quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Conexão Escobar

Considero um filmão mesmo. Tudo o que se vê na tela foi baseado na história real de Robert Mazur (Bryan Cranston), um agente americano infiltrado no Cartel de Medellín. Ele era um mestre em contabilidade, com especialização em lavagem de dinheiro. Ora, nessa época o Cartel comandado por Pablo Escobar estava faturando alto com o tráfico internacional de drogas, saindo da Colômbia para os Estados Unidos. Com tanto dinheiro jorrando era necessário alguém para "legalizar" essa fortuna ilegal. Coube a Robert essa função. Claro que ao se infiltrar na quadrilha ele acaba testemunhando todos os tipos de crimes e também as personalidades dos principais chefões do tráfico. É um filme bem realista, mostrando a verdade sobre tudo o que aconteceu, sem tentar romantizar a vida dos criminosos. Além do bom roteiro ainda temos uma ótima atuação de  Bryan Cranston. Papel muito adequado, ainda mais para ele que se tornou famoso ao estrelar a série "Breaking Bad", que também tinha como tema o submundo do comércio ilegal de vendas de drogas.

No final ficamos sabendo de muitos detalhes, dos políticos corruptos, do modo de operação do grupo de Pablo Escobar e também do chamado Lado B do mundo do crime, aquele em que se tenta lavar imensas somas de dinheiro que vinham dos Estados Unidos, o maior mercado consumidor de drogas do mundo. Além de funcionar como cinema de boa qualidade o filme também pode ser visto como uma verdadeira reportagem investigativa, mostrando o que poucos conheciam até então.

Conexão Escobar (The Infiltrator, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Brad Furman / Roteiro: Ellen Sue Brown / Elenco: Bryan Cranston, John Leguizamo, Diane Kruger, Yul Vazquez, Benjamin Bratt, Elena Anaya / Sinopse: O filme conta a história de um agente do DEA infiltrado no maior cartel de tráfico de drogas do mundo durante os anos 80. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

Death Note

Definitivamente parece que ninguém, mas ninguém mesmo, curtiu essa adaptação de Death Note feita pela plataforma Netflix. Quando o projeto do filme foi anunciado os fãs dos quadrinhos comemoraram, acharam que vinha coisa muito boa por aí... só que não veio. Realmente é um filme bem fraco, com roteiro mal escrito, elenco jovem muito inexpressivo e uma direção de arte que vai do mediano para o ruim cena após cena. O enredo é bem conhecido para quem gosta de quadrinhos japoneses. Um livro que tem o poder de ceifar a vida de quem tem seu nome escrito nele, cai nas mãos de um jovem nerd, um estudante que só tira boas notas e que dá uma mãozinha para os que estão pendurados nas matérias.

Pois bem, com um poder desses o que ele decide fazer? Ora, escrever o nome dos mais diversos criminosos no livro, para que eles morram e assim a sociedade fique mais limpa, livre da criminalidade. Boa ideia? Nem tanto, logo as coisas fogem do controle e pioram ainda mais quando uma criatura sinistra, um demônio, surge para atazanar a vida do rapaz. Esse monstro aliás conta com a interpretação do único grande ator do elenco, o sempre bom e objetivo Willem Dafoe. Pena que uma andorinha só não faz verão e o filme como um todo seja muito fraquinho e decepcionante!

Death Note (Estados Unidos, 2017) Direção: Adam Wingard / Roteiro: Charley Parlapanides, Vlas Parlapanides / Elenco: Nat Wolff, Willem Dafoe, Lakeith Stanfield, Margaret Qualley, Shea Whigham / Sinopse: Jovem colegial, Light Turner (Wolff) coloca as mãos em um livro obscuro, que tem o poder de acabar com a vida daqueles cujos nomes são escritos em suas páginas. Com ele em seu poder começa a fazer uma espécie de "justiça pelas próprias mãos", em prol da sociedade, mas tudo acaba dando muito errado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Agora Estamos Sozinhos

Praticamente toda a humanidade desapareceu. Isso é uma premissa que o roteiro do filme vai impor logo nos primeiros minutos. Nada será explicado, por isso aceite esse fato como parte da história. Apenas um homem caminha nas ruas de uma pequena cidadezinhas perdida. Ele é interpretado pelo pequeno grande ator Peter Dinklage. Para não enlouquecer naquela solidão absoluta ele cria para si uma rotina. Continua organizando os livros da biblioteca (onde ele trabalhava antes do "apocalipse") e quando é possível entra nas casas, agora vazias, para fazer uma "limpeza", jogando todo o lixo fora e enterrando os corpos que por acaso encontra.

Sua rotina muda quando uma jovem aparece na cidade. Ela é encontrada inconsciente na direção de um carro que bateu violentamente em um poste, na madrugada anterior. Pelo visto ele não é o último sobrevivente sob a face da Terra. A garota é bonita, mais extrovertida do que ele (que é um sujeito monossilábico e com cara de poucos amigos) e vai ganhando sua confiança com o passar do tempo. Só que ela também guarda um segredo que ele nem desconfia. Do que ela estaria fugindo? Haveria outros sobreviventes ao suposto fim da humanidade?

Esse é um filme complicado, nem todos vão gostar. Quase sem nenhuma trilha sonora durante todo o desenrolar da história ele tem vários momentos onde basicamente nada acontece. Os diálogos são poucos, pontuais. Elle Fanning continua sendo uma graça de pessoa, mas sua personagem nunca se desenvolve bem. E para piorar tudo, embora talentoso, Peter Dinklage não consegue se sobressair por culpa de seu antipático papel. Barbudo, sempre com cara fechada, ele não cativa ninguém. Chega a ser até mesmo um pouco assustador. Em suma, não espere nem por algo convencional e nem por algo muito movimentado. O filme é, como algumas pessoas gostam de dizer, bem "paradão". O roteiro também deixa inúmeras perguntas sem respostas. Praticamente nada do que acontece é explicado devidamente. Assim a sensação final é que acabamos mesmo sendo enrolados, indo parar em lugar nenhum.

Agora Estamos Sozinhos (I Think We're Alone Now, Estados Unidos, 2018) Direção: Reed Morano / Roteiro: Mike Makowsky / Elenco: Peter Dinklage, Elle Fanning, Paul Giamatti, Charlotte Gainsbourg / Sinopse: Sozinho em sua cidade após um misterioso evento que matou todos os moradores, o pequeno Del (Peter Dinklage) tenta manter a sanidade, até o dia em que uma jovem aparece por lá. Grace (Fanning) vem para mudar sua vida para todo o sempre.

Pablo Aluísio.

Por um Corredor Escuro

Tipicamente um caso de filme de terror que tinha tudo para dar certo, mas que não funciona. A história se passa em um daqueles colégios tradicionais ingleses, onde garotas mais problemáticas são enviadas para aprender sobre disciplina, educação e postura. A protagonista é interpretada pela atriz AnnaSophia Robb. Ela é uma dessas meninas rebeldes que é enviada para uma dessas escolas bem conservadoras. Chegando lá fica sob supervisão de uma tutora rigorosa interpretada pela Uma Thurman. Aos poucos ela vai se acostumando com a rotina do lugar, conhecendo as outras alunas, etc. Só que tem algo muito errado com aquele lugar. As jovens começam a despertar talentos incomuns. Uma se torna uma excelente pianista. A outra começa a pintar quadros clássicos maravilhosos. Ainda sobra espaço para matemáticas, poetisas, etc. Nada parece fazer muito sentido.

A explicação vem da manifestação de entidades sobrenaturais. Dizer mais seria estragar as surpresas do roteiro. Só que não vá se animando muito. O enredo é bom, a premissa muito interessante, mas o filme é fraco demais. Dirigido por um cineasta espanhol (a Espanha tem realizado muitos bons filmes de terror ultimamente), tudo acaba em mera decepção. A cena final, com chamas digitais extremamente mal feitas, é a pá de cal definitiva sobre um filme que ficou pelo meio do caminho.

Por um Corredor Escuro (Down a Dark Hall, Estados Unidos, Espanha, 2018) Direção: Rodrigo Cortés / Roteiro: Michael Goldbach, Chris Sparling / Elenco: AnnaSophia Robb, Uma Thurman, Isabelle Fuhrman / Sinopse: Jovem garota rebelde é enviada para uma tradicional escola para moças para aprender disciplina e foco em sua vida, mas acaba descobrindo que o lugar guarda segredos envolvendo o sobrenatural e a invocação de pessoas mortas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Venom

O Venom é um personagem do universo do Homem-Aranha. Foi um vilão inventado pela Marvel para combater o famoso herói. Só que nesse filme nada disso conta. É um filme que se propõe a ser solo, quase como uma nova franquia do estúdio. Basicamente temos uma espécie de parasita espacial que chega em nosso planeta e começa a criar uma simbiose com seres humanos para sobreviver em nosso ambiente. Para azar do jornalista Eddie Brock (Tom Hardy) ele acaba sendo infectado. Como se não já bastasse ter perdido o emprego e a namorada com quem pretendia se casar, agora ele precisa lidar com essa ameaça desconhecida. A criatura chamada Venom ocupa não apenas seu corpo, mas sua mente também, falando com ele em tempo real, criando situações que até tentam ir pelo caminho do humor.

O filme está fazendo sucesso atualmente nos cinemas. Nos Estados Unidos foi o mais visto desse fim de semana. A crítica em geral opinou negativamente, mas o público parece ter gostado bastante, lotando as salas de exibição. Pessoalmente achei um bom filme pipoca, bem na base da diversão mesmo. A estória é pura ficção anos 50, com monstros espaciais, foguetes, vilões inescrupulosos, etc. Só faltou mesmo o Homem-Aranha, afinal o Venom é tão ligado ao Peter Parker que tem inclusive o mesmo visual de um de seus uniformes (coisa que o roteiro desse filme tenta ignorar, mas que é óbvio). Pelo que vinha lendo do filme poderia ser bem pior. Do jeito que está é um pipocão que cumpre aquilo que promete, trazendo uma boa diversão para seu público alvo.

Venom (Estados Unidos, 2018) Direção: Ruben Fleischer / Roteiro: Jeff Pinkner, Scott Rosenberg / Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed / Sinopse: Criatura espacial, uma espécie de parasita simbiótico, infecta um jornalista investigativo. Enquanto ele tenta entender o que está acontecendo, um plano que coloca em risco a vida humana na Terra é criado por um vilão psicopata.

Pablo Aluísio.

Duets

Esse é aquele típico caso de filme que foi salvo pela música. O roteiro passa longe de ser bem escrito, a trama é leve demais, irrelevante demais para ser levada em conta, porém é a tal coisa, a música do filme é muito boa. Me lembra de certa forma os filmes dos Beatles e Elvis Presley. Eram filmes básicos, quase sem roteiro, mas tinham trilhas sonoras cantadas por artistas fenomenais. Assim fica fácil, não é mesmo? Pois então, esse aqui é um herdeiro tardio daquele tipo de musical dos anos 50, 6o, etc. O fiapinho de roteiro, algo bem capenga, vai se sustentando pelos números musicais que vão surgindo ao longo da duração, tudo para evitar que o espectador levante da cadeira do cinema e vá embora.

Uma das gratas surpresas de "Duets" foi saber que a Gwyneth Paltrow tinha uma bela voz que enganava muito bem quando ela cantava. É curioso porque muitos astros e estrelas de Hollywood, atores e atrizes ricos e consagrados no cinema, são na verdade músicos frustrados, cantores e cantoras fracassadas. Isso foi revelado pela própria Gwyneth Paltrow durante entrevistas no lançamento do filme. A loira sempre quis ser uma grande cantora, mas acabou dando certo mesmo como atriz. A carreira vai bem, mas fica com aquele sabor amargo de não ter realizado um sonho de adolescência. Por fim um dado no mínimo curioso: esse filme foi produzido por uma das companhias de Harvey Weinstein, produtor acusado de assédio sexual por muitas atrizes, inclusive pela própria Paltrow. Teria ela ido para a cama do produtor para ganhar esse papel? Não sabemos ao certo, mas tudo leva a crer que sim...

Duets: Vem Cantar Comigo (Duets, Estados Unidos, 2000) Direção: Bruce Paltrow / Roteiro: John Byrum / Elenco: Gwyneth Paltrow, Paul Giamatti, Huey Lewis, Scott Speedman / Sinopse: O filme conta a história de um grupo de pessoas que extravasam seus problemas através da música, se inscrevendo em concursos de karaokê. Entre elas se encontra Liz (Gwyneth Paltrow) que se utiliza da música para tentar superar a morte da mãe.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de outubro de 2018

O Chamado 3

Qual é o verdadeiro passado de Samara? A resposta a essa pergunta é a melhor coisa do roteiro de "O Chamado 3". É um filme que não me animava em nada, pois pensava que seria apenas uma forma fácil do estúdio em faturar mais uma vez em cima dessa história. Só que o filme tem sim seus méritos. O roteiro, em seu começo, surge um pouco amarrado e sem novidades. O espectador deve ter paciência nesse início pouco promissor. Depois o filme vai melhorando muito com o desenvolvimento de seu enredo, fazendo com que no final se torne bem mais interessante do que se poderia imaginar.

O filme tem em suas cenas iniciais a experiência de um professor que decide escrever uma tese acadêmica sobre tudo o que aconteceu no passado envolvendo as fitas e a garota que sai do poço, a Samara. Como se pode perceber tudo acaba indo muito mal, com mortes inexplicáveis e tragédias. O tal professor, no alto de sua arrogância acadêmica, acredita que tudo pode ser explicado pela ciência, sem problemas. Só que os eventos sobrenaturais envolvendo Samara são bem reais, colocando todos em risco, não apenas o professor, mas todos os seus alunos.

É uma produção de terror muito boa, que tenta revitalizar a franquia "O Chamado" para os tempos atuais. Até a velha fita VHS foi deixada de lado, sendo agora tudo feito na base de arquivos digitais. E é nesse mundo sem limites que Samara acaba espalhando ainda mais o terror. Enfim, não deixe de conferir, pois "O Chamado 3" vale mesmo a pena.

O Chamado 3 (Rings, Estados Unidos, 2017) Direção: F. Javier Gutiérrez / Roteiro: David Loucka, Jacob Estes / Elenco: Matilda Anna Ingrid Lutz, Alex Roe, Johnny Galecki / Sinopse: Após um professor universitário elaborar uma pesquisa sobre Samara e vários alunos morrerem depois de assistirem ao seu vídeo, a namorada de um deles resolve procurar pelo passado da garota morta. Só assim, ela pensa, poderá quebrar o círculo de mortes envolvendo aquela aparição assombrada.

Pablo Aluísio.

Cidadão Cohn

Quando o filme começa encontramos esse velho advogado em uma cama de hospital. Ele está morrendo de AIDS. O desespero vem não apenas pelo fato dele estar nos últimos estágios de uma doença mortal e incurável, mas também pelo fato de que a Ordem dos advogados está prestes a cassar sua licença para advogar. O que aconteceu? Assim o filme volta em um longo flashback para contar sua história pessoal, os envolvimentos em pequenas e grandes corrupções envolvendo o governo dos Estados Unidos e o lado mais podre e escondido da política daquele país.

James Woods interpreta o advogado Roy Marcus Cohn. Sua interpretação é excelente, embora prejudicada um pouco pela forte maquiagem quando dá vida ao idoso moribundo. Parece uma máscara de borracha mal arranjada. Nas cenas em que aparece ao natural, com o rosto limpo, se sobressai seu talento. Do sujeito até idealista, recém saído da faculdade de direito, até o corrompimento completo de caráter ao rastejar pelo submundo e esgotos do jogo baixo envolvendo homens poderosos e corruptos, o filme tenta contar sua história. Poderia ser um retrato do Brasil, mas é uma amostra do que ocorre nos bastidores do poder nas altas esferas do governo americano. Não há democracia que resista. Assista e tenha um gostinho do que se passa também por lá, nas entranhas do grande irmão do norte.

Cidadão Cohn (Citizen Cohn, Estados Unidos, 1992) Direção: Frank Pierson / Roteiro: David Franzoni, baseado no livro escrito por Nicolas von Hoffman / Elenco: James Woods, Joe Don Baker, Joseph Bologna / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme conta a história de um influente advogado que está morrendo de AIDS, com ameaça de perder sua carteira de advogado depois que inúmeros escândalos envolvendo sua atuação dentro do governo são revelados ao público. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (James Woods).

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de outubro de 2018

Simplesmente Amor

São nove estórias de relacionamentos envolvendo os mais diversos personagens. Em uma delas o primeiro-ministro da Inglaterra acaba se apaixonando por uma das funcionárias de seu gabinete. Na outra uma jovem profissional, desenhista gráfica, vê sua vida amorosa ter inúmeros problemas por ter um irmão com problemas mentais. Na seguinte vemos um homem casado se interessando por sua secretária e por aí vai. Uma sucessão de pequenas crônicas amorosas que procura mostra a vida pessoal dos mais diversos tipos. Um retrato de problemas que podem atingir qualquer um, inclusive você

Esse filme tive a oportunidade de ver no cinema. Como já sabia de antemão ele apresentava vários problemas, um deles que é bem comum nesse tipo de produção com grande elenco e roteiro fragmentado, é a dispersão de foco. Com dezenas de personagens acaba que nenhum deles tem maior importância. Quando um estúdio resolve unir vários astros em um só filme já sabemos que nenhum deles terá personagens bem desenvolvidos na tela. É algo previsível. Muitos personagens, pouco foco. Além disso nem todo mundo aprecia esse tipo de roteiro ao estilo mosaico, com várias estórias correndo em paralelo ao mesmo tempo. Para muitos é algo que deixa o filme disperso demais. Enfim, "Simplesmente Amor" é isso, um filme prejudicado por suas próprias pretensões exageradas.

Simplesmente Amor (Love Actually, Estados Unidos, Inglaterra, 2003) Direção: Richard Curtis / Roteiro: Richard Curtis / Elenco: Hugh Grant, Liam Neeson, Colin Firth, Emma Thompson, Keira Knightley, Alan Rickman, Rodrigo Santoro, Billy Bob Thornton, Rowan Atkinson, Elisha Cuthbert, January Jones, Denise Richards, Claudia Schiffer, Bill Nighy, Martin Freeman, Martine McCutcheon / Sinopse: São nove estórias de amor, mostrando as dificuldades de encontrar o amor de nossas vidas. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical. Premiado pelo BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Bill Nighy).

Pablo Aluísio

Tudo para Ficar com Ele

É uma comédia romântica de rotina, estrelada por duas loiraças, a Cameron Diaz e a Christina Applegate. Essas duas atrizes nunca tinham trabalhado juntas antes. O curioso é que apesar delas serem belas mulheres, que poderiam fazer filmes que explorassem seus atributos de beleza femunina, optaram por outro caminho, indo mais para o lado do humor! A Cameron Diaz, por exemplo, chegou a atuar em comédias sexistas, com cenas que nem todo tipo de atriz toparia fazer. Porém como ela sempre andou na linha de comédias, nem ficou tão estranho assim. Ela sempre teve mesmo esse estilo mais de diversão.

Nesse filme ela interpreta uma jovem que não está preocupada em arranjar o homem certo para toda a vida, mas sim o homem certo para passar a noite. Há uma diferença aí se você pensar bem. Tudo vai mais ou menos bem até que ela se apaixona perdidamente por um cara que conhece casualmente. Com a paixão descontrolada perde a noção das coisas, fazendo qualquer coisa para ficar com ele (como o próprio título nacional sugere). Em termos gerais, como escrevi, não é um filme maravilhoso, nem nada parecido. É apenas uma fita descompromissada que até tem seus momentos. Diversão sem maiores culpas.

Tudo para Ficar com Ele (The Sweetest Thing, Estados Unidos, 2002) Direção: Roger Kumble / Roteiro: Nancy M. Pimental / Elenco: Cameron Diaz, Thomas Jane, Christina Applegate / Sinopse: Garota jovem e loira, que adora uma balada, com aventuras de uma noite só, acaba perdendo a noção e o bom senso após se apaixonar por um bonitão. Filme indicado ao Teen Choice Awards.

Pablo Aluísio.