Título no Brasil: Ligações Perigosas
Título Original: Dangerous Liaisons
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Glenn Close, John Malkovich, Michelle Pfeiffer, Keanu Reeves, Uma Thurman
Sinopse:
Baseado no famoso romance "Les Liaisons Dangereuses" do autor Choderlos de Laclos (1741 - 1803), o filme "Ligações Perigosas" narra as intrigas, fofocas e ciladas sociais que se desenvolvem na corte francesa do século XVIII. De um lado o fútil e perigoso Visconde Sébastien de Valmont (John Malkovich), do outro a maquiávelica Marquesa Isabelle de Merteuil (Glenn Close) e no meio de todas as armações sociais a bela e jovem Madame de Tourvel (Michelle Pfeiffer). Um jogo mortal de sedução e poder dentro das relações entre nobres da monarquia francesa da época. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte.
Comentários:
Choderlos de Laclos foi um dos principais generais de Napoleão Bonaparte. Quando não estava nos campos de batalha lutando por seu imperador, escrevia romances. O livro que deu origem a esse filme logo se tornou um dos mais populares de sua carreira como escritor. Ele desvenda o jogo de poder e cobiça que existia dentro da corte francesa. O curioso é que o próprio Napoleão era fruto da revolução francesa, que procurava colocar abaixo a ordem social da monarquia daquela nação, mas tão logo assumiu o poder absoluto deu origem a também uma corte suntuosa e luxuosa, provando que nem sempre as boas intenções resultam em algo positivo. Deixando um pouco de lado esse contexto histórico o fato é que "Ligações Perigosas" tem uma das tramas mais saborosamente perversas da história do cinema americano. Stephen Frears, em grande momento, soube como poucos explorar as vilanices de seus personagens. Aqui, como obviamente podemos notar, o que importa é realmente passear pelas artimanhas e manipulações dos dois personagens centrais, ambos sem quaisquer escrúpulos pessoais ou valores morais, mas mestres na arte da manipulação social. Claro que apenas dois grandes atores poderiam tirar todo o potencial do texto literário para as telas de cinema. Nesse ponto John Malkovich e Glenn Close estão soberbos. Glenn Close em especial tem uma das melhores atuações de sua vida e quem a conhece sabe que isso definitivamente não é pouca coisa. O contraste da podridão de seus interesses e almas com a delicada inocência, juventude e beleza de Michelle Pfeiffer (linda no filme) garantem o alto nível do filme no quesito atuação. Em termos de produção o filme também apresenta um requinte único, com belíssima reconstituição de época, extremamente luxuosa nos mínimos detalhes. Um filme para se ter na coleção, com a finalidade de se rever sempre que possível. Cinema do mais puro e fino bom gosto.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
A História de Buddy Holly
Título no Brasil: A História de Buddy Holly
Título Original: The Buddy Holly Story
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: ECA, Innovisions
Direção: Steve Rash
Roteiro: Alan Swyer, John Goldrosen
Elenco: Gary Busey, Don Stroud, Charles Martin Smith
Sinopse:
Cinebiografia do roqueiro Charles Hardin Holley, mais conhecido como Buddy Holly. Na segunda metade dos anos 1950 ele conseguiu atingir o estrelato ao participar da explosão do nascente rock n roll nas rádios americanas. Talentoso cantor, compositor e guitarrista teve sua promissora carreira interrompida precocemente por causa de uma tragédia que abalou o país. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Canção. Indicado ainda nas categorias de Melhor Ator (Gary Busey) e Melhor Som.
Comentários:
Esse filme foi realizado para celebrar os vinte anos da morte do jovem cantor e compositor Buddy Holly que morreu tragicamente de um acidente de avião enquanto fazia uma excursão pelo interior dos Estados Unidos. No mesmo acidente morreram também Ritchie Valens, que vinha fazendo sucesso com "La Bamba", "Donna" e outra canções e Big Bopper que estava se destacando nas paradas com sua "Chantilly Lace". Apesar de não ter uma grande produção é um filme honesto, com bom roteiro, que explora de forma extremamente bem feita aspectos da vida precoce de Holly. Na época muito se reclamou do ator Gary Busey que de fato não era muito parecido com o Buddy Holly da vida real, mas isso no fundo é uma bobagem já que ele conseguiu captar bastante bem - beirando a perfeição - os maneirismos e o jeito de ser do cantor. É aquele tipo de filme que todos sabem o final, que não é feliz, mas que vale a pena por resgatar a memória de todos aqueles talentosos artistas que perderam suas vidas naquela madrugada gelada de 1958.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Buddy Holly Story
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: ECA, Innovisions
Direção: Steve Rash
Roteiro: Alan Swyer, John Goldrosen
Elenco: Gary Busey, Don Stroud, Charles Martin Smith
Sinopse:
Cinebiografia do roqueiro Charles Hardin Holley, mais conhecido como Buddy Holly. Na segunda metade dos anos 1950 ele conseguiu atingir o estrelato ao participar da explosão do nascente rock n roll nas rádios americanas. Talentoso cantor, compositor e guitarrista teve sua promissora carreira interrompida precocemente por causa de uma tragédia que abalou o país. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Canção. Indicado ainda nas categorias de Melhor Ator (Gary Busey) e Melhor Som.
Comentários:
Esse filme foi realizado para celebrar os vinte anos da morte do jovem cantor e compositor Buddy Holly que morreu tragicamente de um acidente de avião enquanto fazia uma excursão pelo interior dos Estados Unidos. No mesmo acidente morreram também Ritchie Valens, que vinha fazendo sucesso com "La Bamba", "Donna" e outra canções e Big Bopper que estava se destacando nas paradas com sua "Chantilly Lace". Apesar de não ter uma grande produção é um filme honesto, com bom roteiro, que explora de forma extremamente bem feita aspectos da vida precoce de Holly. Na época muito se reclamou do ator Gary Busey que de fato não era muito parecido com o Buddy Holly da vida real, mas isso no fundo é uma bobagem já que ele conseguiu captar bastante bem - beirando a perfeição - os maneirismos e o jeito de ser do cantor. É aquele tipo de filme que todos sabem o final, que não é feliz, mas que vale a pena por resgatar a memória de todos aqueles talentosos artistas que perderam suas vidas naquela madrugada gelada de 1958.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Educação Siberiana
Título no Brasil: Educação Siberiana
Título Original: Educazione Siberiana
Ano de Produção: 2013
País: Itália
Estúdio: Cattleya Studios
Direção: Gabriele Salvatores
Roteiro: Stefano Rulli, Sandro Petraglia
Elenco: John Malkovich, Arnas Fedaravicius, Vilius Tumalavicius, Eleanor Tomlinson
Sinopse:
Kolyma (Arnas Fedaravicius) nasce numa tradicional família de siberianos. Para viver os duros tempos da dominação soviética na região, seu avô lhe ensina as principais regras de sobrevivência. Para ele nenhum homem deve matar outro homem, a não ser que seja um russo comunista que encontrar pela frente. Esses podem ser degolados sem problemas. Assim Kolyma vai vivendo sua vida, ao lado dos amigos e membros numa distante e isolada região da fria Sibéria. Filme indicado ao Globo de Ouro - Itália, nas categorias Melhor Fotografia e Melhor Música.
Comentários:
O filme tem três linhas narrativas históricas, todas centradas no personagem Kolyma (Arnas Fedaravicius). Na primeira, durante sua infância, o espectador toma consciência de suas origens, personificadas em seu avô Kuzya (John Malkovich), que lhe passa os principais valores de um verdadeiro siberiano, entre eles o de odiar com todas as forças qualquer russo que tente se intrometer em sua vida. Depois, na segunda linha narrativa, acompanhamos sua juventude ao lado de seus amigos, vivendo de pequenos golpes aplicados nas redondezas. Pequenos furtos e roubos sem maiores consequências. Por fim vemos Kolyma servindo o exército, onde acaba tendo que enfrentar um velho amigo que está nas fileiras do inimigo, convertido agora ao islamismo. O elenco é multinacional, onde atores americanos, ingleses, russos e até lituanos dão vida aos personagens. Curiosamente não há nenhum siberiano presente, embora todo o enredo gire em torno das tradições e cultura daquele povo, que segue sendo oprimido pelas tropas russas em seu território até os dias de hoje. A paisagem é desoladora, um deserto branco de neve, mas a estória tem calor humano suficiente para manter o interesse. Além disso o texto tece um interessante painel tendo como pano de fundo períodos históricos importantes daquela distante região, passando pela dominação do regime Stalinista, seguindo com a queda da União Soviética e por fim caindo sob domínio de milícias criminosas e paramilitares. Um retrato no mínimo curioso de uma história que geralmente só conhecemos dos livros de história que ainda insistem em vender aquele período de regime comunista como uma época feliz e próspera para o povo que viveu sob sua sanguinária e opressora ditadura. Os eventos mostrados no filme mostram que definitivamente não foi bem assim.
Pablo Aluísio.
Título Original: Educazione Siberiana
Ano de Produção: 2013
País: Itália
Estúdio: Cattleya Studios
Direção: Gabriele Salvatores
Roteiro: Stefano Rulli, Sandro Petraglia
Elenco: John Malkovich, Arnas Fedaravicius, Vilius Tumalavicius, Eleanor Tomlinson
Sinopse:
Kolyma (Arnas Fedaravicius) nasce numa tradicional família de siberianos. Para viver os duros tempos da dominação soviética na região, seu avô lhe ensina as principais regras de sobrevivência. Para ele nenhum homem deve matar outro homem, a não ser que seja um russo comunista que encontrar pela frente. Esses podem ser degolados sem problemas. Assim Kolyma vai vivendo sua vida, ao lado dos amigos e membros numa distante e isolada região da fria Sibéria. Filme indicado ao Globo de Ouro - Itália, nas categorias Melhor Fotografia e Melhor Música.
Comentários:
O filme tem três linhas narrativas históricas, todas centradas no personagem Kolyma (Arnas Fedaravicius). Na primeira, durante sua infância, o espectador toma consciência de suas origens, personificadas em seu avô Kuzya (John Malkovich), que lhe passa os principais valores de um verdadeiro siberiano, entre eles o de odiar com todas as forças qualquer russo que tente se intrometer em sua vida. Depois, na segunda linha narrativa, acompanhamos sua juventude ao lado de seus amigos, vivendo de pequenos golpes aplicados nas redondezas. Pequenos furtos e roubos sem maiores consequências. Por fim vemos Kolyma servindo o exército, onde acaba tendo que enfrentar um velho amigo que está nas fileiras do inimigo, convertido agora ao islamismo. O elenco é multinacional, onde atores americanos, ingleses, russos e até lituanos dão vida aos personagens. Curiosamente não há nenhum siberiano presente, embora todo o enredo gire em torno das tradições e cultura daquele povo, que segue sendo oprimido pelas tropas russas em seu território até os dias de hoje. A paisagem é desoladora, um deserto branco de neve, mas a estória tem calor humano suficiente para manter o interesse. Além disso o texto tece um interessante painel tendo como pano de fundo períodos históricos importantes daquela distante região, passando pela dominação do regime Stalinista, seguindo com a queda da União Soviética e por fim caindo sob domínio de milícias criminosas e paramilitares. Um retrato no mínimo curioso de uma história que geralmente só conhecemos dos livros de história que ainda insistem em vender aquele período de regime comunista como uma época feliz e próspera para o povo que viveu sob sua sanguinária e opressora ditadura. Os eventos mostrados no filme mostram que definitivamente não foi bem assim.
Pablo Aluísio.
Star Wars Rebels
Título no Brasil: Star Wars Rebels
Título Original: Star Wars Rebels
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Disney Pictures
Direção: Steward Lee
Roteiro: Dave Filoni, Simon Kinberg
Elenco: Vanessa Marshall, Steve Blum, Taylor Gray
Sinopse:
Ezra Bridger (Taylor Gray) é um jovem que mora em um distante planeta perdido nos confins do universo. Quando tropas do império vão ao local receber um importante carregamento de armas ele acaba percebendo que há no meio da multidão um grupo de rebeldes prontos a colocar as mãos nas armas. Sem pensar duas vezes Ezra resolve por conta própria também entrar na jogada, tentando com isso ficar com a valiosa carga que valerá uma verdadeira fortuna no mercado negro. Animação baseada na obra originalmente criada por George Lucas.
Comentários:
Esse é o primeiro produto a ser lançado depois que a Disney comprou todos os direitos sobre a marca "Star Wars". Se trata de uma série com 12 episódios programados para a primeira temporada. O que temos aqui é uma animação que novamente explora aquele universo que já conhecemos tão bem. A má notícia é que não achei grande coisa. As naves imperiais estão lá, o clima em geral procura recriar os famosos filmes e até a trilha sonora evoca as notas musicais que tanto conhecemos. Mesmo assim não consegue empolgar. O roteiro apenas recicla elementos dos três primeiros filmes sem muito sucesso. O garoto simples que acaba entrando na batalha entre rebeldes e império pode ser visto como um plágio de Luke Skywalker. Os rebeldes que ele encontra pelo caminho - jedis obviamente - também vão soar familiares, mas nada disso vai elevar o nível dessa animação que para piorar tudo traz dois aspectos que me deixaram bem decepcionado. O primeiro se refere ao tom bem mais infanto juvenil do que nos filmes originais. Não adianta nutrir grandes esperanças sobre isso, pelo andar da carruagem a Disney suavizou tudo realmente, direcionando "Star Wars" para um público bem jovem, na faixa dos dez, doze anos. Agora mais surpreendente vem no segundo aspecto: não consegui gostar da própria animação sob o ponto de vista meramente técnico! Os personagens parecem ter saído de algum game não muito bem realizado. Seus cabelos mais parecem tapetes espessos e os rostos não são expressivos. Esperava tudo, menos que não fosse tão bem feito. Enfim, se isso for mesmo um preview do que vem por aí nos cinemas é bom os fãs de "Star Wars" começarem a se preocupar.
Pablo Aluísio.
Título Original: Star Wars Rebels
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Disney Pictures
Direção: Steward Lee
Roteiro: Dave Filoni, Simon Kinberg
Elenco: Vanessa Marshall, Steve Blum, Taylor Gray
Sinopse:
Ezra Bridger (Taylor Gray) é um jovem que mora em um distante planeta perdido nos confins do universo. Quando tropas do império vão ao local receber um importante carregamento de armas ele acaba percebendo que há no meio da multidão um grupo de rebeldes prontos a colocar as mãos nas armas. Sem pensar duas vezes Ezra resolve por conta própria também entrar na jogada, tentando com isso ficar com a valiosa carga que valerá uma verdadeira fortuna no mercado negro. Animação baseada na obra originalmente criada por George Lucas.
Comentários:
Esse é o primeiro produto a ser lançado depois que a Disney comprou todos os direitos sobre a marca "Star Wars". Se trata de uma série com 12 episódios programados para a primeira temporada. O que temos aqui é uma animação que novamente explora aquele universo que já conhecemos tão bem. A má notícia é que não achei grande coisa. As naves imperiais estão lá, o clima em geral procura recriar os famosos filmes e até a trilha sonora evoca as notas musicais que tanto conhecemos. Mesmo assim não consegue empolgar. O roteiro apenas recicla elementos dos três primeiros filmes sem muito sucesso. O garoto simples que acaba entrando na batalha entre rebeldes e império pode ser visto como um plágio de Luke Skywalker. Os rebeldes que ele encontra pelo caminho - jedis obviamente - também vão soar familiares, mas nada disso vai elevar o nível dessa animação que para piorar tudo traz dois aspectos que me deixaram bem decepcionado. O primeiro se refere ao tom bem mais infanto juvenil do que nos filmes originais. Não adianta nutrir grandes esperanças sobre isso, pelo andar da carruagem a Disney suavizou tudo realmente, direcionando "Star Wars" para um público bem jovem, na faixa dos dez, doze anos. Agora mais surpreendente vem no segundo aspecto: não consegui gostar da própria animação sob o ponto de vista meramente técnico! Os personagens parecem ter saído de algum game não muito bem realizado. Seus cabelos mais parecem tapetes espessos e os rostos não são expressivos. Esperava tudo, menos que não fosse tão bem feito. Enfim, se isso for mesmo um preview do que vem por aí nos cinemas é bom os fãs de "Star Wars" começarem a se preocupar.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Fúria
Título no Brasil: Fúria
Título Original: Tokarev, Rage
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Image Entertainment
Direção: Paco Cabezas
Roteiro: Jim Agnew, Sean Keller
Elenco: Nicolas Cage, Danny Glover, Rachel Nichols, Max Ryan
Sinopse:
Paul Maguire (Nicolas Cage) é um rico e bem sucedido empreiteiro que vive um dos melhores momentos de sua vida. Casado pela segunda vez, pai de uma adorável adolescente, ele se sente feliz e realizado não apenas na profissão, como também em sua vida pessoal. Tudo muda numa noite quando resolve jantar fora ao lado de sua bela esposa. Ao retornar descobre um cenário completamente caótico em sua casa. Sua filha foi raptada e os dois jovens que a acompanhavam estão feridos após a suposta invasão de um grupo de homens fortemente armados. Pelo visto o passado criminoso de Maguire voltou para assombrar sua vida de conto de fadas.
Comentários:
Este é o novo filme de Nicolas Cage, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros. É a tal coisa, pouca qualidade tem sido vista nos últimos filmes do ator, então quando algo novo estrelado por ele entra no circuito comercial as expectativas não conseguem ser muito altas, haja visto as bombas que surgiram em sua filmografia recentemente. Aqui o roteiro tenta desenvolver uma trama de justiça pelas próprias mãos e vingança no submundo do crime. O personagem de Cage tem um passado sombrio, assim quando sua filha é raptada tudo leva a crer que algum fantasma do passado retornou para acertar contas com ele. Desesperado, ele resolve se unir a dois velhos parceiros para encontrar os sequestradores. Inicialmente ele desconfia da máfia russa instalada nos Estados Unidos. Após agredir e torturar alguns mafiosos ele consegue algumas informações, mas nenhuma delas parece consistente! Não há nenhuma certeza sobre quem teria sido o responsável pelo crime e é justamente em torno disso que o filme dará sua grande reviravolta final - que antecipo não é lá grande coisa, mas que certamente pegará muita gente desprevenida. Há bastante ação, a ponto inclusive de em determinado momento me lembrar dos antigos filmes dos anos 80, mas fora isso não há maiores surpresas. O bom e velho Danny Glover, da franquia "Máquina Mortífera", está em cena para reforçar ainda mais a nostalgia daqueles anos. Como diversão rápida até pode funcionar, embora não consiga se tornar em nenhum momento um grande thriller policial em termos gerais.
Pablo Aluísio.
Título Original: Tokarev, Rage
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Image Entertainment
Direção: Paco Cabezas
Roteiro: Jim Agnew, Sean Keller
Elenco: Nicolas Cage, Danny Glover, Rachel Nichols, Max Ryan
Sinopse:
Paul Maguire (Nicolas Cage) é um rico e bem sucedido empreiteiro que vive um dos melhores momentos de sua vida. Casado pela segunda vez, pai de uma adorável adolescente, ele se sente feliz e realizado não apenas na profissão, como também em sua vida pessoal. Tudo muda numa noite quando resolve jantar fora ao lado de sua bela esposa. Ao retornar descobre um cenário completamente caótico em sua casa. Sua filha foi raptada e os dois jovens que a acompanhavam estão feridos após a suposta invasão de um grupo de homens fortemente armados. Pelo visto o passado criminoso de Maguire voltou para assombrar sua vida de conto de fadas.
Comentários:
Este é o novo filme de Nicolas Cage, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros. É a tal coisa, pouca qualidade tem sido vista nos últimos filmes do ator, então quando algo novo estrelado por ele entra no circuito comercial as expectativas não conseguem ser muito altas, haja visto as bombas que surgiram em sua filmografia recentemente. Aqui o roteiro tenta desenvolver uma trama de justiça pelas próprias mãos e vingança no submundo do crime. O personagem de Cage tem um passado sombrio, assim quando sua filha é raptada tudo leva a crer que algum fantasma do passado retornou para acertar contas com ele. Desesperado, ele resolve se unir a dois velhos parceiros para encontrar os sequestradores. Inicialmente ele desconfia da máfia russa instalada nos Estados Unidos. Após agredir e torturar alguns mafiosos ele consegue algumas informações, mas nenhuma delas parece consistente! Não há nenhuma certeza sobre quem teria sido o responsável pelo crime e é justamente em torno disso que o filme dará sua grande reviravolta final - que antecipo não é lá grande coisa, mas que certamente pegará muita gente desprevenida. Há bastante ação, a ponto inclusive de em determinado momento me lembrar dos antigos filmes dos anos 80, mas fora isso não há maiores surpresas. O bom e velho Danny Glover, da franquia "Máquina Mortífera", está em cena para reforçar ainda mais a nostalgia daqueles anos. Como diversão rápida até pode funcionar, embora não consiga se tornar em nenhum momento um grande thriller policial em termos gerais.
Pablo Aluísio.
Difícil de Matar
Título no Brasil: Difícil de Matar
Título Original: Hard to Kill
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Bruce Malmuth
Roteiro: Steven McKay
Elenco: Steven Seagal, Kelly LeBrock, William Sadler
Sinopse:
Mason Storm (Steven Seagal) é um tira durão que prefere seguir o estilo "lobo solitário", resolvendo ele mesmo todos os casos que lhe caem nas mãos. Após uma invasão em sua casa, sua mulher é assassinada por um grupo de criminosos. Mason ainda tenta impedir o crime, mas é brutalmente espancado. Após passar vários anos em coma ele finalmente retorna à vida para acertar contas com os assassinos. Todas as pistas apontam para um importante político que resolveu riscar Mason do mapa após ele encontrar provas de sua corrupção.
Comentários:
Segundo filme de Steven Seagal. Depois do sucesso de "Nico - Acima da Lei", dois anos antes, a Warner entendeu que poderia ganhar muito com Seagal, em filmes com orçamentos mais enxutos e muita ação e pancadaria, tudo para cair no gosto do público consumidor desse tipo de filme. A aposta foi certeira. Essas fitas não eram grandes sucessos de bilheteria nos cinemas mas no mercado de vídeo VHS geravam muito dinheiro pois o público mais popular sempre as procuravam para locação. "Hard to Kill" não foge muito da fórmula dos filmes de ação da década anterior (dos anos 1980) e de certa forma é até mesmo uma simplificação do estilo daqueles filmes. Mesmo assim é o produto ideal para um determinado nicho do mercado. O grande destaque do elenco vem com a presença da (ainda) bonita Kelly LeBrock. Considerada um dos símbolos sexuais daquela época ela empresta muito charme ao estilo mais violento e cru do filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hard to Kill
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Bruce Malmuth
Roteiro: Steven McKay
Elenco: Steven Seagal, Kelly LeBrock, William Sadler
Sinopse:
Mason Storm (Steven Seagal) é um tira durão que prefere seguir o estilo "lobo solitário", resolvendo ele mesmo todos os casos que lhe caem nas mãos. Após uma invasão em sua casa, sua mulher é assassinada por um grupo de criminosos. Mason ainda tenta impedir o crime, mas é brutalmente espancado. Após passar vários anos em coma ele finalmente retorna à vida para acertar contas com os assassinos. Todas as pistas apontam para um importante político que resolveu riscar Mason do mapa após ele encontrar provas de sua corrupção.
Comentários:
Segundo filme de Steven Seagal. Depois do sucesso de "Nico - Acima da Lei", dois anos antes, a Warner entendeu que poderia ganhar muito com Seagal, em filmes com orçamentos mais enxutos e muita ação e pancadaria, tudo para cair no gosto do público consumidor desse tipo de filme. A aposta foi certeira. Essas fitas não eram grandes sucessos de bilheteria nos cinemas mas no mercado de vídeo VHS geravam muito dinheiro pois o público mais popular sempre as procuravam para locação. "Hard to Kill" não foge muito da fórmula dos filmes de ação da década anterior (dos anos 1980) e de certa forma é até mesmo uma simplificação do estilo daqueles filmes. Mesmo assim é o produto ideal para um determinado nicho do mercado. O grande destaque do elenco vem com a presença da (ainda) bonita Kelly LeBrock. Considerada um dos símbolos sexuais daquela época ela empresta muito charme ao estilo mais violento e cru do filme.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de outubro de 2014
Hamlet
Título no Brasil: Hamlet
Título Original: Hamlet
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Canal+, Carolco Pictures, Icon Entertainment
Direção: Franco Zeffirelli
Roteiro: Christopher De Vore
Elenco: Mel Gibson, Glenn Close, Alan Bates, Paul Scofield, Ian Holm, Helena Bonham Carter
Sinopse:
Hamlet (Mel Gibson) é um príncipe dinamarquês medieval que descobre que seu pai foi morto de forma covarde por uma conspiração palaciana liderada por seu próprio tio, para obter com o crime o trono para si. Agora Hamlet, em profunda crise existencial, resolve partir para a vingança contra todos os traidores e assassinos da corte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Também indicado ao BAFTA Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Alan Bates).
Comentários:
No começo dos anos 1990, contrariando todas as expectativas, o ator Mel Gibson resolveu ousar como nunca em sua carreira. Deixou os filmes de ação de lado e abraçou a ideia de interpretar o personagem Hamlet de William Shakespeare no cinema. Conforme esclareceu na época, Gibson queria mesmo era criar um vínculo de aproximação entre o texto clássico e a juventude, que naqueles tempos formava a grande massa de seus admiradores. A intenção como se pode ver, foi realmente muito boa, mas todos se perguntavam se alguma coisa boa poderia sair disso! A boa notícia é que sim, essa versão moderna de "Hamlet" em momento algum decepciona. O diretor Franco Zeffirelli foi bastante inteligente para não deixar tudo apenas nas costas de Gibson e resolveu colocar ao seu lado grandes atores e atrizes com formação teatral clássica. Isso acabou compensando qualquer deslize ou problema maior em recitar um texto tão rico nas telas. Outro ponto positivo, que sempre me chamou bastante a atenção, foi a delicada e discreta direção de arte. Cenários e figurinos medievais que jamais assumem uma posição de superioridade sobre o texto, que é afinal de contas a grande força desse enredo único e maravilhoso. Curiosamente Gibson acabou tendo atritos com Zeffirelli no set de filmagens, talvez por já ter naquela época um lado diretor que começava a despontar e aflorar. Anos depois chegou ao ponto de fazer pouco do trabalho de Franco Zeffirelli ao afirmar que havia se tornado diretor após trabalhar com ele. "Se um cara como esse dirige filmes, por que não eu?" - brincou. Desavenças à parte, temos que reconhecer que um dos trunfos dessa adaptação vem justamente das decisões acertadas do diretor italiano. Uma pequena obra prima dos anos 90 que merece passar por uma nova avaliação que reconheça seus méritos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hamlet
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Canal+, Carolco Pictures, Icon Entertainment
Direção: Franco Zeffirelli
Roteiro: Christopher De Vore
Elenco: Mel Gibson, Glenn Close, Alan Bates, Paul Scofield, Ian Holm, Helena Bonham Carter
Sinopse:
Hamlet (Mel Gibson) é um príncipe dinamarquês medieval que descobre que seu pai foi morto de forma covarde por uma conspiração palaciana liderada por seu próprio tio, para obter com o crime o trono para si. Agora Hamlet, em profunda crise existencial, resolve partir para a vingança contra todos os traidores e assassinos da corte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Também indicado ao BAFTA Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Alan Bates).
Comentários:
No começo dos anos 1990, contrariando todas as expectativas, o ator Mel Gibson resolveu ousar como nunca em sua carreira. Deixou os filmes de ação de lado e abraçou a ideia de interpretar o personagem Hamlet de William Shakespeare no cinema. Conforme esclareceu na época, Gibson queria mesmo era criar um vínculo de aproximação entre o texto clássico e a juventude, que naqueles tempos formava a grande massa de seus admiradores. A intenção como se pode ver, foi realmente muito boa, mas todos se perguntavam se alguma coisa boa poderia sair disso! A boa notícia é que sim, essa versão moderna de "Hamlet" em momento algum decepciona. O diretor Franco Zeffirelli foi bastante inteligente para não deixar tudo apenas nas costas de Gibson e resolveu colocar ao seu lado grandes atores e atrizes com formação teatral clássica. Isso acabou compensando qualquer deslize ou problema maior em recitar um texto tão rico nas telas. Outro ponto positivo, que sempre me chamou bastante a atenção, foi a delicada e discreta direção de arte. Cenários e figurinos medievais que jamais assumem uma posição de superioridade sobre o texto, que é afinal de contas a grande força desse enredo único e maravilhoso. Curiosamente Gibson acabou tendo atritos com Zeffirelli no set de filmagens, talvez por já ter naquela época um lado diretor que começava a despontar e aflorar. Anos depois chegou ao ponto de fazer pouco do trabalho de Franco Zeffirelli ao afirmar que havia se tornado diretor após trabalhar com ele. "Se um cara como esse dirige filmes, por que não eu?" - brincou. Desavenças à parte, temos que reconhecer que um dos trunfos dessa adaptação vem justamente das decisões acertadas do diretor italiano. Uma pequena obra prima dos anos 90 que merece passar por uma nova avaliação que reconheça seus méritos.
Pablo Aluísio.
Alta Tensão
Título no Brasil: Alta Tensão
Título Original: Bird on a Wire
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Badham
Roteiro: Louis Venosta, Eric Lerner
Elenco: Mel Gibson, Goldie Hawn, David Carradine, Bill Duke
Sinopse:
Rick Jarmin (Mel Gibson) entra no Programa de proteção de testemunhas do FBI após testemunhar contra um poderoso chefão do narcotráfico, Eugene Sorenson (David Carradine). Quinze anos depois ele acaba encontrando por mero acaso com sua antiga noiva, Marianne Graves (Goldie Hawn), em um posto de gasolina. Ela pensara durante todos esses anos que ele tinha morrido em um acidente de avião. O reencontro acaba virando a vida de Rick de ponta cabeça, já que os criminosos só querem mesmo a chance de encontrá-lo novamente para um acerto de contas.
Comentários:
Uma divertida bobagem que uniu o astro dos filmes de ação Mel Gibson com a comediante gracinha Goldie Hawn! A fórmula parecia atrativa para a Universal e assim o filme foi realizado, meio a toque de caixa, com orçamento enxuto, logo após o grande sucesso de Gibson, "Máquina Mortífera II". O fato é que estúdio tinha faturado bem com a mesma Goldie Hawn em filmes que investiam em comédia e ação. Na maioria deles ela havia estrelado ao lado do maridão Kurt Russell. Ele era um ator até bem popular na década de 1980, mas não poderia ser comparado ao furacão Mel Gibson nas bilheterias. Assim o roteiro que foi inicialmente escrito para ser estrelado pelo casal acabou sendo oferecido a Gibson. A produção seria lançada após o verão americano, considerado o mais concorrido e comercial da temporada, só para manter o nome do ator em voga, enquanto ele não surgia em outro blockbuster. O resultado acabou sendo melhor do que o esperado. O filme que custou meros vinte milhões de dólares ultrapassou os 100 milhões em bilheteria em poucas semanas, comprovando que Mel Gibson vivia de fato a época de ouro de sua carreira cinematográfica. Como convém naquela época o roteiro mesclava explosões e cenas de ação com piadinhas engraçadinhas. Revisto hoje em dia a coisa toda ficou bem datada, mas não deixa de ainda divertir, principalmente para os saudosistas daqueles tempos passados.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bird on a Wire
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Badham
Roteiro: Louis Venosta, Eric Lerner
Elenco: Mel Gibson, Goldie Hawn, David Carradine, Bill Duke
Sinopse:
Rick Jarmin (Mel Gibson) entra no Programa de proteção de testemunhas do FBI após testemunhar contra um poderoso chefão do narcotráfico, Eugene Sorenson (David Carradine). Quinze anos depois ele acaba encontrando por mero acaso com sua antiga noiva, Marianne Graves (Goldie Hawn), em um posto de gasolina. Ela pensara durante todos esses anos que ele tinha morrido em um acidente de avião. O reencontro acaba virando a vida de Rick de ponta cabeça, já que os criminosos só querem mesmo a chance de encontrá-lo novamente para um acerto de contas.
Comentários:
Uma divertida bobagem que uniu o astro dos filmes de ação Mel Gibson com a comediante gracinha Goldie Hawn! A fórmula parecia atrativa para a Universal e assim o filme foi realizado, meio a toque de caixa, com orçamento enxuto, logo após o grande sucesso de Gibson, "Máquina Mortífera II". O fato é que estúdio tinha faturado bem com a mesma Goldie Hawn em filmes que investiam em comédia e ação. Na maioria deles ela havia estrelado ao lado do maridão Kurt Russell. Ele era um ator até bem popular na década de 1980, mas não poderia ser comparado ao furacão Mel Gibson nas bilheterias. Assim o roteiro que foi inicialmente escrito para ser estrelado pelo casal acabou sendo oferecido a Gibson. A produção seria lançada após o verão americano, considerado o mais concorrido e comercial da temporada, só para manter o nome do ator em voga, enquanto ele não surgia em outro blockbuster. O resultado acabou sendo melhor do que o esperado. O filme que custou meros vinte milhões de dólares ultrapassou os 100 milhões em bilheteria em poucas semanas, comprovando que Mel Gibson vivia de fato a época de ouro de sua carreira cinematográfica. Como convém naquela época o roteiro mesclava explosões e cenas de ação com piadinhas engraçadinhas. Revisto hoje em dia a coisa toda ficou bem datada, mas não deixa de ainda divertir, principalmente para os saudosistas daqueles tempos passados.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de outubro de 2014
Feitiço do Tempo
Título no Brasil: Feitiço do Tempo
Título Original: Groundhog Day
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Danny Rubin, Harold Ramis
Elenco: Bill Murray, Andie MacDowell, Chris Elliott
Sinopse:
Phil (Bill Murray) é um repórter que sua emissora de TV envia para cobrir o chamado "Dia da Marmota", uma daquelas tradições culturais que não fazem o menor sentido no meio oeste americano. A reportagem é das mais chatas e enfadonhas possíveis e Phil não tem o menor interesse em cobrir o evento. Para sua completa surpresa porém algo acaba saindo errado e ele começa a acordar todos os dias no mesmo exato momento de sua vida, repetindo tudo outra vez, sempre que abre os olhos pela manhã. Filme vencedor na categoria de Melhor Roteiro no BAFTA Awards.
Comentários:
"Groundhog Day" foi muito elogiado em seu lançamento. Ninguém esperava um roteiro tão bem construído em uma comédia dita de rotina na carreira de Bill Murray. De fato é um dos mais bem bolados textos que o ator já trabalhou (e olha que ele faria muitos filmes interessantes ao longo de sua trajetória artística nos anos seguintes). É importante também avisar ao espectador menos atento que terá que encarar um filme sui generis pela frente, bem fora dos padrões convencionais, onde o texto vai se construindo e se desenvolvendo em cima de um mesmo dia básico, no qual várias nuances das personalidades dos personagens vão aparecendo. O jornalista Phil, por exemplo, começa a aprender com seus erros, assim quando comete um erro em um dia, tenta se adaptar, se comportando de maneira diferente no dia seguinte - e para sua surpresa muitas vezes percebendo que as coisas também não dão certo mesmo quando ele se comporta de uma maneira diferente! O diretor e ator Harold Ramis, que assina a direção, morreu precocemente, em fevereiro último, e todas as notícias de sua morte procuraram lembrar desse seu excelente momento no cinema, como cineasta. Ele prova que foi muito mais do que apenas o Dr. Egon Spengler da franquia "Os Caça-Fantasmas", pois era, além de um ótimo ator de comédias, também um roteirista talentoso e um diretor mais do que promissor. Assim deixo a dica desse filme que mostra acima de tudo que, no final das contas, o que realmente conta em um filme é o seu bom roteiro.
Pablo Aluísio.
Título Original: Groundhog Day
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Danny Rubin, Harold Ramis
Elenco: Bill Murray, Andie MacDowell, Chris Elliott
Sinopse:
Phil (Bill Murray) é um repórter que sua emissora de TV envia para cobrir o chamado "Dia da Marmota", uma daquelas tradições culturais que não fazem o menor sentido no meio oeste americano. A reportagem é das mais chatas e enfadonhas possíveis e Phil não tem o menor interesse em cobrir o evento. Para sua completa surpresa porém algo acaba saindo errado e ele começa a acordar todos os dias no mesmo exato momento de sua vida, repetindo tudo outra vez, sempre que abre os olhos pela manhã. Filme vencedor na categoria de Melhor Roteiro no BAFTA Awards.
Comentários:
"Groundhog Day" foi muito elogiado em seu lançamento. Ninguém esperava um roteiro tão bem construído em uma comédia dita de rotina na carreira de Bill Murray. De fato é um dos mais bem bolados textos que o ator já trabalhou (e olha que ele faria muitos filmes interessantes ao longo de sua trajetória artística nos anos seguintes). É importante também avisar ao espectador menos atento que terá que encarar um filme sui generis pela frente, bem fora dos padrões convencionais, onde o texto vai se construindo e se desenvolvendo em cima de um mesmo dia básico, no qual várias nuances das personalidades dos personagens vão aparecendo. O jornalista Phil, por exemplo, começa a aprender com seus erros, assim quando comete um erro em um dia, tenta se adaptar, se comportando de maneira diferente no dia seguinte - e para sua surpresa muitas vezes percebendo que as coisas também não dão certo mesmo quando ele se comporta de uma maneira diferente! O diretor e ator Harold Ramis, que assina a direção, morreu precocemente, em fevereiro último, e todas as notícias de sua morte procuraram lembrar desse seu excelente momento no cinema, como cineasta. Ele prova que foi muito mais do que apenas o Dr. Egon Spengler da franquia "Os Caça-Fantasmas", pois era, além de um ótimo ator de comédias, também um roteirista talentoso e um diretor mais do que promissor. Assim deixo a dica desse filme que mostra acima de tudo que, no final das contas, o que realmente conta em um filme é o seu bom roteiro.
Pablo Aluísio.
Os Fantasmas Contra Atacam
Título no Brasil: Os Fantasmas Contra Atacam
Título Original: Scrooged
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Richard Donner
Roteiro: Mitch Glazer, Michael O'Donoghue
Elenco: Bill Murray, Karen Allen, John Forsythe
Sinopse:
Frank Cross (Bill Murray) é um sujeito desprezível. Rico, executivo de TV, ele pouco está ligando para o sentimento das outras pessoas. Extremamente cínico, acredita que o espírito de natal é realmente uma grande bobagem, feita única e exclusivamente para turbinar as vendas no final de ano. Sua vida porém dá uma guinada completa quando ele recebe a visita de três espíritos natalinos, que vão mostrar a ele o verdadeiro sentimento que se deve preservar nessa época do ano.
Comentários:
Mais uma adaptação do famoso e consagrado "A Christmas Carol" de Charles Dickens. Em algum momento de sua vida você muito provavelmente já assistiu a algum filme que se utilizou desse livro como base. Basta lembrar do mais recente "Os Fantasmas de Scrooge" com Jim Carrey ou até mesmo do clássico "A Felicidade Não Se Compra" de 1946, com James Stewart. Confesso que há muitos anos não revejo o filme. Na verdade em minha memória seletiva de cinéfilo essa produção me marcou por um motivo bem particular. A vi pela primeira vez ainda nos tempos do VHS (em plena década de 80). Na ocasião acabei pegando uma forte gripe que me deixou literalmente nocauteado. Depois, na alta madrugada, acordei e resolvi assistir ao filme, pois não havia mais nada para fazer, para matar o tempo. Era véspera de natal e o enredo de "Scrooged" se encaixou perfeitamente para a ocasião. Aqui há dois destaques que chamam a atenção. O primeiro é a maquiagem, muito bem realizada e que foi inclusive indicada ao Oscar. Os efeitos especiais também são excelentes, principalmente para uma época em que ainda não havia o pleno desenvolvimento da computação gráfica. Segundo, o filme foi dirigido pelo cineasta Richard Donner que nunca se notabilizou por ter focado sua carreira em comédias, mas sim em filmes de ação e ficção. E por falar em humor, Bill Murray colhendo os frutos do sucesso de "Os Caça-Fantasmas", se sai muito bem em seu personagem, com doses certas de humor e dramaticidade, provando que era um ator capaz de segurar um filme sozinho. Enfim, eis uma boa pedida para a próxima noite do natal.
Pablo Aluísio.
Título Original: Scrooged
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Richard Donner
Roteiro: Mitch Glazer, Michael O'Donoghue
Elenco: Bill Murray, Karen Allen, John Forsythe
Sinopse:
Frank Cross (Bill Murray) é um sujeito desprezível. Rico, executivo de TV, ele pouco está ligando para o sentimento das outras pessoas. Extremamente cínico, acredita que o espírito de natal é realmente uma grande bobagem, feita única e exclusivamente para turbinar as vendas no final de ano. Sua vida porém dá uma guinada completa quando ele recebe a visita de três espíritos natalinos, que vão mostrar a ele o verdadeiro sentimento que se deve preservar nessa época do ano.
Comentários:
Mais uma adaptação do famoso e consagrado "A Christmas Carol" de Charles Dickens. Em algum momento de sua vida você muito provavelmente já assistiu a algum filme que se utilizou desse livro como base. Basta lembrar do mais recente "Os Fantasmas de Scrooge" com Jim Carrey ou até mesmo do clássico "A Felicidade Não Se Compra" de 1946, com James Stewart. Confesso que há muitos anos não revejo o filme. Na verdade em minha memória seletiva de cinéfilo essa produção me marcou por um motivo bem particular. A vi pela primeira vez ainda nos tempos do VHS (em plena década de 80). Na ocasião acabei pegando uma forte gripe que me deixou literalmente nocauteado. Depois, na alta madrugada, acordei e resolvi assistir ao filme, pois não havia mais nada para fazer, para matar o tempo. Era véspera de natal e o enredo de "Scrooged" se encaixou perfeitamente para a ocasião. Aqui há dois destaques que chamam a atenção. O primeiro é a maquiagem, muito bem realizada e que foi inclusive indicada ao Oscar. Os efeitos especiais também são excelentes, principalmente para uma época em que ainda não havia o pleno desenvolvimento da computação gráfica. Segundo, o filme foi dirigido pelo cineasta Richard Donner que nunca se notabilizou por ter focado sua carreira em comédias, mas sim em filmes de ação e ficção. E por falar em humor, Bill Murray colhendo os frutos do sucesso de "Os Caça-Fantasmas", se sai muito bem em seu personagem, com doses certas de humor e dramaticidade, provando que era um ator capaz de segurar um filme sozinho. Enfim, eis uma boa pedida para a próxima noite do natal.
Pablo Aluísio.
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