Título no Brasil: Quero um Marido
Título Original: Give Me a Sailor
Ano de Produção: 1938
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Elliott Nugent
Roteiro: Doris Anderson
Elenco: Bob Hope, Betty Grable, Martha Raye, Clarence Kolb, Bonnie Jean Churchill, Nana Bryant
Sinopse:
Jim Brewster (Bob Hope) e seu irmão Walter (Jack Whiting) estão de volta aos Estados Unidos após uma longa viagem. Eles são marinheiros e estão empolgados por voltarem ao lar depois de tanto tempo. Walter está especialmente ansioso em reencontrar sua namorada Nancy Larkin (Betty Grable). Ele está decidido a pedi-la em casamento, só que há um problema pela frente: Jim também sempre foi apaixonado por Nancy e tentará conquistá-la de todas as formas!
Comentários:
Bob Hope sempre foi um dos comediantes mais queridos da América. Ele teve uma longa carreira, fez shows de TV e durante anos foi o apresentador do Oscar. Hope nunca foi muito conhecido do público brasileiro, mas com o relançamento de muitos de seus filmes mais antigos surge uma boa oportunidade de conhecer melhor sua filmografia. Esse aqui intitulado "Give Me a Sailor" foi um dos seus grandes sucessos de bilheteria nos anos 1930. O roteiro explora um triângulo amoroso envolvendo dois irmãos que estão na marinha e uma bela jovem loira interpretada pela linda atriz Betty Grable, em comecinho de carreira, em um dos seus primeiros papéis de destaque em Hollywood. O que poderia ser um estopim dramático para os protagonistas acaba virando apenas um mote para cenas divertidas e engraçadas, tudo muito leve, bem indicado para a família. É curioso porque esse mesmo roteiro acabou sendo readaptado anos depois para um filme com outro comediante famoso, Jerry Lewis. Tanto esse filme original como o remake de Lewis eram baseados na mesma peça escrita por Anne Nichols, uma escritora que fez muito sucesso na Broadway na década anterior, em plenos anos 20. Então é isso, um filme leve, doce, com roteiro bem simples, para fãs de Bob Hope e Betty Grable.
Pablo Aluísio.
sábado, 24 de junho de 2017
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Asas de Águias
Título no Brasil: Asas de Águias
Título Original: The Wings of Eagles
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Ford
Roteiro: Frank Fenton, William Wister Haines
Elenco: John Wayne, Maureen O'Hara, Dan Dailey, Ward Bond, Ken Curtis, Edmund Lowe
Sinopse:
Durante a formação da primeira esquadrilha de aviões da marinha americana, o piloto Frank 'Spig' Wead (John Wayne) acaba se destacando por sua coragem e audácia. Ele é um militar rebelde que nem sempre segue as ordens. Quando a marinha resolve disputar com o exército uma volta ao mundo ele prontamente se dispõe a liderar sua equipe. Apenas uma surpresa do destino acaba parando seus planos para essa aventura inesquecível.
Comentários:
John Ford foi um mestre do cinema. Disso ninguém tem dúvidas. A questão é que até mesmo os grandes cineastas dão tropeços em sua carreira. Esse "Asas de Águias" foi seguramente um dos piores filmes de Ford. Mesmo trabalhando ao lado de John Wayne, em uma história tão interessante, baseada em fatos reais, pouca coisa funciona. No começo do filme Ford adota um tom exageradamente pastelão. Isso mesmo, em um filme que se propunha a ser um drama de guerra, Ford colocou cenas exageradamente cômicas, com direito a bolos e tortas na cara e calhambeques disputando corridas com aviões (como se o espectador estivesse assistindo a um velho filme de "O Gordo e o Magro"). Nada chega a ser engraçado, apenas constrangedor. Depois o filme avança e Ford, aos poucos, vai mudando o estilo. O personagem de John Wayne sofre um acidente doméstico, ao cair de uma escada, e se torna paraplégico. Ele que sempre foi um militar audacioso teria que lidar agora com uma terrível nova realidade. E aí, do nada, o que era pastelão se torna dramalhão. É um pouco demais para o público, vamos convir. Essa montanha russa de estilos cinematográficos acaba atrapalhando o filme como um todo. Sem ter como pilotar novamente então o personagem de John Wayne vai para Hollywood e se torna roteirista de filmes de guerra. A história real de Frank 'Spig' Wead poderia render algo muito mais interessante. Ele próprio poderia ter escrito um roteiro melhor para o filme, porém quando esse foi realizado ele já estava morto. Uma pena, de certa forma John Ford, apesar de todas as suas boas intenções e talento, estragou essa biografia do velho piloto da marinha. Se tivesse adotado um tom sério e mais centrado no drama real vivido por Spig teríamos um filme muito mais interessante. Do jeito que ficou tudo soa muito bobo e fora de propósito. Esse filme certamente foi uma bola fora dentro da filmografia do grande John Ford. A lição que fica é a de que até os grandes gênios do cinema cometem sua dose de bobagens nas telas.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Wings of Eagles
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Ford
Roteiro: Frank Fenton, William Wister Haines
Elenco: John Wayne, Maureen O'Hara, Dan Dailey, Ward Bond, Ken Curtis, Edmund Lowe
Sinopse:
Durante a formação da primeira esquadrilha de aviões da marinha americana, o piloto Frank 'Spig' Wead (John Wayne) acaba se destacando por sua coragem e audácia. Ele é um militar rebelde que nem sempre segue as ordens. Quando a marinha resolve disputar com o exército uma volta ao mundo ele prontamente se dispõe a liderar sua equipe. Apenas uma surpresa do destino acaba parando seus planos para essa aventura inesquecível.
Comentários:
John Ford foi um mestre do cinema. Disso ninguém tem dúvidas. A questão é que até mesmo os grandes cineastas dão tropeços em sua carreira. Esse "Asas de Águias" foi seguramente um dos piores filmes de Ford. Mesmo trabalhando ao lado de John Wayne, em uma história tão interessante, baseada em fatos reais, pouca coisa funciona. No começo do filme Ford adota um tom exageradamente pastelão. Isso mesmo, em um filme que se propunha a ser um drama de guerra, Ford colocou cenas exageradamente cômicas, com direito a bolos e tortas na cara e calhambeques disputando corridas com aviões (como se o espectador estivesse assistindo a um velho filme de "O Gordo e o Magro"). Nada chega a ser engraçado, apenas constrangedor. Depois o filme avança e Ford, aos poucos, vai mudando o estilo. O personagem de John Wayne sofre um acidente doméstico, ao cair de uma escada, e se torna paraplégico. Ele que sempre foi um militar audacioso teria que lidar agora com uma terrível nova realidade. E aí, do nada, o que era pastelão se torna dramalhão. É um pouco demais para o público, vamos convir. Essa montanha russa de estilos cinematográficos acaba atrapalhando o filme como um todo. Sem ter como pilotar novamente então o personagem de John Wayne vai para Hollywood e se torna roteirista de filmes de guerra. A história real de Frank 'Spig' Wead poderia render algo muito mais interessante. Ele próprio poderia ter escrito um roteiro melhor para o filme, porém quando esse foi realizado ele já estava morto. Uma pena, de certa forma John Ford, apesar de todas as suas boas intenções e talento, estragou essa biografia do velho piloto da marinha. Se tivesse adotado um tom sério e mais centrado no drama real vivido por Spig teríamos um filme muito mais interessante. Do jeito que ficou tudo soa muito bobo e fora de propósito. Esse filme certamente foi uma bola fora dentro da filmografia do grande John Ford. A lição que fica é a de que até os grandes gênios do cinema cometem sua dose de bobagens nas telas.
Pablo Aluísio.
Vamos Dançar?
Título no Brasil: Vamos Dançar?
Título Original: Shall We Dance
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Mark Sandrich
Roteiro: Allan Scott, Ernest Pagano
Elenco: Fred Astaire, Ginger Rogers, Edward Everett Horton, Eric Blore, Jerome Cowan, Ketti Gallian
Sinopse:
Durante uma viagem de navio rumo a Nova Iorque, o mestre do mundo da dança Pete "Petrov" Peters (Fred Astaire) descobre que no mesmo navio viaja a estrela dos musicais Linda Keene (Ginger Rogers). E eles acabam se tornando alvo de uma fofoca que diz que supostamente estariam casados em segredo, algo que deixa Petrov completamente indignado. Mas haveria algum fundo de verdade nessa estória? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música original (They Can't Take That Away from Me" de George Gershwin e Ira Gershwin).
Comentários:
O que menos importava nos filmes da dupla Fred Astaire e Ginger Rogers eram as estórias contadas em seus filmes. Tudo no fundo não passava de um mero pretexto para que eles apresentassem nas telas algumas das melhores coreografias de dança da era de ouro do cinema clássico americano. Tão perfeitas eram as cenas de dança que Ginger Rogers acabou criando uma antipatia por seu parceiro Fred Astaire. Ele era um desses dançarinos perfeccionistas ao extremo, que rodava uma cena inúmeras vezes para atingir a perfeição. Isso deixava Ginger completamente exausta. Agora, é impossível não entender que Fred Astaire estava com a razão. Dentro dessa era de ouro dos musicais ele acabou protagonizando alguns dos melhores filmes do gênero, justamente por causa desse seu método de trabalho. Para tanto Fred não precisava de muita coisa, um cenário básico, um item qualquer, tudo virava magia em suas coreografias. Ele realmente foi o maior dançarino da história do cinema americano, em todos os tempos. Se tem dúvidas confira essa produção para bem entender o que estou afirmando.
Pablo Aluísio.
Título Original: Shall We Dance
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Mark Sandrich
Roteiro: Allan Scott, Ernest Pagano
Elenco: Fred Astaire, Ginger Rogers, Edward Everett Horton, Eric Blore, Jerome Cowan, Ketti Gallian
Sinopse:
Durante uma viagem de navio rumo a Nova Iorque, o mestre do mundo da dança Pete "Petrov" Peters (Fred Astaire) descobre que no mesmo navio viaja a estrela dos musicais Linda Keene (Ginger Rogers). E eles acabam se tornando alvo de uma fofoca que diz que supostamente estariam casados em segredo, algo que deixa Petrov completamente indignado. Mas haveria algum fundo de verdade nessa estória? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música original (They Can't Take That Away from Me" de George Gershwin e Ira Gershwin).
Comentários:
O que menos importava nos filmes da dupla Fred Astaire e Ginger Rogers eram as estórias contadas em seus filmes. Tudo no fundo não passava de um mero pretexto para que eles apresentassem nas telas algumas das melhores coreografias de dança da era de ouro do cinema clássico americano. Tão perfeitas eram as cenas de dança que Ginger Rogers acabou criando uma antipatia por seu parceiro Fred Astaire. Ele era um desses dançarinos perfeccionistas ao extremo, que rodava uma cena inúmeras vezes para atingir a perfeição. Isso deixava Ginger completamente exausta. Agora, é impossível não entender que Fred Astaire estava com a razão. Dentro dessa era de ouro dos musicais ele acabou protagonizando alguns dos melhores filmes do gênero, justamente por causa desse seu método de trabalho. Para tanto Fred não precisava de muita coisa, um cenário básico, um item qualquer, tudo virava magia em suas coreografias. Ele realmente foi o maior dançarino da história do cinema americano, em todos os tempos. Se tem dúvidas confira essa produção para bem entender o que estou afirmando.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Perdidamente Tua
Título no Brasil: Perdidamente Tua
Título Original: A Life of Her Own
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Cukor
Roteiro: Isobel Lennart
Elenco: Lana Turner, Ray Milland, Tom Ewell, Louis Calhern, Ann Dvorak, Barry Sullivan
Sinopse:
Depois de muito hesitar, a jovem Lily Brannel James (Lana Turner) decide ir embora da pequena cidadezinha onde nasceu para ir morar em Nova Iorque. Ela sonha se tornar modelo de sucesso na grande cidade. Nos primeiros dias ela conhece uma modelo veterana, mais velha, que está depressiva e magoada, pois já não encontra mais trabalhos como antes. Mesmo assim Lily não se abala e aos poucos começa a subir na carreira, recebendo mais e mais ofertas de trabalho. Seu único problema é que ela acaba se apaixonando por um homem casado, o advogado Steve Harleigh (Ray Milland).
Comentários:
Mais um bom drama romântico estrelado pela diva Lana Turner. O papel foi escrito especialmente para ela, já que o diretor George Cukor sabia que sua estrela se enquadrava muito bem na personagem que era uma linda modelo, a preferida das capas de revistas de moda! Embora externamente exibisse uma imagem maravilhosa, internamente ela tinha muitos problemas emocionais, entre eles um amor plenamente correspondido por um homem casado (em boa interpretação do ator Ray Milland, um dos maiores talentos da era clássica em Hollywood). Para reforçar ainda mais a dramaticidade do roteiro, a esposa do seu homem amado havia sofrido um sério acidente de carro no passado, ficando paraplégica para sempre! Agora imaginem o grau de sofrimento emocional de Lily (Turner), pois ela está perdidamente apaixonada por um homem com o qual muito provavelmente nunca será feliz! O verdadeiro amor impossível! Um dos aspectos que mais gostei desse roteiro foi que ele tem uma dose bem acentuada de melancolia. A modelo interpretada por Lana Turner, logo em seus primeiros dias de Nova Iorque, trava amizade com Mary Ashlon (Ann Dvorak), uma modelo mais velha, solitária, depressiva e suicida. Decepcionada com o que havia acontecido em sua vida (ela foi parar em um pequeno quartinho de periferia após ter vivido todo o glamour do mundo da moda) ela resolve pular da janela de seu prédio, morrendo instantaneamente. Esse fato trágico marca Lily durante todo o filme, pois sempre que sua vida profissional ou emocional entra em crise ela se lembra de sua amiga que acabou com sua própria vida. Como esse filme não tem um final feliz (outro ponto a favor desse corajoso roteiro), ficamos com a ansiedade do que acontecerá ou não com a personagem de Lana Turner. A última cena aliás é bem embaixo do prédio onde sua amiga pulou para a morte! Sem o homem que tanto amou em sua vida, Lily poderia cometer o mesmo ato impensado de Mary? Bom, assista ao filme para conferir...
Pablo Aluísio.
Título Original: A Life of Her Own
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Cukor
Roteiro: Isobel Lennart
Elenco: Lana Turner, Ray Milland, Tom Ewell, Louis Calhern, Ann Dvorak, Barry Sullivan
Sinopse:
Depois de muito hesitar, a jovem Lily Brannel James (Lana Turner) decide ir embora da pequena cidadezinha onde nasceu para ir morar em Nova Iorque. Ela sonha se tornar modelo de sucesso na grande cidade. Nos primeiros dias ela conhece uma modelo veterana, mais velha, que está depressiva e magoada, pois já não encontra mais trabalhos como antes. Mesmo assim Lily não se abala e aos poucos começa a subir na carreira, recebendo mais e mais ofertas de trabalho. Seu único problema é que ela acaba se apaixonando por um homem casado, o advogado Steve Harleigh (Ray Milland).
Comentários:
Mais um bom drama romântico estrelado pela diva Lana Turner. O papel foi escrito especialmente para ela, já que o diretor George Cukor sabia que sua estrela se enquadrava muito bem na personagem que era uma linda modelo, a preferida das capas de revistas de moda! Embora externamente exibisse uma imagem maravilhosa, internamente ela tinha muitos problemas emocionais, entre eles um amor plenamente correspondido por um homem casado (em boa interpretação do ator Ray Milland, um dos maiores talentos da era clássica em Hollywood). Para reforçar ainda mais a dramaticidade do roteiro, a esposa do seu homem amado havia sofrido um sério acidente de carro no passado, ficando paraplégica para sempre! Agora imaginem o grau de sofrimento emocional de Lily (Turner), pois ela está perdidamente apaixonada por um homem com o qual muito provavelmente nunca será feliz! O verdadeiro amor impossível! Um dos aspectos que mais gostei desse roteiro foi que ele tem uma dose bem acentuada de melancolia. A modelo interpretada por Lana Turner, logo em seus primeiros dias de Nova Iorque, trava amizade com Mary Ashlon (Ann Dvorak), uma modelo mais velha, solitária, depressiva e suicida. Decepcionada com o que havia acontecido em sua vida (ela foi parar em um pequeno quartinho de periferia após ter vivido todo o glamour do mundo da moda) ela resolve pular da janela de seu prédio, morrendo instantaneamente. Esse fato trágico marca Lily durante todo o filme, pois sempre que sua vida profissional ou emocional entra em crise ela se lembra de sua amiga que acabou com sua própria vida. Como esse filme não tem um final feliz (outro ponto a favor desse corajoso roteiro), ficamos com a ansiedade do que acontecerá ou não com a personagem de Lana Turner. A última cena aliás é bem embaixo do prédio onde sua amiga pulou para a morte! Sem o homem que tanto amou em sua vida, Lily poderia cometer o mesmo ato impensado de Mary? Bom, assista ao filme para conferir...
Pablo Aluísio.
Quando o Diabo Atiça
Título no Brasil: Quando o Diabo Atiça
Título Original: Forsaking All Others
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: W.S. Van Dyke
Roteiro: Joseph L. Mankiewicz, Frank Cavett
Elenco: Robert Montgomery, Joan Crawford, Clark Gable, Charles Butterworth, Billie Burke
Sinopse:
Dillon Todd (Robert Montgomery) acaba abandonando sua noiva Mary Clay (Joan Crawford) no altar. Ele, que sempre teve dúvidas sobre esse casamento, resolve seguir a voz do coração, indo atrás de sua grande paixão do passado, Connie. Mary por sua vez fica arrasada, mas resolve seguir em frente com sua vida. Tentado reconstruir sua vida sentimental ela acaba conhecendo Jeff Williams (Clark Gable) que, interessado por ela, resolve cortejá-la. O problema é que Mary ainda ama Dillon e esse, ao que tudo indica, parece estar arrependido pelo que fez. E agora, com quem Mary decidirá ficar?
Comentários:
A história desse filme é bem curiosa. O romance foi escrito para ser uma novela de rádio. Teve tanto sucesso em sua transmissão que acabou virando uma peça de teatro. Depois foi finalmente adaptada para o cinema. O primeiro filme lançado nos cinemas foi justamente esse aqui. Esqueça o esquisito (e até divertido) título nacional. Essa produção da MGM nos distantes anos 1930, captura bem um enredo que no fundo não passa de uma paródia de costumes, tentando até mesmo fazer graça de situações potencialmente mais dramáticas. Um dos destaques do filme, como não poderia deixar de ser, vem do elenco. Embora fosse estrelado pelo galã relutante Robert Montgomery, o grande nome do elenco é mesmo Clark Gable. Nessa época ele ainda não tinha se tornado o mito que viria a ser, principalmente após atuar no grande clássico "E o Vento Levou", mas já era um galã de renome. Desfilando seu tipo característico, ele encontrou uma parceira de cena à altura: a diva Joan Crawford. Essa atriz, que anos depois seria alvo de várias biografias que de certo modo procuravam destruir sua imagem perante o público, tem aqui uma de suas atuações mais marcantes. Joan Crawford era naturalmente glamorosa e mesmo quando atuava em personagens que não exigiam toda essa pompa, jamais de despia completamente de sua figura de grande estrela de cinema. Assim temos um dos mais interessantes filmes do cineasta W.S. Van Dyke. A conclusão final é que apesar da passagem do tempo os relacionamentos entre homens e mulheres não mudaram tanto assim! Continuam problemáticos, com desencontros, brigas e reconciliações improváveis. Igual na vida real. Em certos aspectos continuam como sempre foram, o que sempre dá farto material a ser explorado por livros e filmes românticos. Assista e confira.
Pablo Aluísio.
Título Original: Forsaking All Others
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: W.S. Van Dyke
Roteiro: Joseph L. Mankiewicz, Frank Cavett
Elenco: Robert Montgomery, Joan Crawford, Clark Gable, Charles Butterworth, Billie Burke
Sinopse:
Dillon Todd (Robert Montgomery) acaba abandonando sua noiva Mary Clay (Joan Crawford) no altar. Ele, que sempre teve dúvidas sobre esse casamento, resolve seguir a voz do coração, indo atrás de sua grande paixão do passado, Connie. Mary por sua vez fica arrasada, mas resolve seguir em frente com sua vida. Tentado reconstruir sua vida sentimental ela acaba conhecendo Jeff Williams (Clark Gable) que, interessado por ela, resolve cortejá-la. O problema é que Mary ainda ama Dillon e esse, ao que tudo indica, parece estar arrependido pelo que fez. E agora, com quem Mary decidirá ficar?
Comentários:
A história desse filme é bem curiosa. O romance foi escrito para ser uma novela de rádio. Teve tanto sucesso em sua transmissão que acabou virando uma peça de teatro. Depois foi finalmente adaptada para o cinema. O primeiro filme lançado nos cinemas foi justamente esse aqui. Esqueça o esquisito (e até divertido) título nacional. Essa produção da MGM nos distantes anos 1930, captura bem um enredo que no fundo não passa de uma paródia de costumes, tentando até mesmo fazer graça de situações potencialmente mais dramáticas. Um dos destaques do filme, como não poderia deixar de ser, vem do elenco. Embora fosse estrelado pelo galã relutante Robert Montgomery, o grande nome do elenco é mesmo Clark Gable. Nessa época ele ainda não tinha se tornado o mito que viria a ser, principalmente após atuar no grande clássico "E o Vento Levou", mas já era um galã de renome. Desfilando seu tipo característico, ele encontrou uma parceira de cena à altura: a diva Joan Crawford. Essa atriz, que anos depois seria alvo de várias biografias que de certo modo procuravam destruir sua imagem perante o público, tem aqui uma de suas atuações mais marcantes. Joan Crawford era naturalmente glamorosa e mesmo quando atuava em personagens que não exigiam toda essa pompa, jamais de despia completamente de sua figura de grande estrela de cinema. Assim temos um dos mais interessantes filmes do cineasta W.S. Van Dyke. A conclusão final é que apesar da passagem do tempo os relacionamentos entre homens e mulheres não mudaram tanto assim! Continuam problemáticos, com desencontros, brigas e reconciliações improváveis. Igual na vida real. Em certos aspectos continuam como sempre foram, o que sempre dá farto material a ser explorado por livros e filmes românticos. Assista e confira.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Joe Kidd
Joe Kidd (Clint Eastwood) é preso por um crime menor. Ele foi pego pelo xerife caçando em uma reserva natural, o que era proibido por lei. Levado a julgamento, ele tem uma surpresa quando o tribunal é invadido por um bandoleiro mexicano chamado Luis Chama (John Saxon). Ele intimida o juiz, afirmando que não há mais justiça naquela região onde latifundiários americanos roubam as terras que eram tradicionalmente povoadas por colonos mexicanos. Ele cansou de esperar por lei e ordem e resolve agir por conta própria, comandando um grupo de pistoleiros e assassinos. Imediatamente uma força tarefa é organizada pelo xerife para capturar Chama, mas tudo em vão. Entra em cena então o pistoleiro e caçador de recompensas Frank Harlan (Robert Duvall). Já que o xerife é um fraco, os grandes fazendeiros resolvem contratar um profissional. Seu objetivo é encontrar Chama e seus homens, para liquidar com todos eles. Harlan conhece o passado de Joe Kidd. Sabe que há muitos anos ele foi um conhecido caçador de recompensas e matador como ele. Assim resolve oferecer um valor irrecusável a ele, para entrar no bando que vai ao deserto em busca do revolucionário bandoleiro Luis Chama. Com certo receio Kidd acaba aceitando o convite, dando início a uma verdadeira caçada humana pelos desertos da fronteira entre Estados Unidos e México.
Esse "Joe Kidd" é mais um filme da fase americana da carreira de Clint Eastwood. Como se sabe ele ficou muitos anos trabalhando na Itália ao lado do diretor Sergio Leone. Com o sucesso de produções como "Por um Punhado de Dólares", "Por uns Dólares a Mais" e "Três Homens em Conflito", Clint virou um astro dos filmes de faroeste. De volta aos Estados Unidos ele começou uma nova safra de filmes do gênero. Esse aqui foi rodado logo após Clint estrelar um de seus grandes sucessos, "Perseguidor Implacável", o primeiro com o personagem do policial durão Dirty Harry.Apesar do êxito comercial desse filme de ação, Clint não queria abandonar o gênero western. "Joe Kidd" é certamente um bom filme, mas ainda fica bem abaixo de outras obras primas que Clint ainda iria participar como "Um Estranho Sem Nome" e "O Cavaleiro Solitário". Esses dois são certamente os melhores que ele fez nos anos seguintes. Mesmo assim não deixa de ser muito bom ver Clint Eastwood dirigido pelo mestre John Sturges, um veterano dos filmes de faroeste, que havia dirigido um dos grandes clássicos do estilo, o aclamado "Sete Homens e um Destino". Com tantos nomes importantes envolvidos em sua realização esse "Joe Kidd" é certamente um item obrigatório na coleção de todo fã de western que se preze.
Joe Kidd (Joe Kidd, Estados Unidos, 1972) Direção: John Sturges / Roteiro: Elmore Leonard / Elenco: Clint Eastwood, Robert Duvall, John Saxon, Don Stroud, Stella Garcia, James Wainwright / Sinopse: Joe Kidd (Clint Eastwood), um ex-caçador de recompensas e pistoleiro, se une ao bando de Frank Harlan (Robert Duvall), para caçar um agitador e bandoleiro mexicano Luis Chama (John Saxon), que almeja vingança contra fazendeiros e colonos americanos que ocuparam terras que tradicionalmente eram pertencentes aos povos do México.
Pablo Aluísio.
Esse "Joe Kidd" é mais um filme da fase americana da carreira de Clint Eastwood. Como se sabe ele ficou muitos anos trabalhando na Itália ao lado do diretor Sergio Leone. Com o sucesso de produções como "Por um Punhado de Dólares", "Por uns Dólares a Mais" e "Três Homens em Conflito", Clint virou um astro dos filmes de faroeste. De volta aos Estados Unidos ele começou uma nova safra de filmes do gênero. Esse aqui foi rodado logo após Clint estrelar um de seus grandes sucessos, "Perseguidor Implacável", o primeiro com o personagem do policial durão Dirty Harry.Apesar do êxito comercial desse filme de ação, Clint não queria abandonar o gênero western. "Joe Kidd" é certamente um bom filme, mas ainda fica bem abaixo de outras obras primas que Clint ainda iria participar como "Um Estranho Sem Nome" e "O Cavaleiro Solitário". Esses dois são certamente os melhores que ele fez nos anos seguintes. Mesmo assim não deixa de ser muito bom ver Clint Eastwood dirigido pelo mestre John Sturges, um veterano dos filmes de faroeste, que havia dirigido um dos grandes clássicos do estilo, o aclamado "Sete Homens e um Destino". Com tantos nomes importantes envolvidos em sua realização esse "Joe Kidd" é certamente um item obrigatório na coleção de todo fã de western que se preze.
Joe Kidd (Joe Kidd, Estados Unidos, 1972) Direção: John Sturges / Roteiro: Elmore Leonard / Elenco: Clint Eastwood, Robert Duvall, John Saxon, Don Stroud, Stella Garcia, James Wainwright / Sinopse: Joe Kidd (Clint Eastwood), um ex-caçador de recompensas e pistoleiro, se une ao bando de Frank Harlan (Robert Duvall), para caçar um agitador e bandoleiro mexicano Luis Chama (John Saxon), que almeja vingança contra fazendeiros e colonos americanos que ocuparam terras que tradicionalmente eram pertencentes aos povos do México.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de junho de 2017
Um Homem Dificil de Matar
Dois velhos cowboys, Monte Walsh (Lee Marvin) e Chet Rollins (Jack Palance), cruzam o velho oeste em busca de trabalho. As fazendas e ranchos estão nas mãos de bancos e o seu tradicional estilo de vida parece estar chegando ao fim. Eles acabam arranjando trabalho em uma dessas fazendas, tocando o gado, cuidando dos cavalos e conservando as cercas. Quando o banco, que agora é o proprietário do lugar, resolve cortar custos vários cowboys são demitidos. Alguns deles acabam se tornando ladrões de bancos e cavalos. Durante um assalto, o amigo de Walsh, Rollins, acaba sendo assassinado covardemente. Assim só resta ao velho cowboy partir para a vingança contra seus antigos colegas de trabalho, agora todos no mundo do crime."Um Homem Dificil de Matar" hoje em dia é considerado um dos melhores trabalhos da carreira do ator Lee Marvin. Isso se levarmos em conta a sua grande e ampla filmografia só vem a reforçar como esse western é bom! Na realidade é um faroeste lançado já no começo da decadência do gênero, quando os filmes se tornavam mais baratos, com orçamentos limitados, justamente pelas modestas bilheterias que alcançavam. Nada disso porém tira a grande qualidade desse filme. O roteiro é muito bem escrito, se preocupando inicialmente apenas em mostrar a vida cotidiana de um cowboy do século XIX, já vivendo o fim de sua profissão, com as grandes fazendas e ranchos sendo engolidos pelo capital financeiro. Com isso muitas dessas propriedades tiveram suas atividades encerradas, levando um grande número de trabalhadores ao desemprego.
Os dois personagens centrais do filme são homens velhos, cowboys veteranos, que a cada dia sofrem mais na busca por um novo trabalho. Contando com velhas amizades eles ainda conseguem um trabalho em uma fazenda que agora pertence a banqueiros de Nova Iorque. Essa gente não estava muito interessada no estilo de vida dos cowboys, pois só visavam lucro. Por isso de tempos em tempos mais vaqueiros eram demitidos. Jogados no desemprego, muitos deles simplesmente viraram bandidos. Assim o roteiro explora justamente a luta entre cowboys ainda na ativa contra bandidos e ladrões, que só se tornaram criminosos por falta de outro caminho a seguir. Embora em muitas cenas haja momentos de bom humor, uma melancolia (realçada por uma trilha sonora triste) passeia por todo o filme. É algo que chega até mesmo a incomodar. De qualquer maneira esse é seguramente um dos melhores faroeste sociais da época. Um retrato não muito feliz do fim de uma era, a era do cowboy americano.
Um Homem Dificil de Matar (Monte Walsh, Estados Unidos,1970) Direção: William A. Fraker / Roteiro: Lukas Heller, David Zelag Goodman / Elenco: Lee Marvin, Jeanne Moreau, Jack Palance / Sinopse: Monte Walsh (Lee Marvin) é um cowboy veterano que precisa partir para a vingança pela morte de seu amigo de longa data, Chet Rollins (Jack Palance). Walsh conhece bem o assassino, um homem que até bem pouco tempo atrás trabalhou ao seu lado em uma fazenda. Demitido e desempregado, ele se tornou ladrão de bancos, cavalos e pequenos estabelecimentos comerciais. Agora chegou a hora de Walsh acertar as contas com ele. Filme indicado ao Laurel Awards na categoria de Melhor Ator (Lee Marvin).
Pablo Aluísio.
Os dois personagens centrais do filme são homens velhos, cowboys veteranos, que a cada dia sofrem mais na busca por um novo trabalho. Contando com velhas amizades eles ainda conseguem um trabalho em uma fazenda que agora pertence a banqueiros de Nova Iorque. Essa gente não estava muito interessada no estilo de vida dos cowboys, pois só visavam lucro. Por isso de tempos em tempos mais vaqueiros eram demitidos. Jogados no desemprego, muitos deles simplesmente viraram bandidos. Assim o roteiro explora justamente a luta entre cowboys ainda na ativa contra bandidos e ladrões, que só se tornaram criminosos por falta de outro caminho a seguir. Embora em muitas cenas haja momentos de bom humor, uma melancolia (realçada por uma trilha sonora triste) passeia por todo o filme. É algo que chega até mesmo a incomodar. De qualquer maneira esse é seguramente um dos melhores faroeste sociais da época. Um retrato não muito feliz do fim de uma era, a era do cowboy americano.
Um Homem Dificil de Matar (Monte Walsh, Estados Unidos,1970) Direção: William A. Fraker / Roteiro: Lukas Heller, David Zelag Goodman / Elenco: Lee Marvin, Jeanne Moreau, Jack Palance / Sinopse: Monte Walsh (Lee Marvin) é um cowboy veterano que precisa partir para a vingança pela morte de seu amigo de longa data, Chet Rollins (Jack Palance). Walsh conhece bem o assassino, um homem que até bem pouco tempo atrás trabalhou ao seu lado em uma fazenda. Demitido e desempregado, ele se tornou ladrão de bancos, cavalos e pequenos estabelecimentos comerciais. Agora chegou a hora de Walsh acertar as contas com ele. Filme indicado ao Laurel Awards na categoria de Melhor Ator (Lee Marvin).
Pablo Aluísio.
Balas que não Erram
Mais um bom faroeste estrelado por Audie Murphy. O ator interpreta o temido pistoleiro John Gant. Ele chega em uma pequena cidade do velho oeste e sua reputação de matador implacável logo se espalha. Em pouco tempo todos começam a se perguntar qual seria o seu alvo agora. Gant matou inúmeros homens, sempre atuando como assassino profissional, mas jamais foi condenado pois usa de uma tática inteligente. Ele cria algum tipo de provocação para que seu alvo saque primeiro, assim acaba sempre matando em legítima defesa, escapando da prisão. Nessa nova cidade todos logo ficam nervosos com sua presença, menos o médico da cidade, Luke Canfield (Charles Drake), que não apenas acha a reação das pessoas muito exagerada como também acaba fazendo amizade com Gant, chegando ao ponto de jogar despreocupadas partidas de xadrez com o tão temido pistoleiro. Enquanto isso os demais ditos cidadãos de bem vão entrando em desespero, se convencendo que eles serão mortos por Gaton e sua mira certeira. Assim o hábil diretor Jack Arnold conseguiu criar todo um clima de tensão que domina o filme da primeira à última cena.
Audie Murphy sempre foi muito modesto em relação a si mesmo. Ele não se considerava um grande ator e até sob certo aspecto essa opinião era bem verdadeira, porém quando assistimos a filmes como esse, logo descobrimos que se por um lado ele era um ator limitado em termos de talento dramático do outro sabia muito bem seguir sua própria intuição. Seu pistoleiro é um sujeito de poucas palavras e jamais cai no clichê de virar um sujeito bonzinho ou algo parecido. Ele realmente está na cidade para cumprir mais um contrato e o fará, sem perder a sua identidade. Outro ponto positivo do roteiro é o segredo sobre a pessoa que ele deve matar. Isso só será revelado na última cena, o que garante o interesse na estória até o fim. Em termos gerais considerei um western acima de tudo muito eficiente. Não se perde tempo com banalidades. Em sua curta duração (pouco mais de 70 minutos) nada fica de fora. O suspense é bem desenvolvido, as cenas são bem criadas e o clímax condiz plenamente com a teia que foi armada durante todo o filme pelo bom roteiro. Da safra de filmes de western dos anos 50 estrelados por Audie Murphy esse é seguramente um dos melhores. Rápido no gatilho como seu protagonista essa é uma daquelas fitas que cumprem tudo aquilo que prometem aos fãs do gênero. A busca por diversão pelo espectador é plenamente satisfeita.
Balas que não Erram (No Name on the Bullet, Estados Unidos, 1959) Direção: Jack Arnold / Roteiro: Gene L. Coon, Howard Amacker / Elenco: Audie Murphy, Charles Drake, Joan Evans / Sinopse: Pistoleiro conhecido por ser um matador implacável chega em uma pequena cidade do oeste, causando pânico, ansiedade e preocupação entre os moradores. Conhecido por ser contratado para matar homens, todos se perguntam quem seria o seu alvo dessa vez.
Pablo Aluísio.
Audie Murphy sempre foi muito modesto em relação a si mesmo. Ele não se considerava um grande ator e até sob certo aspecto essa opinião era bem verdadeira, porém quando assistimos a filmes como esse, logo descobrimos que se por um lado ele era um ator limitado em termos de talento dramático do outro sabia muito bem seguir sua própria intuição. Seu pistoleiro é um sujeito de poucas palavras e jamais cai no clichê de virar um sujeito bonzinho ou algo parecido. Ele realmente está na cidade para cumprir mais um contrato e o fará, sem perder a sua identidade. Outro ponto positivo do roteiro é o segredo sobre a pessoa que ele deve matar. Isso só será revelado na última cena, o que garante o interesse na estória até o fim. Em termos gerais considerei um western acima de tudo muito eficiente. Não se perde tempo com banalidades. Em sua curta duração (pouco mais de 70 minutos) nada fica de fora. O suspense é bem desenvolvido, as cenas são bem criadas e o clímax condiz plenamente com a teia que foi armada durante todo o filme pelo bom roteiro. Da safra de filmes de western dos anos 50 estrelados por Audie Murphy esse é seguramente um dos melhores. Rápido no gatilho como seu protagonista essa é uma daquelas fitas que cumprem tudo aquilo que prometem aos fãs do gênero. A busca por diversão pelo espectador é plenamente satisfeita.
Balas que não Erram (No Name on the Bullet, Estados Unidos, 1959) Direção: Jack Arnold / Roteiro: Gene L. Coon, Howard Amacker / Elenco: Audie Murphy, Charles Drake, Joan Evans / Sinopse: Pistoleiro conhecido por ser um matador implacável chega em uma pequena cidade do oeste, causando pânico, ansiedade e preocupação entre os moradores. Conhecido por ser contratado para matar homens, todos se perguntam quem seria o seu alvo dessa vez.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Com a Lei e a Ordem
O filme conta a história de um xerife de Tombstone. Não é Wyatt Earp, mas sim Frame Johnson (Ronald Reagan). Após duas décadas na cidade ele conseguiu erradicar a criminalidade. Um sucesso, mas agora já mais envelhecido, pensa em se aposentar, cuidando de um rancho que comprou na cidade vizinha de Cottonwood. Após capturar o temido pistoleiro Durango Kid ele finalmente decide que chegou a hora. Entrega sua estrela de xerife e finalmente se muda. Seu desejo é se casar com a bela Jeannie (Dorothy Malone) para viver em paz ao seu lado nos seus últimos anos de vida. Sua fama de xerife implacável porém não deixará isso acontecer. Em Cottonwood ele encontra uma cidade sem lei, dominada por uma família de criminosos. Um deles perdeu a sua mão anos atrás em um duelo com o próprio xerife Johnson. A sede de vingança ainda fala alto. Após o irmão de Johnson se tornar xerife na cidade e ser morto por esses criminosos, ele não vê outra alternativa a não ser voltar a ser o homem da lei da cidade, dando início a um novo confronto entre a lei e a criminalidade imposta por essa quadrilha de foras-da-lei.
Revisto nos dias atuais o grande atrativo desse faroeste "Law and Order" é a presença do ator e futuro presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan. Ele é o protagonista dessa fita B sem maiores destaques. O roteiro, embora procure inovar em certos aspectos, fugindo um pouco do velho tema da vingança, não traz maiores novidades. Esse tipo de enredo do xerife que não consegue colocar uma pedra em seu passado por causa dos criminosos que um dia perseguiu, já foi devidamente explorado em outros filmes de western. O filme também é muito curto, com 79 minutos de duração. Há um alívio cômico na presença de um agente funerário que vê seus negócios irem mal por causa da lei e da ordem instaurada pelo xerife Reagan e é só. No geral achei bem mediano realmente. Provavelmente se não fosse a presença daquele ator que um dia iria se tornar presidente, o filme não seria lembrado. Vale apenas como curiosidade histórica.
Com a Lei e a Ordem (Law and Order, Estados Unidos,1953) Direção: Nathan Juran / Roteiro: Inez Cocke, baseada na novela de W.R. Burnett / Elenco: Ronald Reagan, Dorothy Malone, Preston Foster / Sinopse: Frame Johnson (Ronald Reagan) é um velho xerife que só deseja se aposentar para criar gado em seu novo rancho, mas que não consegue se livrar da estrela de homem da lei por causa de seu passado e dos bandidos que desejam acertar contas com ele.
Pablo Aluísio.
Revisto nos dias atuais o grande atrativo desse faroeste "Law and Order" é a presença do ator e futuro presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan. Ele é o protagonista dessa fita B sem maiores destaques. O roteiro, embora procure inovar em certos aspectos, fugindo um pouco do velho tema da vingança, não traz maiores novidades. Esse tipo de enredo do xerife que não consegue colocar uma pedra em seu passado por causa dos criminosos que um dia perseguiu, já foi devidamente explorado em outros filmes de western. O filme também é muito curto, com 79 minutos de duração. Há um alívio cômico na presença de um agente funerário que vê seus negócios irem mal por causa da lei e da ordem instaurada pelo xerife Reagan e é só. No geral achei bem mediano realmente. Provavelmente se não fosse a presença daquele ator que um dia iria se tornar presidente, o filme não seria lembrado. Vale apenas como curiosidade histórica.
Com a Lei e a Ordem (Law and Order, Estados Unidos,1953) Direção: Nathan Juran / Roteiro: Inez Cocke, baseada na novela de W.R. Burnett / Elenco: Ronald Reagan, Dorothy Malone, Preston Foster / Sinopse: Frame Johnson (Ronald Reagan) é um velho xerife que só deseja se aposentar para criar gado em seu novo rancho, mas que não consegue se livrar da estrela de homem da lei por causa de seu passado e dos bandidos que desejam acertar contas com ele.
Pablo Aluísio.
Eles Passaram por Aqui
Título no Brasil: Eles Passaram por Aqui
Título Original: Four Faces West
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Alfred E. Green
Roteiro: C. Graham Baker, Teddi Sherman
Elenco: Joel McCrea, Frances Dee, Charles Bickford, William Conrad, Martin Garralaga, Raymond Largay
Sinopse:
O cowboy Ross McEwen (Joel McCrea) chega em uma pequena cidade do velho oeste e vai até o banco local. Ele deseja um empréstimo de 2 mil dólares, porém não tem garantias para receber o crédito. Ross então decide assaltar o banco e foge para o deserto com o dinheiro. Atrás dele vai o famoso xerife Pat Garrett (Charles Bickford) que fará de tudo para colocar as mãos no fora-da-lei.
Comentários:
Considerado por muitos um dos cem melhores filmes de western da história. Isso é realmente de se admirar pois o filme mesmo nos dias atuais não é muito conhecido. A produção é na média dos faroestes da segunda metade dos anos 1940, mas o que se destaca mesmo é seu roteiro, um dos primeiros socialmente conscientes do gênero. O assaltante de bancos interpretado por Joel McCrea não é um típico criminoso de filmes de faroeste, longe disso. Na realidade ele precisa desesperadamente do dinheiro para usar em prol de uma boa causa. Seria assim dos primeiros personagens criminosos sociais da história de Hollywood. O tempo todo seu argumento tenta justificar o ato do protagonista, ao mesmo tempo em que joga com as emoções do público espectador. O filme foi indicado ao Writers Guild of America, o Oscar dos roteiristas, na categoria "Best Written American Western", por causa do excelente trabalho desenvolvido pela dupla C. Graham Baker e Teddi Sherman. Tão marcante foi o trabalho dos escritores que muitos anos depois o astro Joel McCrea ainda costumava citar esse filme como um dos grandes momentos de sua filmografia. Sem dúvida um faroeste marcante, que fez história, abrindo o gênero western para novos rumos, novas perspectivas. Depois dessa produção os grandes estúdios viram a importância de se ter um bom roteiro em mãos para criar um grande filme de cowboy.
Pablo Aluísio.
Título Original: Four Faces West
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Alfred E. Green
Roteiro: C. Graham Baker, Teddi Sherman
Elenco: Joel McCrea, Frances Dee, Charles Bickford, William Conrad, Martin Garralaga, Raymond Largay
Sinopse:
O cowboy Ross McEwen (Joel McCrea) chega em uma pequena cidade do velho oeste e vai até o banco local. Ele deseja um empréstimo de 2 mil dólares, porém não tem garantias para receber o crédito. Ross então decide assaltar o banco e foge para o deserto com o dinheiro. Atrás dele vai o famoso xerife Pat Garrett (Charles Bickford) que fará de tudo para colocar as mãos no fora-da-lei.
Comentários:
Considerado por muitos um dos cem melhores filmes de western da história. Isso é realmente de se admirar pois o filme mesmo nos dias atuais não é muito conhecido. A produção é na média dos faroestes da segunda metade dos anos 1940, mas o que se destaca mesmo é seu roteiro, um dos primeiros socialmente conscientes do gênero. O assaltante de bancos interpretado por Joel McCrea não é um típico criminoso de filmes de faroeste, longe disso. Na realidade ele precisa desesperadamente do dinheiro para usar em prol de uma boa causa. Seria assim dos primeiros personagens criminosos sociais da história de Hollywood. O tempo todo seu argumento tenta justificar o ato do protagonista, ao mesmo tempo em que joga com as emoções do público espectador. O filme foi indicado ao Writers Guild of America, o Oscar dos roteiristas, na categoria "Best Written American Western", por causa do excelente trabalho desenvolvido pela dupla C. Graham Baker e Teddi Sherman. Tão marcante foi o trabalho dos escritores que muitos anos depois o astro Joel McCrea ainda costumava citar esse filme como um dos grandes momentos de sua filmografia. Sem dúvida um faroeste marcante, que fez história, abrindo o gênero western para novos rumos, novas perspectivas. Depois dessa produção os grandes estúdios viram a importância de se ter um bom roteiro em mãos para criar um grande filme de cowboy.
Pablo Aluísio.
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