quarta-feira, 1 de julho de 2015

Tracers

Título no Brasil: Tracers
Título Original: Tracers
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Daniel Benmayor
Roteiro: Leslie Bohem, Matt Johnson
Elenco: Taylor Lautner, Marie Avgeropoulos, Adam Rayner
  
Sinopse:
Depois da morte dos pais, o jovem Cam (Taylor Lautner) faz o que é possível para sobreviver. De dia entrega correspondência em Nova Iorque com sua bicicleta. De noite tenta recuperar o velho carro que seu pai lhe deixou. Morando numa garagem que mal consegue pagar o aluguel, a vida não é nada fácil para ele. Durante um dia no trampo ele acaba conhecendo um grupo de jovens que praticam parkour pela cidade. Imediatamente ele acaba ficando interessado no estilo de vida deles e na adrenalina que esse esporte radical proporciona aos seus praticantes. Precisando de grana urgente, que deve a um criminoso de Chinatown, Cam acaba também aceitando fazer parte de alguns trabalhos sujos arranjados pelo mentor da turma. Algo que será muito arriscado e perigoso.

Comentários:
Filme de ação estrelado pelo ídolo teen Taylor Lautner. Para quem não se lembra ele foi o ator que interpretou o personagem Jacob Black na saga "Crepúsculo". Sim, aquele jovem que se transformava em lobo e que nunca vestia uma camisa! Pois bem, desde o fim daquela franquia os estúdios estão tentando transformar em astros o trio principal da série (que contava ainda com Kristen Stewart e Robert Pattinson). Até agora nenhum deles têm conseguido grande sucesso de bilheteria. Robert Pattinson vem acumulando fracassos e Kristen Stewart, apesar de ter aparecido em alguns poucos filmes interessantes, também ainda não entrou no grupo de elite do cinema americano. Taylor Lautner, como o menos badalado da turma, tem tentado emplacar no gênero dos filmes de ação. 

Esse aqui aposta numa moda popular entre os jovens americanos e europeus, o parkour. Nunca ouviu falar? Basicamente são acrobacias e movimentos que usam a arquitetura das grandes cidades como um grande playground. Esses jovens, que não sabem o perigo que correm, pulam em vãos de prédios, sobem andares sem equipamento de proteção e fazem todo tipo de pirueta em cima de carros, pontes e viadutos. Não é algo que você vá recomendar para seus filhos - a não ser que queira que eles sofram algum tipo de acidente mais sério. Enfim, mais uma modinha do mundo dos esportes radicais. O enredo é simples e direto, sem muita firulas. Dentro do nicho adolescente e com uma visão de não se esperar por muita coisa, até que a fita consegue divertir em suas pretensões modestas. Há uma trama envolvendo o submundo do crime, mas no fundo tudo é mera desculpa para os dublês darem shows de parkour por aí - realmente os caras são feras naquilo que se propõe a fazer. No final de tudo o que fica de mais interessante é a oportunidade de conhecer um pouco mais dessa nova modalidade radical. Não vai mudar em nada sua vida e nem lhe trará maior bagagem cultural, mas pensando bem, para um jovem de 16 anos isso também pouco importa. Está de bom tamanho.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Echoes of War

Título Original: Echoes of War
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: American Film Productions
Direção: Kane Senes
Roteiro: John Chriss, Kane Senes
Elenco: James Badge Dale, Ethan Embry, William Forsythe
  
Sinopse:
Com o fim da guerra civil americana o ex-soldado confederado Jimmy Wade (James Badge Dale) resolve voltar para a antiga casa de sua mãe. Há muito ela está morta, mas sua irmã ainda vive no lugar ao lado do marido e de seu filho, um garoto. A propriedade rural deles é vizinha com a de Randolph McCluskey (William Forsythe), um ex-criador de gado arruinado pela guerra. Quando um de seus filhos rouba uma caça do cunhado de Wade começa uma verdadeira guerra entre os dois clãs, ambos assolados pela miséria e desolação.

Comentários:
Gostei bastante desse filme. O enredo se passa nas primeiras semanas após o fim da guerra civil. O sul, derrotado nos campos de batalha, está praticamente destruído. As antigas fazendas ricas e prósperas estão abandonadas. Os que ficaram para trás passam por sérias dificuldades, inclusive fome, pois as plantações estão queimadas e o rebanho há muito foi levado pelas tropas da União. Nesse cenário de desespero e miséria extremas todo alimento é valioso. Para sobreviver o cunhado de Wade, o jovem confederado que retorna ao lar depois de ter vivido a desgraça da guerra, caça pequenos animais da região como porcos selvagens, coelhos e esquilos. É o que os salva da falta de alimentos naquelas terras arrasadas pela guerra. É uma verdadeira luta pela sobrevivência. Com poucos dias de seu retorno ao antigo lar Wade descobre que o filho do fazendeiro vizinho está roubando as caças presas nas armadilhas de sua família. O que começa com um simples desentendimento logo desanda para um verdadeiro banho de sangue. Justiça, ódio e vingança se misturam. O roteiro desse filme é muito bem desenvolvido. Ele não está preocupado em contar sua história com pressa, pelo contrário, tudo vai sendo desenrolado aos poucos. Isso abre espaço para termos uma visão de como era dura a vida no sul após sua derrota para os exércitos do norte. Uma verdadeira calamidade. É um bom faroeste, valorizado e muito por sua temática interessante. A vida no velho oeste definitivamente não era nada fácil.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Showtime

Título no Brasil: Showtime
Título Original: Showtime
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tom Dey
Roteiro: Jorge Saralegui, Keith Sharon
Elenco: Robert De Niro, Eddie Murphy, Rene Russo, Alex Borstein, Marshall Manesh, Nestor Serrano

Sinopse:
Um policial de verdade e um ator de programas de TV precisam conviver juntos enquanto um novo projeto é filmado. Claro que acabam não se dando bem, porque um é um tira durão e o outro é um canastrão em busca da fama e sucesso.

Comentários:
Não deu muito certo essa parceria entre Robert De Niro e o comediante Eddie Murphy. Claro que o filme os uniu para tentar ser comercial, porém nem os fãs de De Niro e nem os de Murphy no final compraram a ideia. O filme está mais para comédia do que ação e o roteiro insiste em utitlizar a mesma piada, cena após cena. Com isso logo se torna cansativo ao extremo. Robert De Niro na época estava desesperado por um sucesso nos cinemas, já que sua carreira ia de mal a pior, com sucessivos fracassos de bilheteria. Ao invés de apostar em dramas (de preferência com mafiosos, onde se sai muito bem) ele apostou nessa comédia policial descartável. Já Murphy, outro astro que também sofreu com muitos fracassos no cinema, tentou levantar sua bola ao atuar com o prestigiado (pelo menos em relação aos seus filmes antigos) De Niro. No final nem um e nem outro ganhou nada com isso e esse filminho acabou sendo esquecido com o passar dos anos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O Diabo Veste Azul

Quando esse filme foi lançado Denzel Washington ainda não era Denzel Washington, se é que você me entende. Ele não era ainda um astro de Hollywood e nem um campeão de bilheterias no verão americano. Isso porém é secundário. O que realmente importa aqui é a qualidade cinematográfica do filme em si. E nesse aspecto não há o que reclamar. Temos aqui um filme de detetives ao velho estilo, lembrando muito o clima do cinema noir, com claras referências a filmes como "Chinatown". E não é à toa que toda a história se passa na era dos grandes romances policiais.

Nessa trama Denzel Washington interpreta um personagem chamado Easy Rawlins. Ele é contratado para encontrar o paradeiro de uma mulher, só que isso acaba sendo apenas a ponta do iceberg porque em seu desaparecimento há crimes envolvendo figurões da política, inclusive um asqueroso candidato à prefeitura da cidade. O roteiro também explora a tênua linha que separava brancos e negros na época em que a história se passa. E essa linha não poderia ser cruzada, algo que o detetive Easy Rawlins não pensa duas vezes antes de ultrapassar. Bom filme, com ótimo clima vintage e aquele jeitão de produção antiga, inclusive contando com uma ótima trilha sonora.

O Diabo Veste Azul (Devil in a Blue Dress, Estados Unidos, 1995) Direção: Carl Franklin / Roteiro: Carl Franklin, baseado no livro escrito por Walter Mosley / Elenco: Denzel Washington, Tom Sizemore, Jennifer Beals, Don Cheadle / Sinopse: Uma mulher desaparece. Easy Rawlins (Denzel Washington) é contratado para encontrá-la. No caminho descobre um jogo sujo e violento envolvendo inclusive políticos influentes e corruptos. Filme indicado ao Screen Actors Guild Awards.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Centurião

Título no Brasil: Centurião
Título Original: Centurion
Ano de Produção: 2010
País: Inglaterra, França, Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Neil Marshall
Roteiro: Neil Marshall
Elenco:  Michael Fassbender, Dominic West, Olga Kurylenko

Sinopse:
Durante a ocupação do Império Romano em 117 na distante e fria ilha da Bretanha (futura Inglaterra) um grupo de sobreviventes da Nona Legião Romana tenta sobreviver nas florestas misteriosas da região. Cercados por todos os lados pelos povos bárbaros que habitam o local os romanos lutam para conseguir voltar para a segurança de seu exército.

Comentários:
Tinha boas expectativas em relação a esse "Centurião". Afinal de contas é raro encontrar algum épico histórico ruim mostrando toda a glória de Roma e suas legiões no mundo antigo. O próprio tema ajuda, principalmente para amantes da história (como esse que vos escreve). Pois bem, após assistir a "Centurião" cheguei na conclusão de que minhas expectativas estavam altas demais. O filme não é ruim, não me entendam mal, porém poderia certamente ser muito melhor. Há uma queda de ritmo e qualidade no decorrer do enredo. O que começa muito interessante vai decaindo cada vez mais. Atribuo isso ao roteiro, pouco focado, diria até desleixado. Também é imperdoável o fato do filme não explorar mais as tensas relações políticas envolvidas na presença romana na distante província da Bretanha! E onde foram parar as batalhas grandiosas que não podem faltar nesse tipo de produção? No final das contas o pano de fundo de tudo o que acontece é mais interessante do que a trama principal, que logo cai no clichê. Uma pena.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de junho de 2015

A Prometida

Esse filme é uma nova releitura do mito Frankenstein. Isso tudo tentando soar moderninho nos anos 80. Sai o estilo dos antigos filmes da Universal, entram os acordes dos sintetizadores tão tipicos daquela década. Eu pessoalmente sempre achei um filme mediano. Tem bonita direção de arte, figurinos e efeitos especiais (para aquela época, claro). Porém há também certos exageros e coisas que não caberiam nessa história.

O elenco traz algumas surpresas interessantes, entre elas a presença do roqueiro Sting, ainda naqueles tempos fazendo parte do grupo de rock inglês The Police. Ele interpreta, para surpresa de muitos, o personagem do Dr. Frankenstein que tenta trazer de volta à vida uma jovem chamada Eva. Essa é interpretada pela estrela de Flashdance, a atriz Jennifer Beals. Eu sempre a achei muito fraca em termos de interpretação. Então é isso, o filme teve seus admiradores nos anos 80. Hoje em dia pouca gente se lembra dele.

A Prometida (The Bride, Estados Unidos, 1986) Direção: Franc Roddam / Roteiro: Lloyd Fonvielle, baseado na obra clássica escrita por Mary Shelley / Elenco: Sting, Jennifer Beals, Anthony Higgins, Clancy Brown / Sinopse: Cientista maluco tenta trazer de volta à vida uma jovem que morreu precocemente. E ele usará a energia elétrica de um raio para que seu experimento obtenha êxito.

Pablo Aluísio.

Os Últimos Foras-da-Lei

Quem acompanha meus textos sobre cinema já deve ter percebido que gosto bastante do trabalho do ator Mickey Rourke. É curioso que Rourke tenha se dedicado durante uma certa época de sua carreira a realizar filmes de faroeste, como esse "Os últimos Foras-da-Lei". Rourke nunca foi um sujeito muito fácil de conviver, quando algo saía algo errado em seus filmes ele tomava satisfações sem medir as consequências. Até produtores poderosos viraram alvo de Rourke em seus anos mais complicados. Isso obviamente vai fechando as portas para o profissional por mais bem intencionado que seja. Assim na década de 1990 o ator sofreu uma época de maré baixa, onde pouca coisa lhe era oferecida no mundo do cinema. Como não havia muitas propostas vindas de Hollywood Rourke se voltou para a TV. E foi no canal HBO que ele começou a dar a volta por cima. A HBO como todos sabem não é um canal comum, pelo contrário, é um ótimo espaço para produção de séries e telefilmes realmente excepcionais. Basta lembrar do número de prêmios Globo de Ouro e Emmy que o canal já ganhou.

Assim Mickey Rourke foi para o velho oeste. Quem diria, um ator como ele que se destacou ao interpretar personagens tipicamente urbanos como o desiludido rebelde de "O Selvagem da Motocicleta" ou o executivo yuppie de Nova Iorque em "Nove Semanas e Meia de Amor" agora tendo que lidar com cavalos e a dureza na vida do campo. Rourke, um nova-iorquino nato, acabou tendo que se acostumar com a aridez e os vastos campos desérticos do Novo México (onde o filme foi rodado). Curiosamente anos depois ele diria em entrevistas que no final das contas adorou a experiência, afinal dar um tempo nos problemas, no ritmo frenético das grandes cidades e encarar um clima de interior, de simplicidade, acabou lhe fazendo muito bem. E o resultado do filme? Bom, "Os últimos Foras-da-Lei" certamente não é nenhum clássico do western mas também não é desprezível. Na verdade é um faroeste que tenta ser o mais realista e duro possível ao contar a trama envolvendo um grupo de criminosos sanguinários. Mickey Rourke, herdando de certa forma uma tradição do Actors Studio, adotou um figurino e uma aparência estranha, com bigodinho Fu-Manchu! Isso acaba trazendo ainda mais interesse ao filme. Infelizmente a HBO não tem mais reprisado o filme tanto quanto antes mas o fã de Rourke pode tentar achar uma cópia por aí já que ele foi lançado no mercado de vídeo e depois em DVD em nosso país. Assim fica a dica, Mickey Rourke no velho oeste! Vai encarar?

Os últimos Foras-da-Lei (The Last Outlaw, Estados Unidos, 1993) Direção: Geoff Murphy / Roteiro: Eric Red / Elenco: Mickey Rourke, Dermot Mulroney, Ted Levine / Sinopse: Um grupo de criminosos no velho oeste semeia violência e mortes por onde passa!

Pablo Aluísio.

Tootsie

Título no Brasil: Tootsie
Título Original: Tootsie
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Larry Gelbart, Murray Schisgal
Elenco: Dustin Hoffman, Jessica Lange, Teri Garr

Sinopse: 
Michael Dorsey (Dustin Hoffman) é um ator desempregado que decide fazer algo radical para finalmente encontrar um trabalho. Ele inventa uma personagem feminina, Dorothy Michaels, conhecida carinhosamente como Tootsie e cai nas graças da mídia que a transforma em uma sensação de popularidade. E agora, como Dorsey revelará seu grande segredo?

Comentários:
"Ele é Tootsie. Ela é Dustin Hoffman!". Foi essa a frase usada no marketing desse divertido, delicioso e muito bem humorado filme. Dustin Hoffman em excelente atuação causou impacto na época por ter desenvolvido uma brilhante caracterização de uma mulher. Sob forte maquiagem (muito bem feita aliás), Hoffman surpreendeu pelos detalhes que certamente fizeram toda a diferença. Longe da caricatura o ator surpreendeu a todos. O interessante em "Tootsie" porém é que o roteiro não fica apenas apoiado na transformação de Hoffman mas também investe de forma muito talentosa na parte dramática do enredo. É acima de tudo um argumento muito bem escrito, desenvolvido e executado. Outro destaque do elenco vem com Jessica Lange, fazendo muito bem a transição de starlet para atriz séria, reconhecida por seu talento em cena. Seu Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante foi muito merecido. Por fim vale destacar o fato de que "Tootsie" é o filme mais singular da carreira do cineasta Sydney Pollack. Diretor de filmes sérios, de temáticas complexas como, por exemplo, "Três Dias do Condor", ele aqui abriu espaço para o bom humor, a simpatia e o romance. Um marco certamente em sua carreira.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A Última Festa de Solteiro

Título no Brasil: A Última Festa de Solteiro
Título Original: Bachelor Party
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Neal Israel
Roteiro: Bob Israel, Neal Israel
Elenco: Tom Hanks, Tawny Kitaen, Adrian Zmed

Sinopse:
Rick Gassko (Tom Hanks) está prestes a casar com Debbie Thompson (Tawny Kitaen). Seus pais odeiam a ideia. Os amigos de Rick porém estão pouco se importando com a opinião dos pais de Debbie. Eles querem dar uma despedida de solteiro para o amigo que entrará para a história de Los Angeles. Inicialmente resolvem fazer a festa no hotel mais caro da cidade com tudo do bom e do melhor, sem se importar com as despesas. Depois cada um dos amigos começa a ter novas ideias, algumas bem fora do normal, até que de repente aquilo que iria se transformar numa despedida de amigos acaba se transformando em um caos incontrolável!

Comentários:
Já que estamos falando do carismático Tom Hanks hoje, que tal recordar uma de suas comédias mais queridas pelo público? O filme foi rodado logo após a grande estréia de Tom Hanks no cinema, a comédia Disney "Splash, uma sereia em minha vida". Nos anos 80 estava muito em voga esse tipo de comédia mais picante, como por exemplo "Porky´s", "O Último Americano Virgem", "Negócio Arriscado" e coisas nesse estilo. "A Última Festa de Solteiro" foi o "Porky´s" da carreira de Tom Hanks, vamos colocar nesses termos. É importante entender que Hanks no comecinho de sua carreira não era esse ator oscarizado que a nova geração passou a conhecer. Pelo contrário, ele fazia mesmo a linha comediante gaiato, em fitas comerciais, muitas delas realizadas sem qualquer pretensão a não ser divertir o máximo possível o público jovem. E diversão certamente não faltará nesse "Bachelor Party". É o tipo de comédia maluca que fazia muito sucesso nas locadoras durante a era do VHS, afinal de contas reunir os amigos em casa para dar boas gargalhadas com esse tipo de roteiro era mais do que divertido. Há muitas cenas sem noção e momentos que fariam a geração atual do politicamente correto ficar de cabelos em pé - mas pensando bem, a graça vem justamente desse tipo de situação. Assista, relembre (se você for daquela época) e dê boas risadas pois a verve cômica da fita ainda continua de pé, mesmo após tantos anos. 

Pablo Aluísio.

Xanadu

Título no Brasil: Xanadu
Título Original: Xanadu
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Greenwald
Roteiro: Richard Christian Danus, Marc Reid Rubel
Elenco: Olivia Newton-John, Gene Kelly, Michael Beck

Sinopse: 
Musas gregas do Olimpo descem até a Terra em busca de diversão. Durante sua estadia entre os mortais uma delas chamada Kira (Olivia Newton-John) acaba se envolvendo com um artista, algo que não será de agrado dos grandes deuses como Zeus e cia! Musical símbolo dos anos 80.

Comentários:
Hoje em dia o filme vai soar tão estranho como um Deus Grego caminhando pelas ruas! De fato quando "Xanadu" foi lançado o mundo pop era bem diferente. A discoteca dava seus últimos suspiros e a última moda era andar de patins! Tudo isso hoje soa bem datado (e é mesmo!) mas talvez esteja aí o grande charme de rever o musical nos dias atuais. Afinal tudo é tão exageradamente inocente que vai parecer mesmo uma relíquia histórica. Em termos de elenco o grande atrativo é a presença da atriz sensação (na época, claro) Olivia Newton-John. Além de atriz era uma cantora talentosa e por isso virou símbolo para as garotas daqueles anos que a imitavam no penteado, nas roupas e no estilo. Gene Kelly, ator símbolo dos antigos musicais da MGM também está presente mas sua participação não é muito relevante. Vale mais como uma homenagem do que qualquer outra coisa. Os efeitos de Xanadu hoje em dia vão soar completamente sem noção, mais parecendo um videogame da Atari mas releve tudo isso e caia na dança cantando o refrão eterno (e ultra, mega pegajoso) da canção tema do filme! Os saudosistas agradecem!

Pablo Aluísio.