quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Saigon - Império da Violência
Título Original: Off Limits
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Christopher Crowe
Roteiro: Christopher Crowe, Jack Thibeau
Elenco: Willem Dafoe, Gregory Hines, Fred Ward
Sinopse:
Dois investigadores do exército americano começam a caçar um psicopata, serial killer de prostitutas vietnamitas em plena guerra do Vietnã! O que começa como uma investigação sem maiores desdobramentos logo se revela bem mais complexa do que se imaginava. Enredo baseado em fatos reais.
Comentários:
Na época de lançamento desse filme muitos reclamaram do absurdo moralismo do roteiro. Explica-se. Como justificar tanto empenho por parte de dois militares americanos em encontrar um serial killer americano que matava mulheres vietnamitas enquanto as próprias tropas americanas faziam picadinho dos inimigos nas selvas do Vietnã? Era ou não uma contradição absurda? Há uma certa dose de ironia na situação mas não acho que deponha contra o filme em si, já que eram duas situações diversas, embora na prática saibamos que nada é tão diferente assim. Em termos gerais é um bom filme policial (sim, policial, já que embora se passa na guerra se trata mesmo de uma investigação de natureza policial de fato). No final das contas quem segura as pontas e leva o filme literalmente nas costas é o talento maravilhoso do sempre subestimado Willem Dafoe que aqui interpreta o personagem Buck McGriff! Ele, assim como seu papel na trama, entrou de corpo e alma na produção. Grande atuação que merece ser redescoberta.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
No Olho do Tornado
Título Original: Into the Storm
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Steven Quale
Roteiro: John Swetnam
Elenco: Richard Armitage, Sarah Wayne Callies, Matt Walsh
Sinopse:
Numa pacata cidade do meio oeste americano um grupo de moradores acaba tendo que enfrentar o maior tornado da história, um encontro muito raro de tornados menores que se unem em uma tempestade de proporções gigantescas com consequências e efeitos totalmente imprevisíveis. Filme vencedor do prêmio Golden Trailer Awards na categoria Melhor Edição de Som.
Comentários:
"Into the Storm" é aquele tipo de produção que só existe mesmo para desfilar na tela o que há de melhor em termos de efeitos digitais. Os personagens são todos rasos, sem complexidade, e o enredo é mero pretexto para preparar o público para o que está por vir - o maior tornado da história, capaz de levantar vários Boeings do chão ao mesmo tempo. Como linguagem cinematográfica o filme é parcialmente rodado no estilo mockumentary, ou seja, o espectador é levado a crer que está assistindo a filmagens amadoras, feitas por pessoas que acabaram cruzando por acaso com o terrível tornado gigantesco. Com apenas 70 minutos de duração e ação desenfreada, o filme é um típico representante do cinema chiclete dos dias atuais, uma produção ideal para ser exibida em salas comerciais de shopping centers pelo mundo afora. Roteiro fácil de seguir, elenco desconhecido, mas toneladas de efeitos especiais de última geração. O curioso é que no final de tudo você fica com a sensação de ter visto um enorme pastel de vento, mas que não consegue lhe deixar zangado ou aborrecido por ter perdido seu tempo. Vai entender uma coisa dessas...
Pablo Aluísio.
Curtindo a Liberdade
Título Original: Chasing Liberty
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Andy Cadiff
Roteiro: Derek Guiley, David Schneiderman
Elenco: Mandy Moore, Matthew Goode, Mark Harmon
Sinopse:
Tudo o que sonha Anna Foster (Mandy Moore) é ter uma vida normal. Como filha do presidente dos Estados Unidos porém isso é muito complicado. Cercada de segurança 24 horas por dia ela decide fugir ao lado de Ben Calder. O que ela não imagina é que ele é na verdade um agente secreto disfarçado para manter sua integridade física. Na viagem ela se apaixona por ele, sem saber seu grande segredo.
Comentários:
Bobeirinha romântica para o público teen (adolescente). No geral nada de muito significativo a não ser o carisma da estrelinha Mandy Moore de "Um Amor Para Recordar", "Era Tudo Que Eu Queria" e "Meu Novo Amor", todas fitinhas que seguem o mesmo caminho dessa aqui. Em termos de elenco o único nome que destacaria, fora ela, seria o ator Mark Harmon, que também começou a carreira em comédias bobinhas dos anos 80 como a inesquecível bobagem repetida mil vezes na Sessão da Tarde "Curso de Férias" (ou "Curso de Verão"), onde interpretava aquele professor de educação física chamado Freddy Shoop que tinha que lidar com um grupo de alunos completamente ineptos durante as férias. Então é isso, "Chasing Liberty" é um filminho para ver numa tarde entediada de sábado e depois esquecer completamente de sua existência - como aliás convém a esse tipo de filme.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Sob Fogo Cerrado
Título Original: Under Fire
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Roger Spottiswoode
Roteiro: Clayton Frohman
Elenco: Nick Nolte, Ed Harris, Gene Hackman
Sinopse:
Três jornalistas americanos acabam se envolvendo em um perigoso jogo de vida e morte durante os últimos dias do corrupto regime de Anastasio Somoza, em uma Nicarágua prestes a passar por uma violenta revolução socialista no ano de 1979. Filme baseado em fatos históricos reais. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Trilha Sonora (Jerry Goldsmith). Indicado também ao Globo de Ouro nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Gene Hackman) e Melhor Trilha Sonora.
Comentários:
Dentro da vasta e importante filmografia do ator Gene Hackman esse é sem dúvida uma participação menor. O curioso é que ele acabou aceitando um mero papel coadjuvante em uma fase particularmente bem sucedida de sua carreira. O filme soa apenas ok ao ser revisto hoje em dia. Apesar de se passar em um período politicamente muito conturbado, quando o poder na Nicarágua caiu em mãos de um regime mais radical, o filme prefere investir mais na consciência pessoal do personagem de Russel Price interpretado por Nick Nolte. Ele é um profissional, um jornalista que acaba registrando tudo o que acontece ao seu redor, mas sem tomar partido entre rebeldes e governo. Aos poucos porém ele começa a presenciar a brutalidade do conflito, entendendo finalmente que naquele momento histórico em especial não havia um lado certo ou errado, pois se inicialmente tinha simpatizado com a causa rebelde e revolucionária, logo entende que ambos os lados na verdade se apóiam em pura violência e terror. No final das contas "Under Fire" se sobressai por ter um bom roteiro, amparado por um elenco acima de média.
Pablo Aluísio.
Muito Mais Que um Crime
Título Original: Music Box
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Costa-Gavras
Roteiro: Joe Eszterhas
Elenco: Jessica Lange, Armin Mueller-Stahl, Frederic Forrest
Sinopse:
Jovem e brilhante advogada (Jessica Lange) se sente ultrajada quando seu velho pai, um imigrante húngaro nos Estados Unidos, é acusado de terríveis crimes de guerra ocorridos em seu país natal, durante a Segunda Guerra Mundial. Convencida de que ele é um inocente, parte para sua defesa no tribunal, mas para seu espanto completo começa a perceber que todos os crimes que recaem sobre o passado de seu querido pai podem ser verdadeiros. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Atriz (Jessica Lange). Também indicado na mesma categoria ao Globo de Ouro. Vencedor do Urso de Ouro no Berlin International Film Festival.
Comentários:
Um dos mais brilhantes trabalhos do genial cineasta grego Costa-Gavras. Aqui ele disseca psicologicamente todos os seus personagens, mostrando com um talento extremo como todas as pessoas podem ser complexas do ponto de vista psicológico. Sua personagem principal, a advogada interpretada por Jessica Lange, acaba conhecendo em camadas uma faceta de seu pai que jamais pensaria existir. Costa-Gavras assim manipula a visão simplista que muitos cultivam da realidade, mostrando que sob uma fachada de aparente normalidade pode se esconder uma coleção de terríveis segredos e crimes do passado. Por sua percepção única da personalidade intrínseca de cada ser humano o diretor acabou sendo premiado no Festival de Berlim, um prêmio aliás completamente merecido pois sua técnica de revelação em sombras que vai se desenvolvendo no decorrer do filme é algo realmente sublime, de extremo bom gosto e talento. Uma dissecação como poucas vezes vista da alma humana em celulóide. Obra Prima do cinema, sem favor algum.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Elvis
A despeito de tudo isso porém "Elvis" não é tão mal. Claro que há omissões, falhas, erros históricos e tudo mais. Além disso é incompleto pois o roteiro só enfoca até o famoso programa de Presley na NBC. Nada é mostrado de seus anos finais, de sua volta em Las Vegas e de tudo o que aconteceu na década de 1970 (algo imperdoável para muitos fãs - ainda mais hoje em dia já que essa parece ser a década preferida de considerável parcela do fã clube atual do astro). A caracterização de Jonathan Rhys Meyers tem altos e baixos. Em certos momentos ele se sai bem para em outros cair na mais ridícula caricatura. Alguns personagens importantes não ganharam o devido destaque, assim como pessoas secundárias em sua vida receberam tratamento além do razoável. A verdade pura e simples é que essa série recebeu apoio especial da empresa que controla os direitos de Elvis hoje em dia e isso significa que muita coisa foi manipulada em termos de script e argumento. No fritar dos ovos vale como curiosidade apenas, principalmente para quem é mais envolvido com a música, a história e os produtos ligados ao Elvis real. Não foi dessa vez que o Rei do Rock ganhou sua biografia definitiva nas telas. Vamos aguardar que um dia isso aconteça.
Elvis (Elvis, Estados Unidos, 2005) Direção: James Steven Sadwith / Roteiro: Patrick Sheane Duncan / Elenco: Jonathan Rhys Meyers, Randy Quaid, Rose McGowan, Tim Guinee, Antonia Bernath, Robert Patrick, Camryn Manheim / Sinopse: "Elvis" conta a história do famoso cantor norte-americano que revolucionou a música mundial na década de 1950. Considerado o Rei do Rock foi figura de ponta no surgimento da mais popular gênero musical do século XX.
Pablo Aluísio.
sábado, 30 de agosto de 2014
Malcolm X
Título Original: Malcolm X
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Spike Lee
Roteiro: Alex Haley
Elenco: Denzel Washington, Angela Bassett, Delroy Lindo
Sinopse:
Cinebiografia do líder e ativista negro Malcolm X, mostrando aspectos de sua biografia que vão desde os primeiros anos quando acabou indo parar numa prisão onde sofreu todos os tipos de preconceito, até seu envolvimento com o Islamismo, suas viagens à Árabia Saudita e sua forma de tentar equilibrar o eterno conflito entre negros e brancos dentro dos Estados Unidos. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Ator (Denzel Washington) e Melhor Figurino. Indicado ao Globo de Ouro e vencedor do Berlin International Film Festival também na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).
Comentários:
Os recentes acontecimentos ocorridos numa cidade americana após a morte de um jovem negro por policiais deu origem a uma série de protestos violentos por parte da comunidade negra da região. Isso me fez lembrar imediatamente desse filme, "Malcolm X", biografia de um líder negro que pregava a luta contra o preconceito racial utilizando-se de todos os meios possíveis (inclusive da violência). Malcolm X era assim o extremo oposto do grande Martin Luther King Jr, que pregava a resistência pacífica contra os movimentos racistas do sul. Se ideologicamente Malcolm X era bastante equivocado - como a própria história provaria anos depois - cinematograficamente não há como negar que esse seja de fato um grande filme. Se você ainda nutre alguma dúvida sobre o talento do ator Denzel Washington sugiro que procure assistir a esse seu trabalho de atuação que é extremamente bem realizado, digno de todas as indicações e prêmios que recebeu. Denzel traz para sua caracterização todo o ódio e raiva incontidas que eram as marcas psicológicas do líder negro. Some-se a isso um roteiro extremamente bem escrito que tenta desvendar as origens do pensamento de Malcolm X. Ao final, quando tudo é consumado, de forma inclusive bastante violenta, fica a mensagem de que violência apenas gera ainda mais violência. Nunca será o caminho para tentar reconciliar pessoas e superar desavenças históricas, culturais ou raciais.
Pablo Aluísio.
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Título Original: Harry Potter and the Prisoner of Azkaban
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alfonso Cuarón
Roteiro: Steve Kloves, baseado na obra de J.K. Rowling
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Gary Oldman, Alan Rickman, Emma Thompson, Maggie Smith, Julie Christie
Sinopse:
Harry Potter (Daniel Radcliffe) retorna para Hogwarts, em seu terceiro ano na famosa escola de bruxos e magos. Agora terá que lidar com uma nova ameaça, após a fuga do assassino Sirius Black (Gary Oldman) da prisão de Azkaban. O objetivo do criminoso foragido e encontrar Potter para um desafio de vida ou morte. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Trilha Sonora (John Williams) e Melhores Efeitos Especiais. Também indicado a nove prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, entre eles Melhor Filme de Fantasia, Direção e Ator Coadjuvante (Gary Oldman).
Comentários:
Considero um dos melhores filmes da franquia Harry Potter. Isso se deve muito ao elenco e à direção que foi entregue ao talentoso Alfonso Cuarón (cineasta mexicano que havia se destacado por dirigir, entre outros, "Grandes Esperanças", sendo que recentemente foi destaque por ter realizado o que para muitos é sua maior obra prima, "Gravidade"). Além da direção diferenciada e caprichada, essa produção contou ainda com um time de atores coadjuvantes de primeira linha, a começar por Gary Oldman (deitando e rolando como Sirius Black), Emma Thompson (que aceitou interpretar a professora Sybil Trelawney para impressionar sua filhinha de apenas quatro anos, fã assumida de Harry Potter) e Julie Christie (para quem não sabe, um mito da era de ouro do cinema americano, a eterna Lara de "Dr. Jivago", aqui dando vida a uma personagem meramente secundária, Madame Rosmerta). Outro destaque do elenco vem da estréia do ator Michael Gambon na pele do mago Albus Dumbledore. Ele assumiu o papel após a morte de Richard Harris, falecido em 2002 após concluir sua participação em "Harry Potter e a Câmara Secreta". Além desses ótimos atores e atrizes em cena, o filme ainda se destaca pela excelente direção de arte e pela trama, uma das melhores escritas por J.K. Rowling. Enfim, realmente se tivesse que escolher o melhor filme da franquia pensaria seriamente em apontar para esse, onde todas as peças parecem estar no lugar certo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Divergente
Título no Brasil: Divergente
Título Original: Divergent
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Neil Burger
Roteiro: Evan Daugherty, baseado na obra de Veronica Roth
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet
Sinopse:
Cem anos após uma guerra que praticamente devastou o mundo civilizado, uma pequena população sobrevive nas ruínas da velha Chicago. Os grandes lagos ao redor secaram e a cidade é protegida por fortes muralhas. Para evitar novos conflitos as pessoas agora são separadas por facções, verdadeiras castas, que determinam o papel que cada um deve exercer dentro da sociedade.
Comentários:
Bastam poucos minutos de exibição para você se conscientizar que está na presença de mais um daqueles filmes feitos especialmente para o público adolescente. Com ecos de "Harry Potter" e "Jogos Vorazes" esse "Divergente" não consegue se mostrar nem um pouco original. O pior de tudo é que você precisa aceitar coisas que no mundo real não fariam o menor sentido. Por exemplo, como a sociedade está dividida em castas sociais, a mocinha do filme vai parar naquela que ela considera a mais legal existente, a dos "audaciosos". O problema é que se formos analisar bem aquelas pessoas não demorará muito para acharmos todos eles uns idiotas, do tipo que saltam de trens em alta velocidade, pulam em buracos de laje e coisas do tipo. Sinceramente, é na mão de sujeitos como esses que a segurança do mundo no futuro está? Se for, estamos mesmo todos perdidos, sem exceção. Esse aliás é o ponto focal que determina a posição do filme em um certo nicho que só agradará mesmo aos mais jovens.
Afinal só mesmo os adolescentes acharão aquele tipo de coisa como algo legal ou maneiro. Se o argumento vai logo para o buraco pelo menos podemos torcer pela jovem atriz Shailene Woodley, a mesma do sucesso "A Culpa é das Estrelas". Não a considerei muito adequada para esse papel pois me deixou a impressão que ela quis seguir os passos da colega Jennifer Lawrence (de "Jogos Vorazes") pois está até mesmo fisicamente parecida com ela. Em minha opinião Woodley deveria procurar outros caminhos mais interessantes em sua carreira, justamente agora que vem se tornando mais popular. Mesmo assim ela acaba sendo a única razão para seguir em frente com essa bobagem futurista teen. Se não fosse seu carisma tenho certeza que teria largado o filme com menos de 30 minutos de duração, tamanha a sua falta de novas ideias. E por falar em duração temos aqui mais um daqueles filmes que parecem não acabar nunca... longo demais... E o que a talentosa Kate Winslet está fazendo no meio dessa garotada? Ficou parecendo uma tiazona chata e aborrecida que aparece de vez em quando para pagar mico. E pensar que a Kate já fez filmes maravilhosos na carreira, será que está com falta de ofertas para fazer filmes relevantes? Pois é, a idade chega para todos um dia...
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Mad Max - Além da Cúpula do Trovão
Título Original: Mad Max Beyond Thunderdome
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Warner Bros
Direção: George Miller, George Ogilvie
Roteiro: Terry Hayes, George Miller
Elenco: Mel Gibson, Tina Turner, Bruce Spence
Sinopse:
Terceiro e último filme da franquia original Mad Max. Agora o ex-patrulheiro Mad Max Rockatansky (Mel Gibson) precisa enfrentar novos desafios em um mundo pós-apocalíptico, em especial crianças que vivem numa tribo selvagem no meio do deserto e uma monarca sanguinária e cruel com os seus inimigos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original ("We Don't Need Another Hero" por Tina Turner). Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme de Ficção, Direção, Roteiro e Figurino.
Comentários:
Esse foi o mais caro e dispendioso "Mad Max". Ok, a franquia é mundialmente aclamada desde os anos 80, mas vamos ser bem sinceros, os dois primeiros filmes são bem precários em termos de produção e orçamento. O primeiro Mad Max é quase um filme amador rodado pelas estradas mais desertas da Austrália. Realizado com um orçamento mínimo só virou um cult por causa da força do mercado de vídeo que nascia naquele momento nos Estados Unidos. O segundo sem dúvida era muito melhor, mais bem produzido, porém em nada comparável com essa super produção. Agora o curioso é que "Mad Max Beyond Thunderdome" foi criticado justamente por causa dos exageros de sua produção. Se antes faltava dinheiro, agora a sensação foi que exageraram na dose. Tudo é over, os figurinos, os cenários, a direção de arte. A cantora Tina Turner, um dos destaques do elenco, usa e abusa de uma peruca que parece ter sido roubada do armário de alguma drag queen. Mel Gibson também está mais maluco do que o habitual. Mesmo com o clima assumidamente kitsch, o filme ainda diverte bastante, principalmente se você for um fã nostálgico dos anos 80. Poucos filmes são tão a cara daquela década como esse aqui (só faltou o Michael Jackson e o Bruce Springsteen na trilha para o quadro ficar completo). Ligue a vitrola e se divirta o máximo que puder.
Pablo Aluísio.