles bebês para a morte certa no inverno polonês também nos faz duvidar de nossa própria humanidade. Em momento tocante a própria madre confessa que havia perdido sua alma ao agir assim. Mais do que óbvio. Enfim, não deixe de assistir a essa produção francesa. Sua história tocante certamente tocará fundo em sua alma católica. Um filme triste, mas com uma bela lição de vida.
Agnus Dei (Les innocentes, França, Polônia, 2016) Direção: Anne Fontaine / Roteiro: Sabrina B. Karine, Alice Vial / Elenco: Lou de Laâge, Agata Buzek, Agata Kulesza / Sinopse: O filme resgata uma história real (bem triste, por sinal) de um grupo de freiras católicas polonesas que acabam sofrendo abusos sexuais por parte dos soldados russos que invadiram aquele país durante a II Guerra Mundial.
Pablo Aluísio.
O título original (em português, "Os Inocentes") se refere obviamente às crianças, filhas das pobres freiras estupradas. Embora o roteiro não entre nessa questão o fato é que o filme levanta, mesmo que indiretamente, a questão do aborto envolvendo estupro. Seria correto mesmo condenar uma vida de um ser indefeso e inocente por causa dos crimes de seus pais? Afinal a criança concebida não cometeu crime algum, mas sim seu pai. É ético lhe aplicar uma pena de morte por essa razão? É algo para pensarmos com extremo cuidado.
Por fim aqui vai uma revelação (caso ainda não tenha assistido ao filme pare de ler por aqui). A madre, líder do convento, em determinado momento resolve então levar as crianças recém nascidas para o meio da floresta gelada. Ela acredita que abandonadas elas seriam salvas pela providência divina! Claro que temos aqui uma situação complicada de se lidar. Porém condenar todos aqueles bebês para a morte certa no inverno polonês também nos faz duvidar de nossa própria humanidade. Em momento tocante a própria madre confessa que havia perdido sua alma ao agir assim. Mais do que óbvio. Enfim, não deixe de assistir a essa produção francesa. Sua história tocante certamente tocará fundo em sua alma católica. Um filme triste, mas com uma bela lição de vida.
Agnus Dei (Les innocentes, França, Polônia, 2016) Direção: Anne Fontaine / Roteiro: Sabrina B. Karine, Alice Vial / Elenco: Lou de Laâge, Agata Buzek, Agata Kulesza / Sinopse: O filme resgata uma história real (bem triste, por sinal) de um grupo de freiras católicas polonesas que acabam sofrendo abusos sexuais por parte dos soldados russos que invadiram aquele país durante a II Guerra Mundial.
Pablo Aluísio.
Eclipse de uma Paixão
Título no Brasil: Eclipse de uma Paixão
Título Original: Total Eclipse
Ano de Produção: 1995
País: Inglaterra, França, Bélgica
Estúdio: Capitol Films, Le Studio Canal+
Direção: Agnieszka Holland
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Leonardo DiCaprio, David Thewlis, Romane Bohringer, Dominique Blanc, Félicie Pasotti, Christopher Chaplin
Sinopse:
O filme resgata a juventude do poeta Arthur Rimbaud (1854 - 1891). Impulsionado por seu mentor e mestre Paul Verlaine (David Thewlis) ele começa a dar os primeiros passos em relação a sua obra, que se tornaria no futuro uma das mais importantes da história. Ao lado do escritor também surgem aspectos de sua própria vida pessoal, como sua sexualidade fora dos padrões convencionais de sua época. Filme indicado ao San Sebastián International Film Festival.
Comentários:
Esse filme acabou ganhando notoriedade pelos motivos errados. Ao invés das pessoas discutiram aspectos biográficos do imortal Rimbaud, ficou-se meses falando das ousadas cenas de homossexualidade protagonizadas pelo galã adolescente Leonardo DiCaprio! Assim grande parte dos méritos artísticos do filme foram literalmente ignoradas em prol de um debate fútil e incoerente sobre os rumos que a carreira de DiCaprio estavam tomando. Afinal, seria interessante para um ator que estava prestes a se tornar um dos maiores astros de Hollywood se expor dessa forma, em cenas tão polêmicas? Tudo bobagem. Hoje em dia, quando ninguém mais fala sobre isso, o filme ganha contornos ainda mais interessantes para entender o artista (e o homem) por trás de uma obra tão importante. Ele morreu ainda bem jovem (com apenas 37 anos) e o que mais chama atenção é que seus melhores trabalhos foram feitos quando ele era ainda bem mais jovem, quando era praticamente um adolescente. Enfim, temos aqui uma boa amostra para a vida sofrida e breve desse poeta. Basta deixar as futilidades de lado para entender um pouco de seu pensamento ímpar.
Pablo Aluísio.
Título Original: Total Eclipse
Ano de Produção: 1995
País: Inglaterra, França, Bélgica
Estúdio: Capitol Films, Le Studio Canal+
Direção: Agnieszka Holland
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Leonardo DiCaprio, David Thewlis, Romane Bohringer, Dominique Blanc, Félicie Pasotti, Christopher Chaplin
Sinopse:
O filme resgata a juventude do poeta Arthur Rimbaud (1854 - 1891). Impulsionado por seu mentor e mestre Paul Verlaine (David Thewlis) ele começa a dar os primeiros passos em relação a sua obra, que se tornaria no futuro uma das mais importantes da história. Ao lado do escritor também surgem aspectos de sua própria vida pessoal, como sua sexualidade fora dos padrões convencionais de sua época. Filme indicado ao San Sebastián International Film Festival.
Comentários:
Esse filme acabou ganhando notoriedade pelos motivos errados. Ao invés das pessoas discutiram aspectos biográficos do imortal Rimbaud, ficou-se meses falando das ousadas cenas de homossexualidade protagonizadas pelo galã adolescente Leonardo DiCaprio! Assim grande parte dos méritos artísticos do filme foram literalmente ignoradas em prol de um debate fútil e incoerente sobre os rumos que a carreira de DiCaprio estavam tomando. Afinal, seria interessante para um ator que estava prestes a se tornar um dos maiores astros de Hollywood se expor dessa forma, em cenas tão polêmicas? Tudo bobagem. Hoje em dia, quando ninguém mais fala sobre isso, o filme ganha contornos ainda mais interessantes para entender o artista (e o homem) por trás de uma obra tão importante. Ele morreu ainda bem jovem (com apenas 37 anos) e o que mais chama atenção é que seus melhores trabalhos foram feitos quando ele era ainda bem mais jovem, quando era praticamente um adolescente. Enfim, temos aqui uma boa amostra para a vida sofrida e breve desse poeta. Basta deixar as futilidades de lado para entender um pouco de seu pensamento ímpar.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de março de 2019
Nasce uma Estrela
Há muitos anos tinha assistido às duas versões mais famosas de "Nasce uma Estrela". A primeira, clássica, com Judy Garland e a segunda, dos anos 1970, com Barbra Streisand e Kris Kristofferson. Filmes bem melodramáticos que investiam bastante em lágrimas. Do meu ponto de vista isso bastava, mas eis que no ano passado surgiu essa nova versão, mais suave, com Lady Gaga e Bradley Cooper. Não tive muita vontade de ver, até que o filme se saiu excepcionalmente bem nas indicações ao Oscar, sendo indicado até mesmo na categoria de melhor filme! Assim, diante de toda essa repercussão, decide finalmente conferir, pela terceira vez, esse enredo.
O roteiro não inova muito, não tem muita originalidade, preferindo mesmo suavizar o drama que era bem forte nas versões anteriores. Ficou, digamos, bem mais soft. O romance entre um cantor decadente e uma jovem cantora promissora seguiu basicamente o mesmo caminho. Ele decai a cada dia, enquanto ela vai subindo os degraus da fama. Um relacionamento conseguiria sobreviver a esse tipo de situação, ainda mais sabendo que ambos são artistas, possuem seus egos e por profissão são vaidosos e orgulhosos? Esse tema básico foi, mais uma vez, bem suavizado. O que era explosão de personalidades nos filmes anteriores agora abre espaço para mais compaixão e compreensão entre o casal.
Dito isso, é forçoso reconhecer que Lady Gaga não é uma atriz. Ela pode enganar bem, disfarçar bastante, mas não é uma atriz de verdade. Sua indicação ao Oscar de melhor atriz foi um ato irracional por parte dos membros da academia, só justificada por sua popularidade como cantora pop. Em diversos momentos percebemos como ela está mal em cena. Em algumas cenas beira o amadorismo completo. Já Bradley Cooper adotou um estilo mais másculo, mais de acordo com o que se espera de um cantor country. Inclusive imitou o tom de voz de Sam Elliott, que interpreta seu irmão no filme. Ficou bom, gostei. No mais é isso mesmo que já escrevi. O que temos aqui é uma versão bem suave, para não assustar muito essa nova geração. O que mais me admira é que o filme acabou dando certo, mesmo tendo uma "não atriz" em um dos papéis centrais. Um feito e tanto!
Nasce uma Estrela (A Star Is Born, Estados Unidos, 2018) Direção: Bradley Cooper / Roteiro: Eric Roth, Bradley Cooper / Elenco: Lady Gaga, Bradley Cooper, Sam Elliott, Alec Baldwin / Sinopse: Um cantor country famoso se apaixona por uma cantora desconhecida e resolve ajudá-la em sua carreira. Enquanto ela começa a colecionar sucessos, ele vai decaindo a cada dia, por causa do alcoolismo e uso de drogas. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Música Original ("Shallow" de Lady Gaga, Mark Ronson, Anthony Rossomando e Andrew Wyatt).
Pablo Aluísio.
O roteiro não inova muito, não tem muita originalidade, preferindo mesmo suavizar o drama que era bem forte nas versões anteriores. Ficou, digamos, bem mais soft. O romance entre um cantor decadente e uma jovem cantora promissora seguiu basicamente o mesmo caminho. Ele decai a cada dia, enquanto ela vai subindo os degraus da fama. Um relacionamento conseguiria sobreviver a esse tipo de situação, ainda mais sabendo que ambos são artistas, possuem seus egos e por profissão são vaidosos e orgulhosos? Esse tema básico foi, mais uma vez, bem suavizado. O que era explosão de personalidades nos filmes anteriores agora abre espaço para mais compaixão e compreensão entre o casal.
Dito isso, é forçoso reconhecer que Lady Gaga não é uma atriz. Ela pode enganar bem, disfarçar bastante, mas não é uma atriz de verdade. Sua indicação ao Oscar de melhor atriz foi um ato irracional por parte dos membros da academia, só justificada por sua popularidade como cantora pop. Em diversos momentos percebemos como ela está mal em cena. Em algumas cenas beira o amadorismo completo. Já Bradley Cooper adotou um estilo mais másculo, mais de acordo com o que se espera de um cantor country. Inclusive imitou o tom de voz de Sam Elliott, que interpreta seu irmão no filme. Ficou bom, gostei. No mais é isso mesmo que já escrevi. O que temos aqui é uma versão bem suave, para não assustar muito essa nova geração. O que mais me admira é que o filme acabou dando certo, mesmo tendo uma "não atriz" em um dos papéis centrais. Um feito e tanto!
Nasce uma Estrela (A Star Is Born, Estados Unidos, 2018) Direção: Bradley Cooper / Roteiro: Eric Roth, Bradley Cooper / Elenco: Lady Gaga, Bradley Cooper, Sam Elliott, Alec Baldwin / Sinopse: Um cantor country famoso se apaixona por uma cantora desconhecida e resolve ajudá-la em sua carreira. Enquanto ela começa a colecionar sucessos, ele vai decaindo a cada dia, por causa do alcoolismo e uso de drogas. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Música Original ("Shallow" de Lady Gaga, Mark Ronson, Anthony Rossomando e Andrew Wyatt).
Pablo Aluísio.
Rebobine, por Favor
Comédia muito bobinha sobre dois sujeitos que acabam desmagnetizando as fitas VHS de uma velha locadora de bairro pertencente a um homem idoso e quase aposentado (interpretado pelo veterano Danny Glover). Um deles é Jack Black, com todos aqueles exageros que já conhecemos bem. O outro é meio "pancada da cabeça", aqui sendo vivido pelo ator igualmente "pancada na cabeça" Yasiin Bey. Depois do acidente, eles precisam consertar a besteira que fizeram, mas como? Da pior maneira possível, resolvendo refilmar de forma caseira os filmes que foram apagados. A piada do filme é basicamente essa.
Assim lá vai a dupla de idiotas refilmar obras como "Os Caça-Fantasmas", "Robocop", "2001", entre outros. Tudo feito sem dinheiro, usando um ferro velho, pelas ruas do bairro. Uma coisa pavorosa de mal feita. Quando essa piada perde a graça o roteiro tenta imitar filmes como "Cinema Paradiso" para trazer um pouco de pieguice e melancolia a um roteiro que nunca se encontra. Essa é a pior parte, quase me fez desistir do filme pelo meio do caminho. É muito apelativo, no péssimo sentido da palavra. Além disso há outros problemas. Sempre que deixam Jack Black solto demais nas comédias ele estraga tudo, isso não é novidade. A única coisa que não consegui entender foi como atrizes da categoria de Sigourney Weaver e Mia Farrow aceitaram papéis tão medíocres em uma besteira desse tamanho! Tudo bem, manter a carreira ativa no cinema é uma coisa, só que passar vergonha é outra completamente diferente. Não deveriam ter feito esse papelão.
Rebobine, por Favor (Be Kind Rewind, Estados Unidos, 2008) Direção: Michel Gondry / Roteiro: Michel Gondry / Elenco: Jack Black, Yasiin Bey, Danny Glover, Sigourney Weaver, Mia Farrow / Sinopse: Dois imbecis desmagnetizam todo o acervo de uma antiga locadora de fitas VHS. A loja pertence a um velho senhor idoso e humilde. Para desfazer a besteira que fizeram eles então decidem fazer versões caseiras dos filmes que foram apagados, causando muita confusão pelo bairro.
Pablo Aluísio.
Assim lá vai a dupla de idiotas refilmar obras como "Os Caça-Fantasmas", "Robocop", "2001", entre outros. Tudo feito sem dinheiro, usando um ferro velho, pelas ruas do bairro. Uma coisa pavorosa de mal feita. Quando essa piada perde a graça o roteiro tenta imitar filmes como "Cinema Paradiso" para trazer um pouco de pieguice e melancolia a um roteiro que nunca se encontra. Essa é a pior parte, quase me fez desistir do filme pelo meio do caminho. É muito apelativo, no péssimo sentido da palavra. Além disso há outros problemas. Sempre que deixam Jack Black solto demais nas comédias ele estraga tudo, isso não é novidade. A única coisa que não consegui entender foi como atrizes da categoria de Sigourney Weaver e Mia Farrow aceitaram papéis tão medíocres em uma besteira desse tamanho! Tudo bem, manter a carreira ativa no cinema é uma coisa, só que passar vergonha é outra completamente diferente. Não deveriam ter feito esse papelão.
Rebobine, por Favor (Be Kind Rewind, Estados Unidos, 2008) Direção: Michel Gondry / Roteiro: Michel Gondry / Elenco: Jack Black, Yasiin Bey, Danny Glover, Sigourney Weaver, Mia Farrow / Sinopse: Dois imbecis desmagnetizam todo o acervo de uma antiga locadora de fitas VHS. A loja pertence a um velho senhor idoso e humilde. Para desfazer a besteira que fizeram eles então decidem fazer versões caseiras dos filmes que foram apagados, causando muita confusão pelo bairro.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 4 de março de 2019
Vice
Esse foi mais um a concorrer ao Oscar de melhor filme nesse ano. Dos concorrentes é talvez o menos pretensioso, mais irônico e com um claro viés progressista. Sua intenção é bem clara desde o começo. Não se trata de um cinebiografia comum, que vai contar a história do vice presidente republicano Dick Cheney de maneira convencional. Não, não se trata disso. É uma produção com clara linha política que satirizando seu protagonista, acaba tencionando destrui-lo também no processo. É bem o contrário do filme sobre o Queen. Ali o vocalista Freddie Mercury é glorificado em sua lenda. Aqui Dick Chaney é pisoteado sem dó e nem piedade.
O curioso é que apesar de tudo isso se trata de um bom filme. Veja, não é fácil tornar interessante um filme sobre um político burocrata que no final das contas sempre teve zero de carisma pessoal. Como manter a atenção do espectador nesse tipo de filme? Ora, tirando sarro e satirizando o vice presidente de George W. Bush. E o fizeram muito bem. Cheney sempre foi aquele tipo de homem que subiu os degraus do poder apenas por relações pessoais. Basicamente ele apertou as mãos certas dos políticos poderosos que depois o ajudaram a subir. Sem mérito pessoal, sem ter passado por nenhum tipo de prova que colocasse em perspectiva sua capacidade real de ocupar os cargos que ocupou ao longo da vida.
O filme começa a contar a história dele desde os tempos da universidade quando jogou uma carreira estudantil promissora para se entregar a bebedeiras sem fim. Valentão, gostava de puxar brigas em bares. Acabou sendo ajudado da esposa, que era influente e inteligente, deixando empregos menores (como eletricista de postes) para ir aos poucos servindo como assessor político de figurões. Claro que os republicanos são retratados todos como sujeitos indigestos, nada éticos. Como eu disse o roteiro tem um viés bem forte, alinhado ao partido democrata. No meio de tanta propaganda política se sobressai mesmo o ator Christian Bale. Aliás a pergunta que surge quando o filme acaba é: Onde está Bale? Sim, debaixo de uma pesada maquiagem ele simplesmente desaparece na pele de sua personagem, algo que apenas grandes atores conseguem fazer. Merecia o Oscar, certamente.
Vice (Estados Unidos, 2018) Direçao: Adam McKay / Roteiro: Adam McKay / Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Steve Carell, Sam Rockwell, Alison Pill / Sinopse: O filme conta, de forma irônica, a história do vice presidente Dick Cheney. Político sem brilho ou carisma, acabou subindo na carreira por causa das relações pessoais com homens poderosos. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Maquiagem (Greg Cannom, Kate Biscoe e Patricia Dehaney). Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Christian Bale), Roteiro e Direção (Adam McKay).
Pablo Aluísio.
O curioso é que apesar de tudo isso se trata de um bom filme. Veja, não é fácil tornar interessante um filme sobre um político burocrata que no final das contas sempre teve zero de carisma pessoal. Como manter a atenção do espectador nesse tipo de filme? Ora, tirando sarro e satirizando o vice presidente de George W. Bush. E o fizeram muito bem. Cheney sempre foi aquele tipo de homem que subiu os degraus do poder apenas por relações pessoais. Basicamente ele apertou as mãos certas dos políticos poderosos que depois o ajudaram a subir. Sem mérito pessoal, sem ter passado por nenhum tipo de prova que colocasse em perspectiva sua capacidade real de ocupar os cargos que ocupou ao longo da vida.
O filme começa a contar a história dele desde os tempos da universidade quando jogou uma carreira estudantil promissora para se entregar a bebedeiras sem fim. Valentão, gostava de puxar brigas em bares. Acabou sendo ajudado da esposa, que era influente e inteligente, deixando empregos menores (como eletricista de postes) para ir aos poucos servindo como assessor político de figurões. Claro que os republicanos são retratados todos como sujeitos indigestos, nada éticos. Como eu disse o roteiro tem um viés bem forte, alinhado ao partido democrata. No meio de tanta propaganda política se sobressai mesmo o ator Christian Bale. Aliás a pergunta que surge quando o filme acaba é: Onde está Bale? Sim, debaixo de uma pesada maquiagem ele simplesmente desaparece na pele de sua personagem, algo que apenas grandes atores conseguem fazer. Merecia o Oscar, certamente.
Vice (Estados Unidos, 2018) Direçao: Adam McKay / Roteiro: Adam McKay / Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Steve Carell, Sam Rockwell, Alison Pill / Sinopse: O filme conta, de forma irônica, a história do vice presidente Dick Cheney. Político sem brilho ou carisma, acabou subindo na carreira por causa das relações pessoais com homens poderosos. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Maquiagem (Greg Cannom, Kate Biscoe e Patricia Dehaney). Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Christian Bale), Roteiro e Direção (Adam McKay).
Pablo Aluísio.
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