War & Peace - Episode 1.1
Ontem assisti a esse primeiro episódio dessa nova minissérie da BBC, "War & Peace". É uma adaptação para a TV do famoso livro de Leo Tolstoy que no passado inclusive já deu origem a maravilhosos filmes, alguns deles clássicos absolutos do cinema. Pois bem, a história se passa no começo do século XIX. A Europa está sendo varrida pelos exércitos de Napoleão. Após conquistar vários países ele decide investir contra o leste europeu. Rússia e Áustria então se unem contra o imperador francês. Em São Petersburgo um jovem chamado Pierre Bezukhov (Paul Dano) segue com sua vida de frivolidades, festas e bebedeiras. Ele tenta passar a imagem de alguém mais intelectualizado, até mesmo defendendo com certo entusiasmo o próprio Napoleão, mas no fundo não passa de um rapaz ingênuo e sem experiência de vida. Sua rotina de prazeres é interrompida quando ele é informado que seu velho pai, o Conde Bezukhov, sofreu um derrame e está à beira da morte. Ele então parte para Moscou. O Conde em questão é extremamente rico, dono de vastas fazendas, palácios e propriedades e por essa razão se cria um certo clima de tensão em saber sobre quem seria seu herdeiro, para quem ele deixaria essa imensa riqueza. Pierre é agraciado, mesmo sendo filho bastardo. A súbita riqueza então atrai para ele todas as atenções, inclusive de pessoas inescrupulosas, como uma jovem da nobreza que só está interessada mesmo em sua fortuna. Excelente produção, bom roteiro e direção de arte classe A, compõem o quadro geral dessa produção que já em seu primeiro episódio deixa claro todas as suas qualidades. Em termos de elenco quem acaba se destacando mais é a atriz Gillian Anderson (a eterna agente Dana Scully da série "The X-Files"). Ela interpreta Anna Pavlovna Scherer, uma alcoviteira cheia de más intenções. Ver Gillian Anderson interpretando um papel tão diferente assim já vale pela série inteira. Enfim deixo a minha recomendação, ótima série aliada a esse que é um dos maiores clássicos da literatura mundial. Não deixe de conferir. / War & Peace 1.01 - Episode 1 (Inglaterra, EUA, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies / Elenco: Paul Dano, Gillian Anderson, Stephen Rea, Tuppence Middleton.
War & Peace - Episode 1.2
Desilusões e mais desilusões. Afirma o ditado popular que o marido traído é sempre o último a saber. No caso do Conde Pierre Bezukhov (Paul Dano) isso parece se confirmar mais uma vez. Após seu casamento precoce, fruto de uma paixão avassaladora e pouco racional, ele resolve levar seu grande amigo Fedya Dolokhov (Tom Burke) para morar em sua casa. Péssima ideia. O sujeito não apenas seduz sua jovem esposa Helene Kuragina (Tuppence Middleton), como a leva para a cama, não fazendo a menor questão de esconder isso. Em pouco tempo a fofoca se espalha, arruinando a reputação de Bezukhov, um rapaz jovem demais para lidar com todo o peso e as responsabilidades da fortuna de que se tornou único herdeiro. Indignado e chocado com a situação Pierre resolve desafiar Dolokhov para um duelo a céu aberto, uma tradição de honra muito em voga naqueles tempos mais românticos e idealistas. Na outra linha narrativa um nobre arruinado, Vassily Kuragin (Stephen Rea), tenta de todas as formas arrumar uma noiva rica para seu filho, um jovem fútil e sem personalidade. O melhor desse episódio porém nem vem dessas histórias de alcova, mas sim do contexto histórico em que tudo se passa, com as tropas de Napoleão começando a chegar cada vez mais perto da Rússia Czarista. E por falar em Czar aqui temos uma pequena participação do monarca em pleno campo de batalha, algo que logo se revela desastroso por causa de sua inexperiência em lidar com estratégias de guerra. O absolutismo começava a ruir por dentro, traçando o destino daquelas velhas monarquias obtusas e antiquadas. / War & Peace 1.02 - Episode #1.2 (EUA, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies, baseado na obra de Leo Tolstoy / Elenco: Paul Dano, Tuppence Middleton, Stephen Rea, Rebecca Front.
War & Peace - Episode 1.3
Desafiado a um duelo de honra não sobra nada a Fedya Dolokhov (Tom Burke) a não ser aceitar o desafio. Ele é um militar experiente, com muita habilidade no manejo de armas de fogo. Já o Conde Pierre Bezukhov (Paul Dano), o marido traído, é uma figura levemente boba, sem qualquer experiência em duelos daquele tipo. Eles vão para um campo aberto, coberto de neve, tomam suas posições e... para surpresa geral o boboca Bezukhov acaba vencendo o duelo!!! Atingido em cheio com um tiro em seu abdômen, Dolokhov consegue sobreviver milagrosamente! O pior de tudo é saber depois que mesmo após ter sido traído o jovem Conde resolve voltar para os braços de sua esposa infiel, que inclusive já está de amante novo, um aspirante do exército russo. Realmente... sem comentários. Alguns homens certamente não fazem jus às suas próprias calças. Enquanto uns são traídos sistematicamente no campo amoroso o povo russo fica surpreso ao saber que agora o Czar assinou um tratado de paz e cooperação com Napoleão Bonaparte, transformando antigos aliados em inimigos e vice versa. Para os soldados que combatem no front isso se torna ao mesmo tempo uma enorme surpresa e um ultraje por todos os companheiros mortos em batalha. Como todos sabemos tudo não passou de uma estratégia de Napoleão para ganhar algum tempo pois ele definitivamente entraria em território russo, cometendo os mesmos erros que Hitler voltaria a cometer durante a II Guerra Mundial, indo em direção a uma derrota militar que se tornaria sua ruína. / War & Peace 1.03 - Episode #1.3 (EUA, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies, baseado na obra de Leo Tolstoy / Elenco: Paul Dano, Tuppence Middleton, Stephen Rea, Rebecca Front.
War & Peace - Episode 1.4
Outra série que recomendo, também extremamente bem produzida. Não poderia ser diferente já que é baseada no famoso livro escrito por Liev Tolstói, publicado em 1869. O cenário é a Rússia dos tempos dos czares nas vésperas da invasão da nação pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Nesse episódio temos um exemplo de como as relações sociais eram tecidas entre a elite russa. Todos os casamentos eram previamente arranjados pelas famílias nobres, tudo visando, na maioria das vezes, apenas a interesses patrimoniais e de riqueza material. Casamentos de puro interesse, em suma. Nesse episódio, por exemplo, a filha de um conde arruinado fica apaixonada (verdadeiramente) pelo herdeiro de uma rica família. O pai do rapaz não gosta dos rumos que tudo está tomando. Assim sugere ao seu filho que passe um ano fora da Rússia, nos alpes da Suíça. A intenção óbvia, é de esfriar o romance, para que ele depois encontre uma moça mais promissora, com melhor perspectiva de vida. O tempo passa e ela acaba se envolvendo com outro homem, um sujeito bem canalha, já casado e amigo de Pierre Bezukhov (Paul Dano). Claro que ao se envolver com um sujeito daqueles ela acaba perdendo seu bem mais precioso, sua reputação como mulher. Para uma sociedade tão conservadora, religiosa e puritana como aquela isso significava praticamente o fim do sonho de ter um casamento promissor. Já para quem estiver em busca de boas cenas de ação há uma sequência muito boa envolvendo um esporte popular na época, a caça ao lobo, nos bosques congelados da Rússia. / War & Peace 1.04 - Episode #1.4 (Estados Unidos, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies / Elenco: Lily James, Greta Scacchi, Jim Broadbent.
War & Peace - Episode 1.5
Ótimo episódio. Aqui vemos pela primeira vez as tropas do imperador Napoleão Bonaparte invadindo o solo da mãe Rússia. Tudo ocorre muito rápido após o líder francês romper o tratado que havia assinado com o Czar Alexandre. Ele simplesmente ignora os termos que havia concordado para invadir a Rússia. Seu objetivo é chegar até Moscou para depor o governo Czarista, mas no meio do caminho começa a encontra problemas (lembrando que a invasão russa foi o maior desastre militar de Napoleão, uma campanha que marcou o começo de sua queda). O interessante desse roteiro é que tudo é visto sob o ponto de vista dos personagens, que acabam vendo suas vidas viradas de cabeça para baixo com a chegada dos franceses. Uma cena interessante mostra o próprio Napoleão fazendo pouco caso do exército russo ao qual ele pensa estar destruído. Um velho general é designado então para deter o avança do exército francês em uma região conhecida como Borodino. E é para lá que Pierre se dirige, para sentir o gosto da guerra em primeira mão. Aquele nobre no meio do campo de batalha com homens sendo mortos ao lado acaba virando uma alegoria de sua própria insensatez frívola. A população civil russa fugindo, com a política de terra arrasada, ao mesmo tempo em que a alta nobreza ainda vive sob uma certa alienação de tudo o que estava acontecendo, acaba sendo um ótimo retrato daqueles tempos históricos conturbados. Enfim, esse é certamente um dos melhores episódio da série, simplesmente imperdível. / War & Peace 1.05 - Episode 1.5 (Estados Unidos, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies / Elenco: Lily James, James Norton, Paul Dano.
War & Peace 1.06 - Episode 1.6
Ontem terminei de assistir essa minissérie do canal BBC. Como já escrevi antes se trata de uma adaptação do famoso livro "Guerra e Paz" de Tolstoi, lançado em 1869. Essa é uma obra literária complexa, com muitos personagens e subtramas, mostrando a agonia do império russo após a invasão de Napoleão Bonaparte. Claro que definitivamente não seria uma adaptação fácil. O problema maior desse programa é que a audiência foi sumindo ao longo dos episódios. O público certamente não gostou da estrutura do roteiro, achou algo disperso, confuso até. Com isso abandonou a série pelo meio do caminho. Com a audiência em baixa eles resolveram acelerar tudo para terminar logo. Com isso o episódio final mostra a invasão da Rússia por Napoleão e sua inevitável derrota após a retirada sob as duas condições do inverno massacrante daquela região. Devo confessar que houve sim uma pressa em finalizar a série e isso prejudicou bastante o resultado final. Mesmo assim não deixaria de recomendar War & Peace. Mesmo muito sintética, feita com uma certa pressa, a série tem uma excelente produção, que aproveita toda o cenário natural russo. Além disso, mesmo em pitadas econômicas, ainda dá para saborear a genialidade de Tolstoi. Claro que seu livro jamais poderá ser trocado por nenhum filme ou série, mas pelo menos serve como porta de entrada para a literatura. Se for esse o seu caso já terá valido a pena. / War & Peace 1.06 - Episode 6 (Inglaterra, 2016) Direção: Tom Harper / Roteiro: Andrew Davies / Elenco: Paul Dano, Lily James, Greta Scacchi, Mathieu Kassovitz, Guillaume Faure, Otto Farrant.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
domingo, 21 de agosto de 2016
Rookie Blue
Rookie Blue 4.04 - The Kids Are Not Alright
Eu até hoje fico surpreso ao perceber como "Rookie Blue" chegou tão longe! Essa série que explora a história de um grupo de novatos recém saídos da Academia de Polícia de Seattle tinha tudo para ficar por ali na primeira ou segunda temporada, no máximo. A questão porém foi que acabou caindo no gosto do público e agora caminha para sua quinta temporada. Eu atribuo esse sucesso ao elenco, pois são atores carismáticos, jovens e talentosos, que mesmo não contando com grandes roteiros, conseguem se sobressair no concorrido mundo televisivo dos Estados Unidos. Nesse episódio temos um enredo interessante. Um adolescente é encontrado em um porta malas de um carro durante uma blitz realizada pela polícia. Depois de tentar entender o que aconteceu os policiais finalmente descobrem que "ele" na verdade é "ela", uma jovem adolescente lésbica que estava sofrendo um crime de ódio por causa de sua opção sexual. E o autor do crime era o irmão mais velho de sua namorada! Na outra linha narrativa a morte de um jovem de apenas 16 anos abre uma investigação sobre a luta interna que se trava numa das maiores gangues da cidade. Seu primo, um rapaz que decidiu abandonar as ruas para trilhar um novo caminho na vida, acaba descobrindo que o crime teve nuances ainda mais sórdidas do que ele pensava. Por fim fechando tudo temos, como não poderia ser diferente, um triângulo amoroso se formando entre os jovens tiras. / Rookie Blue 4.04 - The Kids Are Not Alright (EUA, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.05 - Poison Pill
Pior do que os efeitos danosos da heroína seria termos heroína misturada com Antraz! É justamente isso que acontece nesse episódio. Os tiras novatos do departamento de polícia de Seattle precisam lidar com essa mistura mortal após uma jovem ser internada em estado grave. Ela supostamente teria consumido heroína que estava também contaminada com Antraz. Esposa de um veterinário ela teria tido contato com a droga através de seu amante, um rapaz dono de uma galeria de arte. Aos poucos os policiais começam a investigar, tentando chegar na fonte do fornecimento do carregamento de droga contaminado com a perigosa substância. Ela tem a marca "Midnight" em suas embalagens e isso pode ser uma pista valiosa a seguir. Pior para Andy McNally (Missy Peregrym) que acaba sendo contaminada pelo produto durante uma batida policial. Curiosamente descobrem que nem tudo é o que aparentava ser. Na outra linha narrativa Dov Epstein (Gregory Smith) e Chloe Price (Priscilla Faia) se vêem numa situação de puro constrangimento. Apesar de estarem quase namorando a descoberta de uma pílula usada no tratamento de bipolaridade pode colocar tudo a perder já que Dov pensa que a droga é de Chloe, e ela por ter um comportamento fora dos padrões seria bipolar, embora obviamente escondesse a verdade da polícia com receios de perder seu emprego! Mas seria isso mesmo que está acontecendo ou na verdade se trata de um tremendo engano, um mal entendido criado por falsas aparências? Assista para descobrir! / Rookie Blue 4.05 - Poison Pill (EUA, 2013) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.07 - Friday the 13th
"Rookie Blue" foi até longe demais, a ponto inclusive da turma de policiais que retrata deixar de ser novato (rookie) já há muito tempo. Mesmo assim, pelo carisma do elenco, ainda se consegue manter o interesse do espectador. A quinta temporada inclusive já está a todo vapor. É tradição nas séries americanas o uso de episódios especiais, para datas celebrativas, como o Halloween. É justamente isso que temos por aqui. O enredo então começa quando uma mulher, que se auto intitula "bruxa", chega no departamento de polícia para informar um roubo, algo que havia sido roubado de sua coleção de artefatos de bruxaria! (sim, é sério mesmo!). Ela é, vejam só, especialista em feitiços que tragam amores do passado ou maridos rebeldes! Ao indicar uma poção para banho acaba descobrindo que sua cliente acabou bebendo o tal líquido, indo obviamente parar no hospital por envenenamento! Crentices e bruxarias, pelo visto, ainda seguem sendo utilizados pelas pessoas menos informadas! Coisa de louco! Bom episódio, levemente divertido, que melhora todas as vezes que a atriz loira (e linda) Charlotte Sullivan está em cena! Para quem não se lembra ela interpretou a diva Marilyn Monroe na série "The Kennedys" em 2011. Com ela na frente das câmeras não há muito o que reclamar. / Rookie Blue 4.07 - Friday the 13th (EUA, 2013) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.09 - What I Lost
A filha de um policial do departamento é sequestrado, em plena luz do dia, em uma parque de Seattle. O desaparecimento da criança coloca todos os tiras em alerta e depois de algumas suspeitas se descobre que dois irmãos, que foram acusados de pedofilia no passado, são proprietários de um loja de doces nas redondezas. Um disfarce perfeito para ficar o mais próximo possível de suas eventuais e potenciais vítimas. Obviamente que algo desse tipo despertaria todas as suspeitas da polícia, mas nem sempre a solução de um mistério como esse envolveria algo assim tão óbvio. Além do mais os suspeitos acabam dando sólidos álibis para os investigadores, algo que inviabilizaria qualquer acusação contra eles em um tribunal. Em pouco tempo as investigações voltam ao ponto inicial, até que uma pista definitiva surge no ar, mostrando que o verdadeiro criminoso estaria mais perto do que se poderia imaginar. Bom episódio de "Rookie Blue" que investe nas complicadas relações sociais envolvendo ex-namoradas, amores do passado e mentiras. De repente descobre-se que alguém não é o verdadeiro pai de uma criança, que todo um relacionamento é fundado em mentiras e que nada parece ser o que realmente é. Um castelo de cartas emocional prestes a ruir a qualquer momento. / Rookie Blue 4.09 - What I Lost (EUA, 2013) Direção: Paul Fox / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.10 - You Are Here
A ocasião faz o ladrão, já dizia o velho ditado. Se não existem muitos lugares ao ar livre para se manter uma plantação de maconha na cidade grande então que se crie algo para cultivar a planta. O que tem acontecido muito nos Estados Unidos é o cultivo da maconha dentro de casas e apartamentos, em grandes estufas planejadas justamente para isso. Sem querer a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) ao bater na porta de uma casa aparentemente normal, acaba descobrindo uma grande estufa dessas no porão do lugar. Até aí nada demais, já que seria apenas mais um caso de rotina para o departamento de narcóticos. As coisas se complicam mesmo quando ela também descobre um corpo, dentro de um barril, naquilo que poderia ser um laboratório de refinamento de drogas. Desse ponto em diante as coisas vão ficando cada vez mais complicadas. Um rapaz é preso no lugar, mas se defende dizendo que é apenas um consumidor que estava ali para comprar erva. As investigações vão acabar revelando algo bem mais perturbador, envolvendo inclusive acerto de contas de gangues internacionais, inclusive uma formada por imigrantes portugueses (que em determinado momento do episódio começam a falar em nossa língua, de forma não muito convincente!). Em suma, mais um bom episódio que aproveita ainda para explorar a tensão existente entre McNally e Gail Peck (Charlotte Sullivan) por causa da quebra daquele velho código não escrito de ética entre garotas que afirma não ser possível uma amiga roubar o namorado da outra. Quando isso acontece a amizade chega definitivamente ao final. / Rookie Blue 4.10 - You Are Here (EUA, 2013) Direção: Teresa Hannigan / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.11 - Deception
Rookie Blue mostra o cotidiano de um grupo de policiais jovens de Seattle. Tudo bem que mais parecem modelos do que policiais de verdade, mas isso é apenas um pequeno detalhe a se ignorar. Nesse episódio o detetive Sam Swarek (Ben Bass) decide ajudar uma colega que sofre de bipolaridade. Ela acaba ficando obcecada por um sujeito que teria cumprido pena por pedofilia no passado. Ele se diz recuperado, mas ela não se convence muito disso. Cada vez mais obcecada ela resolve infringir determinados procedimentos legais, chegando ao ponto de invadir a casa do ex-criminoso, algo que se descoberto justificaria sua expulsão da corporação. Sam então resolve esconder alguns rastros para evitar que ela seja acusada de algo mais sério. Para isso pede ajuda para a policial Andy McNally (Missy Peregrym) que não fica muito contente em se envolver em um acobertamento como esse. Afinal ela não quer se prejudicar com algo comprometedor em sua ficha. Nesse ínterim a detetive Traci Nash (Enuka Okuma) precisa dar conta pela primeira vez de uma tocaia que visa prender perigosos traficantes do centro da cidade. Ela definitivamente não tem experiência para uma operação assim, por isso hesita bastante no desenrolar dos acontecimentos, embora no final, para seu alívio, tudo acabe saindo bem, de acordo com o planejado. / Rookie Blue 4.11 - Deception (EUA, 2013) Direção: / Roteiro: / Elenco: Ben Bass, Enuka Okuma, Missy Peregrym, Gregory Smith, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 4.12 - Under Fire
Há um matador de policiais à solta. Atirador de elite, o criminoso procura prédios altos que lhe proporcionem uma excelente visão do panorama geral de seus alvos, geralmente tiras que são chamados para falsos pedidos de socorro. Uma vez que fiquem no alvo, o tiroteio começa. Uma das baleadas é a simpática policial Chloe Price (Priscilla Faia). Enquanto investiga um homem caído no meio de uma praça ela é atingida em cheio no pescoço, pelo sniper. Andy McNally (Missy Peregrym), que a estava acompanhado na batida policial, acaba também sendo atingida, mas em uma região menos perigosa do corpo humano. E os ataques não param por aí. Outra viatura é atingida quando atendia a um chamado numa velha casa abandonada. O elo de ligação que liga todos os eventos é um fato ocorrido no passado, um sujeito que colocou na cabeça que precisa eliminar todos os policiais da cidade em uma insana cruzada própria de acertamento de contas. Além das boas cenas de ação esse episódio também traz uma surpresa e tanto para os fãs da série. Numa das últimas cenas a oficial Gail Peck (Charlotte Sullivan) se revela bissexual ao dar uma beijo ardente numa colega de distrito! Quem diria, logo ela, que vinha em uma depressão profunda após o fim de um longo relacionamento hetero! Pois é, um sinal dos tempos. / Rookie Blue 4.12 - Under Fire (EUA, 2013) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Priscilla Faia, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue - Quinta Temporada:
Rookie Blue 5.01 - Blink
Primeiro episódio da quinta temporada. Os policiais Sam Swarek (Ben Bass) e Chloe Price (Priscilla Faia) foram baleados e estão hospitalizados. Depois de passar a madrugada ao lado da namorada, Dov Epstein (Gregory Smith) resolve ir em companhia de Andy McNally (Missy Peregrym) a uma lanchonete próxima. Eles estão à paisana e fora do serviço e são surpreendidos quando um casal de jovens namorados se revelam assaltantes. Eles querem o dinheiro do caixa, mas são no fundo apenas amadores - o que duplica o perigo de vida de todos os clientes da lanchonete que logo viram reféns. O roteiro não chega a explicar porque estão tão desesperados em busca de dinheiro, mas o desenvolvimento dos acontecimentos é dos melhores, com muita tensão. Do outro lado da cidade Gail Peck (Charlotte Sullivan) está em crise. Meio hesitante ela resolve assumir seu namoro lésbico com uma colega e resolve contar ao próprio irmão. Claro que depois pensa melhor e fica em completo desespero. Completamente surtada resolve passar a tesoura em seus lindos cabelos loiros, o que convenhamos é uma enorme pena! "Rookie Blue" é aquele tipo de série que funciona muito bem como entretenimento. O elenco é carismático e os roteiros, apesar de não serem em nenhum momento maravilhosos, conseguem funcionar muito bem como passatempo. Para assistir em noites sem nada melhor para ver. / Rookie Blue 5.01 - Blink (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 5.02 - All by Her Selfie
"Rookie Blue" é uma típica série do canal ABC. Os personagens não são muito bem desenvolvidos e nem sequer há roteiros brilhantes ou inovadores no meio do caminho. Mesmo assim você vai acompanhando, acompanhando e quando se dá por si já está na quinta temporada! O grande trunfo dessa série policial são os atores que formam o elenco, quase todos eles bem carismáticos. Esse tipo de coisa acaba, queira ou não, cultivando o espectador. Nesse episódio a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) se torna oficial de treinamento de um jovem recém saído da academia. Um recruta novato (rookie) como ela própria há pouco tempo atrás. O grande diferencial é que o rapaz é o enteado do próprio comissário de polícia da cidade, algo que McNally nem desconfia. A dupla acaba se envolvendo em um caso complicado onde a inexperiência do jovem acabará pesando muito no desfecho da situação. Eles recebem a chamada para investigar um caso simples de arrombamento de uma loja de penhores. Lá dentro encontram um sem-teto com problemas de alcoolismo. Nada demais, apenas um pobre homem querendo fugir do frio das ruas. Dispensado, eles acabam descobrindo que cometeram um erro de procedimento, já que no porão do estabelecimento acabam encontrando o dono, assassinado. A partir daí as investigações vão revelar uma trama complicada, envolvendo outras pessoas que eles sequer imaginavam. Enquanto isso a personagem Gail Peck (interpretada pela linda atriz Charlotte Sullivan) passa por uma crise existencial e de identidade ao descobrir que está tendo um relacionamento lésbico. Surtada, acaba cortando seus longos cabelos loiros o que não deu muito certo dentro da proposta do roteiro porque afinal de contas ela acabou ficando ainda mais bonita, nada condizente com alguém que supostamente estaria passando por uma crise. Enfim, coisas de séries americanas estreladas por um elenco cheio de beldades que se parecem com tudo, menos com policiais de patrulha. Divertido, acima de tudo. / Rookie Blue 5.02 - All by Her Selfie (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.03 - Heart Breakers, Money Makers
Nesse episódio os policiais de "Rookie Blue" são designados para um tipo de serviço que nenhum deles gostaria realmente de fazer. Ir nas casas de criminosos condenados para recolher bens que foram adquiridos através de ganhos provenientes de atividades ilícitas. No começo pode até parecer um trabalho enfadonho, mas com direito a muitas surpresas pelo meio do caminho. Em uma casa de um ex-traficante e estelionatário a policial Andy McNally (Missy Peregrym) acaba descobrindo o fio da meada de algo bem maior, uma grande rede criminosa. O sujeito é casado com uma mulher desequilibrada, dada a promover barracos e ataques de escândalo. Um típico casamento realizado apenas por interesse financeiro - algo que com o tempo acaba se tornando um verdadeiro inferno doméstico entre o casal. Esse episódio também segue explorando o affair lésbico de Gail Peck (Charlotte Sullivan, ainda mais linda com cabelos curtos). Algo que até então jamais se mostrou muito convincente (parecendo mesmo uma tremenda forçada de barra dos roteiristas para ganhar a simpatia das organizações de defesa de minorias). Pois bem, Peck é finalmente apresentada para as amigas de sua namorada, algo que não dá muito certo. Elas são todas universitárias de instituições da Ivy League e acabam esnobando Peck pelo simples fato dela ser uma policial de rua. Nem preciso dizer que a saia justa acaba jogando um balde de água fria no romance. Bom episódio, novamente apoiado no grande carisma de todo o elenco. / Rookie Blue 5.03 - Heart Breakers, Money Makers (EUA, 2014) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.04 - Wanting
Três pessoas são mortas em uma guerra de gangues em Seattle. Um dos chefões de um grupo chamado Jameson também é assassinado. A polícia não tem muita noção do que anda acontecendo e nem que a morte do líder da quadrilha foi encomendada por outro membro da mesma gangue. Essas quadrilhas formadas basicamente por jovens latinos se espalharam muito dentro das principais cidades americanas. Nesse episódio os roteiristas criaram uma espécie de modelo desse tipo de organização criminosa e lhes deram o nome de Las Viboras (o que veio bem a calhar). No fundo tudo não passa de um ciclo que geralmente se repete muito no mundo do crime, onde testemunhas são mortas para que crimes anteriores fiquem impunes. E é justamente durante uma investigação desse caso que a policial Andy McNally (Missy Peregrym) descobre que o novato que está em treinamento com ela definitivamente não serve para o serviço. Quando ela fica encurralada em um apartamento, cercado por membros da gangue, o seu parceiro simplesmente amarela e não consegue arranjar coragem para ir em seu socorro! Nem todos estão preparados para exercerem a função de policiais em grandes e violentas metrópoles. Por fim Gail Peck (Charlotte Sullivan) entra em choque após encontrar uma garotinha ao lado do corpo de sua mãe que acaba de ser assassinada por criminosos. Um episódio de rotina dentro da série, mas que terá consequências futuramente dentro da trama de "Rookie Blue", por isso não deixe de conferir. / Rookie Blue 5.04 - Wanting (EUA, Canadá, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 5.05 - Going Under
Já a série "Rookie Blue", apesar de já estar na sua quinta temporada, não demonstra ainda sinais de esgotamento. O motivo é simples também de explicar: séries policiais com grandes elencos demoram para saturar pois sempre há possibilidades dos roteiristas explorarem um ou outro personagem em cada episódio. Nesse episódio aqui abriram espaço para o policial Chris Diaz (Travis Milne). Ele leva uma vida dupla. De dia, com uniforme, combate os traficantes de drogas pelas ruas de Seattle. De noite, após largar o serviço, vai atrás desses mesmos traficantes para comprar drogas. É um tira viciado, imagine você! As coisas se complicam quando a polícia prende o seu traficante. O criminoso ameaça revelar tudo aos detetives caso Diaz não arranje um jeito qualquer de o livrar da cadeia. Na outra ponta narrativa Andy McNally (Missy Peregrym) precisa descobrir o desaparecimento de um homem que nunca mais foi visto pelos próprios familiares. Teria sido vítima de um crime ou simplesmente foi embora para sempre, por livre e espontânea vontade? Por fim o que anda bem chatinho mesmo é o desenvolvimento da eterna fossa de Gail Peck (interpretada por Charlotte Sullivan, a atriz mais bonita da série) onde ela já não sabe se é realmente lésbica ou não, se é apaixonada por um homem ou por uma mulher... enfim, enrolaram muito o meio de campo dessa personagem. / Rookie Blue 5.05 - Going Under (EUA, 2014) Direção: T.W. Peacocke / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Travis Milne, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.06 - Two Truths and a Lie
O título do episódio vem de uma brincadeira entre Andy McNally (Missy Peregrym) e Sam Swarek (Ben Bass) durante uma patrulha na cidade. Eles são apaixonados um pelo outro, mas estão sempre medindo forças, naquele tipo de joguinho que conhecemos tão bem. Nesse episódio Sam baixa um pouco a guarda ao revelar um aspecto ruim de seu passado envolvendo seu pai, atualmente cumprindo pena em uma penitenciária de segurança máxima. McNally participa de tudo e fica também sabendo alguns segredos de Sam que ele preferia deixar nas sombras. Eles vão até a prisão em busca de informações pois um rapaz de Seattle é encontrado morto no porta malas de um carro e o crime parece ter ligações com um ex-condenado (agora nas ruas) que o pai de Sam conhece muito bem. Nada poderia ser mais constrangedor para um tira do que ter um pai no presídio cumprindo pena por assassinato. Coisas da vida. Conforme as investigações avançam todos os detetives vão chegando a conclusão de que há algo maior por trás, muito provavelmente um crime passional. Bom episódio, valorizado justamente pela reaproximação de McNally e Sam. "Rookie Blue" é bem quadradinha, sem novidades, mas como puro entretenimento funciona muito bem, não há como negar. Por essa razão, sigo acompanhando. / Rookie Blue 5.06 - Two Truths and a Lie (EUA, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Ben Bass.
Rookie Blue 5.07 - Deal with the Devil
Tudo começa com um dedo humano encontrado numa lata de lixo de um restaurante italiano em Seattle. Tudo leva a crer que é apenas parte de um crime maior. A região é controlada pela máfia da cidade, sempre envolvendo acerto de contas entre criminosos rivais. O dono de uma cantina na vizinhança também parece ter ligação com tudo o que aconteceu. Na outra linha narrativa a patrulheira Gail Peck (Charlotte Sullivan) tenta se acertar novamente com sua ex-namorada que trabalha como legista no departamento. Pode parecer estranho, mas entre corpos passando por autópsias elas vão tentando entender porque seu relacionamento não deu certo! Por fim, para encerrar o caso do jovem policial que foi reprovado nos testes por Andy McNally (Missy Peregrym) é finalmente marcada uma audiência administrativa da corporação para esclarecer realmente todos os fatos. Em um episódio anterior vimos que o jovem em treinamento simplesmente amarelou durante uma batida policial, deixando McNally sozinha para enfrentar um criminoso fortemente armado. Por ter sido considerado um covarde ele obviamente foi reprovado por ela. Só que o tal sujeito é também parente do comissário de polícia, então todos os pauzinhos são movidos para ele não ser demitido. Achou que apenas no Brasil havia corrupção e tráfico de influência em órgãos públicos? Pois é, no grande irmão do norte também acontece a mesma coisa. / Rookie Blue 5.07 - Deal with the Devil (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.08 - Exit Strategy
Se "Outsiders" tenta ser ao menos diferente, "Rookie Blue" só almeja ser mais um enlatado policial americano. Isso não é algo necessariamente ruim, dependendo do que você anda procurando em termos de séries para assistir. Assim o que acaba segurando as pontas da série é o seu elenco, bem carismático. Nesse episódio aqui o policial Dov Epstein (Gregory Smith) finalmente descobre que seu velho parceiro, desde os tempos da academia de polícia, é um viciado em cocaína. Chris já vinha dando pistas disso, seja no olhar vidrado, seja no comportamento fora dos padrões. Pior do que um junkie é um junkie com armas e distintivo. Realmente uma situação mais do que delicada. O mote do episódio porém acontece quando os tiras encontram uma casa arrombada. A vizinhança os teria chamado após notar que o carro da família que lá morava estava há horas com as portas abertas em frente à casa. De fato, assim que os policiais entram no lugar encontram o caos, naquilo que parece ter sido um assalto convencional, mas que na verdade encobre algo mais, inclusive uma possível fraude envolvendo a falência da empresa familiar daquelas pessoas. Pois é, definitivamente não está fácil para ninguém... / Rookie Blue 5.08 - Exit Strategy (EUA, 2014) Direção: Jeff Woolnough / Roteiro: Tassie Cameron (created by), Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 5.09 - Moving Day
Dia de mudança ou melhor falando, dia de despejo. Os policiais de "Rookie Blue" precisam despejar um grupo de moradores pobres de apartamentos na periferia de Seattle. Algo que nenhum deles gosta de fazer pois o trabalho consiste basicamente em desalojar famílias pobres de suas casas. Quem gostaria de fazer um serviço desses? Mas enfim, ossos do ofício. Em um desses apartamentos eles descobrem dois jovens adolescentes morando sozinhos. São dois irmãos. A mãe foi embora, desapareceu, provavelmente por não ter mais como sustentar os próprios filhos. O garoto mais velho resolve então roubar bicicletas nas redondezas para ter dinheiro, caso contrário ficaria sem ter o que comer ao lado da irmã. Pois é, há muita pobreza também nos Estados Unidos, ao contrário do que muita gente pensa. Um drama social. Entre os desalojados são encontrados também brasileiros! Isso mesmo, imigrantes ilegais que foram para os Estados Unidos em busca de trabalho. Esse episódio se torna muito interessante justamente por essa razão. Os brasileiros falam um português de Portugal (acredita nisso?) e passam por apuros com a polícia da cidade. A personagem Chloe Price (interpretado pela atriz canadense de família brasileira Priscilla Faia) então começa a servir de intérprete pois ela fala nossa língua. O portunhol de Priscilla chega a ser hilário, mas temos que ao menos reconhecer seu esforço em passar um bom português na tela. Aliás os americanos em geral acham nossa língua mais parecida com o francês do que com o espanhol, bem ao contrário dos brasileiros que conseguem entender o que um espanhol fala, mas absolutamente nada do que um francês diz! Isso apesar de ser todas línguas latinas, mas enfim.... temos aqui um episódio muito bom e acima de tudo bem curioso para todos nós, brasileiros. / Rookie Blue 5.09 - Moving Day (EUA, 2014) Direção: Teresa Hannigan / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.10 - Fragments
Nesse episódio dois atentados a bomba acontecem nas ruas de Seattle. Terrorismo? Pelas investigações iniciais não seria esse o caso, mas sim uma disputa de território entre máfias formadas por imigrantes, uma de russos e outra de irlandeses. O clímax acontece quando o jovem tira Matt Murray (Duncan Moore) é amarrado na direção de um veículo com uma bomba relógio armada embaixo de seu acento. Essa cena me lembrou muito antigas séries dos anos 80 pois esse tipo de situação era bem comum naquela época nos roteiros. Dois fios, um pode explodir tudo, o outro serio o certo a se cortar. Provavelmente você já viu isso em centenas de filmes e seriados americanos. Sim, é uma situação até bem clichê. Quem banca o herói aqui é o cadete Nick Collins (Peter Mooney). Sem que haja tempo para a chegada do esquadrão antibombas ele precisa se virar, seguindo instruções pelo celular. Em dez minutos a bomba será detonada. Pois é, uma coisa antiga, mas que ainda funciona se você não for muito exigente e crítico. Na outra linha narrativa, focada mais na vida pessoal dos policiais, a gatinha Andy McNally (Missy Peregrym) recusa uma oferta do namorado Sam Swarek (Ben Bass). Ele quer dar a chave de seu apartamento para ela. Para McNally isso significa ir para um outro nível do relacionamento e ela definitivamente não quer nada sério pois é muito jovem e não quer afundar em um casamento precoce em sua vida. Garota esperta! / Rookie Blue 5.10 - Fragments (EUA, 2014) Direção: John Fawcett / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 5.11 - Everlasting
Esse foi o último episódio da quinta temporada. Também é uma continuação do episódio anterior. Naquele havia um terrorista colocando bombas por toda a Seattle. O motivo? Seu filho havia morrido em um atentado no passado e ele queria se vingar da omissão da polícia que não havia conseguido prender o criminoso que havia feito aquele ato terrorista. Assim ele resolveu dar o troco com a mesma moeda. Um fato curioso nesse episódio é que ele traz a atriz Erin Karpluk como uma paquera do policial Nick Collins (Peter Mooney). Não lembra da Erin? Ela foi a protagonista da boa série canadense "Being Erica". Não se sabe se ela ainda se tornará fixa no elenco, mas de qualquer modo é sempre curioso ver sua presença nessa série policial. Outro destaque vem da explosão de uma bomba no setor de evidências do departamento de polícia, justamente quando Andy McNally (Missy Peregrym) estava por lá, o que leva Sam Swarek (Ben Bass) ao completo desespero! Será que uma das principais protagonistas morre, justamente no último episódio da temporada? Assista para conferir. / Rookie Blue 5.11 - Everlasting (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Ben Bass, Peter Mooney, Erin Karpluk.
Rookie Blue - Sexta Temporada:
Rookie Blue 6.02 - Perfect Family
Uma garota, adolescente, some de casa. Os pais imediatamente procuram a polícia. Depois de algumas buscas ela é encontrada. Estava escondida na casa do namorado. A questão é que a família dela tem uma educação extremamente tirana, proibindo a jovem de ir em bailes, de frequentar o cinema, de namorar, enfim de fazer coisas típicas das meninas de sua idade. O pai é um sujeito conservador, religioso e um tanto maluco. O próprio título do episódio dá a pista, pois ele procura ter uma família perfeita. O problema é que para isso acaba exagerando na dose da disciplina. Esse foi um episódio interessante, mas também maniqueísta. O pai da família tradicional é retratado praticamente como um lunático. Não era necessário fazer um estigma desses. Já no lado emocional dos policiais temos a tentativa por parte de Andy McNally em superar o fato de que Sam Swarek engravidou sua ex-namorada. Coisas da vida. / Rookie Blue 6.02 - Perfect Family (EUA, 2015) Direção: Eleanor Lindo / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.03 - Uprising
Até parecia uma missão banal. Levar duas prisioneiras para novos presídios, mas tudo acaba mal. Explode uma rebelião justamente quando os policiais estavam lá para pegar as detentas. Uma delas coloca uma faca no pescoço de Juliet Ward (Erin Karpluk) e tudo vira um caos completo! Amena apenas fica a situação de Gail Peck que acaba conhecendo uma prisioneira veterana, uma mãe que foi presa após matar o marido. O sujeito havia ficado embriagado, o cigarro caiu e a casa pegou fogo. Todos os filhos morreram no incêndio. Para se vingar a velha senhora resolveu matar o próprio marido, pegando prisão perpétua por isso. Por fim Sam descobre que sua filha, que ainda está para nascer, pode ter um problema em sua coluna, algo que pode se tornar perigoso. Bom episódio, embora as cenas na prisão não me tenham soado muito verídicas. As prisioneiras são bonitas demais para convencer como condenadas. Mesmo assim está valendo, principalmente na última cena quando a personagem de Erin Karpluk se revela finalmente como uma infiltrada dentro do departamento. Na verdade ela tem contatos com traficantes perigosos. / Rookie Blue 6.03 - Uprising (Estados Unidos, 2015) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.04 - Letting Go
Um lutador de MMA, preso por porte de drogas (anabolizantes, para ser mais preciso) foge da cadeia. Ele é levado para o hospital para tratar de um câncer no fígado e vê uma oportunidade de fuga de lá. Ele agride o médico, pega um bisturi e ganha as ruas. Inicialmente o departamento de polícia de Seattle pensa que ele está voltando para o apartamento de sua esposa (uma jovem que se correspondeu com ele enquanto estava preso e se casou com ele!), mas os tiras acabam descobrindo que há uma outra mulher em sua vida. Caberá a Dov Epstein e seu parceiro colocar o fugitivo de novo atrás das grades. Enquanto isso o oficial Nick Collins descobre o paradeiro do homem que anos atrás causou um acidente fatal que matou seus pais e deixou seu irmão mais velho paralítico em uma cadeira de rodas. Nick então arma uma armadilha para se vingar do tal sujeito que mesmo após todos aqueles anos ainda é um bêbado desgraçado. Quem acaba evitando que Nick cometa um grande erro em sua vida é sua parceira, a policial Juliet Ward, interpretada pela cada vez mais gata Erin Karpluk, sim ela mesma, da série Being Erica onde ela interpretava a protagonista. Para matar as saudades dessa série é claro. Por fim o comandante Oliver Shaw (Matt Gordon) fica numa saia justa ao saber que sua própria filha Izzy foi presa doidona com ecstasy numa festa de arromba. A garota não quer saber de ir para a universidade, causando todos os tipos de embaraços com o velho Oliver. Pois é, ser pai não é nada fácil. / Rookie Blue 6.04 - Letting Go (Estados Unidos, 2015) Direção: Steve DiMarco / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Matt Gordon, Erin Karpluk.
Rookie Blue 6.05 - A Real Gentleman
Um real cavalheiro? Será mesmo? Pois é justamente um stalker que cruza o caminho da investigadora Traci Nash. Ele faz uma falsa chamada para a detetive, dizendo ser um funcionário da escola onde seu filho estuda e simplesmente a sequestra no pátio escolar. Ninguém percebe na hora! O sujeito é mentalmente perturbado e leva a policial para o seu porão, onde começa um insano jogo psicológico. Para azar de Nash sua falta demorará a ser sentida por seus colegas, o que acaba colocando em risco sua vida. Na outra linha narrativa Chris Diaz se vê em apuros quando se torna alvo da esposa do próprio comissário! Uma situação no mínimo delicada. E os hormônios parece estar em alta dentro do distrito policial, uma vez que a novata na área Juliet Ward (Erin Karpluk) não resiste aos encantos de seu colega de farda e cai em cima, dando uns amassos em pleno estacionamento! Quem diria... Aqui temos um bom episódio, quase todo focado no sequestro de Nash. Por isso todas as demais subtramas são apenas sutilmente desenvolvidas. Mesmo assim pela tensão acaba valendo a pena. / Rookie Blue 6.05 - A Real Gentleman (Estados Unidos, 2015) Direção: Paul Fox / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.06 - Home Run
Nossa! Nunca pensei que iria chegar tão longe em se tratando de "Rookie Blue", mas cá estou eu, chegando ao fim da sexta temporada (a última, exibida em 2015). Pois é, de forma em geral confesso gostar desse tipo de seriado policial americano enlatado. Esse episódio começa com os tiras do departamento organizando um amigável jogo de beisebol numa região barra pesada de Seattle, dominada por gangues de traficantes de drogas. É uma forma de ganhar a confiança dos moradores em geral. O que começa bem, com boas intenções, termina muito mal quando um sujeito chega atirando a esmo de dentro de um carro. Todas as suspeitas levam a pensar que o autor dos tiros foi um conhecido líder de gangue do bairro, mas será mesmo? Outra revelação vem do fato de que a tira Juliet Ward (Erin Karpluk) não é uma policial corrupta, como todos inicialmente pensavam, mas sim alguém infiltrado dentro do departamento pela corregedoria para investigar denúncias de corrupção policial dentro do distrito! E ela está de olho, quem diria, no Sargento Shaw! Por fim para as espectadoras românticas da série acontece finalmente o pedido de casamento de Sam Swarek (Ben Bass). Ele se ajoelha perante sua amada, a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) e seguindo as regras a pede em casamento! Tudo bem bonitinho! / Rookie Blue 6.06 - Home Run (Estados Unidos, 2015) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, entre outros.
Rookie Blue 6.07 - Best Man
Mesmo bem atrasado, pois a série foi cancelada em 2015, sigo em frente para o final dessa sexta temporada. Incrível pensar que assisti a seis temporadas de "Rookie Blue". Pois bem, vamos ao episódio. Aqui temos casos de crianças desaparecidas. Em determinado momento fiquei realmente pasmo ao ver como todo um departamento de polícia se concentra apenas na localização de crianças desaparecidos. Penso que tanto nos Estados Unidos como no Brasil não seria bem esse o caso, uma vez que as grandes cidades estão repletas de crimes de todos os tipos, assassinatos, tráficos de drogas, etc e seria meio impensável parar tudo para localizar apenas uma adolescente, que no final das contas pode simplesmente ter fugido de casa! Não me soou como algo muito real. No mais a subtrama envolvendo casos de corrupção do sargento Oliver Shaw (Matt Gordon) avança. O que deixa todos admirados (espectadores e demais personagens da série) é o fato de que Oliver sempre foi o sujeito mais boa praça do mundo, amigo dos companheiros de farda, bom pai, um cara muito legal! Como então alguém poderia acreditar que ele no fundo, debaixo de toda essa fachada, não passa de um tira corrupto? Um cara que usa sua farda e autoridade para ganhar dinheiro de forma ilegal? Pois é, o roteiro traz algumas surpresas sobre isso, principalmente em relação ao verdadeiro criminoso que atua dentro do distrito. Por fim há o romance água com açúcar envolvendo Andy McNally e Sam Swarek! Como a série é cheia de atores e atrizes bonitas, isso era mesmo de se esperar! Nesse episódio McNally perde seu anel de noivado, tentando esconder tudo do carcamano Sam! Coisas da vida... Enfim, esse é um episódio apenas OK. Nada demais, mostrando que a série andava mesmo esgotada em seus momentos finais. / Rookie Blue 6.07 - Best Man (Estados Unidos, 2015) Direção: Charles Officer / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.08 - Integrity Test
E corrupção policial parece ter se disseminado dentro da corporação. O próprio comissário de polícia está envolvendo até o pescoço da lama, tentando acobertar tudo, afinal ele seria incriminado por ter montado uma verdadeira organização criminosa dentro do departamento. Assim oferece um acordo com o sargento Shaw, com medo de tudo se espalhar sem controle. Os "rookies" (os novatos) então resolvem se unir para juntar provas contra o chefe corrupto. O detetive Steve Peck (Adam MacDonald) é um dos mais envolvidos para decepçaõ de sua namorada, Traci Nash (Enuka Okuma) que definitivamente dormia ao lado do inimigo, inocente, sem saber! Definitivamente ela não parece ter bom gosto para se relacionar com os homens certos!/ Rookie Blue 6.08 - Integrity Test (Estados Unidos, 2015) Direção: James Genn / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.09 - Ninety Degrees
O que poderia ser mais lucrativo do que vender drogas em um abrigo de recuperação para drogados? É esse o mote desse episódio. Um viciado em recuperação é encontrado morto no banheiro da instituição. Assim os policiais de "Rookie Blue" vão até lá investigar. O que encontram é uma ex-viciada, agora recuperada, que não quer nem saber - passa a vender drogas para seus ex-colegas de recuperação! Como se sabe o comércio de drogas é dos mais lucrativos e então vale tudo para faturar bem com os problemas dos outros. Na outra linha narrativa vão surgindo os primeiros problemas de relacionamento entre Andy e Sam Swarek. Ele engravidou outra policial e isso é mais do que um constrangimento para Andy que deseja se casar com ele. Pior, a policial grávida tem problemas e é justamente Andy que a ajuda! Saia justa azul marinho, da farda dos tiras de Seatlle. Pois é... / Rookie Blue 6.09 - Ninety Degrees (Estados Unidos, 2015) Direção: T.W. Peacocke / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.10 - Breaking Up the Band
Até pensei que era o episódio final da série, mas não é, embora poderia ser! Aqui o roteiro explora um festival de música para onde são enviados Andy McNally e Dov Epstein para deter a venda de ingressos por cambistas, mas uma vez chegando lá eles descobrem que na realidade há muita drogas circulando entre os jovens (entre elas a mais comum nesse tipo de ambiente de festa tecno, a ecstasy). Assim uma jovenzinha loirinha desmaia e entra em coma. Depois falece em razão do consumo da droga que havia ingerido. Um aspecto curioso desse episódio é que ele mostra que os próprios organizadores montam um verdadeiro setor, com camas, para jovens drogados! Pois é, pelo visto o abuso de drogas é algo tão comum que eles nem se importam mais em esconder. Enfim, um bom episódio, embora já reflita toda a saturação que a série vinha passando. / Rookie Blue 6.10 - Breaking Up the Band (Estados Unidos, 2015) Direção: James Genn / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Pablo Aluísio.
Eu até hoje fico surpreso ao perceber como "Rookie Blue" chegou tão longe! Essa série que explora a história de um grupo de novatos recém saídos da Academia de Polícia de Seattle tinha tudo para ficar por ali na primeira ou segunda temporada, no máximo. A questão porém foi que acabou caindo no gosto do público e agora caminha para sua quinta temporada. Eu atribuo esse sucesso ao elenco, pois são atores carismáticos, jovens e talentosos, que mesmo não contando com grandes roteiros, conseguem se sobressair no concorrido mundo televisivo dos Estados Unidos. Nesse episódio temos um enredo interessante. Um adolescente é encontrado em um porta malas de um carro durante uma blitz realizada pela polícia. Depois de tentar entender o que aconteceu os policiais finalmente descobrem que "ele" na verdade é "ela", uma jovem adolescente lésbica que estava sofrendo um crime de ódio por causa de sua opção sexual. E o autor do crime era o irmão mais velho de sua namorada! Na outra linha narrativa a morte de um jovem de apenas 16 anos abre uma investigação sobre a luta interna que se trava numa das maiores gangues da cidade. Seu primo, um rapaz que decidiu abandonar as ruas para trilhar um novo caminho na vida, acaba descobrindo que o crime teve nuances ainda mais sórdidas do que ele pensava. Por fim fechando tudo temos, como não poderia ser diferente, um triângulo amoroso se formando entre os jovens tiras. / Rookie Blue 4.04 - The Kids Are Not Alright (EUA, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.05 - Poison Pill
Pior do que os efeitos danosos da heroína seria termos heroína misturada com Antraz! É justamente isso que acontece nesse episódio. Os tiras novatos do departamento de polícia de Seattle precisam lidar com essa mistura mortal após uma jovem ser internada em estado grave. Ela supostamente teria consumido heroína que estava também contaminada com Antraz. Esposa de um veterinário ela teria tido contato com a droga através de seu amante, um rapaz dono de uma galeria de arte. Aos poucos os policiais começam a investigar, tentando chegar na fonte do fornecimento do carregamento de droga contaminado com a perigosa substância. Ela tem a marca "Midnight" em suas embalagens e isso pode ser uma pista valiosa a seguir. Pior para Andy McNally (Missy Peregrym) que acaba sendo contaminada pelo produto durante uma batida policial. Curiosamente descobrem que nem tudo é o que aparentava ser. Na outra linha narrativa Dov Epstein (Gregory Smith) e Chloe Price (Priscilla Faia) se vêem numa situação de puro constrangimento. Apesar de estarem quase namorando a descoberta de uma pílula usada no tratamento de bipolaridade pode colocar tudo a perder já que Dov pensa que a droga é de Chloe, e ela por ter um comportamento fora dos padrões seria bipolar, embora obviamente escondesse a verdade da polícia com receios de perder seu emprego! Mas seria isso mesmo que está acontecendo ou na verdade se trata de um tremendo engano, um mal entendido criado por falsas aparências? Assista para descobrir! / Rookie Blue 4.05 - Poison Pill (EUA, 2013) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.07 - Friday the 13th
"Rookie Blue" foi até longe demais, a ponto inclusive da turma de policiais que retrata deixar de ser novato (rookie) já há muito tempo. Mesmo assim, pelo carisma do elenco, ainda se consegue manter o interesse do espectador. A quinta temporada inclusive já está a todo vapor. É tradição nas séries americanas o uso de episódios especiais, para datas celebrativas, como o Halloween. É justamente isso que temos por aqui. O enredo então começa quando uma mulher, que se auto intitula "bruxa", chega no departamento de polícia para informar um roubo, algo que havia sido roubado de sua coleção de artefatos de bruxaria! (sim, é sério mesmo!). Ela é, vejam só, especialista em feitiços que tragam amores do passado ou maridos rebeldes! Ao indicar uma poção para banho acaba descobrindo que sua cliente acabou bebendo o tal líquido, indo obviamente parar no hospital por envenenamento! Crentices e bruxarias, pelo visto, ainda seguem sendo utilizados pelas pessoas menos informadas! Coisa de louco! Bom episódio, levemente divertido, que melhora todas as vezes que a atriz loira (e linda) Charlotte Sullivan está em cena! Para quem não se lembra ela interpretou a diva Marilyn Monroe na série "The Kennedys" em 2011. Com ela na frente das câmeras não há muito o que reclamar. / Rookie Blue 4.07 - Friday the 13th (EUA, 2013) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.09 - What I Lost
A filha de um policial do departamento é sequestrado, em plena luz do dia, em uma parque de Seattle. O desaparecimento da criança coloca todos os tiras em alerta e depois de algumas suspeitas se descobre que dois irmãos, que foram acusados de pedofilia no passado, são proprietários de um loja de doces nas redondezas. Um disfarce perfeito para ficar o mais próximo possível de suas eventuais e potenciais vítimas. Obviamente que algo desse tipo despertaria todas as suspeitas da polícia, mas nem sempre a solução de um mistério como esse envolveria algo assim tão óbvio. Além do mais os suspeitos acabam dando sólidos álibis para os investigadores, algo que inviabilizaria qualquer acusação contra eles em um tribunal. Em pouco tempo as investigações voltam ao ponto inicial, até que uma pista definitiva surge no ar, mostrando que o verdadeiro criminoso estaria mais perto do que se poderia imaginar. Bom episódio de "Rookie Blue" que investe nas complicadas relações sociais envolvendo ex-namoradas, amores do passado e mentiras. De repente descobre-se que alguém não é o verdadeiro pai de uma criança, que todo um relacionamento é fundado em mentiras e que nada parece ser o que realmente é. Um castelo de cartas emocional prestes a ruir a qualquer momento. / Rookie Blue 4.09 - What I Lost (EUA, 2013) Direção: Paul Fox / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.10 - You Are Here
A ocasião faz o ladrão, já dizia o velho ditado. Se não existem muitos lugares ao ar livre para se manter uma plantação de maconha na cidade grande então que se crie algo para cultivar a planta. O que tem acontecido muito nos Estados Unidos é o cultivo da maconha dentro de casas e apartamentos, em grandes estufas planejadas justamente para isso. Sem querer a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) ao bater na porta de uma casa aparentemente normal, acaba descobrindo uma grande estufa dessas no porão do lugar. Até aí nada demais, já que seria apenas mais um caso de rotina para o departamento de narcóticos. As coisas se complicam mesmo quando ela também descobre um corpo, dentro de um barril, naquilo que poderia ser um laboratório de refinamento de drogas. Desse ponto em diante as coisas vão ficando cada vez mais complicadas. Um rapaz é preso no lugar, mas se defende dizendo que é apenas um consumidor que estava ali para comprar erva. As investigações vão acabar revelando algo bem mais perturbador, envolvendo inclusive acerto de contas de gangues internacionais, inclusive uma formada por imigrantes portugueses (que em determinado momento do episódio começam a falar em nossa língua, de forma não muito convincente!). Em suma, mais um bom episódio que aproveita ainda para explorar a tensão existente entre McNally e Gail Peck (Charlotte Sullivan) por causa da quebra daquele velho código não escrito de ética entre garotas que afirma não ser possível uma amiga roubar o namorado da outra. Quando isso acontece a amizade chega definitivamente ao final. / Rookie Blue 4.10 - You Are Here (EUA, 2013) Direção: Teresa Hannigan / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 4.11 - Deception
Rookie Blue mostra o cotidiano de um grupo de policiais jovens de Seattle. Tudo bem que mais parecem modelos do que policiais de verdade, mas isso é apenas um pequeno detalhe a se ignorar. Nesse episódio o detetive Sam Swarek (Ben Bass) decide ajudar uma colega que sofre de bipolaridade. Ela acaba ficando obcecada por um sujeito que teria cumprido pena por pedofilia no passado. Ele se diz recuperado, mas ela não se convence muito disso. Cada vez mais obcecada ela resolve infringir determinados procedimentos legais, chegando ao ponto de invadir a casa do ex-criminoso, algo que se descoberto justificaria sua expulsão da corporação. Sam então resolve esconder alguns rastros para evitar que ela seja acusada de algo mais sério. Para isso pede ajuda para a policial Andy McNally (Missy Peregrym) que não fica muito contente em se envolver em um acobertamento como esse. Afinal ela não quer se prejudicar com algo comprometedor em sua ficha. Nesse ínterim a detetive Traci Nash (Enuka Okuma) precisa dar conta pela primeira vez de uma tocaia que visa prender perigosos traficantes do centro da cidade. Ela definitivamente não tem experiência para uma operação assim, por isso hesita bastante no desenrolar dos acontecimentos, embora no final, para seu alívio, tudo acabe saindo bem, de acordo com o planejado. / Rookie Blue 4.11 - Deception (EUA, 2013) Direção: / Roteiro: / Elenco: Ben Bass, Enuka Okuma, Missy Peregrym, Gregory Smith, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 4.12 - Under Fire
Há um matador de policiais à solta. Atirador de elite, o criminoso procura prédios altos que lhe proporcionem uma excelente visão do panorama geral de seus alvos, geralmente tiras que são chamados para falsos pedidos de socorro. Uma vez que fiquem no alvo, o tiroteio começa. Uma das baleadas é a simpática policial Chloe Price (Priscilla Faia). Enquanto investiga um homem caído no meio de uma praça ela é atingida em cheio no pescoço, pelo sniper. Andy McNally (Missy Peregrym), que a estava acompanhado na batida policial, acaba também sendo atingida, mas em uma região menos perigosa do corpo humano. E os ataques não param por aí. Outra viatura é atingida quando atendia a um chamado numa velha casa abandonada. O elo de ligação que liga todos os eventos é um fato ocorrido no passado, um sujeito que colocou na cabeça que precisa eliminar todos os policiais da cidade em uma insana cruzada própria de acertamento de contas. Além das boas cenas de ação esse episódio também traz uma surpresa e tanto para os fãs da série. Numa das últimas cenas a oficial Gail Peck (Charlotte Sullivan) se revela bissexual ao dar uma beijo ardente numa colega de distrito! Quem diria, logo ela, que vinha em uma depressão profunda após o fim de um longo relacionamento hetero! Pois é, um sinal dos tempos. / Rookie Blue 4.12 - Under Fire (EUA, 2013) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Priscilla Faia, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue - Quinta Temporada:
Rookie Blue 5.01 - Blink
Primeiro episódio da quinta temporada. Os policiais Sam Swarek (Ben Bass) e Chloe Price (Priscilla Faia) foram baleados e estão hospitalizados. Depois de passar a madrugada ao lado da namorada, Dov Epstein (Gregory Smith) resolve ir em companhia de Andy McNally (Missy Peregrym) a uma lanchonete próxima. Eles estão à paisana e fora do serviço e são surpreendidos quando um casal de jovens namorados se revelam assaltantes. Eles querem o dinheiro do caixa, mas são no fundo apenas amadores - o que duplica o perigo de vida de todos os clientes da lanchonete que logo viram reféns. O roteiro não chega a explicar porque estão tão desesperados em busca de dinheiro, mas o desenvolvimento dos acontecimentos é dos melhores, com muita tensão. Do outro lado da cidade Gail Peck (Charlotte Sullivan) está em crise. Meio hesitante ela resolve assumir seu namoro lésbico com uma colega e resolve contar ao próprio irmão. Claro que depois pensa melhor e fica em completo desespero. Completamente surtada resolve passar a tesoura em seus lindos cabelos loiros, o que convenhamos é uma enorme pena! "Rookie Blue" é aquele tipo de série que funciona muito bem como entretenimento. O elenco é carismático e os roteiros, apesar de não serem em nenhum momento maravilhosos, conseguem funcionar muito bem como passatempo. Para assistir em noites sem nada melhor para ver. / Rookie Blue 5.01 - Blink (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 5.02 - All by Her Selfie
"Rookie Blue" é uma típica série do canal ABC. Os personagens não são muito bem desenvolvidos e nem sequer há roteiros brilhantes ou inovadores no meio do caminho. Mesmo assim você vai acompanhando, acompanhando e quando se dá por si já está na quinta temporada! O grande trunfo dessa série policial são os atores que formam o elenco, quase todos eles bem carismáticos. Esse tipo de coisa acaba, queira ou não, cultivando o espectador. Nesse episódio a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) se torna oficial de treinamento de um jovem recém saído da academia. Um recruta novato (rookie) como ela própria há pouco tempo atrás. O grande diferencial é que o rapaz é o enteado do próprio comissário de polícia da cidade, algo que McNally nem desconfia. A dupla acaba se envolvendo em um caso complicado onde a inexperiência do jovem acabará pesando muito no desfecho da situação. Eles recebem a chamada para investigar um caso simples de arrombamento de uma loja de penhores. Lá dentro encontram um sem-teto com problemas de alcoolismo. Nada demais, apenas um pobre homem querendo fugir do frio das ruas. Dispensado, eles acabam descobrindo que cometeram um erro de procedimento, já que no porão do estabelecimento acabam encontrando o dono, assassinado. A partir daí as investigações vão revelar uma trama complicada, envolvendo outras pessoas que eles sequer imaginavam. Enquanto isso a personagem Gail Peck (interpretada pela linda atriz Charlotte Sullivan) passa por uma crise existencial e de identidade ao descobrir que está tendo um relacionamento lésbico. Surtada, acaba cortando seus longos cabelos loiros o que não deu muito certo dentro da proposta do roteiro porque afinal de contas ela acabou ficando ainda mais bonita, nada condizente com alguém que supostamente estaria passando por uma crise. Enfim, coisas de séries americanas estreladas por um elenco cheio de beldades que se parecem com tudo, menos com policiais de patrulha. Divertido, acima de tudo. / Rookie Blue 5.02 - All by Her Selfie (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.03 - Heart Breakers, Money Makers
Nesse episódio os policiais de "Rookie Blue" são designados para um tipo de serviço que nenhum deles gostaria realmente de fazer. Ir nas casas de criminosos condenados para recolher bens que foram adquiridos através de ganhos provenientes de atividades ilícitas. No começo pode até parecer um trabalho enfadonho, mas com direito a muitas surpresas pelo meio do caminho. Em uma casa de um ex-traficante e estelionatário a policial Andy McNally (Missy Peregrym) acaba descobrindo o fio da meada de algo bem maior, uma grande rede criminosa. O sujeito é casado com uma mulher desequilibrada, dada a promover barracos e ataques de escândalo. Um típico casamento realizado apenas por interesse financeiro - algo que com o tempo acaba se tornando um verdadeiro inferno doméstico entre o casal. Esse episódio também segue explorando o affair lésbico de Gail Peck (Charlotte Sullivan, ainda mais linda com cabelos curtos). Algo que até então jamais se mostrou muito convincente (parecendo mesmo uma tremenda forçada de barra dos roteiristas para ganhar a simpatia das organizações de defesa de minorias). Pois bem, Peck é finalmente apresentada para as amigas de sua namorada, algo que não dá muito certo. Elas são todas universitárias de instituições da Ivy League e acabam esnobando Peck pelo simples fato dela ser uma policial de rua. Nem preciso dizer que a saia justa acaba jogando um balde de água fria no romance. Bom episódio, novamente apoiado no grande carisma de todo o elenco. / Rookie Blue 5.03 - Heart Breakers, Money Makers (EUA, 2014) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.04 - Wanting
Três pessoas são mortas em uma guerra de gangues em Seattle. Um dos chefões de um grupo chamado Jameson também é assassinado. A polícia não tem muita noção do que anda acontecendo e nem que a morte do líder da quadrilha foi encomendada por outro membro da mesma gangue. Essas quadrilhas formadas basicamente por jovens latinos se espalharam muito dentro das principais cidades americanas. Nesse episódio os roteiristas criaram uma espécie de modelo desse tipo de organização criminosa e lhes deram o nome de Las Viboras (o que veio bem a calhar). No fundo tudo não passa de um ciclo que geralmente se repete muito no mundo do crime, onde testemunhas são mortas para que crimes anteriores fiquem impunes. E é justamente durante uma investigação desse caso que a policial Andy McNally (Missy Peregrym) descobre que o novato que está em treinamento com ela definitivamente não serve para o serviço. Quando ela fica encurralada em um apartamento, cercado por membros da gangue, o seu parceiro simplesmente amarela e não consegue arranjar coragem para ir em seu socorro! Nem todos estão preparados para exercerem a função de policiais em grandes e violentas metrópoles. Por fim Gail Peck (Charlotte Sullivan) entra em choque após encontrar uma garotinha ao lado do corpo de sua mãe que acaba de ser assassinada por criminosos. Um episódio de rotina dentro da série, mas que terá consequências futuramente dentro da trama de "Rookie Blue", por isso não deixe de conferir. / Rookie Blue 5.04 - Wanting (EUA, Canadá, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 5.05 - Going Under
Já a série "Rookie Blue", apesar de já estar na sua quinta temporada, não demonstra ainda sinais de esgotamento. O motivo é simples também de explicar: séries policiais com grandes elencos demoram para saturar pois sempre há possibilidades dos roteiristas explorarem um ou outro personagem em cada episódio. Nesse episódio aqui abriram espaço para o policial Chris Diaz (Travis Milne). Ele leva uma vida dupla. De dia, com uniforme, combate os traficantes de drogas pelas ruas de Seattle. De noite, após largar o serviço, vai atrás desses mesmos traficantes para comprar drogas. É um tira viciado, imagine você! As coisas se complicam quando a polícia prende o seu traficante. O criminoso ameaça revelar tudo aos detetives caso Diaz não arranje um jeito qualquer de o livrar da cadeia. Na outra ponta narrativa Andy McNally (Missy Peregrym) precisa descobrir o desaparecimento de um homem que nunca mais foi visto pelos próprios familiares. Teria sido vítima de um crime ou simplesmente foi embora para sempre, por livre e espontânea vontade? Por fim o que anda bem chatinho mesmo é o desenvolvimento da eterna fossa de Gail Peck (interpretada por Charlotte Sullivan, a atriz mais bonita da série) onde ela já não sabe se é realmente lésbica ou não, se é apaixonada por um homem ou por uma mulher... enfim, enrolaram muito o meio de campo dessa personagem. / Rookie Blue 5.05 - Going Under (EUA, 2014) Direção: T.W. Peacocke / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Travis Milne, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.06 - Two Truths and a Lie
O título do episódio vem de uma brincadeira entre Andy McNally (Missy Peregrym) e Sam Swarek (Ben Bass) durante uma patrulha na cidade. Eles são apaixonados um pelo outro, mas estão sempre medindo forças, naquele tipo de joguinho que conhecemos tão bem. Nesse episódio Sam baixa um pouco a guarda ao revelar um aspecto ruim de seu passado envolvendo seu pai, atualmente cumprindo pena em uma penitenciária de segurança máxima. McNally participa de tudo e fica também sabendo alguns segredos de Sam que ele preferia deixar nas sombras. Eles vão até a prisão em busca de informações pois um rapaz de Seattle é encontrado morto no porta malas de um carro e o crime parece ter ligações com um ex-condenado (agora nas ruas) que o pai de Sam conhece muito bem. Nada poderia ser mais constrangedor para um tira do que ter um pai no presídio cumprindo pena por assassinato. Coisas da vida. Conforme as investigações avançam todos os detetives vão chegando a conclusão de que há algo maior por trás, muito provavelmente um crime passional. Bom episódio, valorizado justamente pela reaproximação de McNally e Sam. "Rookie Blue" é bem quadradinha, sem novidades, mas como puro entretenimento funciona muito bem, não há como negar. Por essa razão, sigo acompanhando. / Rookie Blue 5.06 - Two Truths and a Lie (EUA, 2014) Direção: Peter Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Ben Bass.
Rookie Blue 5.07 - Deal with the Devil
Tudo começa com um dedo humano encontrado numa lata de lixo de um restaurante italiano em Seattle. Tudo leva a crer que é apenas parte de um crime maior. A região é controlada pela máfia da cidade, sempre envolvendo acerto de contas entre criminosos rivais. O dono de uma cantina na vizinhança também parece ter ligação com tudo o que aconteceu. Na outra linha narrativa a patrulheira Gail Peck (Charlotte Sullivan) tenta se acertar novamente com sua ex-namorada que trabalha como legista no departamento. Pode parecer estranho, mas entre corpos passando por autópsias elas vão tentando entender porque seu relacionamento não deu certo! Por fim, para encerrar o caso do jovem policial que foi reprovado nos testes por Andy McNally (Missy Peregrym) é finalmente marcada uma audiência administrativa da corporação para esclarecer realmente todos os fatos. Em um episódio anterior vimos que o jovem em treinamento simplesmente amarelou durante uma batida policial, deixando McNally sozinha para enfrentar um criminoso fortemente armado. Por ter sido considerado um covarde ele obviamente foi reprovado por ela. Só que o tal sujeito é também parente do comissário de polícia, então todos os pauzinhos são movidos para ele não ser demitido. Achou que apenas no Brasil havia corrupção e tráfico de influência em órgãos públicos? Pois é, no grande irmão do norte também acontece a mesma coisa. / Rookie Blue 5.07 - Deal with the Devil (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.08 - Exit Strategy
Se "Outsiders" tenta ser ao menos diferente, "Rookie Blue" só almeja ser mais um enlatado policial americano. Isso não é algo necessariamente ruim, dependendo do que você anda procurando em termos de séries para assistir. Assim o que acaba segurando as pontas da série é o seu elenco, bem carismático. Nesse episódio aqui o policial Dov Epstein (Gregory Smith) finalmente descobre que seu velho parceiro, desde os tempos da academia de polícia, é um viciado em cocaína. Chris já vinha dando pistas disso, seja no olhar vidrado, seja no comportamento fora dos padrões. Pior do que um junkie é um junkie com armas e distintivo. Realmente uma situação mais do que delicada. O mote do episódio porém acontece quando os tiras encontram uma casa arrombada. A vizinhança os teria chamado após notar que o carro da família que lá morava estava há horas com as portas abertas em frente à casa. De fato, assim que os policiais entram no lugar encontram o caos, naquilo que parece ter sido um assalto convencional, mas que na verdade encobre algo mais, inclusive uma possível fraude envolvendo a falência da empresa familiar daquelas pessoas. Pois é, definitivamente não está fácil para ninguém... / Rookie Blue 5.08 - Exit Strategy (EUA, 2014) Direção: Jeff Woolnough / Roteiro: Tassie Cameron (created by), Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 5.09 - Moving Day
Dia de mudança ou melhor falando, dia de despejo. Os policiais de "Rookie Blue" precisam despejar um grupo de moradores pobres de apartamentos na periferia de Seattle. Algo que nenhum deles gosta de fazer pois o trabalho consiste basicamente em desalojar famílias pobres de suas casas. Quem gostaria de fazer um serviço desses? Mas enfim, ossos do ofício. Em um desses apartamentos eles descobrem dois jovens adolescentes morando sozinhos. São dois irmãos. A mãe foi embora, desapareceu, provavelmente por não ter mais como sustentar os próprios filhos. O garoto mais velho resolve então roubar bicicletas nas redondezas para ter dinheiro, caso contrário ficaria sem ter o que comer ao lado da irmã. Pois é, há muita pobreza também nos Estados Unidos, ao contrário do que muita gente pensa. Um drama social. Entre os desalojados são encontrados também brasileiros! Isso mesmo, imigrantes ilegais que foram para os Estados Unidos em busca de trabalho. Esse episódio se torna muito interessante justamente por essa razão. Os brasileiros falam um português de Portugal (acredita nisso?) e passam por apuros com a polícia da cidade. A personagem Chloe Price (interpretado pela atriz canadense de família brasileira Priscilla Faia) então começa a servir de intérprete pois ela fala nossa língua. O portunhol de Priscilla chega a ser hilário, mas temos que ao menos reconhecer seu esforço em passar um bom português na tela. Aliás os americanos em geral acham nossa língua mais parecida com o francês do que com o espanhol, bem ao contrário dos brasileiros que conseguem entender o que um espanhol fala, mas absolutamente nada do que um francês diz! Isso apesar de ser todas línguas latinas, mas enfim.... temos aqui um episódio muito bom e acima de tudo bem curioso para todos nós, brasileiros. / Rookie Blue 5.09 - Moving Day (EUA, 2014) Direção: Teresa Hannigan / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Charlotte Sullivan.
Rookie Blue 5.10 - Fragments
Nesse episódio dois atentados a bomba acontecem nas ruas de Seattle. Terrorismo? Pelas investigações iniciais não seria esse o caso, mas sim uma disputa de território entre máfias formadas por imigrantes, uma de russos e outra de irlandeses. O clímax acontece quando o jovem tira Matt Murray (Duncan Moore) é amarrado na direção de um veículo com uma bomba relógio armada embaixo de seu acento. Essa cena me lembrou muito antigas séries dos anos 80 pois esse tipo de situação era bem comum naquela época nos roteiros. Dois fios, um pode explodir tudo, o outro serio o certo a se cortar. Provavelmente você já viu isso em centenas de filmes e seriados americanos. Sim, é uma situação até bem clichê. Quem banca o herói aqui é o cadete Nick Collins (Peter Mooney). Sem que haja tempo para a chegada do esquadrão antibombas ele precisa se virar, seguindo instruções pelo celular. Em dez minutos a bomba será detonada. Pois é, uma coisa antiga, mas que ainda funciona se você não for muito exigente e crítico. Na outra linha narrativa, focada mais na vida pessoal dos policiais, a gatinha Andy McNally (Missy Peregrym) recusa uma oferta do namorado Sam Swarek (Ben Bass). Ele quer dar a chave de seu apartamento para ela. Para McNally isso significa ir para um outro nível do relacionamento e ela definitivamente não quer nada sério pois é muito jovem e não quer afundar em um casamento precoce em sua vida. Garota esperta! / Rookie Blue 5.10 - Fragments (EUA, 2014) Direção: John Fawcett / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 5.11 - Everlasting
Esse foi o último episódio da quinta temporada. Também é uma continuação do episódio anterior. Naquele havia um terrorista colocando bombas por toda a Seattle. O motivo? Seu filho havia morrido em um atentado no passado e ele queria se vingar da omissão da polícia que não havia conseguido prender o criminoso que havia feito aquele ato terrorista. Assim ele resolveu dar o troco com a mesma moeda. Um fato curioso nesse episódio é que ele traz a atriz Erin Karpluk como uma paquera do policial Nick Collins (Peter Mooney). Não lembra da Erin? Ela foi a protagonista da boa série canadense "Being Erica". Não se sabe se ela ainda se tornará fixa no elenco, mas de qualquer modo é sempre curioso ver sua presença nessa série policial. Outro destaque vem da explosão de uma bomba no setor de evidências do departamento de polícia, justamente quando Andy McNally (Missy Peregrym) estava por lá, o que leva Sam Swarek (Ben Bass) ao completo desespero! Será que uma das principais protagonistas morre, justamente no último episódio da temporada? Assista para conferir. / Rookie Blue 5.11 - Everlasting (EUA, 2014) Direção: David Wellington / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Ben Bass, Peter Mooney, Erin Karpluk.
Rookie Blue - Sexta Temporada:
Rookie Blue 6.02 - Perfect Family
Uma garota, adolescente, some de casa. Os pais imediatamente procuram a polícia. Depois de algumas buscas ela é encontrada. Estava escondida na casa do namorado. A questão é que a família dela tem uma educação extremamente tirana, proibindo a jovem de ir em bailes, de frequentar o cinema, de namorar, enfim de fazer coisas típicas das meninas de sua idade. O pai é um sujeito conservador, religioso e um tanto maluco. O próprio título do episódio dá a pista, pois ele procura ter uma família perfeita. O problema é que para isso acaba exagerando na dose da disciplina. Esse foi um episódio interessante, mas também maniqueísta. O pai da família tradicional é retratado praticamente como um lunático. Não era necessário fazer um estigma desses. Já no lado emocional dos policiais temos a tentativa por parte de Andy McNally em superar o fato de que Sam Swarek engravidou sua ex-namorada. Coisas da vida. / Rookie Blue 6.02 - Perfect Family (EUA, 2015) Direção: Eleanor Lindo / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.03 - Uprising
Até parecia uma missão banal. Levar duas prisioneiras para novos presídios, mas tudo acaba mal. Explode uma rebelião justamente quando os policiais estavam lá para pegar as detentas. Uma delas coloca uma faca no pescoço de Juliet Ward (Erin Karpluk) e tudo vira um caos completo! Amena apenas fica a situação de Gail Peck que acaba conhecendo uma prisioneira veterana, uma mãe que foi presa após matar o marido. O sujeito havia ficado embriagado, o cigarro caiu e a casa pegou fogo. Todos os filhos morreram no incêndio. Para se vingar a velha senhora resolveu matar o próprio marido, pegando prisão perpétua por isso. Por fim Sam descobre que sua filha, que ainda está para nascer, pode ter um problema em sua coluna, algo que pode se tornar perigoso. Bom episódio, embora as cenas na prisão não me tenham soado muito verídicas. As prisioneiras são bonitas demais para convencer como condenadas. Mesmo assim está valendo, principalmente na última cena quando a personagem de Erin Karpluk se revela finalmente como uma infiltrada dentro do departamento. Na verdade ela tem contatos com traficantes perigosos. / Rookie Blue 6.03 - Uprising (Estados Unidos, 2015) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.04 - Letting Go
Um lutador de MMA, preso por porte de drogas (anabolizantes, para ser mais preciso) foge da cadeia. Ele é levado para o hospital para tratar de um câncer no fígado e vê uma oportunidade de fuga de lá. Ele agride o médico, pega um bisturi e ganha as ruas. Inicialmente o departamento de polícia de Seattle pensa que ele está voltando para o apartamento de sua esposa (uma jovem que se correspondeu com ele enquanto estava preso e se casou com ele!), mas os tiras acabam descobrindo que há uma outra mulher em sua vida. Caberá a Dov Epstein e seu parceiro colocar o fugitivo de novo atrás das grades. Enquanto isso o oficial Nick Collins descobre o paradeiro do homem que anos atrás causou um acidente fatal que matou seus pais e deixou seu irmão mais velho paralítico em uma cadeira de rodas. Nick então arma uma armadilha para se vingar do tal sujeito que mesmo após todos aqueles anos ainda é um bêbado desgraçado. Quem acaba evitando que Nick cometa um grande erro em sua vida é sua parceira, a policial Juliet Ward, interpretada pela cada vez mais gata Erin Karpluk, sim ela mesma, da série Being Erica onde ela interpretava a protagonista. Para matar as saudades dessa série é claro. Por fim o comandante Oliver Shaw (Matt Gordon) fica numa saia justa ao saber que sua própria filha Izzy foi presa doidona com ecstasy numa festa de arromba. A garota não quer saber de ir para a universidade, causando todos os tipos de embaraços com o velho Oliver. Pois é, ser pai não é nada fácil. / Rookie Blue 6.04 - Letting Go (Estados Unidos, 2015) Direção: Steve DiMarco / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, Matt Gordon, Erin Karpluk.
Rookie Blue 6.05 - A Real Gentleman
Um real cavalheiro? Será mesmo? Pois é justamente um stalker que cruza o caminho da investigadora Traci Nash. Ele faz uma falsa chamada para a detetive, dizendo ser um funcionário da escola onde seu filho estuda e simplesmente a sequestra no pátio escolar. Ninguém percebe na hora! O sujeito é mentalmente perturbado e leva a policial para o seu porão, onde começa um insano jogo psicológico. Para azar de Nash sua falta demorará a ser sentida por seus colegas, o que acaba colocando em risco sua vida. Na outra linha narrativa Chris Diaz se vê em apuros quando se torna alvo da esposa do próprio comissário! Uma situação no mínimo delicada. E os hormônios parece estar em alta dentro do distrito policial, uma vez que a novata na área Juliet Ward (Erin Karpluk) não resiste aos encantos de seu colega de farda e cai em cima, dando uns amassos em pleno estacionamento! Quem diria... Aqui temos um bom episódio, quase todo focado no sequestro de Nash. Por isso todas as demais subtramas são apenas sutilmente desenvolvidas. Mesmo assim pela tensão acaba valendo a pena. / Rookie Blue 6.05 - A Real Gentleman (Estados Unidos, 2015) Direção: Paul Fox / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner/ Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.06 - Home Run
Nossa! Nunca pensei que iria chegar tão longe em se tratando de "Rookie Blue", mas cá estou eu, chegando ao fim da sexta temporada (a última, exibida em 2015). Pois é, de forma em geral confesso gostar desse tipo de seriado policial americano enlatado. Esse episódio começa com os tiras do departamento organizando um amigável jogo de beisebol numa região barra pesada de Seattle, dominada por gangues de traficantes de drogas. É uma forma de ganhar a confiança dos moradores em geral. O que começa bem, com boas intenções, termina muito mal quando um sujeito chega atirando a esmo de dentro de um carro. Todas as suspeitas levam a pensar que o autor dos tiros foi um conhecido líder de gangue do bairro, mas será mesmo? Outra revelação vem do fato de que a tira Juliet Ward (Erin Karpluk) não é uma policial corrupta, como todos inicialmente pensavam, mas sim alguém infiltrado dentro do departamento pela corregedoria para investigar denúncias de corrupção policial dentro do distrito! E ela está de olho, quem diria, no Sargento Shaw! Por fim para as espectadoras românticas da série acontece finalmente o pedido de casamento de Sam Swarek (Ben Bass). Ele se ajoelha perante sua amada, a oficial Andy McNally (Missy Peregrym) e seguindo as regras a pede em casamento! Tudo bem bonitinho! / Rookie Blue 6.06 - Home Run (Estados Unidos, 2015) Direção: Gregory Smith / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma, entre outros.
Rookie Blue 6.07 - Best Man
Mesmo bem atrasado, pois a série foi cancelada em 2015, sigo em frente para o final dessa sexta temporada. Incrível pensar que assisti a seis temporadas de "Rookie Blue". Pois bem, vamos ao episódio. Aqui temos casos de crianças desaparecidas. Em determinado momento fiquei realmente pasmo ao ver como todo um departamento de polícia se concentra apenas na localização de crianças desaparecidos. Penso que tanto nos Estados Unidos como no Brasil não seria bem esse o caso, uma vez que as grandes cidades estão repletas de crimes de todos os tipos, assassinatos, tráficos de drogas, etc e seria meio impensável parar tudo para localizar apenas uma adolescente, que no final das contas pode simplesmente ter fugido de casa! Não me soou como algo muito real. No mais a subtrama envolvendo casos de corrupção do sargento Oliver Shaw (Matt Gordon) avança. O que deixa todos admirados (espectadores e demais personagens da série) é o fato de que Oliver sempre foi o sujeito mais boa praça do mundo, amigo dos companheiros de farda, bom pai, um cara muito legal! Como então alguém poderia acreditar que ele no fundo, debaixo de toda essa fachada, não passa de um tira corrupto? Um cara que usa sua farda e autoridade para ganhar dinheiro de forma ilegal? Pois é, o roteiro traz algumas surpresas sobre isso, principalmente em relação ao verdadeiro criminoso que atua dentro do distrito. Por fim há o romance água com açúcar envolvendo Andy McNally e Sam Swarek! Como a série é cheia de atores e atrizes bonitas, isso era mesmo de se esperar! Nesse episódio McNally perde seu anel de noivado, tentando esconder tudo do carcamano Sam! Coisas da vida... Enfim, esse é um episódio apenas OK. Nada demais, mostrando que a série andava mesmo esgotada em seus momentos finais. / Rookie Blue 6.07 - Best Man (Estados Unidos, 2015) Direção: Charles Officer / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.08 - Integrity Test
E corrupção policial parece ter se disseminado dentro da corporação. O próprio comissário de polícia está envolvendo até o pescoço da lama, tentando acobertar tudo, afinal ele seria incriminado por ter montado uma verdadeira organização criminosa dentro do departamento. Assim oferece um acordo com o sargento Shaw, com medo de tudo se espalhar sem controle. Os "rookies" (os novatos) então resolvem se unir para juntar provas contra o chefe corrupto. O detetive Steve Peck (Adam MacDonald) é um dos mais envolvidos para decepçaõ de sua namorada, Traci Nash (Enuka Okuma) que definitivamente dormia ao lado do inimigo, inocente, sem saber! Definitivamente ela não parece ter bom gosto para se relacionar com os homens certos!/ Rookie Blue 6.08 - Integrity Test (Estados Unidos, 2015) Direção: James Genn / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.09 - Ninety Degrees
O que poderia ser mais lucrativo do que vender drogas em um abrigo de recuperação para drogados? É esse o mote desse episódio. Um viciado em recuperação é encontrado morto no banheiro da instituição. Assim os policiais de "Rookie Blue" vão até lá investigar. O que encontram é uma ex-viciada, agora recuperada, que não quer nem saber - passa a vender drogas para seus ex-colegas de recuperação! Como se sabe o comércio de drogas é dos mais lucrativos e então vale tudo para faturar bem com os problemas dos outros. Na outra linha narrativa vão surgindo os primeiros problemas de relacionamento entre Andy e Sam Swarek. Ele engravidou outra policial e isso é mais do que um constrangimento para Andy que deseja se casar com ele. Pior, a policial grávida tem problemas e é justamente Andy que a ajuda! Saia justa azul marinho, da farda dos tiras de Seatlle. Pois é... / Rookie Blue 6.09 - Ninety Degrees (Estados Unidos, 2015) Direção: T.W. Peacocke / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Rookie Blue 6.10 - Breaking Up the Band
Até pensei que era o episódio final da série, mas não é, embora poderia ser! Aqui o roteiro explora um festival de música para onde são enviados Andy McNally e Dov Epstein para deter a venda de ingressos por cambistas, mas uma vez chegando lá eles descobrem que na realidade há muita drogas circulando entre os jovens (entre elas a mais comum nesse tipo de ambiente de festa tecno, a ecstasy). Assim uma jovenzinha loirinha desmaia e entra em coma. Depois falece em razão do consumo da droga que havia ingerido. Um aspecto curioso desse episódio é que ele mostra que os próprios organizadores montam um verdadeiro setor, com camas, para jovens drogados! Pois é, pelo visto o abuso de drogas é algo tão comum que eles nem se importam mais em esconder. Enfim, um bom episódio, embora já reflita toda a saturação que a série vinha passando. / Rookie Blue 6.10 - Breaking Up the Band (Estados Unidos, 2015) Direção: James Genn / Roteiro: Tassie Cameron, Morwyn Brebner / Elenco: Missy Peregrym, Gregory Smith, Enuka Okuma.
Pablo Aluísio.
sábado, 20 de agosto de 2016
The Frankenstein Chronicles
The Frankenstein Chronicles 1.01 - A World Without God
Eis aqui uma boa dica de nova série que está chegando agora na TV. O primeiro episódio se chama "A World Without God" (Um Mundo Sem Deus). Tudo começa quando uma jovem garota é encontrada morta nas margens lamacentas do Rio Tâmisa em Londres. Em estado de decomposição avançado o cadáver é logo enviado a um renomado cirurgião para autópsia. Ele descobre que o corpo na verdade é uma composição de vários corpos de pessoas diferentes, ligadas por costuras cirúrgicas! São crianças e adolescentes que desapareceram sem deixar rastros. Há uma suspeita de que se trata de uma maneira de se desacreditar a classe médica, uma vez que está ocorrendo uma acirrada disputa no Parlamento envolvendo o ato cirúrgico (que passaria a ser exclusivo dessa classe, colocando em perigo o emprego ou o trabalho de vários sujeitos sem diploma, alguns deles envolvidos com tráfico de corpos humanos para instituições de pesquisa). Para descobrir o que realmente está acontecendo um nobre resolve designar John Marlott (Sean Bean), um investigador veterano, para solucionar a morte daqueles jovens. "The Frankenstein Chronicles" é aquele tipo de série que desde os primeiros momentos você já sabe que está diante de um bom produto televisivo. Direção de arte? Impecável. Roteiro? Muito bem estruturado, lidando muito bem com todo o suspense que envolve os crimes. Interpretação? Bean está perfeito na pele do sujeito que é atormentado por um passado trágico (sua família - esposa e filha pequena - morreram de sífilis transmitido por ele mesmo, o que lhe traz uma culpa imensa e eterna). Enfim, mais uma preciosidade de terror para se acompanhar daqui em diante. Não vá perder a chance de conhecer essa excelente série. / The Frankenstein Chronicles 1.01 - A World Without God (Inglaterra, EUA, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Sean Hanrahan, Shaun Blaney.
The Frankenstein Chronicles 1.02 - Seeing Things
Conforme o próprio título do episódio sugere o investigador John Marlott (Sean Bean) começa a ter visões do sobrenatural. Em um delírio ele acaba vendo a garota Alyce. Como se viu no episódio piloto ele foi contratado para descobrir o paradeiro de jovens que simplesmente desapareceram, em especial o que teria acontecido realmente com a adolescente Alyce e do estranho corpo encontrado boiando nas águas do rio Tâmisa. Em decomposição, nele havia claras demonstrações e sinais de que teria passado por algum tipo de experiência médica mal sucedida, pois havia diferentes partes de corpos humanos diversos costurados em um só! Uma obra de arte sombria. Além disso "Seeing Things" chama a atenção por outros aspectos que considero extremamente curiosos. O primeiro é que o personagem de Sean Bean resolve comprar um exemplar do romance de terror "Frankenstein Ou o Prometeu Moderno" de Mary Shelley, demonstrando que a série não é uma adaptação do livro como inicialmente se esperava. A trama se passa ao largo da literatura. Outro fato digno de nota foi a inserção de autores consagrados como personagens da série, entre eles o poeta vitoriano William Blake, em seu leito de morte, passando preciosas pistas para Marlott. Aliás a própria Mary Shelley também dá o ar de sua graça, de maneira bem discreta, é verdade, mas já demonstrando que os roteiristas procuram por algo diferente, realmente inovador. Ponto positivo para o público, certamente. / The Frankenstein Chronicles 1.02 - Seeing Things (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Lucy Cray-Miller, Jessie Ross.
The Frankenstein Chronicles 1.03 - All the Lost Children
Numa Londres suja e pobre o investigador John Marlott (Sean Bean) continua reunindo pistas para descobrir quem teria assassinado a jovem adolescente cujo corpo foi encontrado em decomposição nas margens do rio Tâmisa. Sua investigação curiosamente o leva até a escritora Mary Shelley (Anna Maxwell Martin). Ela escreveu um romance de terror que ficou muito conhecido chamado Frankenstein. Em sua estória um cientista à beira da loucura resolvia trazer restos de corpos humanos de volta à vida usando métodos da teoria Galvanista (onde a energia elétrica era usada para dar movimentos aos músculos de pessoas mortas). Ela é uma pobre viúva que tenta ganhar a vida com seus escritos, algo nada fácil de fazer, ainda mais com um garotinho muito jovem ainda para criar. Para Marlott porém é mais importante colocar as mãos em um suspeito indicado pelo carregador de corpos. Esse sujeito teria ligação direta com o crime cometido. O problema é achá-lo, uma vez que ele parece viver em túneis escuros e úmidos embaixo da velha cidade. Outro aspecto interessante desse episódio é que Marlott é confrontado com seu próprio futuro ao visitar um antigo mosteiro que agora serve como hospital de inválidos. Lá ele encontra um paciente terminal da terrível sífilis (Marlott também sofre desse mesmo mal). Temos aqui mais um bom episódio de "The Frankenstein Chronicles". Essa série é muito bem produzida, com roteiros realmente bem escritos. Não há apelação e tudo surge de forma muito caprichosa. Estou realmente gostando muito, indico sem reservas para os fãs de séries de terror e suspense. / The Frankenstein Chronicles 1.03 - All the Lost Children (EUA, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Samuel West, Sean Bean, Eloise Smyth.
The Frankenstein Chronicles 1.04 - The Fortune of War
Uma das melhores coisas desse episódio é que ele mostra a escritora Mary Shelley (Anna Maxwell Martin) visitando a propriedade de um velho conhecido, um amigo dos velhos tempos. Ele está morto há muitos anos. Quando vai até os fundos da velha casa descobre dois cômodos praticamente abandonados. Os móveis estão cobertos por panos e quando ela os levanta o que vemos? Sim, a velha maquinaria usada em experiências científicas, tão típica da era vitoriana. A sutileza do roteiro deixa então subentendido que o enredo que vemos em sua famosa obra pode não ter sido apenas um romance de terror como todos pensavam! Para fãs do horror é realmente uma jogada genial, que abre espaço para uma guinada nas estórias da série. Além disso temos aqui o desfecho (assim esperamos) do desaparecimento da menina Alice. O investigador John Marlott (Sean Bean, sempre tão bem em cena) finalmente chega nas pessoas que supostamente a mataram. São carvoeiros miseráveis dos subúrbios mais infectos de uma Londres nada bonita de se ver. É curioso pois mostra a extrema pobreza em que viviam certas pessoas na Inglaterra durante o século XIX. Lugares de miséria absoluta, onde nem os mais básicos valores humanos conseguiam sobreviver. Comunidades formadas não por seres humanos, mas por verdadeiras bestas, seres bestiais. Em suma, excelente episódio, um dos melhores até aqui. / The Frankenstein Chronicles 1.04 - The Fortune of War (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Charlie Creed-Miles, Shaun Mason.
The Frankenstein Chronicles 1.05 - The Frankenstein Murders
O investigador John Marlott (Sean Bean) finalmente descobre (quase) toda a verdade. Realmente médicos famosos de Londres estavam usando corpos humanos comprados no mercado negro para suas experiências. Pior do que isso, muitos deles encomendavam jovens adolescentes ou crianças, o que fazia com que eles fossem mortos de forma brutal por pessoas criminosas em busca do dinheiro da venda de seus cadáveres. Marlott então resolve levar suas conclusões ao Lord inglês que o contratou. Para seu desapontamento descobre que o sujeito, um figurão do parlamento britânico, não está disposto a fazer nada para prender os assassinos. Pelo contrário, ele usa toda a investigação apenas para chantagear outros parlamentares para que assim sejam aprovados seus projetos de lei, entre eles o ato médico de anatomia. Pois é, "The Frankenstein Chronicles" transita bem no meio do lado mais sórdido de uma Londres onde conhecimento científico e crime andam de mãos dadas. O impulso inicial para todas as investigações havia sido o desaparecimento de uma jovem adolescente chamada Alice. Seu corpo foi encontrado boiando nas águas sujas do rio. Agora que a teia da trama de sua morte foi tecida tudo caminha tragicamente para a impunidade completa de seus algozes. Uma triste realidade de um mundo sombrio. / The Frankenstein Chronicles 1.05 - The Frankenstein Murders (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Anna Maxwell Martin, Elliot Cowan.
The Frankenstein Chronicles 1.06 - Lost and Found
O texto a seguir contém spoiler. Assim se você ainda não conferiu o episódio final dessa série recomendo não seguir em frente na leitura. Pois bem, a primeira temporada de "The Frankenstein Chronicles" se encerra aqui. É uma série extremamente bem produzida e por essa razão poucos são os episódios em cada temporada. Nesse aqui temos uma ironia do roteiro que me deixou realmente surpreendido. Depois de tanto lutar para descobrir o que estaria acontecendo com as crianças e adolescentes desaparecidos, o investigador John Marlott (Sean Bean). São pessoas poderosas e ricas, bem influentes dentro da sociedade londrina. Sem querer Marlott acaba caindo numa armadilha montada justamente por essa gente. Ele é colocado na cena de um crime, com a roupa encharcada de sangue da vítima. Ora, não demora muito e ele é preso em flagrante. Julgado apressadamente logo é condenado à morte. Enforcado, tudo parece ter chegado a um melancólico fim, mas... eis que Marlott acaba caindo nas mãos de todos aqueles que ele queria ver condenados. Eles usam seu corpo para novas experiências e pasmem, o próprio investigador vira uma criatura, ressuscitada como nos velhos moldes do conto de Frankenstein!!! A cena final com ele se arrastando, dentro daquele corpo ressuscitado profano é uma das melhores coisas que vi ultimamente em séries. Em minha opinião seria o desfecho perfeito para tudo o que aconteceu. Pena que os produtores vão continuar em uma segunda temporada!!! Chegou a me perguntar: Por quê? Querem mostrar a vida do monstro após voltar do mundo dos mortos? Nada a ver... perderam a chance de terminar tudo com chave de ouro. / The Frankenstein Chronicles 1.06 - Lost and Found (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross, Barry Langford / Elenco: Sean Bean, Joel Gillman, Richie Campbell.
Pablo Aluísio.
Eis aqui uma boa dica de nova série que está chegando agora na TV. O primeiro episódio se chama "A World Without God" (Um Mundo Sem Deus). Tudo começa quando uma jovem garota é encontrada morta nas margens lamacentas do Rio Tâmisa em Londres. Em estado de decomposição avançado o cadáver é logo enviado a um renomado cirurgião para autópsia. Ele descobre que o corpo na verdade é uma composição de vários corpos de pessoas diferentes, ligadas por costuras cirúrgicas! São crianças e adolescentes que desapareceram sem deixar rastros. Há uma suspeita de que se trata de uma maneira de se desacreditar a classe médica, uma vez que está ocorrendo uma acirrada disputa no Parlamento envolvendo o ato cirúrgico (que passaria a ser exclusivo dessa classe, colocando em perigo o emprego ou o trabalho de vários sujeitos sem diploma, alguns deles envolvidos com tráfico de corpos humanos para instituições de pesquisa). Para descobrir o que realmente está acontecendo um nobre resolve designar John Marlott (Sean Bean), um investigador veterano, para solucionar a morte daqueles jovens. "The Frankenstein Chronicles" é aquele tipo de série que desde os primeiros momentos você já sabe que está diante de um bom produto televisivo. Direção de arte? Impecável. Roteiro? Muito bem estruturado, lidando muito bem com todo o suspense que envolve os crimes. Interpretação? Bean está perfeito na pele do sujeito que é atormentado por um passado trágico (sua família - esposa e filha pequena - morreram de sífilis transmitido por ele mesmo, o que lhe traz uma culpa imensa e eterna). Enfim, mais uma preciosidade de terror para se acompanhar daqui em diante. Não vá perder a chance de conhecer essa excelente série. / The Frankenstein Chronicles 1.01 - A World Without God (Inglaterra, EUA, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Sean Hanrahan, Shaun Blaney.
The Frankenstein Chronicles 1.02 - Seeing Things
Conforme o próprio título do episódio sugere o investigador John Marlott (Sean Bean) começa a ter visões do sobrenatural. Em um delírio ele acaba vendo a garota Alyce. Como se viu no episódio piloto ele foi contratado para descobrir o paradeiro de jovens que simplesmente desapareceram, em especial o que teria acontecido realmente com a adolescente Alyce e do estranho corpo encontrado boiando nas águas do rio Tâmisa. Em decomposição, nele havia claras demonstrações e sinais de que teria passado por algum tipo de experiência médica mal sucedida, pois havia diferentes partes de corpos humanos diversos costurados em um só! Uma obra de arte sombria. Além disso "Seeing Things" chama a atenção por outros aspectos que considero extremamente curiosos. O primeiro é que o personagem de Sean Bean resolve comprar um exemplar do romance de terror "Frankenstein Ou o Prometeu Moderno" de Mary Shelley, demonstrando que a série não é uma adaptação do livro como inicialmente se esperava. A trama se passa ao largo da literatura. Outro fato digno de nota foi a inserção de autores consagrados como personagens da série, entre eles o poeta vitoriano William Blake, em seu leito de morte, passando preciosas pistas para Marlott. Aliás a própria Mary Shelley também dá o ar de sua graça, de maneira bem discreta, é verdade, mas já demonstrando que os roteiristas procuram por algo diferente, realmente inovador. Ponto positivo para o público, certamente. / The Frankenstein Chronicles 1.02 - Seeing Things (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Lucy Cray-Miller, Jessie Ross.
The Frankenstein Chronicles 1.03 - All the Lost Children
Numa Londres suja e pobre o investigador John Marlott (Sean Bean) continua reunindo pistas para descobrir quem teria assassinado a jovem adolescente cujo corpo foi encontrado em decomposição nas margens do rio Tâmisa. Sua investigação curiosamente o leva até a escritora Mary Shelley (Anna Maxwell Martin). Ela escreveu um romance de terror que ficou muito conhecido chamado Frankenstein. Em sua estória um cientista à beira da loucura resolvia trazer restos de corpos humanos de volta à vida usando métodos da teoria Galvanista (onde a energia elétrica era usada para dar movimentos aos músculos de pessoas mortas). Ela é uma pobre viúva que tenta ganhar a vida com seus escritos, algo nada fácil de fazer, ainda mais com um garotinho muito jovem ainda para criar. Para Marlott porém é mais importante colocar as mãos em um suspeito indicado pelo carregador de corpos. Esse sujeito teria ligação direta com o crime cometido. O problema é achá-lo, uma vez que ele parece viver em túneis escuros e úmidos embaixo da velha cidade. Outro aspecto interessante desse episódio é que Marlott é confrontado com seu próprio futuro ao visitar um antigo mosteiro que agora serve como hospital de inválidos. Lá ele encontra um paciente terminal da terrível sífilis (Marlott também sofre desse mesmo mal). Temos aqui mais um bom episódio de "The Frankenstein Chronicles". Essa série é muito bem produzida, com roteiros realmente bem escritos. Não há apelação e tudo surge de forma muito caprichosa. Estou realmente gostando muito, indico sem reservas para os fãs de séries de terror e suspense. / The Frankenstein Chronicles 1.03 - All the Lost Children (EUA, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Samuel West, Sean Bean, Eloise Smyth.
The Frankenstein Chronicles 1.04 - The Fortune of War
Uma das melhores coisas desse episódio é que ele mostra a escritora Mary Shelley (Anna Maxwell Martin) visitando a propriedade de um velho conhecido, um amigo dos velhos tempos. Ele está morto há muitos anos. Quando vai até os fundos da velha casa descobre dois cômodos praticamente abandonados. Os móveis estão cobertos por panos e quando ela os levanta o que vemos? Sim, a velha maquinaria usada em experiências científicas, tão típica da era vitoriana. A sutileza do roteiro deixa então subentendido que o enredo que vemos em sua famosa obra pode não ter sido apenas um romance de terror como todos pensavam! Para fãs do horror é realmente uma jogada genial, que abre espaço para uma guinada nas estórias da série. Além disso temos aqui o desfecho (assim esperamos) do desaparecimento da menina Alice. O investigador John Marlott (Sean Bean, sempre tão bem em cena) finalmente chega nas pessoas que supostamente a mataram. São carvoeiros miseráveis dos subúrbios mais infectos de uma Londres nada bonita de se ver. É curioso pois mostra a extrema pobreza em que viviam certas pessoas na Inglaterra durante o século XIX. Lugares de miséria absoluta, onde nem os mais básicos valores humanos conseguiam sobreviver. Comunidades formadas não por seres humanos, mas por verdadeiras bestas, seres bestiais. Em suma, excelente episódio, um dos melhores até aqui. / The Frankenstein Chronicles 1.04 - The Fortune of War (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Charlie Creed-Miles, Shaun Mason.
The Frankenstein Chronicles 1.05 - The Frankenstein Murders
O investigador John Marlott (Sean Bean) finalmente descobre (quase) toda a verdade. Realmente médicos famosos de Londres estavam usando corpos humanos comprados no mercado negro para suas experiências. Pior do que isso, muitos deles encomendavam jovens adolescentes ou crianças, o que fazia com que eles fossem mortos de forma brutal por pessoas criminosas em busca do dinheiro da venda de seus cadáveres. Marlott então resolve levar suas conclusões ao Lord inglês que o contratou. Para seu desapontamento descobre que o sujeito, um figurão do parlamento britânico, não está disposto a fazer nada para prender os assassinos. Pelo contrário, ele usa toda a investigação apenas para chantagear outros parlamentares para que assim sejam aprovados seus projetos de lei, entre eles o ato médico de anatomia. Pois é, "The Frankenstein Chronicles" transita bem no meio do lado mais sórdido de uma Londres onde conhecimento científico e crime andam de mãos dadas. O impulso inicial para todas as investigações havia sido o desaparecimento de uma jovem adolescente chamada Alice. Seu corpo foi encontrado boiando nas águas sujas do rio. Agora que a teia da trama de sua morte foi tecida tudo caminha tragicamente para a impunidade completa de seus algozes. Uma triste realidade de um mundo sombrio. / The Frankenstein Chronicles 1.05 - The Frankenstein Murders (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross / Elenco: Sean Bean, Anna Maxwell Martin, Elliot Cowan.
The Frankenstein Chronicles 1.06 - Lost and Found
O texto a seguir contém spoiler. Assim se você ainda não conferiu o episódio final dessa série recomendo não seguir em frente na leitura. Pois bem, a primeira temporada de "The Frankenstein Chronicles" se encerra aqui. É uma série extremamente bem produzida e por essa razão poucos são os episódios em cada temporada. Nesse aqui temos uma ironia do roteiro que me deixou realmente surpreendido. Depois de tanto lutar para descobrir o que estaria acontecendo com as crianças e adolescentes desaparecidos, o investigador John Marlott (Sean Bean). São pessoas poderosas e ricas, bem influentes dentro da sociedade londrina. Sem querer Marlott acaba caindo numa armadilha montada justamente por essa gente. Ele é colocado na cena de um crime, com a roupa encharcada de sangue da vítima. Ora, não demora muito e ele é preso em flagrante. Julgado apressadamente logo é condenado à morte. Enforcado, tudo parece ter chegado a um melancólico fim, mas... eis que Marlott acaba caindo nas mãos de todos aqueles que ele queria ver condenados. Eles usam seu corpo para novas experiências e pasmem, o próprio investigador vira uma criatura, ressuscitada como nos velhos moldes do conto de Frankenstein!!! A cena final com ele se arrastando, dentro daquele corpo ressuscitado profano é uma das melhores coisas que vi ultimamente em séries. Em minha opinião seria o desfecho perfeito para tudo o que aconteceu. Pena que os produtores vão continuar em uma segunda temporada!!! Chegou a me perguntar: Por quê? Querem mostrar a vida do monstro após voltar do mundo dos mortos? Nada a ver... perderam a chance de terminar tudo com chave de ouro. / The Frankenstein Chronicles 1.06 - Lost and Found (Inglaterra, 2015) Direção: Benjamin Ross / Roteiro: Benjamin Ross, Barry Langford / Elenco: Sean Bean, Joel Gillman, Richie Campbell.
Pablo Aluísio.
The Man in the High Castle
The Man in the High Castle 1.01
1962. O Nazismo venceu a II Guerra Mundial. Após a derrota dos Estados Unidos e seus aliados, a Alemanha de Hitler e o Império Japonês resolvem separar a América em duas enormes províncias, uma localizada na costa oeste dominada pelo Japão e outra situada na costa leste chamada de Estado Nacional do Reich, controlada por Berlim. Hitler está envelhecido e doente. Todos esperam por sua morte iminente, enquanto seus principais oficiais, entre eles Heinrich Himmler e Joseph Goebbels, lutam pela chance de se tornarem senhores do mundo. Dentro dos Estados Unidos poucos heróis ainda tentam destruir a dominação de sua nação. Lutando pela resistência americana, eles pretendem desestabilizar o governo nazista para trazer novamente a liberdade ao seu país.Essa nova série já causou muita polêmica, antes mesmo de estrear. Acontece que os produtores espalharam seu material promocional pelas principais cidades dos Estados Unidos e Europa. Até aí tudo bem, faz parte do marketing. O problema é que os cartazes e pôsteres da série estavam cheias de suásticas e símbolos do nazismo, o que causou um grande desconforto entre as pessoas, ainda mais entre veteranos que lutaram contra tudo aquilo na guerra. O que era simples promoção acabou gerando um mal estar tremendo, indo parar nas páginas dos principais jornais do mundo ocidental. Deixando isso de lado até que o episódio piloto não é nada mal. O roteiro foi inspirado na obra do genial escritor de ficção Philip K. Dick (o mesmo que escreveu o livro que daria origem ao clássico "Blade Runner - O Caçador de Andróides"). Dick tinha uma imaginação absurda (para muitos chegava ao ponto de ser doentio) e criou esse mundo paralelo onde o Nazismo se tornava o grande vencedor da II Grande Guerra. O que viria depois de uma vitória como essa? No primeiro episódio uma cena resume sutilmente muito bem o que teria se transformado a América sob o poder de Hitler e seu Partido Nazista. Numa das sequências um rapaz que cruza os Estados Unidos percebe uma pequena garoa de cinzas descendo dos céus. Ao perguntar a um guarda policial que encontra na estrada o que seria aquilo, ele lhe responde que eram apenas os crematórios de uma instituição ali perto (lembrando ao espectador de forma nada sutil as câmaras de gás e fornos dos campos de concentração nazistas). A série só não me deixou muito mais empolgado e satisfeito porque por baixo de toda essa realidade surreal bem curiosa e interessante se desenvolveu um enredo muito básico, de descoberta de filmes secretos que não podiam cair em mãos erradas. Provavelmente as coisas melhorem com o passar do tempo. Por enquanto tudo o que posso dizer é que a série tem boa reconstituição de época, produção, mas com roteiro apenas ok. Vamos acompanhar para ver o que virá pela frente. / The Man in the High Castle 1.01 (EUA, 2015) Direção: Daniel Percival, Brad Anderson / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in The High Castle 1.02 - Sunrise
Conforme você vai acompanhando a série e se familiarizando com os personagens as coisas vão melhorando. Nesse segundo episódio já temos toda a trama definida e o contexto em que ela se passa bem mais claro. Para situar o leitor: As forças do Eixo venceram a II Guerra Mundial. Os Estados Unidos foram fatiados. A costa oeste está sob domínio do Japão Imperial e a costa leste está sob controle do Reich. Hitler, sofrendo de uma grave doença, tem pouco tempo de vida. A luta pelo poder já se faz sentir. Os serviços de repressão e espionagem estão preocupados em colocar as mãos em filmes subversivos, secretos, que podem inflamar ainda mais a resistência. Um deles vai parar nas mãos de Juliana Crain (Alexa Davalos). Ela não tem muita experiência nesse mundo e por isso comete vários erros. Entre eles o de confundir a pessoa certa para qual precisa passar a película. Ela encontra um senhor numa cafeteria e de forma equivocada pensa ser ele a pessoa que precisa entrar em contato para passar em frente a preciosa filmagem. Ela está enganada. Acaba sendo salva da morte no último minuto por um agente infiltrado do Reich (embora nem ele próprio desconfie que na verdade está agindo como agente duplo). O filme também interessa aos japoneses e esses usam da tortura para descobrir o paradeiro de Juliana. Eles aprisionam o dissidente Frank Frink (Rupert Evans) e ameaçam mandar sua irmã e sobrinhos para a câmara de gás caso ele não conte o que sabe. Como se pode perceber os sistemas de morte em ritmo industrial seguem em frente e a pleno vapor dentro dessa América Nazista! Só a mente muito criativa (e doentia) de Philip K. Dick poderia realmente criar um mundo como esse (o que não deixa de ser o grande atrativo da série como um todo). / The Man in The High Castle 1.02 - Sunrise (EUA, 2015) Direção: Daniel Percival / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in The High Castle 1.03 - The Illustrated Woman
Philip K. Dick era um gênio ou um louco? Um pouco dos dois. É o que se pode ir percebendo nessa nova série baseada em sua obra. Em cima de um contexto completamente surreal (Os Estados Unidos dominados por nazistas e japoneses após a Segunda Guerra Mundial) vamos percebendo que ele na realidade acabou escrevendo quase a trama de um filme noir da década de 1940. Nesse episódio a sina de Juliana "Jules" Crain (Alexa Davalos) continua. Depois de jogar um sujeito que quase a matou da ponte, ela precisa esconder os rastros para não ser pega pela SS. Para piorar há um novo personagem em seu caminho, um sujeito mal encarado, com jeito de psicopata que se auto intitula "O Xerife" (Burn Gorman). Na realidade ele não é um policial, mas sim um caçador de recompensas. Atrás de Jules ele acaba indo parar na pequena livraria da cidade e descobre que o vendedor é na realidade um foragido de um campo de concentração nazista. Nem pensa duas vezes antes de jogar uma corda em seu pescoço para o enforcar publicamente, no meio da avenida principal da cidade. Afinal bem no centro daquele meio oeste do livro de Dick não existe lei, apenas a lei do mais forte se sobrepõe. Enquanto o Xerife vai eliminando foragidos e seguindo novas pistas o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) quer a todo custo descobrir quem o traiu dentro do quartel general, dando pistas sobre seu caminho na trajetória entre sua casa e seu local de trabalho, o que acabou levando a um atentado que quase o matou (no episódio anterior). Para saber a verdade nada melhor do que usar os velhos métodos nazistas, como a tortura, por exemplo, aqui turbinada com o uso de drogas como o LSD. Por fim o episódio mostra a visita do herdeiro do império japonês na Costa Oeste. Há um receio de que ele sofra um atentado. Na realidade o jovem príncipe não confia nem nos alemães. Ele considera que uma guerra contra os nazistas está mais perto do que se possa imaginar. / The Man in The High Castle 1.03 - The Illustrated Woman (EUA, 2015) Direção: Ken Olin / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank, Burn Gorman.
The Man in the High Castle 1.04 - Revelations
Quarto episódio da primeira temporada de "The Man in the High Castle" que inclusive já teve a segunda temporada confirmada nos Estados Unidos. Como já escrevi a série se passa em uma realidade alternativa onde a Segunda Guerra Mundial teve outro desfecho daquele que conhecemos. Ao invés da vitória aliada (EUA, Inglaterra, França e demais países) as forças nazistas do Eixo (Alemanha, Japão e Itália) se sagraram vitoriosas. Hitler é praticamente o imperador supremo do mundo ocidental e está prestes a morrer. Os Estados Unidos são divididos em dois, com a costa oeste dominada pelos japoneses e a costa leste sob domínio nazista. Nesse episódio Juliana Crain (Alexa Davalos) finalmente passa para a frente os famigerados filmes secretos que são disputados pela resistência e a SS. Ela precisa ter certeza que os tais filmes cheguem até o sujeito que é conhecido pelo codinome de "Man in the High Castle" (que dá título à própria série). Chegar até ele porém não será nada fácil como ela logo descobre. Na outra linha narrativa Frank Frink (Rupert Evans) decide que vai matar o herdeiro do império Japonês que está em San Francisco numa visita diplomática. Ele quer se vingar pela morte de sua esposa e filhos. Um ato de vingança que não terá volta. Mais um bom episódio passado em um tipo de enredo que só poderia mesmo partir da mente criativa, original e insana de Philip K. Dick, um dos grandes ícones da literatura de ficção dos tempos modernos. / The Man in the High Castle 1.04 - Revelations (EUA, 2015) Direção: Michael Rymer / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank .
The Man in The High Castle 1.05 - The New Normal
Finalmente depois de vários dias na zona neutra (uma extensa faixa entre os domínios nazistas e imperiais, bem no meio oeste americano), Frank e Juliana retornam para casa. Em seu retorno ambos são interrogados como é de praxe em regimes autoritários. Tudo com o objetivo de fazer com que eles caíam em contradição. Para sua sorte conseguem se safar das autoridades alemãs. De volta à vida normal Juliana Crain (Alexa Davalos) decide ir então atrás de um emprego no consulado nipônico. Para sua surpresa descobre que os japoneses, que tanto gostam de exibir um comportamento cheio de valores morais em público, não são assim tão íntegros como ela pensava. O recrutador dos recursos humanos do consulado sugere que ela lhe faça certos favores sexuais em troca do emprego que ela tanto precisa! Chocada, ela sai em disparada da repartição. Enquanto isso o atentado contra a vida do herdeiro do trono causa cada vez mais efeitos. Todos tentam sobreviver. Um dos ministros mais próximos do trono pode ser o responsável. Ele tem contatos misteriosos com um espião sueco, ao mesmo tempo em que age como se fizesse parte de uma grande conspiração. Só o tempo dirá o que realmente está acontecendo. / The Man in The High Castle 1.05 - The New Normal (EUA, 2015) Direção: Bryan Spicer / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in The High Castle 1.06 - Three Monkeys
O título desse episódio é uma referência àquela imagem bem conhecida dos três macaquinhos que não veem nada, não ouvem nada e não falam nada. Em uma ditadura eles representam a forma mais fácil de você continuar vivo. Como no universo dessa série temos uma América dividida entre japoneses e alemães - que venceram a II Guerra Mundial - nada poderia ser mais representativo. Pois bem, nesse episódio os personagens celebram o dia da vitória nazista. Até mesmo cenas com o velho ditador Hitler em Berlim são mostradas pela TV americana. Ele novamente está lá, beijando e abraçando crianças arianas que lhe dão flores nesse dia tão festivo para o nazismo mundial. Nos bastidores do poder porém todos sabem que Hitler está chegando ao fim de sua vida. Enquanto há uma grande conspiração envolvendo sua sucessão, o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) resolve receber alguns convidados em sua casa para todos celebrarem esse dia de triunfo do nacional socialismo. Só que ele não contava em receber dois traidores. Um, o velho conhecido sueco que agora parece entrar em contradição sempre que tenta explicar porque estaria na América naquele momento (logo quando o herdeiro japonês sofreu um atentado à sua vida). O outro, o jovem pupilo que pensa entrar nas fileiras da SS, mas que parece ter algo também a esconder. Como a função do Obergruppenführer é justamente descobrir inimigos do regime acaba ficando fácil para ele desvendar os dois. Esse episódio colocou em evidência um dos grandes trunfos da série, o trabalho do ator Rufus Sewell. Ele é extremamente talentoso. Seu personagem é um psicopata fanático pelo nazismo e como todo psicopata consegue aliar uma personalidade agradável, social, com uma mente obscura, doentia até. Sua atuação é uma das boas razões para acompanhar essa nova série. / The Man in The High Castle 1.06 - Three Monkeys (EUA, 2015) Direção: Nelson McCormick / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rufus Sewell, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in the High Castle 1.07 - Truth
Os alemães nazistas consideravam todas as raças não arianas como inferiores a eles. Até mesmo norte-americanos eram tidos como membros de uma sub-raça contaminada pela miscigenação étnica que havia dentro da sociedade dos Estados Unidos. O fato dos americanos conviverem com negros e membros de outras raças (como os próprios latinos) o deixavam imundos e contaminados. Lixo racial na mente dos alemães do III Reich. Já os japoneses, embora fossem também racistas, não o eram de forma tão radical. Nesse episódio, por exemplo, um membro do governo japonês resolve convidar o dono de uma loja de antiguidades para almoçar em sua própria casa. Algo impensável para um verdadeiro nazista. O tal sujeito coleciona objetos antigos e convida o americano justamente por causa de seus conhecimentos históricos e arqueológicos. Após passar uma pequena vista sobre os itens do colecionador descobre algumas peças falsas, o que lhe dá a ideia de vender ao japonês alguns itens falsificados - uma vez que ele demonstra não saber distinguir entre o que era verdadeiro ou falso. Na outra linha narrativa o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) descobre que mais filmes proibidos podem estar circulando pela cidade e resolve mandar alguns agentes da Gestapo e SS colarem nos suspeitos para recuperar essas supostas filmagens secretas. A ordem é eliminar qualquer um que tenha um filme desses em seu poder. / The Man in the High Castle 1.07 - Truth (EUA, 2015) Direção: Brad Anderson / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in the High Castle 1.08 - End of the World
Frank Frink (Rupert Evans) descobre que seu filho tem uma doença rara, que o deixará completamente paralisado em poucos meses. Isso devasta o oficial nazista. Seu filho é apenas um adolescente, mal saído da puberdade. Imaginando o pior ele resolve guardar tudo para si. Não diz ao filho sobre sua doença e nem tampouco para sua esposa. Um homem frio, acostumado a mandar inimigos para campos de concentração, ele resolve implodir com a trágica novidade. Para piorar o que já era ruim ele também começa a ter problemas com seus superiores. Há uma insinuação de que ele amoleceu com os revolucionários americanos. Seu último prisioneiro sequer passou por uma sessão de tortura tipicamente do III Reich, e isso é um absurdo para os oficiais. Na outra linha narrativa Juliana Crain (interpretada pela linda atriz francesa Alexa Davalos) descobre que seus amigos da resistência estão prestes a cair numa armadilha arquitetada pela inteligência japonesa. Eles estão com um novo filme, que começa a ser disputado ao mesmo tempo entre alemães nazistas, japoneses imperiais e americanos revolucionários, todos querem colocar as mãos na relíquia antes que ele seja entregue em seu destino. / The Man in the High Castle 1.08 - End of the World (EUA, 2016) Direção: Karyn Kusama / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado no livro de / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in the High Castle 1.10 - A Way Out
Último episódio da primeira temporada. Uma segunda leva de episódios está prevista para ser exibida em dezembro. Acredito que não faz muito sentido. Isso porque nesse último episódio tudo é revelado. A palavra chave de tudo o que está acontecendo vem do jogo das mutações oriental, I Ching. Isso é algo que foi fiel ao livro original escrito por Philip K. Dick. O autor passou por uma fase em que estava obcecado por esse texto antigo, a tal ponto que criou esse universo paralelo onde os Estados Unidos teriam perdido a II Guerra Mundial, sendo dominados pelos japoneses e nazistas. A costa oeste ficava nas mãos dos nipônicos e o leste nas mãos do III Reich de Hitler. A série como um todo é muito bem produzida, com ótima direção de arte. Os roteiros porém se mostram, muitas vezes, sem um foco certo a seguir. Além disso várias aspectos do texto original de Philip K. Dick foram alterados, de forma desnecessária. Um exemplo? No livro todos lutam para colocar as mãos em um livro que revelaria toda a verdade, já na série todos estão atrás de filmes proibidos que mostravam a derrota nazista na guerra! Isso sem contar o fato de que personagens foram criados e outros que eram importantes na literatura foram descartados, sem maiores explicações. Ficou interessante, não devo negar, porém não a ponto de me fazer acompanhar uma segunda temporada. Como tudo já foi desvendado ao espectador não há mais sentido em seguir em frente. De qualquer forma não me arrependo. A série, apesar de tudo, se revela um bom entretenimento. / The Man in the High Castle 1.10 - A Way Out (Estados Unidos, 2015) Direção: Daniel Percival / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in the High Castle - Segunda Temporada
The Man in the High Castle 2.02 - The Road Less Traveled
Mesmo com reservas com algumas coisas que aconteceram na primeira temporada sigo em frente acompanhando essa série baseada na obra de Philip K. Dick. Nesse episódio a personagem Juliana Crain (Alexa Davalos) segue sendo perseguida pelos japoneses. Seus amigos ou estão presos ou então mortos, em covas rasas. Para piorar a situação dela até mesmo a resistência americana está em sua procura. Sua única saída parece ser ir até a zona controlada pelos alemães, pois ela ainda teria alguma esperança de negociar com os nazistas. Afinal ela pode ter alguma ponte de diálogo, principalmente por já conhecer um espião a serviço dos alemães, Joe Blake (Luke Kleintank). E enquanto tudo isso acontece o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) segue tenso e preocupado em cumprir sua missão, dada pessoalmente por Adolf Hitler. Enfim, a série segue em frente, muito embora sem maiores novidades. / The Man in the High Castle 2.02 - The Road Less Traveled (Estados Unidos, 2016) Direção: Colin Bucksey / Roteiro: Frank Spotnitz / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in The High Castle 2.10 - Fallout
Esse episódio marca o fim da segunda temporada. O clima é o pior possível. Nazistas e japoneses estão em pé de guerra. Como você sabe essa série retrata uma realidade alternativa, onde as forças do Eixo (Alemanha e Japão, principalmente) conseguiram vencer as forças aliadas (Estados Unidos, Inglaterra e demais países ocidentais). Com isso o mapa dos Estados Unidos fica dividido entre os vilões internacionais. O curioso é que nesse episódio o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) consegue evitar uma conspiração dentro do coração do III Reich, em Berlim. Hitler está velho e segundo algumas fontes, em seus últimos dias. Então conspirações estão na ordem do dia entre nazis em geral. Bom episódio, mantendo o mesmo nível de uma série que surpreende não apenas por sua realidade disforme, mas também pelos bons roteiros escritos. / The Man in The High Castle 2.10 - Fallout (Estados Unidos, 2018) Direção: Daniel Percival / Roteiro: Frank Spotnitz / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
Pablo Aluísio.
1962. O Nazismo venceu a II Guerra Mundial. Após a derrota dos Estados Unidos e seus aliados, a Alemanha de Hitler e o Império Japonês resolvem separar a América em duas enormes províncias, uma localizada na costa oeste dominada pelo Japão e outra situada na costa leste chamada de Estado Nacional do Reich, controlada por Berlim. Hitler está envelhecido e doente. Todos esperam por sua morte iminente, enquanto seus principais oficiais, entre eles Heinrich Himmler e Joseph Goebbels, lutam pela chance de se tornarem senhores do mundo. Dentro dos Estados Unidos poucos heróis ainda tentam destruir a dominação de sua nação. Lutando pela resistência americana, eles pretendem desestabilizar o governo nazista para trazer novamente a liberdade ao seu país.Essa nova série já causou muita polêmica, antes mesmo de estrear. Acontece que os produtores espalharam seu material promocional pelas principais cidades dos Estados Unidos e Europa. Até aí tudo bem, faz parte do marketing. O problema é que os cartazes e pôsteres da série estavam cheias de suásticas e símbolos do nazismo, o que causou um grande desconforto entre as pessoas, ainda mais entre veteranos que lutaram contra tudo aquilo na guerra. O que era simples promoção acabou gerando um mal estar tremendo, indo parar nas páginas dos principais jornais do mundo ocidental. Deixando isso de lado até que o episódio piloto não é nada mal. O roteiro foi inspirado na obra do genial escritor de ficção Philip K. Dick (o mesmo que escreveu o livro que daria origem ao clássico "Blade Runner - O Caçador de Andróides"). Dick tinha uma imaginação absurda (para muitos chegava ao ponto de ser doentio) e criou esse mundo paralelo onde o Nazismo se tornava o grande vencedor da II Grande Guerra. O que viria depois de uma vitória como essa? No primeiro episódio uma cena resume sutilmente muito bem o que teria se transformado a América sob o poder de Hitler e seu Partido Nazista. Numa das sequências um rapaz que cruza os Estados Unidos percebe uma pequena garoa de cinzas descendo dos céus. Ao perguntar a um guarda policial que encontra na estrada o que seria aquilo, ele lhe responde que eram apenas os crematórios de uma instituição ali perto (lembrando ao espectador de forma nada sutil as câmaras de gás e fornos dos campos de concentração nazistas). A série só não me deixou muito mais empolgado e satisfeito porque por baixo de toda essa realidade surreal bem curiosa e interessante se desenvolveu um enredo muito básico, de descoberta de filmes secretos que não podiam cair em mãos erradas. Provavelmente as coisas melhorem com o passar do tempo. Por enquanto tudo o que posso dizer é que a série tem boa reconstituição de época, produção, mas com roteiro apenas ok. Vamos acompanhar para ver o que virá pela frente. / The Man in the High Castle 1.01 (EUA, 2015) Direção: Daniel Percival, Brad Anderson / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in The High Castle 1.02 - Sunrise
Conforme você vai acompanhando a série e se familiarizando com os personagens as coisas vão melhorando. Nesse segundo episódio já temos toda a trama definida e o contexto em que ela se passa bem mais claro. Para situar o leitor: As forças do Eixo venceram a II Guerra Mundial. Os Estados Unidos foram fatiados. A costa oeste está sob domínio do Japão Imperial e a costa leste está sob controle do Reich. Hitler, sofrendo de uma grave doença, tem pouco tempo de vida. A luta pelo poder já se faz sentir. Os serviços de repressão e espionagem estão preocupados em colocar as mãos em filmes subversivos, secretos, que podem inflamar ainda mais a resistência. Um deles vai parar nas mãos de Juliana Crain (Alexa Davalos). Ela não tem muita experiência nesse mundo e por isso comete vários erros. Entre eles o de confundir a pessoa certa para qual precisa passar a película. Ela encontra um senhor numa cafeteria e de forma equivocada pensa ser ele a pessoa que precisa entrar em contato para passar em frente a preciosa filmagem. Ela está enganada. Acaba sendo salva da morte no último minuto por um agente infiltrado do Reich (embora nem ele próprio desconfie que na verdade está agindo como agente duplo). O filme também interessa aos japoneses e esses usam da tortura para descobrir o paradeiro de Juliana. Eles aprisionam o dissidente Frank Frink (Rupert Evans) e ameaçam mandar sua irmã e sobrinhos para a câmara de gás caso ele não conte o que sabe. Como se pode perceber os sistemas de morte em ritmo industrial seguem em frente e a pleno vapor dentro dessa América Nazista! Só a mente muito criativa (e doentia) de Philip K. Dick poderia realmente criar um mundo como esse (o que não deixa de ser o grande atrativo da série como um todo). / The Man in The High Castle 1.02 - Sunrise (EUA, 2015) Direção: Daniel Percival / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in The High Castle 1.03 - The Illustrated Woman
Philip K. Dick era um gênio ou um louco? Um pouco dos dois. É o que se pode ir percebendo nessa nova série baseada em sua obra. Em cima de um contexto completamente surreal (Os Estados Unidos dominados por nazistas e japoneses após a Segunda Guerra Mundial) vamos percebendo que ele na realidade acabou escrevendo quase a trama de um filme noir da década de 1940. Nesse episódio a sina de Juliana "Jules" Crain (Alexa Davalos) continua. Depois de jogar um sujeito que quase a matou da ponte, ela precisa esconder os rastros para não ser pega pela SS. Para piorar há um novo personagem em seu caminho, um sujeito mal encarado, com jeito de psicopata que se auto intitula "O Xerife" (Burn Gorman). Na realidade ele não é um policial, mas sim um caçador de recompensas. Atrás de Jules ele acaba indo parar na pequena livraria da cidade e descobre que o vendedor é na realidade um foragido de um campo de concentração nazista. Nem pensa duas vezes antes de jogar uma corda em seu pescoço para o enforcar publicamente, no meio da avenida principal da cidade. Afinal bem no centro daquele meio oeste do livro de Dick não existe lei, apenas a lei do mais forte se sobrepõe. Enquanto o Xerife vai eliminando foragidos e seguindo novas pistas o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) quer a todo custo descobrir quem o traiu dentro do quartel general, dando pistas sobre seu caminho na trajetória entre sua casa e seu local de trabalho, o que acabou levando a um atentado que quase o matou (no episódio anterior). Para saber a verdade nada melhor do que usar os velhos métodos nazistas, como a tortura, por exemplo, aqui turbinada com o uso de drogas como o LSD. Por fim o episódio mostra a visita do herdeiro do império japonês na Costa Oeste. Há um receio de que ele sofra um atentado. Na realidade o jovem príncipe não confia nem nos alemães. Ele considera que uma guerra contra os nazistas está mais perto do que se possa imaginar. / The Man in The High Castle 1.03 - The Illustrated Woman (EUA, 2015) Direção: Ken Olin / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank, Burn Gorman.
The Man in the High Castle 1.04 - Revelations
Quarto episódio da primeira temporada de "The Man in the High Castle" que inclusive já teve a segunda temporada confirmada nos Estados Unidos. Como já escrevi a série se passa em uma realidade alternativa onde a Segunda Guerra Mundial teve outro desfecho daquele que conhecemos. Ao invés da vitória aliada (EUA, Inglaterra, França e demais países) as forças nazistas do Eixo (Alemanha, Japão e Itália) se sagraram vitoriosas. Hitler é praticamente o imperador supremo do mundo ocidental e está prestes a morrer. Os Estados Unidos são divididos em dois, com a costa oeste dominada pelos japoneses e a costa leste sob domínio nazista. Nesse episódio Juliana Crain (Alexa Davalos) finalmente passa para a frente os famigerados filmes secretos que são disputados pela resistência e a SS. Ela precisa ter certeza que os tais filmes cheguem até o sujeito que é conhecido pelo codinome de "Man in the High Castle" (que dá título à própria série). Chegar até ele porém não será nada fácil como ela logo descobre. Na outra linha narrativa Frank Frink (Rupert Evans) decide que vai matar o herdeiro do império Japonês que está em San Francisco numa visita diplomática. Ele quer se vingar pela morte de sua esposa e filhos. Um ato de vingança que não terá volta. Mais um bom episódio passado em um tipo de enredo que só poderia mesmo partir da mente criativa, original e insana de Philip K. Dick, um dos grandes ícones da literatura de ficção dos tempos modernos. / The Man in the High Castle 1.04 - Revelations (EUA, 2015) Direção: Michael Rymer / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank .
The Man in The High Castle 1.05 - The New Normal
Finalmente depois de vários dias na zona neutra (uma extensa faixa entre os domínios nazistas e imperiais, bem no meio oeste americano), Frank e Juliana retornam para casa. Em seu retorno ambos são interrogados como é de praxe em regimes autoritários. Tudo com o objetivo de fazer com que eles caíam em contradição. Para sua sorte conseguem se safar das autoridades alemãs. De volta à vida normal Juliana Crain (Alexa Davalos) decide ir então atrás de um emprego no consulado nipônico. Para sua surpresa descobre que os japoneses, que tanto gostam de exibir um comportamento cheio de valores morais em público, não são assim tão íntegros como ela pensava. O recrutador dos recursos humanos do consulado sugere que ela lhe faça certos favores sexuais em troca do emprego que ela tanto precisa! Chocada, ela sai em disparada da repartição. Enquanto isso o atentado contra a vida do herdeiro do trono causa cada vez mais efeitos. Todos tentam sobreviver. Um dos ministros mais próximos do trono pode ser o responsável. Ele tem contatos misteriosos com um espião sueco, ao mesmo tempo em que age como se fizesse parte de uma grande conspiração. Só o tempo dirá o que realmente está acontecendo. / The Man in The High Castle 1.05 - The New Normal (EUA, 2015) Direção: Bryan Spicer / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in The High Castle 1.06 - Three Monkeys
O título desse episódio é uma referência àquela imagem bem conhecida dos três macaquinhos que não veem nada, não ouvem nada e não falam nada. Em uma ditadura eles representam a forma mais fácil de você continuar vivo. Como no universo dessa série temos uma América dividida entre japoneses e alemães - que venceram a II Guerra Mundial - nada poderia ser mais representativo. Pois bem, nesse episódio os personagens celebram o dia da vitória nazista. Até mesmo cenas com o velho ditador Hitler em Berlim são mostradas pela TV americana. Ele novamente está lá, beijando e abraçando crianças arianas que lhe dão flores nesse dia tão festivo para o nazismo mundial. Nos bastidores do poder porém todos sabem que Hitler está chegando ao fim de sua vida. Enquanto há uma grande conspiração envolvendo sua sucessão, o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) resolve receber alguns convidados em sua casa para todos celebrarem esse dia de triunfo do nacional socialismo. Só que ele não contava em receber dois traidores. Um, o velho conhecido sueco que agora parece entrar em contradição sempre que tenta explicar porque estaria na América naquele momento (logo quando o herdeiro japonês sofreu um atentado à sua vida). O outro, o jovem pupilo que pensa entrar nas fileiras da SS, mas que parece ter algo também a esconder. Como a função do Obergruppenführer é justamente descobrir inimigos do regime acaba ficando fácil para ele desvendar os dois. Esse episódio colocou em evidência um dos grandes trunfos da série, o trabalho do ator Rufus Sewell. Ele é extremamente talentoso. Seu personagem é um psicopata fanático pelo nazismo e como todo psicopata consegue aliar uma personalidade agradável, social, com uma mente obscura, doentia até. Sua atuação é uma das boas razões para acompanhar essa nova série. / The Man in The High Castle 1.06 - Three Monkeys (EUA, 2015) Direção: Nelson McCormick / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rufus Sewell, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in the High Castle 1.07 - Truth
Os alemães nazistas consideravam todas as raças não arianas como inferiores a eles. Até mesmo norte-americanos eram tidos como membros de uma sub-raça contaminada pela miscigenação étnica que havia dentro da sociedade dos Estados Unidos. O fato dos americanos conviverem com negros e membros de outras raças (como os próprios latinos) o deixavam imundos e contaminados. Lixo racial na mente dos alemães do III Reich. Já os japoneses, embora fossem também racistas, não o eram de forma tão radical. Nesse episódio, por exemplo, um membro do governo japonês resolve convidar o dono de uma loja de antiguidades para almoçar em sua própria casa. Algo impensável para um verdadeiro nazista. O tal sujeito coleciona objetos antigos e convida o americano justamente por causa de seus conhecimentos históricos e arqueológicos. Após passar uma pequena vista sobre os itens do colecionador descobre algumas peças falsas, o que lhe dá a ideia de vender ao japonês alguns itens falsificados - uma vez que ele demonstra não saber distinguir entre o que era verdadeiro ou falso. Na outra linha narrativa o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) descobre que mais filmes proibidos podem estar circulando pela cidade e resolve mandar alguns agentes da Gestapo e SS colarem nos suspeitos para recuperar essas supostas filmagens secretas. A ordem é eliminar qualquer um que tenha um filme desses em seu poder. / The Man in the High Castle 1.07 - Truth (EUA, 2015) Direção: Brad Anderson / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in the High Castle 1.08 - End of the World
Frank Frink (Rupert Evans) descobre que seu filho tem uma doença rara, que o deixará completamente paralisado em poucos meses. Isso devasta o oficial nazista. Seu filho é apenas um adolescente, mal saído da puberdade. Imaginando o pior ele resolve guardar tudo para si. Não diz ao filho sobre sua doença e nem tampouco para sua esposa. Um homem frio, acostumado a mandar inimigos para campos de concentração, ele resolve implodir com a trágica novidade. Para piorar o que já era ruim ele também começa a ter problemas com seus superiores. Há uma insinuação de que ele amoleceu com os revolucionários americanos. Seu último prisioneiro sequer passou por uma sessão de tortura tipicamente do III Reich, e isso é um absurdo para os oficiais. Na outra linha narrativa Juliana Crain (interpretada pela linda atriz francesa Alexa Davalos) descobre que seus amigos da resistência estão prestes a cair numa armadilha arquitetada pela inteligência japonesa. Eles estão com um novo filme, que começa a ser disputado ao mesmo tempo entre alemães nazistas, japoneses imperiais e americanos revolucionários, todos querem colocar as mãos na relíquia antes que ele seja entregue em seu destino. / The Man in the High Castle 1.08 - End of the World (EUA, 2016) Direção: Karyn Kusama / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado no livro de / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in the High Castle 1.10 - A Way Out
Último episódio da primeira temporada. Uma segunda leva de episódios está prevista para ser exibida em dezembro. Acredito que não faz muito sentido. Isso porque nesse último episódio tudo é revelado. A palavra chave de tudo o que está acontecendo vem do jogo das mutações oriental, I Ching. Isso é algo que foi fiel ao livro original escrito por Philip K. Dick. O autor passou por uma fase em que estava obcecado por esse texto antigo, a tal ponto que criou esse universo paralelo onde os Estados Unidos teriam perdido a II Guerra Mundial, sendo dominados pelos japoneses e nazistas. A costa oeste ficava nas mãos dos nipônicos e o leste nas mãos do III Reich de Hitler. A série como um todo é muito bem produzida, com ótima direção de arte. Os roteiros porém se mostram, muitas vezes, sem um foco certo a seguir. Além disso várias aspectos do texto original de Philip K. Dick foram alterados, de forma desnecessária. Um exemplo? No livro todos lutam para colocar as mãos em um livro que revelaria toda a verdade, já na série todos estão atrás de filmes proibidos que mostravam a derrota nazista na guerra! Isso sem contar o fato de que personagens foram criados e outros que eram importantes na literatura foram descartados, sem maiores explicações. Ficou interessante, não devo negar, porém não a ponto de me fazer acompanhar uma segunda temporada. Como tudo já foi desvendado ao espectador não há mais sentido em seguir em frente. De qualquer forma não me arrependo. A série, apesar de tudo, se revela um bom entretenimento. / The Man in the High Castle 1.10 - A Way Out (Estados Unidos, 2015) Direção: Daniel Percival / Roteiro: Frank Spotnitz, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in the High Castle - Segunda Temporada
The Man in the High Castle 2.02 - The Road Less Traveled
Mesmo com reservas com algumas coisas que aconteceram na primeira temporada sigo em frente acompanhando essa série baseada na obra de Philip K. Dick. Nesse episódio a personagem Juliana Crain (Alexa Davalos) segue sendo perseguida pelos japoneses. Seus amigos ou estão presos ou então mortos, em covas rasas. Para piorar a situação dela até mesmo a resistência americana está em sua procura. Sua única saída parece ser ir até a zona controlada pelos alemães, pois ela ainda teria alguma esperança de negociar com os nazistas. Afinal ela pode ter alguma ponte de diálogo, principalmente por já conhecer um espião a serviço dos alemães, Joe Blake (Luke Kleintank). E enquanto tudo isso acontece o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) segue tenso e preocupado em cumprir sua missão, dada pessoalmente por Adolf Hitler. Enfim, a série segue em frente, muito embora sem maiores novidades. / The Man in the High Castle 2.02 - The Road Less Traveled (Estados Unidos, 2016) Direção: Colin Bucksey / Roteiro: Frank Spotnitz / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
The Man in The High Castle 2.10 - Fallout
Esse episódio marca o fim da segunda temporada. O clima é o pior possível. Nazistas e japoneses estão em pé de guerra. Como você sabe essa série retrata uma realidade alternativa, onde as forças do Eixo (Alemanha e Japão, principalmente) conseguiram vencer as forças aliadas (Estados Unidos, Inglaterra e demais países ocidentais). Com isso o mapa dos Estados Unidos fica dividido entre os vilões internacionais. O curioso é que nesse episódio o Obergruppenführer John Smith (Rufus Sewell) consegue evitar uma conspiração dentro do coração do III Reich, em Berlim. Hitler está velho e segundo algumas fontes, em seus últimos dias. Então conspirações estão na ordem do dia entre nazis em geral. Bom episódio, mantendo o mesmo nível de uma série que surpreende não apenas por sua realidade disforme, mas também pelos bons roteiros escritos. / The Man in The High Castle 2.10 - Fallout (Estados Unidos, 2018) Direção: Daniel Percival / Roteiro: Frank Spotnitz / Elenco: Alexa Davalos, Rupert Evans, Luke Kleintank.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Madame Bovary
Esse é um drama baseado no famoso livro escrito por Gustave Flaubert em 1857. No mundo da literatura esse romance é considerado o primeiro na nova estética realista que em pouco tempo iria dar origem a toda uma nova escola literária (até mesmo o nosso consagrado autor Machado de Assis seguiria por essa nova vertente). O romance era de fato revolucionário por trazer uma protagonista que rompia com o estereótipo da jovem apaixonada, doce e ingênua, retratada em livros românticos da época. A personagem Emma parecia ser muito mais humana do que as mocinhas idealizadas do passado. Ela tinha muitos defeitos e não se encaixava no velho padrão, o que significava realmente uma ruptura com os antigos autores.
Nesse filme o diretor Sophie Barthes procurou não adaptar todo o enredo do livro original, mas apenas parte dele, o núcleo principal de sua estória. Assim personagens secundários foram eliminados (como a sogra e a filha de Emma na literatura), se concentrando apenas na personalidade sui generis da principal personagem. Emma, aqui interpretada pela atriz Mia Wasikowska (uma de minhas atrizes preferidas dessa nova geração), tem seu passado mostrado em rápidas cenas iniciais. Ela foi órfã, criada em um convento católico. Inicialmente ela pensa se tornar freira, mas depois, com a chegada da juventude, quando atinge a idade de se casar, acaba sendo prometida em casamento a um jovem médico do interior, Charles (Henry Lloyd-Hughes).
O começo de seu casamento é até promissor. O marido é um bom homem, trabalhador e responsável. Infelizmente ele também é completamente destituído de carisma pessoal, um sujeito enfadonho e chato. No fundo Emma não o ama. O casamento foi apenas uma questão de conveniência em sua vida. O tédio que a vida de Emma vai se transformando acaba mudando até mesmo seu jeito de ser. De origem humilde, calada e tímida, ela começa a desenvolver gosto pelo luxo e pela ostentação. Começa a gastar furiosamente, comprando vestidos caros, da moda. Em pouco tempo resolve remodelar toda a sua casa, comprando móveis, tapetes e utensílios vultuosos, algo que seu marido, mesmo sendo um médico, não consegue mais pagar. Pior do que isso, ela começa a flertar com outros homens interessantes da região, como um Marquês que acaba acendendo nela finalmente a chama da paixão em seu coração.
A partir daí começa o desastre. As coisas vão perdendo o rumo e Emma vai se tornando uma pária social, por causa de seu comportamento transgressor. O filme (e obviamente o livro que lhe deu origem) procura sutilmente mostrar as mudanças de comportamento que foram surgindo ao longo do século XIX, quando as mulheres passaram a ter uma postura e uma atitude mais ativas, seguindo seus próprios instintos, não se conformando em ser apenas aquele tipo de dona de casa apagada, vivendo eternamente à sombra do marido ou de um casamento infeliz. Com ótima produção, perfeita reconstituição histórica, excelente trilha sonora incidental (toda ao piano, em peças clássicas), o filme é aquele tipo de produção que vai satisfazer até mesmo os gostos mais sofisticados e exigentes.
Madame Bovary (Madame Bovary, Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, 2014) Direção: Sophie Barthes / Roteiro: Felipe Marino (assinando como Rose Barreneche), baseado na obra de Gustave Flaubert / Elenco: Mia Wasikowska, Henry Lloyd-Hughes, Logan Marshall-Green, Paul Giamatti, Laura Carmichael / Sinopse: Emma (Mia Wasikowska) é uma jovem órfã e pobre que após se casar com um médico do interior começa a adquirir o gosto pelo luxo - e pela luxúria, colocando em polvorosa uma pequena cidade de hábitos conservadores do século XIX.
Pablo Aluísio.
Nesse filme o diretor Sophie Barthes procurou não adaptar todo o enredo do livro original, mas apenas parte dele, o núcleo principal de sua estória. Assim personagens secundários foram eliminados (como a sogra e a filha de Emma na literatura), se concentrando apenas na personalidade sui generis da principal personagem. Emma, aqui interpretada pela atriz Mia Wasikowska (uma de minhas atrizes preferidas dessa nova geração), tem seu passado mostrado em rápidas cenas iniciais. Ela foi órfã, criada em um convento católico. Inicialmente ela pensa se tornar freira, mas depois, com a chegada da juventude, quando atinge a idade de se casar, acaba sendo prometida em casamento a um jovem médico do interior, Charles (Henry Lloyd-Hughes).
O começo de seu casamento é até promissor. O marido é um bom homem, trabalhador e responsável. Infelizmente ele também é completamente destituído de carisma pessoal, um sujeito enfadonho e chato. No fundo Emma não o ama. O casamento foi apenas uma questão de conveniência em sua vida. O tédio que a vida de Emma vai se transformando acaba mudando até mesmo seu jeito de ser. De origem humilde, calada e tímida, ela começa a desenvolver gosto pelo luxo e pela ostentação. Começa a gastar furiosamente, comprando vestidos caros, da moda. Em pouco tempo resolve remodelar toda a sua casa, comprando móveis, tapetes e utensílios vultuosos, algo que seu marido, mesmo sendo um médico, não consegue mais pagar. Pior do que isso, ela começa a flertar com outros homens interessantes da região, como um Marquês que acaba acendendo nela finalmente a chama da paixão em seu coração.
A partir daí começa o desastre. As coisas vão perdendo o rumo e Emma vai se tornando uma pária social, por causa de seu comportamento transgressor. O filme (e obviamente o livro que lhe deu origem) procura sutilmente mostrar as mudanças de comportamento que foram surgindo ao longo do século XIX, quando as mulheres passaram a ter uma postura e uma atitude mais ativas, seguindo seus próprios instintos, não se conformando em ser apenas aquele tipo de dona de casa apagada, vivendo eternamente à sombra do marido ou de um casamento infeliz. Com ótima produção, perfeita reconstituição histórica, excelente trilha sonora incidental (toda ao piano, em peças clássicas), o filme é aquele tipo de produção que vai satisfazer até mesmo os gostos mais sofisticados e exigentes.
Madame Bovary (Madame Bovary, Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, 2014) Direção: Sophie Barthes / Roteiro: Felipe Marino (assinando como Rose Barreneche), baseado na obra de Gustave Flaubert / Elenco: Mia Wasikowska, Henry Lloyd-Hughes, Logan Marshall-Green, Paul Giamatti, Laura Carmichael / Sinopse: Emma (Mia Wasikowska) é uma jovem órfã e pobre que após se casar com um médico do interior começa a adquirir o gosto pelo luxo - e pela luxúria, colocando em polvorosa uma pequena cidade de hábitos conservadores do século XIX.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
O Início do Fim
Título no Brasil: O Início do Fim
Título Original: Fat Man and Little Boy
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roland Joffé
Roteiro: Bruce Robinson
Elenco: Paul Newman, John Cusack, Laura Dern, Dwight Schultz, Bonnie Bedelia, John C. McGinley
Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial o governo americano dá início ao projeto Manhattan. Vários cientistas brilhantes, entre eles J. Robert Oppenheimer (Dwight Schultz), são reunidos em uma base militar americana no meio do deserto para que se consiga construir uma arma definitiva que acabasse com a própria guerra. Essa seria a maior arma de destruição em massa da história. Para coordenar tudo e comandar os trabalhos o governo indica o General Leslie R. Groves (Paul Newman) que fica com a missão de entregar a primeira bomba atômica em um prazo máximo de um ano. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Provavelmente seja o melhor filme sobre o projeto Manhattan, só sendo superado em certos aspectos por "Os Senhores do Holocausto". O filme assim narra a construção das primeiras bombas atômicas americanas (apelidadas de Fat Man, o gordo, e Little Boy, o garotinho, que dão origem ao título original do filme). Muitos vão achar o roteiro um pouco parado e monótono, uma vez que o roteiro explora a rotina desse grupo de cientistas em pesquisas e testes no deserto de Nevada, tentando construir a bomba nuclear que os americanos iriam jogar futuramente em cidades japonesas, selando o fim da II Guerra Mundial. Essa visão porém é fora de propósito pois em termos históricos tudo é extremamente interessante. O elenco também tem destaque, a começar pela presença do sempre excelente Paul Newman. Ele interpreta o general que coloca ordem na casa, sendo duro quando necessário. Já John Cusack interpreta um jovem cientista brilhante que foi vital para a construção das armas nucleares, mas que acabou pagando com sua própria vida ao se tornar vítima da radiação das pesquisas que realizava. Sua morte é um dos pontos altos do filme em termos dramáticos. Com excelente produção, elenco e reconstituição histórica, o filme só deixa um pouco a desejar mesmo no que diz respeito ao seu roteiro que evita a todo custo entrar em um debate ético sobre a construção das armas nucleares e tudo o que isso iria significar para o mundo nos anos seguintes.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fat Man and Little Boy
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roland Joffé
Roteiro: Bruce Robinson
Elenco: Paul Newman, John Cusack, Laura Dern, Dwight Schultz, Bonnie Bedelia, John C. McGinley
Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial o governo americano dá início ao projeto Manhattan. Vários cientistas brilhantes, entre eles J. Robert Oppenheimer (Dwight Schultz), são reunidos em uma base militar americana no meio do deserto para que se consiga construir uma arma definitiva que acabasse com a própria guerra. Essa seria a maior arma de destruição em massa da história. Para coordenar tudo e comandar os trabalhos o governo indica o General Leslie R. Groves (Paul Newman) que fica com a missão de entregar a primeira bomba atômica em um prazo máximo de um ano. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Provavelmente seja o melhor filme sobre o projeto Manhattan, só sendo superado em certos aspectos por "Os Senhores do Holocausto". O filme assim narra a construção das primeiras bombas atômicas americanas (apelidadas de Fat Man, o gordo, e Little Boy, o garotinho, que dão origem ao título original do filme). Muitos vão achar o roteiro um pouco parado e monótono, uma vez que o roteiro explora a rotina desse grupo de cientistas em pesquisas e testes no deserto de Nevada, tentando construir a bomba nuclear que os americanos iriam jogar futuramente em cidades japonesas, selando o fim da II Guerra Mundial. Essa visão porém é fora de propósito pois em termos históricos tudo é extremamente interessante. O elenco também tem destaque, a começar pela presença do sempre excelente Paul Newman. Ele interpreta o general que coloca ordem na casa, sendo duro quando necessário. Já John Cusack interpreta um jovem cientista brilhante que foi vital para a construção das armas nucleares, mas que acabou pagando com sua própria vida ao se tornar vítima da radiação das pesquisas que realizava. Sua morte é um dos pontos altos do filme em termos dramáticos. Com excelente produção, elenco e reconstituição histórica, o filme só deixa um pouco a desejar mesmo no que diz respeito ao seu roteiro que evita a todo custo entrar em um debate ético sobre a construção das armas nucleares e tudo o que isso iria significar para o mundo nos anos seguintes.
Pablo Aluísio.
Os Irmãos McMullen
Título no Brasil: Os Irmãos McMullen
Título Original: The Brothers McMullen
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Marlboro Road Gang Productions
Direção: Edward Burns
Roteiro: Edward Burns
Elenco: Jack Mulcahy, Michael McGlone, Edward Burns, Catharine Bolz, Connie Britton, Jennifer Jostyn
Sinopse:
Três irmãos irlandeses e católicos passam por problemas emocionais e familiares enquanto vão tentando vencer na vida durante a década de 1990. Quando se encontram tentam encontrar o caminho certo a seguir, trocando ideias, conselhos e visões de vida bem particulares. Primeiro filme do diretor Edward Burns, premiado pelos festivais de cinema Independent Spirit Awards e Sundance Film Festival.
Comentários:
Bom filme, bem humano, baseado em certo aspecto na própria vida do cineasta Edward Burns que também escreveu seu roteiro. O foco é baseado na relação entre três irmãos irlandeses. Jack McMullen (Jack Mulcahy) é o mais velho. Ele está passando por uma grave crise no casamento. Depois de tantos anos ele percebe que muito provavelmente se casou com a mulher errada. A pressão social e religiosa porém o mantém em um relacionamento que parece estar completamente falido. Barry McMullen (interpretado pelo próprio diretor Edward Burns) sonha em se tornar cineasta, mas o caminho até lá será bem complicado. Para sua sorte acaba encontrando a mulher de sua vida justamente dentro de um estúdio de cinema. Por fim o caçula dos irmãos, Patrick McMullen (Mike McGlone), vive um verdadeiro drama existencial, ficando na dúvida se abraça uma carreira na igreja ou se segue o caminho de seus irmãos mais velhos. Por ser um filme dramático, apoiado em um ótimo roteiro, com excelentes atuações e diálogos, o filme acaba se tornando uma grata surpresa e um excelente entretenimento para quem vive, de alguma forma, uma identificação com a estória mostrada.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Brothers McMullen
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Marlboro Road Gang Productions
Direção: Edward Burns
Roteiro: Edward Burns
Elenco: Jack Mulcahy, Michael McGlone, Edward Burns, Catharine Bolz, Connie Britton, Jennifer Jostyn
Sinopse:
Três irmãos irlandeses e católicos passam por problemas emocionais e familiares enquanto vão tentando vencer na vida durante a década de 1990. Quando se encontram tentam encontrar o caminho certo a seguir, trocando ideias, conselhos e visões de vida bem particulares. Primeiro filme do diretor Edward Burns, premiado pelos festivais de cinema Independent Spirit Awards e Sundance Film Festival.
Comentários:
Bom filme, bem humano, baseado em certo aspecto na própria vida do cineasta Edward Burns que também escreveu seu roteiro. O foco é baseado na relação entre três irmãos irlandeses. Jack McMullen (Jack Mulcahy) é o mais velho. Ele está passando por uma grave crise no casamento. Depois de tantos anos ele percebe que muito provavelmente se casou com a mulher errada. A pressão social e religiosa porém o mantém em um relacionamento que parece estar completamente falido. Barry McMullen (interpretado pelo próprio diretor Edward Burns) sonha em se tornar cineasta, mas o caminho até lá será bem complicado. Para sua sorte acaba encontrando a mulher de sua vida justamente dentro de um estúdio de cinema. Por fim o caçula dos irmãos, Patrick McMullen (Mike McGlone), vive um verdadeiro drama existencial, ficando na dúvida se abraça uma carreira na igreja ou se segue o caminho de seus irmãos mais velhos. Por ser um filme dramático, apoiado em um ótimo roteiro, com excelentes atuações e diálogos, o filme acaba se tornando uma grata surpresa e um excelente entretenimento para quem vive, de alguma forma, uma identificação com a estória mostrada.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
O Conto dos Contos
Achei bem estranha a proposta desse filme. Não estou me referindo ao roteiro que adaptou três contos baseados na obra do poeta e escritor italiano Giambattista Basile (1566 - 1632), mas sim às próprias estórias em si. O mundo dos contos infantis da Itália medieval pouco se parecia com as obras dos irmãos Grimm com as quais estamos acostumados. Nada de Branca de Neve e nem os sete anões. A coisa aqui é morbidamente bizarra, diferente, surpreendente mesmo. Todos os três contos são narrados de forma alternada. Todos eles envolvem monarcas e seus objetivos mesquinhos e rídiculos.
O primeiro conta a estória da rainha de Longtrellis (Salma Hayek). Seu maior sonho é ter um filho, um herdeiro para o trono. A gravidez porém parece nunca acontecer. Desesperada, ela resolve contratar os serviços de um bruxo. Ele então passa a receita para que ela finalmente fique grávida do Rei. Ele deve caçar uma criatura monstruosa das profundezas. Depois de morto o coração da fera deve ser preparado por uma virgem. Por último a Rainha deve comer o coração da besta. Tudo feito, o resultado se mostra desastroso. Dos três contos esse pode ser considerado até mesmo o menos bizarro, mas seu clímax, com um morcego gigante e feroz, mostra bem que nada é tão normal como se pode esperar.
O segundo conto mostra um Rei e sua filha. A princesa quer se casar. Para isso porém o Rei deve procurar em seu reino o homem mais corajoso, valente e inteligente que encontrar pela frente. Assim ele cria um desafio a ser vencido pelo pretendente à mão da jovem e bela princesa. Novamente tudo dá muito errado, transformando a vida da linda herdeira em literalmente um verdadeiro inferno na Terra. Esse segundo conto poderia até se encaixar no que estamos acostumados a ver em se tratando de literatura infantil alemã, se não fosse por detalhes sórdidos e estranhos, como o fato do Rei criar uma pulga gigante em seu quarto (é isso mesmo que você leu, algo bem nonsense realmente!).
Por fim o último conto mostra a vida de um Rei devasso, insaciável, que deseja dormir com todas as mulheres de seu reino. Certo dia, na janela de seu castelo, ele ouve uma voz feminina maravilhosa. Determinado a conquistá-la ele move o céu e a terra para levar a dona daquela linda voz para seus aposentos reais. O problema é que ele não tem a menor ideia de quem ela seja e o que faz em sua vida reclusa. Com a ajuda de uma bruxa da floresta o monarca acaba caindo em uma grande armadilha do destino. O monarca devasso desse conto é interpretado pelo ótimo ator Vincent Cassel. No geral é isso. O filme é uma coleção de contos estranhos, com elementos pouco usuais. Olhando sob um ponto de vista cultural vale bastante conhecer para ter contato com a literatura de contos de outros países, como a Itália, por exemplo. No mínimo você ficará surpreso pelas coisas e situações estranhas e bizarras que encontrará pela frente, no filme.
O Conto dos Contos (Il Racconto dei Racconti - Tale of Tales, Inglaterra, Itália, França, 2015) Direção: Matteo Garrone / Roteiro: Edoardo Albinati / Elenco: Salma Hayek, Vincent Cassel, Toby Jones, John C. Reilly, / Sinopse: O filme traz a adaptação para o cinema de três contos infantis da literatura italiana medieval. Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes.
Pablo Aluísio.
O primeiro conta a estória da rainha de Longtrellis (Salma Hayek). Seu maior sonho é ter um filho, um herdeiro para o trono. A gravidez porém parece nunca acontecer. Desesperada, ela resolve contratar os serviços de um bruxo. Ele então passa a receita para que ela finalmente fique grávida do Rei. Ele deve caçar uma criatura monstruosa das profundezas. Depois de morto o coração da fera deve ser preparado por uma virgem. Por último a Rainha deve comer o coração da besta. Tudo feito, o resultado se mostra desastroso. Dos três contos esse pode ser considerado até mesmo o menos bizarro, mas seu clímax, com um morcego gigante e feroz, mostra bem que nada é tão normal como se pode esperar.
O segundo conto mostra um Rei e sua filha. A princesa quer se casar. Para isso porém o Rei deve procurar em seu reino o homem mais corajoso, valente e inteligente que encontrar pela frente. Assim ele cria um desafio a ser vencido pelo pretendente à mão da jovem e bela princesa. Novamente tudo dá muito errado, transformando a vida da linda herdeira em literalmente um verdadeiro inferno na Terra. Esse segundo conto poderia até se encaixar no que estamos acostumados a ver em se tratando de literatura infantil alemã, se não fosse por detalhes sórdidos e estranhos, como o fato do Rei criar uma pulga gigante em seu quarto (é isso mesmo que você leu, algo bem nonsense realmente!).
Por fim o último conto mostra a vida de um Rei devasso, insaciável, que deseja dormir com todas as mulheres de seu reino. Certo dia, na janela de seu castelo, ele ouve uma voz feminina maravilhosa. Determinado a conquistá-la ele move o céu e a terra para levar a dona daquela linda voz para seus aposentos reais. O problema é que ele não tem a menor ideia de quem ela seja e o que faz em sua vida reclusa. Com a ajuda de uma bruxa da floresta o monarca acaba caindo em uma grande armadilha do destino. O monarca devasso desse conto é interpretado pelo ótimo ator Vincent Cassel. No geral é isso. O filme é uma coleção de contos estranhos, com elementos pouco usuais. Olhando sob um ponto de vista cultural vale bastante conhecer para ter contato com a literatura de contos de outros países, como a Itália, por exemplo. No mínimo você ficará surpreso pelas coisas e situações estranhas e bizarras que encontrará pela frente, no filme.
O Conto dos Contos (Il Racconto dei Racconti - Tale of Tales, Inglaterra, Itália, França, 2015) Direção: Matteo Garrone / Roteiro: Edoardo Albinati / Elenco: Salma Hayek, Vincent Cassel, Toby Jones, John C. Reilly, / Sinopse: O filme traz a adaptação para o cinema de três contos infantis da literatura italiana medieval. Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes.
Pablo Aluísio.
Lua Negra
Título no Brasil: Lua Negra
Título Original: Bad Moon
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Productions
Direção: Eric Red
Roteiro: Wayne Smith, Eric Red
Elenco: Mariel Hemingway, Michael Paré, Mason Gamble, Hrothgar Mathews, Johanna Marlowe, Gavin Buhr
Sinopse:
Após uma desastrosa viagem ao distante Nepal, o jornalista Ted (Michael Paré) retorna aos Estados Unidos para viver ao lado de sua irmã. Ela é uma advogada chamada Janet (Mariel Hemingway). Mãe solteira, agora terá a oportunidade de dividir a criação de seu filho com seu irmão. O que Janet não sabe é que Ted foi atacado nas montanhas do Nepal por uma estranha criatura e desde então já não consegue mais ser a mesma pessoa de antes, algo que seu cachorro de estimação, o pastor alemão Thor, logo descobre em seu instinto animal. Agora tudo vira uma questão de tempo até Ted revelar seu misterioso segredo.
Comentários:
De todos os monstros clássicos os lobisomens são os mais mal tratados no cinema. Isso porque há uma infinidade de filmes ruins sobre os licantropos. Tirando algumas poucas exceções (como "Um Lobisomem Americano em Londres") todo o resto é formado por uma incrível coleção de filmes B e trash que nada acrescentam ao tema. Esse filme da década de 90 fica no meio termo. Não é péssimo, mas tampouco pode ser considerado um clássico. Na verdade é até uma boa produção da Morgan Creek Productions que na época estava começando a colocar no mercado seus primeiros filmes. O enredo procura trazer um pouco de mistério e suspense, valorizando a estranha relação que se instala entre Ted, o jovem infectado no Nepal que passa a se transformar em lobo durante as noites de lua cheia e o cão de sua irmã, que passa a reconhecer nele não apenas um ser humano, mas também uma besta infernal. Em termos de elenco temos dois destaques. Mariel Hemingway, que nunca convenceu muito como atriz, pelo menos empresta sua beleza ao filme. Já Michael Paré ainda tentava se tornar um ator famoso já em fim de carreira - ele nunca conseguiu se tornar um astro, ficando mais conhecido por filmes de ação que se tornaram cult com o tempo como "Ruas de Fogo" e "Execução Sumária". Então é isso, aqui está um pequeno e bom filme que pelo menos poupou os lobisomens de passaram por mais um vexame nas telas.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bad Moon
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Productions
Direção: Eric Red
Roteiro: Wayne Smith, Eric Red
Elenco: Mariel Hemingway, Michael Paré, Mason Gamble, Hrothgar Mathews, Johanna Marlowe, Gavin Buhr
Sinopse:
Após uma desastrosa viagem ao distante Nepal, o jornalista Ted (Michael Paré) retorna aos Estados Unidos para viver ao lado de sua irmã. Ela é uma advogada chamada Janet (Mariel Hemingway). Mãe solteira, agora terá a oportunidade de dividir a criação de seu filho com seu irmão. O que Janet não sabe é que Ted foi atacado nas montanhas do Nepal por uma estranha criatura e desde então já não consegue mais ser a mesma pessoa de antes, algo que seu cachorro de estimação, o pastor alemão Thor, logo descobre em seu instinto animal. Agora tudo vira uma questão de tempo até Ted revelar seu misterioso segredo.
Comentários:
De todos os monstros clássicos os lobisomens são os mais mal tratados no cinema. Isso porque há uma infinidade de filmes ruins sobre os licantropos. Tirando algumas poucas exceções (como "Um Lobisomem Americano em Londres") todo o resto é formado por uma incrível coleção de filmes B e trash que nada acrescentam ao tema. Esse filme da década de 90 fica no meio termo. Não é péssimo, mas tampouco pode ser considerado um clássico. Na verdade é até uma boa produção da Morgan Creek Productions que na época estava começando a colocar no mercado seus primeiros filmes. O enredo procura trazer um pouco de mistério e suspense, valorizando a estranha relação que se instala entre Ted, o jovem infectado no Nepal que passa a se transformar em lobo durante as noites de lua cheia e o cão de sua irmã, que passa a reconhecer nele não apenas um ser humano, mas também uma besta infernal. Em termos de elenco temos dois destaques. Mariel Hemingway, que nunca convenceu muito como atriz, pelo menos empresta sua beleza ao filme. Já Michael Paré ainda tentava se tornar um ator famoso já em fim de carreira - ele nunca conseguiu se tornar um astro, ficando mais conhecido por filmes de ação que se tornaram cult com o tempo como "Ruas de Fogo" e "Execução Sumária". Então é isso, aqui está um pequeno e bom filme que pelo menos poupou os lobisomens de passaram por mais um vexame nas telas.
Pablo Aluísio.
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