Título no Brasil: Macbeth - Ambição e Guerra
Título Original: Macbeth
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: DMC Film
Direção: Justin Kurzel
Roteiro: Todd Louiso, Jacob Koskoff
Elenco: Michael Fassbender, Marion Cotillard, David Thewlis, Jack Madigan, Paddy Considine, David Hayman, Jack Reynor
Sinopse:
Após uma batalha vitoriosa, o nobre guerreiro Macbeth (Michael Fassbender) é honrado por seu Rei. Ele recebe um título de Duque e se torna um membro prestigiado de sua corte. Sua ambição porém vai além. Depois de executar um inimigo do trono, Macbeth encontra três bruxas que profetizam que ele próprio subirá ao poder máximo, se tornando um monarca poderoso em um futuro próximo. Encorajado pela esposa, Macbeth começa então a tramar a morte do Rei para usurpar seu poder. Filme indicado ao British Independent Film Awards e ao American Society of Cinematographers.
Comentários:
"Macbeth" foi uma peça teatral escrita pelo gênio William Shakespeare por volta de 1605. É uma obra que procura sondar o lado sórdido da natureza humana. Em foco temos a ambição, a ganância e a cobiça. O protagonista Macbeth é um homem nobre e honrado que se deixa seduzir por pensamentos ambiciosos, sem limites. Invejando a posição do Rei ele faz de tudo para assassiná-lo, para assim subir ao trono. E se tornar um regicida não é um problema para alguém que almeja o poder sem se preocupar com a ética, com a honestidade e tampouco com os valores morais de seus atos. Pior é que Macbeth tem uma esposa vil, uma mulher sem qualquer traço de humanidade, que também o inventiva a subir ao trono através do crime. É curioso porque Shakespeare aproveita sua trama de assassinatos, morte e traições, para revelar o lado mais cruel de certas mulheres, que a despeito do dinheiro, do poder e da falsa glória, aceitam planejar todos os tipos de atos cruéis. O filme é muito bom, com ótima fotografia, cenários e figurinos. Uma produção de primeira linha. O texto porém é o grande atrativo. Os produtores e o diretor optaram por usar os diálogos originais da peça de Shakespeare! Certamente vai soar um pouco erudito demais para o público atual, mas isso em última instância não é um demérito, mas sim uma qualidade. Outro ponto digno de elogios é a maneira como o cineasta Justin Kurzel resolveu filmar as cenas de combate. Toda a fúria e violência são intercaladas por cenas de puro êxtase visual, onde ele consegue excelentes efeitos com o uso de câmeras lentas de alta definição. Então é isso, uma obra cinematográfica indicada não apenas aos que desejam assistir a um bom filme, com belo visual, como também para os admiradores do inigualável William Shakespeare. Em termos de elegância ao escrever certamente nenhum dramaturgo da história chegou perto dele. Sua obra é imortal.
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de março de 2017
Politicamente Incorreto
Título no Brasil: Politicamente Incorreto
Título Original: Bulworth
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Warren Beatty
Roteiro: Warren Beatty
Elenco: Warren Beatty, Halle Berry, Kimberly Deauna Adams, J. Kenneth Campbell, Christine Baranski
Sinopse:
Jay Bulworth (Warren Beatty) é um velho político que cansado de sua vida de mentiras começa a falar tudo aquilo que pensa de verdade sobre o mundo político e a sociedade. A forma como ele começa a dizer suas palavras de sinceridade choca a todos, principalmente pelo fato de que Jay está em plena campanha ao senado pelo Partido Democrata!
Comentários:
Filme nonsense, sem muita lógica, uma egotrip maluca escrita, produzida e dirigida por Warren Beatty. Ator consagrado em sua juventude, quando realmente participou de grandes filmes, Beatty foi decaindo com os anos. Esse filme aqui é um dos seus projetos bem pessoais e demonstra que esses astros de Hollywood muitas vezes perdem a noção do ridículo. Basicamente é um filme muito ruim, com roteiro disperso, sem qualquer lógica. Foca o enredo na figura de um senador que em campanha surta, detonando tudo e a todos! E ninguém fica a salvo de seus comentários, nem negros, nem homossexuais e nem muito menos pastores e políticos ladrões! É a tal coisa, apenas o prestígio de Warren Beatty pode justificar o fato desse filme ter arrancado uma indicação ao Oscar (na categoria de Melhor Roteiro Original, indicação dada a ele mesmo!). De qualquer forma esse buraco negro cinematográfico foi felizmente logo esquecido (quem se lembra dessa produção nos dias de hoje? Acho que ninguém!). Warren Beatty, pelo visto, será bem mais lembrado pelo último mico na entrega do Oscar, quando ele se enrolou todo ao anunciar o Oscar de Melhor Filme - que foi dado para o filme errado! Entre tantas patetices, esse "Politicamente Incorreto" é pelo menos a cara de seu realizador. O único mérito desse filme, em termos, foi ter previsto, sem querer, o aparecimento de políticos nada convencionais, fora de rota, como o atual presidente Trump. Todo o mais não passa de uma grande bobagem realizada ao custo de 30 milhões de dólares!
Pablo Aluísio.
Título Original: Bulworth
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Warren Beatty
Roteiro: Warren Beatty
Elenco: Warren Beatty, Halle Berry, Kimberly Deauna Adams, J. Kenneth Campbell, Christine Baranski
Sinopse:
Jay Bulworth (Warren Beatty) é um velho político que cansado de sua vida de mentiras começa a falar tudo aquilo que pensa de verdade sobre o mundo político e a sociedade. A forma como ele começa a dizer suas palavras de sinceridade choca a todos, principalmente pelo fato de que Jay está em plena campanha ao senado pelo Partido Democrata!
Comentários:
Filme nonsense, sem muita lógica, uma egotrip maluca escrita, produzida e dirigida por Warren Beatty. Ator consagrado em sua juventude, quando realmente participou de grandes filmes, Beatty foi decaindo com os anos. Esse filme aqui é um dos seus projetos bem pessoais e demonstra que esses astros de Hollywood muitas vezes perdem a noção do ridículo. Basicamente é um filme muito ruim, com roteiro disperso, sem qualquer lógica. Foca o enredo na figura de um senador que em campanha surta, detonando tudo e a todos! E ninguém fica a salvo de seus comentários, nem negros, nem homossexuais e nem muito menos pastores e políticos ladrões! É a tal coisa, apenas o prestígio de Warren Beatty pode justificar o fato desse filme ter arrancado uma indicação ao Oscar (na categoria de Melhor Roteiro Original, indicação dada a ele mesmo!). De qualquer forma esse buraco negro cinematográfico foi felizmente logo esquecido (quem se lembra dessa produção nos dias de hoje? Acho que ninguém!). Warren Beatty, pelo visto, será bem mais lembrado pelo último mico na entrega do Oscar, quando ele se enrolou todo ao anunciar o Oscar de Melhor Filme - que foi dado para o filme errado! Entre tantas patetices, esse "Politicamente Incorreto" é pelo menos a cara de seu realizador. O único mérito desse filme, em termos, foi ter previsto, sem querer, o aparecimento de políticos nada convencionais, fora de rota, como o atual presidente Trump. Todo o mais não passa de uma grande bobagem realizada ao custo de 30 milhões de dólares!
Pablo Aluísio.
sábado, 11 de março de 2017
Logan
Esse texto contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu ao filme fique por aqui. Pois bem, "Logan" foi um filme muito esperado pelos fãs dos quadrinhos, justamente por encerrar a franquia principal dos X-Men que começou há exatos 17 anos. Também marca a despedida do ator Hugh Jackman ao personagem que o consagrou no cinema, o Wolverine. Com tantas despedidas era mesmo de se esperar por muito ansiedade por parte dos fãs. Depois que o filme foi lançado as reações foram muito boas, bem positivas. Falou-se até mesmo em obra prima! Será? Na verdade as reações de deslumbramento precisam baixar um pouco a bola. Tudo bem, concordo que "Logan" é um bom filme, mas qualificar como obra prima já é um pouco demais, coisa de fã mesmo. O roteiro não tem muitas novidades a não ser dois acontecimentos vitais para os que acompanharam essa saga por todos esses anos. Certamente o filme será lembrado para sempre como aquele em que Wolverine e o professor Charles Xavier chegaram ao fim de sua jornada. As mortes de dois personagens tão importantes realmente marcará esse filme pelos anos que virão. É o fim de um ciclo que começou e terminou bem - coisa cada vez mais rara em termos de franquias cinematográficas ultimamente.
Tirando isso porém temos um enredo comum, diria até banal. Logan vive uma crise existencial. Exagerando na bebida ele tenta ganhar a vida como motorista de limusines, enquanto tenta tratar o Professor Xavier que agora vive em uma velha instalação abandonada. O velho já está um pouco senil, abalado mentalmente. A vida medíocre de Logan sofre uma revés quando ele é procurado por uma mulher mexicana desconhecida. Ela quer sua ajuda. Ao trabalhar como enfermeira numa instalação secreta ela tomou contato com um grupo de crianças que não passavam de experimentos genéticos mutantes. Entre as crianças se encontra uma menina, com os mesmos poderes de Logan. Provavelmente seja sua filha. As crianças fogem e um grupo de brutamontes é enviado para localizar todas elas. Logan, mesmo sem querer, acaba se envolvendo bem no meio dessa caçada sangrenta. A espinha dorsal do roteiro é justamente essa: Logan fugindo e um grupo fortemente armado o perseguindo. Logan está ao lado da menina Wolverine e do Professor Xavier. Eles precisam sobreviver até chegarem a um lugar conhecido apenas como Éden. E isso é tudo. Por ter uma trama tão simples não consigo visualizar nada de muito especial em termos de roteiro. Nem os vilões me pareceram muito interessantes. O que acaba salvando o filme da banalidade completa é justamente o carisma de Hugh Jackman e Patrick Stewart (que também se despede da franquia). A garotinha filha de Logan é antipática e não cria muito empatia. Ela também segue muda por quase todo o filme. Obviamente poderá até haver um link em relação aos garotos mutantes que surgem nesse filme, mas será que haverá algum interesse por eles futuramente? Duvido bastante. Assim, no final das contas, temos aqui uma despedida digna de todos esses personagens marcantes. Não é uma obra prima, repito, mas seguramente é um bom filme. Os fãs de Wolverine não terão muito o que reclamar, só os cinéfilos.
Logan (Logan, Estados Unidos, 2017) Direção: James Mangold / Roteiro: James Mangold, Scott Frank / Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafne Keen / Sinopse: Logan (Jackman) tenta deixar o passado para trás, mas esse se recusa a deixá-lo em paz. A máscara de Wolverine e suas façanhas não o deixam seguir em frente. Após ser procurado por uma mulher desconhecida ele descobre que há uma menina com os seus poderes. Agora ele terá que lutar para protegê-la de um grupo corporativo que realiza experiências genéticas em crianças no México.
Pablo Aluísio.
Tirando isso porém temos um enredo comum, diria até banal. Logan vive uma crise existencial. Exagerando na bebida ele tenta ganhar a vida como motorista de limusines, enquanto tenta tratar o Professor Xavier que agora vive em uma velha instalação abandonada. O velho já está um pouco senil, abalado mentalmente. A vida medíocre de Logan sofre uma revés quando ele é procurado por uma mulher mexicana desconhecida. Ela quer sua ajuda. Ao trabalhar como enfermeira numa instalação secreta ela tomou contato com um grupo de crianças que não passavam de experimentos genéticos mutantes. Entre as crianças se encontra uma menina, com os mesmos poderes de Logan. Provavelmente seja sua filha. As crianças fogem e um grupo de brutamontes é enviado para localizar todas elas. Logan, mesmo sem querer, acaba se envolvendo bem no meio dessa caçada sangrenta. A espinha dorsal do roteiro é justamente essa: Logan fugindo e um grupo fortemente armado o perseguindo. Logan está ao lado da menina Wolverine e do Professor Xavier. Eles precisam sobreviver até chegarem a um lugar conhecido apenas como Éden. E isso é tudo. Por ter uma trama tão simples não consigo visualizar nada de muito especial em termos de roteiro. Nem os vilões me pareceram muito interessantes. O que acaba salvando o filme da banalidade completa é justamente o carisma de Hugh Jackman e Patrick Stewart (que também se despede da franquia). A garotinha filha de Logan é antipática e não cria muito empatia. Ela também segue muda por quase todo o filme. Obviamente poderá até haver um link em relação aos garotos mutantes que surgem nesse filme, mas será que haverá algum interesse por eles futuramente? Duvido bastante. Assim, no final das contas, temos aqui uma despedida digna de todos esses personagens marcantes. Não é uma obra prima, repito, mas seguramente é um bom filme. Os fãs de Wolverine não terão muito o que reclamar, só os cinéfilos.
Logan (Logan, Estados Unidos, 2017) Direção: James Mangold / Roteiro: James Mangold, Scott Frank / Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Dafne Keen / Sinopse: Logan (Jackman) tenta deixar o passado para trás, mas esse se recusa a deixá-lo em paz. A máscara de Wolverine e suas façanhas não o deixam seguir em frente. Após ser procurado por uma mulher desconhecida ele descobre que há uma menina com os seus poderes. Agora ele terá que lutar para protegê-la de um grupo corporativo que realiza experiências genéticas em crianças no México.
Pablo Aluísio.
Sala Verde
Título no Brasil: Sala Verde
Título Original: Green Room
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Broad Green Pictures
Direção: Jeremy Saulnier
Roteiro: Jeremy Saulnier
Elenco: Patrick Stewart, Anton Yelchin, Imogen Poots, Alia Shawkat, Kai Lennox, Samuel Summer
Sinopse:
Um grupo de jovens, membros de uma banda de hard rock, é contratado para tocar em um bar, frequentado por neonazistas e skinheads. O lugar é isolado, escondido na floresta, onde só entra gente barra pesada, racista, seguidores do White Power. Assim que eles começam a tocar são hostilizados pelo público, um bando de selvagens. Pior acontece logo após o show, pois um dos músicos acaba entrando sem querer em um quarto, onde uma garota acabou de ser morta, com uma facada na cabeça. Agora todos eles se tornam prisioneiros desse lugar mortal.
Comentários:
Achei bem fraca essa produção estrelada pelo ator Patrick Stewart. Ele interpreta o dono de um club barra pesada, onde se reúnem os seguidores dos mais variados movimentos de supremacia branca dos Estados Unidos. Nesse lugar rolam shows de rock pauleira, com punks violentos de todos os tipos. Ele não paga bem pelos concertos, mas sempre tem alguma banda nova que topa o convite. Uma dessas bandas acaba indo tocar lá, mas nos bastidores se encrenca ao testemunhar o corpo de uma garota que acabou de ser morta. Eles então tentam se mandar de lá, mas são impedidos por Darcy (Stewart), uma vez que agora todos eles são testemunhas de um crime de homicídio. Assim eles ficam presos numa sala, enquanto o gerente tenta descobrir o que fazer. Ele então toma a decisão de matar todos eles, em uma clara operação de queima de arquivo, só que os jovens reagem e assim começa um verdadeiro banho de sangue no club e na floresta que o cerca. Para piorar ainda mais a já critica situação, o lugar é usado como laboratório de fabricação de heroína e aí, como já se viu, tudo acaba se resumindo em se tentar manter vivo no meio do fogo cruzado. O roteiro é básico, com os homens comandados por Patrick Stewart tentando matar os jovens da banda, enquanto esses tentam sobreviver. Com 90 minutos de duração nisso se resume toda a sua trama. Fica complicado se importar muito com os jovens punks da banda de rock porque os personagens além de vazios são chatos demais. Um bando de garotos e garotas com cabelos pintados e aquele modo de ser bem idiotizado que caracteriza essa fase da vida de todo rebelde de butique. No saldo final o que temos nem é um filme tão sangrento e nem tão bom no quesito ação. O suspense não funciona, é inegavelmente bem fraco. É apenas um filme que procura entreter um pouco enquanto conta sua rasa história. Patrick Stewart, um ator tão talentoso, merecia algo bem melhor do que isso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Green Room
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Broad Green Pictures
Direção: Jeremy Saulnier
Roteiro: Jeremy Saulnier
Elenco: Patrick Stewart, Anton Yelchin, Imogen Poots, Alia Shawkat, Kai Lennox, Samuel Summer
Sinopse:
Um grupo de jovens, membros de uma banda de hard rock, é contratado para tocar em um bar, frequentado por neonazistas e skinheads. O lugar é isolado, escondido na floresta, onde só entra gente barra pesada, racista, seguidores do White Power. Assim que eles começam a tocar são hostilizados pelo público, um bando de selvagens. Pior acontece logo após o show, pois um dos músicos acaba entrando sem querer em um quarto, onde uma garota acabou de ser morta, com uma facada na cabeça. Agora todos eles se tornam prisioneiros desse lugar mortal.
Comentários:
Achei bem fraca essa produção estrelada pelo ator Patrick Stewart. Ele interpreta o dono de um club barra pesada, onde se reúnem os seguidores dos mais variados movimentos de supremacia branca dos Estados Unidos. Nesse lugar rolam shows de rock pauleira, com punks violentos de todos os tipos. Ele não paga bem pelos concertos, mas sempre tem alguma banda nova que topa o convite. Uma dessas bandas acaba indo tocar lá, mas nos bastidores se encrenca ao testemunhar o corpo de uma garota que acabou de ser morta. Eles então tentam se mandar de lá, mas são impedidos por Darcy (Stewart), uma vez que agora todos eles são testemunhas de um crime de homicídio. Assim eles ficam presos numa sala, enquanto o gerente tenta descobrir o que fazer. Ele então toma a decisão de matar todos eles, em uma clara operação de queima de arquivo, só que os jovens reagem e assim começa um verdadeiro banho de sangue no club e na floresta que o cerca. Para piorar ainda mais a já critica situação, o lugar é usado como laboratório de fabricação de heroína e aí, como já se viu, tudo acaba se resumindo em se tentar manter vivo no meio do fogo cruzado. O roteiro é básico, com os homens comandados por Patrick Stewart tentando matar os jovens da banda, enquanto esses tentam sobreviver. Com 90 minutos de duração nisso se resume toda a sua trama. Fica complicado se importar muito com os jovens punks da banda de rock porque os personagens além de vazios são chatos demais. Um bando de garotos e garotas com cabelos pintados e aquele modo de ser bem idiotizado que caracteriza essa fase da vida de todo rebelde de butique. No saldo final o que temos nem é um filme tão sangrento e nem tão bom no quesito ação. O suspense não funciona, é inegavelmente bem fraco. É apenas um filme que procura entreter um pouco enquanto conta sua rasa história. Patrick Stewart, um ator tão talentoso, merecia algo bem melhor do que isso.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de março de 2017
Moonlight: Sob a Luz do Luar
Como não poderia deixar de ser, procurei assistir a esse "Moonlight: Sob a Luz do Luar" que se tornou o grande vencedor do Oscar 2017, levando para casa o prêmio de Melhor Filme do ano! Melhor filme do ano?! Olha, assisti muitos filmes nesse ano que passou e posso dizer, sem medo de ser injusto, que há dezenas de filmes bem melhores do que esse! Nem entre os concorrentes ao Oscar (nove ao total) "Moonlight" consegue se sobressair. Vou além, é um filme bem comum, com estrutura de roteiro bem banal, rotineiro, sem nada de excepcional. O filme conta a história de um jovem negro, desde sua infância, até sua vida adulta. Quando era apenas uma criança ele teve que lidar com uma realidade difícil. A mãe era viciada em crack, geralmente recebendo homens em sua própria casa para se prostituir, um verdadeiro caos familiar. Na escola a realidade também era a pior possível. Franzino, tímido e frágil, ele logo passou a ser alvo de bullying dos demais alunos. Para piorar ainda mais o jovem Chiron também era homossexual, o que lhe colocava numa situação até mesmo perigosa. O único que parecia se importar com ele era um traficante da região, Juan (Mahershala Ali), que paradoxalmente era um dos fornecedores de sua mãe viciada.
Eu explico a consagração desse filme nesse ano não baseado em méritos cinematográficos. Isso aconteceu porque no ano anterior não houve nenhum candidato ao Oscar que fosse negro. Assim a Academia fez uma média, trazendo todos os filmes sobre minorias que encontrou pela frente. "Moonlight" dessa maneira se tornou vencedor muito na base desse tipo de politicagem, dessa tentativa de soar o mais politicamente correto possível. É cansativo ter que lidar com isso. Na verdade o filme venceu o Oscar por fatores externos à obra em si. Olhando-se apenas para "Moonlight" pelo que ele apresenta, repito, você não verá nada de excepcional ou brilhante. Sigo afirmando que o melhor filme, dentre os concorrentes, ainda é, em minha opinião, "Um Limite Entre Nós" com Denzel Washington, só que a Academia não iria premiar o ator pois ele já havia sido premiado antes. Pois é, Denzel, apesar de ser negro e extremamente talentoso, já era bem sucedido demais para a Academia. Aqui o importante era mesmo premiar o vitimismo. Diante de tudo isso o meu veredito é bem simples: "Moonlight: Sob a Luz do Luar" é um bom filme, tem boas interpretações e alguns bons momentos, mas ele definitivamente não foi o melhor filme de 2016. Nem passou perto disso. No fundo é apenas mais uma bandeira do politicamente correto e nada mais.
Moonlight: Sob a Luz do Luar (Moonlight, Estados Unidos, 2016) Direção: Barry Jenkins / Roteiro: Barry Jenkins, Tarell Alvin McCraney/ Elenco: Mahershala Ali, Ashton Sanders, Janelle Monáe, Naomie Harris / Sinopse: O filme conta a história de um jovem negro, da infância até a fase adulta, quando se torna um traficante de drogas que reencontra uma velha paixão do passado. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali) e Melhor Roteiro Adaptado. Também vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama.
Pablo Aluísio.
Eu explico a consagração desse filme nesse ano não baseado em méritos cinematográficos. Isso aconteceu porque no ano anterior não houve nenhum candidato ao Oscar que fosse negro. Assim a Academia fez uma média, trazendo todos os filmes sobre minorias que encontrou pela frente. "Moonlight" dessa maneira se tornou vencedor muito na base desse tipo de politicagem, dessa tentativa de soar o mais politicamente correto possível. É cansativo ter que lidar com isso. Na verdade o filme venceu o Oscar por fatores externos à obra em si. Olhando-se apenas para "Moonlight" pelo que ele apresenta, repito, você não verá nada de excepcional ou brilhante. Sigo afirmando que o melhor filme, dentre os concorrentes, ainda é, em minha opinião, "Um Limite Entre Nós" com Denzel Washington, só que a Academia não iria premiar o ator pois ele já havia sido premiado antes. Pois é, Denzel, apesar de ser negro e extremamente talentoso, já era bem sucedido demais para a Academia. Aqui o importante era mesmo premiar o vitimismo. Diante de tudo isso o meu veredito é bem simples: "Moonlight: Sob a Luz do Luar" é um bom filme, tem boas interpretações e alguns bons momentos, mas ele definitivamente não foi o melhor filme de 2016. Nem passou perto disso. No fundo é apenas mais uma bandeira do politicamente correto e nada mais.
Moonlight: Sob a Luz do Luar (Moonlight, Estados Unidos, 2016) Direção: Barry Jenkins / Roteiro: Barry Jenkins, Tarell Alvin McCraney/ Elenco: Mahershala Ali, Ashton Sanders, Janelle Monáe, Naomie Harris / Sinopse: O filme conta a história de um jovem negro, da infância até a fase adulta, quando se torna um traficante de drogas que reencontra uma velha paixão do passado. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali) e Melhor Roteiro Adaptado. Também vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama.
Pablo Aluísio.
A Arca de Noé
Título no Brasil: A Arca de Noé
Título Original: Noah's Ark
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Pictures
Direção: John Irvin
Roteiro: Peter Barnes
Elenco: Jon Voight, Mary Steenburgen, F. Murray Abraham, Carol Kane, Mark Bazeley, Jonathan Cake
Sinopse:
Noé (Jon Voight) é um homem comum, justo e temente a Deus, que recebe uma mensagem divina. Ele deverá construir uma enorme arca para abrigar toda a sua família e casais de todos os animais porque Deus decidiu punir a humanidade com um grande dilúvio que irá dizimar do mundo todos os pecadores e blasfemos que nele habitam. Após receber sua missão Noé começa a árdua tarefa de construir sua arca.
Comentários:
Na verdade se trata de uma minissérie que foi exibida no canal CBS nos Estados Unidos e depois lançada no mercado de vídeo do Brasil em duas fitas VHS. A história é a clássica, tirada das páginas da Bíblia, da forma mais respeitosa e fiel possível. Os produtores optaram por realizar uma obra bem direcionada para o público mais religioso e cristão, sem licenças poéticas que poderiam ofender o espírito de crença dessas pessoas. Em termos de produção não há o que reclamar, tudo é muito bem realizado, inclusive com o uso de computação gráfica para dar veracidade ao enorme barco de madeira construído por Noé e seus filhos. Esse personagem aliás é interpretado pelo ator Jon Voight com bastante convicção. Voight, sempre tão talentoso, se esforçou bastante para realizar um bom trabalho de atuação, embora quem acabe chamando mais a atenção seja F. Murray Abraham como Lot. Esse foi seguramente um dos mais brilhantes atores de sua geração. Sua simples presença em cena já garante o filme como um todo. Então é isso. O que temos aqui é uma boa adaptação feita no final dos anos 90 sobre uma das mais conhecidas e populares histórias do velho testamento. Independente de se crer ou não, podemos garantir que a diversão estará garantida.
Pablo Aluísio.
Título Original: Noah's Ark
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Pictures
Direção: John Irvin
Roteiro: Peter Barnes
Elenco: Jon Voight, Mary Steenburgen, F. Murray Abraham, Carol Kane, Mark Bazeley, Jonathan Cake
Sinopse:
Noé (Jon Voight) é um homem comum, justo e temente a Deus, que recebe uma mensagem divina. Ele deverá construir uma enorme arca para abrigar toda a sua família e casais de todos os animais porque Deus decidiu punir a humanidade com um grande dilúvio que irá dizimar do mundo todos os pecadores e blasfemos que nele habitam. Após receber sua missão Noé começa a árdua tarefa de construir sua arca.
Comentários:
Na verdade se trata de uma minissérie que foi exibida no canal CBS nos Estados Unidos e depois lançada no mercado de vídeo do Brasil em duas fitas VHS. A história é a clássica, tirada das páginas da Bíblia, da forma mais respeitosa e fiel possível. Os produtores optaram por realizar uma obra bem direcionada para o público mais religioso e cristão, sem licenças poéticas que poderiam ofender o espírito de crença dessas pessoas. Em termos de produção não há o que reclamar, tudo é muito bem realizado, inclusive com o uso de computação gráfica para dar veracidade ao enorme barco de madeira construído por Noé e seus filhos. Esse personagem aliás é interpretado pelo ator Jon Voight com bastante convicção. Voight, sempre tão talentoso, se esforçou bastante para realizar um bom trabalho de atuação, embora quem acabe chamando mais a atenção seja F. Murray Abraham como Lot. Esse foi seguramente um dos mais brilhantes atores de sua geração. Sua simples presença em cena já garante o filme como um todo. Então é isso. O que temos aqui é uma boa adaptação feita no final dos anos 90 sobre uma das mais conhecidas e populares histórias do velho testamento. Independente de se crer ou não, podemos garantir que a diversão estará garantida.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 9 de março de 2017
Destinos Cruzados
Título no Brasil: Destinos Cruzados
Título Original: Random Hearts
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Darryl Ponicsan
Elenco: Harrison Ford, Kristin Scott Thomas, Charles S. Dutton, Sydney Pollack, Peter Coyote, Richard Jenkins
Sinopse:
Após a morte de sua esposa em um acidente de avião, o policial William Van Den Broeck (Harrison Ford) resolve investigar mais a fundo. Entre outras coisas descobre que ela entrou no avião usando um nome falso, se fazendo passar por esposa de um advogado chamado Cullen Chandler (Peter Coyote). Ele, por sua vez, já era um homem casado, com Kay Chandler (Kristin Scott Thomas), candidata ao senado dos Estados Unidos. Ao seguir em frente, Broeck descobre que pode ter havido uma conspiração política envolvendo o acidente fatal.
Comentários:
Um bom filme, baseado no romance policial escrito por Warren Adler. Os livros desse autor seguem basicamente uma fórmula, onde um acontecimento que parece ser banal revela-se na verdade algo muito mais sinistro e complexo. Muitos podem pensar que é mais um daqueles filmes burocráticos que Harrison Ford rodou em sua longa filmografia. De certa maneira há um fundo de verdade nessa visão, principalmente por causa do estilo mais quadrado e convencional de se contar esse enredo. O filme porém se salva do lugar comum por causa da direção do mestre Sydney Pollack. Certamente essa fita passa longe de ser um dos seus melhores trabalhos no cinema, principalmente pelo fato de ser rotineiro, porém ele conseguiu imprimir uma bela edição e uma bonita fotografia ao filme como um todo, além de também aproveitar para atuar um pouquinho, algo raro em sua carreira. A trama, que segue interessante até o fim, também compensa o tempo que você levará para assistir a esse filme. Enfim, entre mortos e feridos até que o saldo é bem positivo. Uma diversão inteligente, acima de tudo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Random Hearts
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Darryl Ponicsan
Elenco: Harrison Ford, Kristin Scott Thomas, Charles S. Dutton, Sydney Pollack, Peter Coyote, Richard Jenkins
Sinopse:
Após a morte de sua esposa em um acidente de avião, o policial William Van Den Broeck (Harrison Ford) resolve investigar mais a fundo. Entre outras coisas descobre que ela entrou no avião usando um nome falso, se fazendo passar por esposa de um advogado chamado Cullen Chandler (Peter Coyote). Ele, por sua vez, já era um homem casado, com Kay Chandler (Kristin Scott Thomas), candidata ao senado dos Estados Unidos. Ao seguir em frente, Broeck descobre que pode ter havido uma conspiração política envolvendo o acidente fatal.
Comentários:
Um bom filme, baseado no romance policial escrito por Warren Adler. Os livros desse autor seguem basicamente uma fórmula, onde um acontecimento que parece ser banal revela-se na verdade algo muito mais sinistro e complexo. Muitos podem pensar que é mais um daqueles filmes burocráticos que Harrison Ford rodou em sua longa filmografia. De certa maneira há um fundo de verdade nessa visão, principalmente por causa do estilo mais quadrado e convencional de se contar esse enredo. O filme porém se salva do lugar comum por causa da direção do mestre Sydney Pollack. Certamente essa fita passa longe de ser um dos seus melhores trabalhos no cinema, principalmente pelo fato de ser rotineiro, porém ele conseguiu imprimir uma bela edição e uma bonita fotografia ao filme como um todo, além de também aproveitar para atuar um pouquinho, algo raro em sua carreira. A trama, que segue interessante até o fim, também compensa o tempo que você levará para assistir a esse filme. Enfim, entre mortos e feridos até que o saldo é bem positivo. Uma diversão inteligente, acima de tudo.
Pablo Aluísio.
Filmes no Cinema - Edição X
Outra semana bem fraca em termos de estreias nos cinemas. Uma dos melhores filmes nem tem tanta vocação comercial assim. Trata-se do estranho "Cães Selvagens", um filme sobre bandidos e seus crimes, estrelado por Nicolas Cage e Willem Dafoe. Dirigido pelo veterano cineasta Paul Schrader, já escrevi sobre esse filme aqui no blog. Embora bem realizado, com bom roteiro, é bom deixar claro que não é uma fita para todos os públicos como alguns podem pensar. Não é um filme policial de ação tradicional, pelo contrário, suas pretensões artísticas podem surpreender aos fãs de filmes mais formulaicos e convencionais.
O extremo oposto dessa fita é o fofinho "Os Smurfs e a Vila Perdida". Mais uma animação que traz para os cinemas esse grupo de personagens criados em 1958 pelo cartunista belga Peyo (quem se lembra dos desenhos deles nos anos 80?). Pois é, tudo é bem realizado, em uma fita obviamente indicada para as crianças. Não deixa de ser mais uma amostra da força das animações em longa-metragem. Poucas vezes na história do cinema tivemos tanto espaço no circuito comercial para esse tipo de filme. Sinal dos tempos em que vivemos.
Se você não quiser ser tão realista e selvagem ou tão bobinho, fique no meio termo com "A Cabana". Ora, filmes de terror e suspense com "cabana" no título podem cansar o cinéfilo logo de cara. Afinal isso tudo lembra aquela fórmula batida de jovens adolescentes perdidos no meio da floresta, em uma cabana, sendo aterrorizados. O roteiro desse aqui parece passar longe desse tipo de formulazinha. Estrelado por Sam Worthington, que ainda tenta se tornar um astro de primeira grandeza em Hollywood e com elenco de apoio de luxo com Octavia Spencer e Tim McGraw, o filme não parece ser tão ruim como parece. A conferir.
Depois desses três filmes, que prometem ocupar praticamente noventa por cento das salas, vem o time do segundo escalão comercial. O trio de veteranos Morgan Freeman, Michael Caine e Alan Arkin tentam chamar a atenção em "Despedida em Grande Estilo". O filme não foi bem sucedido nas bilheterias americanas e acusado de ser inocente e bobinho demais. Deve ser mesmo. Ainda assim pretendo assistir por causa do elenco que sempre merece, pelo menos, o devido respeito.
Para a turma cult três opções: "Argentina" de Carlos Saura é uma produção bem leve em termos de filmografia desse cineasta. O enredo mostra um grupo de jovens tentando vencer no mundo da dança e da cultura popular. O tom é de documentário. "Todas as Manhãs do Mundo" é um documentário mostrando as maravilhas da natureza. Por fim "Gaga - O Amor pela Dança" explora a companhia de dança Batsheva, de Israel. É praticamente uma obra de amor a essa arte. Um filme indicado para quem adora os bastidores do mundo da cultura.
Pablo Aluísio.
O extremo oposto dessa fita é o fofinho "Os Smurfs e a Vila Perdida". Mais uma animação que traz para os cinemas esse grupo de personagens criados em 1958 pelo cartunista belga Peyo (quem se lembra dos desenhos deles nos anos 80?). Pois é, tudo é bem realizado, em uma fita obviamente indicada para as crianças. Não deixa de ser mais uma amostra da força das animações em longa-metragem. Poucas vezes na história do cinema tivemos tanto espaço no circuito comercial para esse tipo de filme. Sinal dos tempos em que vivemos.
Se você não quiser ser tão realista e selvagem ou tão bobinho, fique no meio termo com "A Cabana". Ora, filmes de terror e suspense com "cabana" no título podem cansar o cinéfilo logo de cara. Afinal isso tudo lembra aquela fórmula batida de jovens adolescentes perdidos no meio da floresta, em uma cabana, sendo aterrorizados. O roteiro desse aqui parece passar longe desse tipo de formulazinha. Estrelado por Sam Worthington, que ainda tenta se tornar um astro de primeira grandeza em Hollywood e com elenco de apoio de luxo com Octavia Spencer e Tim McGraw, o filme não parece ser tão ruim como parece. A conferir.
Depois desses três filmes, que prometem ocupar praticamente noventa por cento das salas, vem o time do segundo escalão comercial. O trio de veteranos Morgan Freeman, Michael Caine e Alan Arkin tentam chamar a atenção em "Despedida em Grande Estilo". O filme não foi bem sucedido nas bilheterias americanas e acusado de ser inocente e bobinho demais. Deve ser mesmo. Ainda assim pretendo assistir por causa do elenco que sempre merece, pelo menos, o devido respeito.
Para a turma cult três opções: "Argentina" de Carlos Saura é uma produção bem leve em termos de filmografia desse cineasta. O enredo mostra um grupo de jovens tentando vencer no mundo da dança e da cultura popular. O tom é de documentário. "Todas as Manhãs do Mundo" é um documentário mostrando as maravilhas da natureza. Por fim "Gaga - O Amor pela Dança" explora a companhia de dança Batsheva, de Israel. É praticamente uma obra de amor a essa arte. Um filme indicado para quem adora os bastidores do mundo da cultura.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 8 de março de 2017
Comportamento Suspeito
Título no Brasil: Comportamento Suspeito
Título Original: Disturbing Behavior
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: David Nutter
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Katie Holmes, James Marsden, Nick Stahl, Katharine Isabelle, Bruce Greenwood, Steve Railsback
Sinopse:
Recém chegado em uma nova cidade, o jovem Steve Clark (James Marsden) se matricula em seu novo colégio. Ele e a família deixaram tudo para trás, se mudando da cidade onde viviam, após a morte do irmão de Steve. Na nova escola ele logo percebe que os alunos fazem parte de panelinhas, grupinhos fechados onde poucos entram. Pior do que isso, ele passa a perceber que algo muito sinistro se esconde nos corredores daquele colégio.
Comentários:
Nos anos 90 surgiram vários filmes de terror com adolescentes. A maioria deles não tinha qualquer relevância ou qualidade. Costumo chamar esses filmes de "filhotes de pânico", já que todos eles eram tentativas de faturar em cima do sucesso do mais bem sucedido filme teen de terror da história, o próprio "Pânico". Meras imitações, sem muita importância. A grande maioria deles sequer chegou a ser lançado nos cinemas, indo parar diretamente nas prateleiras das locadoras de vídeos VHS. Esse "Disturbing Behavior" foi uma dessas fitinhas B, totalmente descartáveis, que chegaram ao mercado. O elenco é basicamente formado todos por jovens, muitos deles sem qualquer talento dramático. A única atriz que chegou a se sobressair foi justamente Katie Holmes, mas isso obviamente não por sua participação nesse filmezinho esquecível, mas sim porque ela já fazia sucesso na época na série de sucesso "Dawson's Creek" que curiosamente chegava nas telinhas justamente nesse mesmo ano de lançamento (1998) desse terror adolescente. O mais curioso de tudo é que apesar desse primeiro filme ser uma bomba, Katie Holmes continuou a investir nesse mesmo estilo, aparecendo em filmes de terror teen como "Tentação Fatal" e "O Dom da Premonição". De duas uma, ou só existiam oportunidades para jovens atrizes nesse tipo de horror pop descartável ou ela queria mesmo investir nesse tipo de produção em sua carreira no cinema. As duas opções porém não eram nada boas. Enfim, não há mais muito o que dizer. Esse "Comportamento Suspeito" é apenas produto não reciclável da década de 90. Melhor fazer como todo mundo fez e esquecer esse filme de uma vez por todas. É pura perda de tempo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Disturbing Behavior
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: David Nutter
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Katie Holmes, James Marsden, Nick Stahl, Katharine Isabelle, Bruce Greenwood, Steve Railsback
Sinopse:
Recém chegado em uma nova cidade, o jovem Steve Clark (James Marsden) se matricula em seu novo colégio. Ele e a família deixaram tudo para trás, se mudando da cidade onde viviam, após a morte do irmão de Steve. Na nova escola ele logo percebe que os alunos fazem parte de panelinhas, grupinhos fechados onde poucos entram. Pior do que isso, ele passa a perceber que algo muito sinistro se esconde nos corredores daquele colégio.
Comentários:
Nos anos 90 surgiram vários filmes de terror com adolescentes. A maioria deles não tinha qualquer relevância ou qualidade. Costumo chamar esses filmes de "filhotes de pânico", já que todos eles eram tentativas de faturar em cima do sucesso do mais bem sucedido filme teen de terror da história, o próprio "Pânico". Meras imitações, sem muita importância. A grande maioria deles sequer chegou a ser lançado nos cinemas, indo parar diretamente nas prateleiras das locadoras de vídeos VHS. Esse "Disturbing Behavior" foi uma dessas fitinhas B, totalmente descartáveis, que chegaram ao mercado. O elenco é basicamente formado todos por jovens, muitos deles sem qualquer talento dramático. A única atriz que chegou a se sobressair foi justamente Katie Holmes, mas isso obviamente não por sua participação nesse filmezinho esquecível, mas sim porque ela já fazia sucesso na época na série de sucesso "Dawson's Creek" que curiosamente chegava nas telinhas justamente nesse mesmo ano de lançamento (1998) desse terror adolescente. O mais curioso de tudo é que apesar desse primeiro filme ser uma bomba, Katie Holmes continuou a investir nesse mesmo estilo, aparecendo em filmes de terror teen como "Tentação Fatal" e "O Dom da Premonição". De duas uma, ou só existiam oportunidades para jovens atrizes nesse tipo de horror pop descartável ou ela queria mesmo investir nesse tipo de produção em sua carreira no cinema. As duas opções porém não eram nada boas. Enfim, não há mais muito o que dizer. Esse "Comportamento Suspeito" é apenas produto não reciclável da década de 90. Melhor fazer como todo mundo fez e esquecer esse filme de uma vez por todas. É pura perda de tempo.
Pablo Aluísio.
A Qualquer Preço
Título no Brasil: A Qualquer Preço
Título Original: A Civil Action
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Steven Zaillian
Roteiro: Jonathan Harr, Steven Zaillian
Elenco: John Travolta, Robert Duvall, Kathleen Quinlan, William H. Macy, John Lithgow, James Gandolfini
Sinopse:
O importante para o advogado Jan Schlittman (John Travolta) é realizar acordos lucrativos em ações judiciais, não procurar por justiça. Ele quer o caminho mais fácil, rápido e financeiramente recompensador. As coisas mudam porém quando Jan é contratado por um grupo de famílias que foram prejudicadas por causa do vazamento tóxico causada por uma grande empresa. Duas crianças morreram por causa disso. A situação sensibiliza o advogado, que agora sim procurará lutar por justiça a qualquer preço. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall) e Melhor Fotografia (Conrad L. Hall).
Comentários:
Muito bom esse filme baseado em fatos reais. O primeiro grande mérito desse roteiro é desmascarar e colocar por terra aquela velha imagem romântica (e um tanto boba) que os brasileiros imaginam do sistema judiciário americano. Tanto lá, como aqui, temos uma situação em que poder financeiro fala mais alto. Na ação civil que faz parte da espinha dorsal desse roteiro (por isso o filme se chama originalmente "A Civil Action") vemos a luta de um advogado comum contra uma corporação rica e influente dentro do sistema. Famílias inteiras foram prejudicadas, duas crianças morreram intoxicadas por causa da irresponsabilidade dessa mesma empresa, mas nem isso comove os senhores de toga do sistema judicial dos Estados Unidos. Uma boa amostra que a corrupção, os interesses escusos e outros descaminhos, também fazem parte da justiça americana (que os brasileiros inocentemente pensam ser perfeita e isenta de máculas). John Travolta poucas vezes esteve tão bem em um filme, mas quem acaba roubando o show nesse elenco é o veterano e talentoso Robert Duvall, que merecidamente recebeu mais uma indicação ao Oscar por sua atuação! E se você pensa que apenas esses dois nomes chamam a atenção no elenco está bem enganado, o luxuoso elenco de apoio traz ainda atores excelentes como, por exemplo, William H. Macy, John Lithgow e James Gandolfini. Em suma um filme de tribunal bem acima da média, mostrando toda a sordidez que se pode encontrar pelos tribunais da vida. Muito recomendado.
Pablo Aluísio.
Título Original: A Civil Action
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Steven Zaillian
Roteiro: Jonathan Harr, Steven Zaillian
Elenco: John Travolta, Robert Duvall, Kathleen Quinlan, William H. Macy, John Lithgow, James Gandolfini
Sinopse:
O importante para o advogado Jan Schlittman (John Travolta) é realizar acordos lucrativos em ações judiciais, não procurar por justiça. Ele quer o caminho mais fácil, rápido e financeiramente recompensador. As coisas mudam porém quando Jan é contratado por um grupo de famílias que foram prejudicadas por causa do vazamento tóxico causada por uma grande empresa. Duas crianças morreram por causa disso. A situação sensibiliza o advogado, que agora sim procurará lutar por justiça a qualquer preço. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Robert Duvall) e Melhor Fotografia (Conrad L. Hall).
Comentários:
Muito bom esse filme baseado em fatos reais. O primeiro grande mérito desse roteiro é desmascarar e colocar por terra aquela velha imagem romântica (e um tanto boba) que os brasileiros imaginam do sistema judiciário americano. Tanto lá, como aqui, temos uma situação em que poder financeiro fala mais alto. Na ação civil que faz parte da espinha dorsal desse roteiro (por isso o filme se chama originalmente "A Civil Action") vemos a luta de um advogado comum contra uma corporação rica e influente dentro do sistema. Famílias inteiras foram prejudicadas, duas crianças morreram intoxicadas por causa da irresponsabilidade dessa mesma empresa, mas nem isso comove os senhores de toga do sistema judicial dos Estados Unidos. Uma boa amostra que a corrupção, os interesses escusos e outros descaminhos, também fazem parte da justiça americana (que os brasileiros inocentemente pensam ser perfeita e isenta de máculas). John Travolta poucas vezes esteve tão bem em um filme, mas quem acaba roubando o show nesse elenco é o veterano e talentoso Robert Duvall, que merecidamente recebeu mais uma indicação ao Oscar por sua atuação! E se você pensa que apenas esses dois nomes chamam a atenção no elenco está bem enganado, o luxuoso elenco de apoio traz ainda atores excelentes como, por exemplo, William H. Macy, John Lithgow e James Gandolfini. Em suma um filme de tribunal bem acima da média, mostrando toda a sordidez que se pode encontrar pelos tribunais da vida. Muito recomendado.
Pablo Aluísio.
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