Durante a II Guerra Mundial a marinha alemã se destacou por sua grande e poderosa frota de submarinos. Era de fato a espinha dorsal do reich nos mares. Após inúmeras operações um desses submarinos acaba ficando inoperante no Atlântico após ser severamente atacado por navios ingleses. Suas mensagens de socorro acabaram sendo interceptadas pelos serviços de inteligência dos aliados que imediatamente mandam um submarino americano ao local. A intenção é se fazer passar por alemães com o objetivo de colocar as mãos em uma máquina de códigos extremamente importante para as forças armadas inimigas. De posse da chamada “Enigma” os americanos poderiam a partir daí decifrar todos os códigos de ordem das operações militares envolvendo as forças alemãs, algo vital para vencer as tropas de Hitler nos campos de batalha.
Após assistir a “U-571 - A Batalha do Atlântico” não há outra conclusão. Se trata realmente de um dos melhores filmes de guerra mostrando operações navais de submarinos no cinema. Embora o filme não seja historicamente 100% correto, não há como negar que é uma produção excelente. Na época de seu lançamento houve de fato uma certa controvérsia envolvendo os veteranos ingleses que afirmaram que o papel dos americanos não tinha sido tão vital na operação como vemos no filme mas isso é o que menos importa ao espectador. Para quem procura um bom entretenimento o filme funciona excepcionalmente bem. O elenco é liderado por Matthew McConaughey. Hoje em dia ele estrela uma comédia romântica boba atrás da outra mas na época ainda era considerado um ator promissor. Ao seu lado se saem bem melhor Bill Paxton e Harvey Keitel. Particularmente gosto muito do estilo do diretor Jonathan Mostow. Ele tinha desenvolvido um trabalho maravilhoso com a série “Da Terra à Lua” na TV mas errou ao se envolver com a terceira parte da franquia “O Exterminador do Futuro” em um filme que acabou não agradando a ninguém. De uma forma ou outra fica a recomendação desse ótimo filme naval, que resgata uma das missões mais importantes de toda a segunda grande guerra mundial.
U-571 - A Batalha do Atlântico (U-571, Estados Unidos, 2000) Direção: Jonathan Mostow / Roteiro: Jonathan Mostow / Elenco: Matthew McConaughey, Bill Paxton, Harvey Keitel / Sinopse: Após ficar a deriva em alto-mar um submarino alemão vira o alvo de uma importante missão americana que procura colocar as mãos em uma máquina decodificadora de códigos que se encontra dentro dele.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
A Trilha
Para se realizar um bom filme de suspense psicológico não basta apenas reciclar velhos clichês. Essa é a conclusão que se chega após assistir a esse “A Trilha”. O filme tem no elenco a atriz e modelo Milla Jovovich da franquia “Resident Evil”. Ao seu lado surgem dois astros da TV, o comediante Steve Zahn (que está excelente na serie “Treme” da HBO) e Timothy Olyphant (que interpreta o agente federal durão Raylan Givens da boa série policial “Justified” do canal FX). Apesar dos nomes envolvidos não espere grande coisa de “A Trilha”. No enredo acompanhamos um casal de praticantes de esportes radicais (aventureiros de fim de semana como são chamados) que em lua de mel pelo Havaí acaba descobrindo da pior maneira que seguir trilhas adentro no meio da natureza envolvem muitos riscos, inclusive de segurança, já que bem no meio da aventura se deparam com psicopatas perigosos.
O roteiro usa e abusa de clichês que já conhecemos bem. Nem todos parecem ser o que aparentam e as cenas de tensão e terror se sucedem sem muita inspiração. Há muito apelo para o simples e puro mau gosto sensacionalista (afinal quem levaria a sério alguém que coleciona dentes?) e problemas de interpretação, com destaque para a inexpressiva Milla Jovovich que até hoje nunca convenceu em papel nenhum de sua carreira. E não seria em um filme raso desses que alcançaria sua redenção profissional. De bom se salva apenas o belo cenário do Havaí, que realmente é lindo, de encher os olhos. No mais nada de novo em cena. “A Trilha” foi dirigido por David Twohy, que já havia dado ao público Sci-fi os bons “Eclipse Mortal” e “A Batalha de Riddick” mas que ultimamente não tem acertado muito bem a mão (vide o fraco “Submersos”). Esse certamente é um de seus mais convencionais e decepcionantes filmes. Espero que volte ao bom caminho em sua próxima produção, “Riddick”, que está em fase de conclusão.
A Trilha (A Perfect Getaway, Estados Unidos, 2009) Direção: David Twohy / Roteiro: David Twohy / Elenco: Steve Zahn, Timothy Olyphant, Milla Jovovich / Sinopse: Casal em férias no Havaí acaba caindo nas mãos de terríveis psicopatas.
Pablo Aluísio.
O roteiro usa e abusa de clichês que já conhecemos bem. Nem todos parecem ser o que aparentam e as cenas de tensão e terror se sucedem sem muita inspiração. Há muito apelo para o simples e puro mau gosto sensacionalista (afinal quem levaria a sério alguém que coleciona dentes?) e problemas de interpretação, com destaque para a inexpressiva Milla Jovovich que até hoje nunca convenceu em papel nenhum de sua carreira. E não seria em um filme raso desses que alcançaria sua redenção profissional. De bom se salva apenas o belo cenário do Havaí, que realmente é lindo, de encher os olhos. No mais nada de novo em cena. “A Trilha” foi dirigido por David Twohy, que já havia dado ao público Sci-fi os bons “Eclipse Mortal” e “A Batalha de Riddick” mas que ultimamente não tem acertado muito bem a mão (vide o fraco “Submersos”). Esse certamente é um de seus mais convencionais e decepcionantes filmes. Espero que volte ao bom caminho em sua próxima produção, “Riddick”, que está em fase de conclusão.
A Trilha (A Perfect Getaway, Estados Unidos, 2009) Direção: David Twohy / Roteiro: David Twohy / Elenco: Steve Zahn, Timothy Olyphant, Milla Jovovich / Sinopse: Casal em férias no Havaí acaba caindo nas mãos de terríveis psicopatas.
Pablo Aluísio.
Rocky Balboa
A década de 90 foi bem complicada para Stallone. Ao contrário dos anos 80 quando ele se tornou o astro número 1 do cinema americano, na década seguinte ele enfrentou uma série de incríveis fracassos comerciais, algo que era impensável para um campeão de bilheteria como ele. Assim depois de muitos anos Stallone resolveu apostar novamente no certo e seguro e isso significava voltar aos seus mais populares personagens do passado, entre eles o lutador Rocky Balboa. O último filme havia sido lançado há 16 anos mas Stallone ainda acreditava na força da franquia. Aqui encontramos Rocky Balboa como uma sombra do campeão que um dia foi. Ele tem um pequeno restaurante de comida italiana onde entretém os fregueses contando histórias de sua carreira. Está completamente aposentado e sente falta de sua esposa, Adrian, que morreu de câncer após uma prolongada luta pela vida. O velho campeão sente-se abandonado e esquecido, algo muito comum na vida de esportistas em geral. Uma vez passada a época de glórias sobra apenas o ostracismo dos últimos anos.
A sorte para Rocky muda porém quando o atual campeão de pesos pesados, Mason 'The Line' Dixon (Antonio Tarver) decide lutar contra ele em uma exibição promocional. No fundo Dixon está revoltado por causa de um jogo de simulação em que ele luta contra Rocky e perde. O programa usa as características dos lutadores reais e o resultado se mostra favorável ao antigo campeão Balboa. Para mostrar que isso não tem compatibilidade com o mundo real ele decide subir ao ringue para enfrentar Rocky. Esse como não tem mais nada a perder decide aceitar o desafio. A partir daí não precisa ser vidente para saber o que vai acontecer. Quem já assistiu a algum filme da série Rocky já prevê de antemão que o lutador vai competir até o limite de suas forças físicas, mesmo que o preço a pagar seja muito alto. Não há como negar que “Rocky Balboa” seja um bom filme. Stallone soube muito bem tirar proveito das principais características que fizeram desse personagem um ícone do cinema. Só espero que ele agora deixe o velho Balboa em paz pois essa continuação tardia serve muito bem como uma digna despedida para a franquia. Bem melhor do que o obtuso Rocky V, esse sim um filme bem abaixo do esperado.
Rocky Balboa (Rocky Balboa, Estados Unidos, 2006) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Burt Young, Antonio Tarver / Sinopse: Atual campeão de pesos pesados decide subir ao ringue para desafiar um antigo campeão aposentado, Rocky Balboa. Ele quer provar que pode derrotar também a lenda do boxe do passado.
Pablo Aluísio.
A sorte para Rocky muda porém quando o atual campeão de pesos pesados, Mason 'The Line' Dixon (Antonio Tarver) decide lutar contra ele em uma exibição promocional. No fundo Dixon está revoltado por causa de um jogo de simulação em que ele luta contra Rocky e perde. O programa usa as características dos lutadores reais e o resultado se mostra favorável ao antigo campeão Balboa. Para mostrar que isso não tem compatibilidade com o mundo real ele decide subir ao ringue para enfrentar Rocky. Esse como não tem mais nada a perder decide aceitar o desafio. A partir daí não precisa ser vidente para saber o que vai acontecer. Quem já assistiu a algum filme da série Rocky já prevê de antemão que o lutador vai competir até o limite de suas forças físicas, mesmo que o preço a pagar seja muito alto. Não há como negar que “Rocky Balboa” seja um bom filme. Stallone soube muito bem tirar proveito das principais características que fizeram desse personagem um ícone do cinema. Só espero que ele agora deixe o velho Balboa em paz pois essa continuação tardia serve muito bem como uma digna despedida para a franquia. Bem melhor do que o obtuso Rocky V, esse sim um filme bem abaixo do esperado.
Rocky Balboa (Rocky Balboa, Estados Unidos, 2006) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Burt Young, Antonio Tarver / Sinopse: Atual campeão de pesos pesados decide subir ao ringue para desafiar um antigo campeão aposentado, Rocky Balboa. Ele quer provar que pode derrotar também a lenda do boxe do passado.
Pablo Aluísio.
domingo, 23 de junho de 2013
Inimigos de Sangue
Logo na primeira cena temos uma idéia do que virá. Um grupo de assaltantes de bancos extremamente armados escapa após uma bem sucedida operação. Em seu encalço vai o tira Max Lewinsky (James McAvoy). Ele está sozinho, pois por um golpe de sorte descobriu os planos da operação mas não houve tempo de chamar reforços, mesmo assim decide seguir em frente para pegar os bandidos, que agora fogem em velozes motocicletas. Após encurralar o grupo ele consegue derrubar da moto o líder do grupo, Jacob Sternwood (Mark Strong), um foragido da justiça. Logo partem para o confronto físico mas o policial Max acaba sendo atingido no joelho por um tiro certeiro. Jacob escapa ileso. Três anos depois Max é praticamente um inválido pois uma sucessão de cirurgias o fez ficar dependente de dolorosas injeções em seu joelho. Mas algo de novo acontece pois Jacob parece estar agindo novamente. Era tudo o que o policial queria pois agora pode caçar novamente seu algoz para acertar de uma vez as contas entre eles.
“Inimigos de Sangue” é um excelente exemplo do bom momento em que o cinema inglês de ação passa atualmente. O roteiro pode até ser considerado simples mas a condução dos acontecimentos fazem toda a diferença do mundo. Movido por vingança, o tira Max (em boa interpretação do subestimado James McAvoy) acaba se tornando aliado de seu principal inimigo, isso porque ambos descobrem que estão na verdade lutando contra um inimigo comum já que o filho de Jacob é morto, assim como a parceira de Max. O filme tem muito estilo e tenta combinar ação com um argumento mostrando os efeitos nocivos que podem ser causados quando policiais corruptos se aliam a políticos inescrupulosos (não, o filme não foi rodado no Brasil, apesar disso!). Os dois principais atores do filme estão muito bem mas destaco Mark Strong como o líder do grupo criminoso Jacob que descobre da pior maneira que as peças do intrigado jogo de xadrez do mundo do crime foram movidas e ele não foi avisado dos novos movimentos! Em suma está mais do que bem recomendado para os fãs de filmes policiais de ação. Pode assistir sem qualquer receio.
Inimigos de Sangue (Welcome to the Punch, Inglaterra, Estados Unidos, 2013) Direção: Eran Creevy / Roteiro: Eran Creevy / Elenco: James McAvoy, Mark Strong, Andrea Riseborough / Sinopse: Dois inimigos, um policial e um assaltante de bancos, acabam tendo que se unir contra um poderoso inimigo em comum. Somente o mais forte sobreviverá. Produzido por Ridley Scott.
Pablo Aluísio.
“Inimigos de Sangue” é um excelente exemplo do bom momento em que o cinema inglês de ação passa atualmente. O roteiro pode até ser considerado simples mas a condução dos acontecimentos fazem toda a diferença do mundo. Movido por vingança, o tira Max (em boa interpretação do subestimado James McAvoy) acaba se tornando aliado de seu principal inimigo, isso porque ambos descobrem que estão na verdade lutando contra um inimigo comum já que o filho de Jacob é morto, assim como a parceira de Max. O filme tem muito estilo e tenta combinar ação com um argumento mostrando os efeitos nocivos que podem ser causados quando policiais corruptos se aliam a políticos inescrupulosos (não, o filme não foi rodado no Brasil, apesar disso!). Os dois principais atores do filme estão muito bem mas destaco Mark Strong como o líder do grupo criminoso Jacob que descobre da pior maneira que as peças do intrigado jogo de xadrez do mundo do crime foram movidas e ele não foi avisado dos novos movimentos! Em suma está mais do que bem recomendado para os fãs de filmes policiais de ação. Pode assistir sem qualquer receio.
Inimigos de Sangue (Welcome to the Punch, Inglaterra, Estados Unidos, 2013) Direção: Eran Creevy / Roteiro: Eran Creevy / Elenco: James McAvoy, Mark Strong, Andrea Riseborough / Sinopse: Dois inimigos, um policial e um assaltante de bancos, acabam tendo que se unir contra um poderoso inimigo em comum. Somente o mais forte sobreviverá. Produzido por Ridley Scott.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de junho de 2013
Terapia de Risco
Após cumprir uma pena de quatro anos de prisão finalmente Martin Taylor (Channing Tatum) é colocado em liberdade. Ao lado de sua jovem esposa, Emily (Rooney Mara), ele pretende reconstruir sua vida. O problema é que ela sofre de uma grave depressão que a faz cometer um ato impensado. Após ficar em crise, Emily decide acabar com tudo e joga seu carro em alta velocidade contra uma parede em um estacionamento. Felizmente sobrevive e passa a ser tratada pelo Dr. Jonathan Banks (Jude Law). Esse começa a fazer parte de um grupo de pesquisas que tenta chegar a uma nova droga particularmente eficaz contra a depressão. De comum acordo então o médico resolve colocar Emily no projeto mas as coisas definitivamente não saem como planejado... Essa é a premissa inicial de “Terapia de Risco”, novo filme que está chegando ao mercado trazendo um elenco de nomes famosos, inclusive com a presença de Catherine Zeta-Jones, que há tempos andava bem discreta em sua carreira. Também conta com o carisma de Jude Law, aqui interpretando um psiquiatra que começa a entender aos poucos que acabou entrando em um beco sem saída.
É talvez esse seja justamente o grande deslize do filme. O roteiro é daquele tipo com várias reviravoltas, algumas nada plausíveis. De repente ninguém é o que aparenta ser e tudo vira de cabeça para baixo (não se preocupem não darei spoiler no texto). A trama também se mostra bem arrastada e para falar a verdade não existem personagens muito interessantes. Talvez, apenas talvez, o enredo desperte algum interesse nos estudantes de psiquiatria mas eles provavelmente também ficarão decepcionados com os furos de lógica e diagnostico que se alastram durante todo o desenrolar da estória. Catherine Zeta-Jones também não convence. Com maquiagem escura, pesada (provavelmente para realçar o lado mais sombrio de sua personagem) a atriz passa o tempo todo falando de forma sussurrada, o que demonstra que não conseguiu encontrar o tom certo para sua interpretação. Os grupos GLS também não ficarão nada contentes com sua caracterização em cena. No final das contas temos que admitir que o filme não passa de outra decepção assinada pelo irregular Steven Soderbergh.
Terapia de Risco (Side Effects, Estados Unidos, 2013) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Rooney Mara, Channing Tatum, Jude Law, Catherine Zeta-Jones / Sinopse: Psiquiatra bem sucedido começa a usar uma nova droga em sua paciente depressiva. O tratamento porém começa a sair perigosamente do que era planejado.
Pablo Aluísio.
É talvez esse seja justamente o grande deslize do filme. O roteiro é daquele tipo com várias reviravoltas, algumas nada plausíveis. De repente ninguém é o que aparenta ser e tudo vira de cabeça para baixo (não se preocupem não darei spoiler no texto). A trama também se mostra bem arrastada e para falar a verdade não existem personagens muito interessantes. Talvez, apenas talvez, o enredo desperte algum interesse nos estudantes de psiquiatria mas eles provavelmente também ficarão decepcionados com os furos de lógica e diagnostico que se alastram durante todo o desenrolar da estória. Catherine Zeta-Jones também não convence. Com maquiagem escura, pesada (provavelmente para realçar o lado mais sombrio de sua personagem) a atriz passa o tempo todo falando de forma sussurrada, o que demonstra que não conseguiu encontrar o tom certo para sua interpretação. Os grupos GLS também não ficarão nada contentes com sua caracterização em cena. No final das contas temos que admitir que o filme não passa de outra decepção assinada pelo irregular Steven Soderbergh.
Terapia de Risco (Side Effects, Estados Unidos, 2013) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Rooney Mara, Channing Tatum, Jude Law, Catherine Zeta-Jones / Sinopse: Psiquiatra bem sucedido começa a usar uma nova droga em sua paciente depressiva. O tratamento porém começa a sair perigosamente do que era planejado.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Show de Vizinha
Tudo o que Matthew Kidman (Emile Hirsch) deseja é se formar no high school e ganhar uma bolsa de estudos em Georgetown, uma das universidades mais tradicionais dos EUA. Afinal ele sempre foi um cara certinho que nunca deu um passo em falso em sua vida. Sua vida porém começa a mudar quando Danielle (Elisha Cuthbert) se muda para a casa ao lado. Ela é uma linda jovem, loira, muito sensual, representando tudo que um colegial sonharia em conquistar. Depois de um primeiro encontro meio desastrado Matthew consegue finalmente conhecer Danielle melhor e como era de se esperar acaba se apaixonando por ela. Mas como nem tudo são flores o colegial acaba descobrindo que a garota de seus sonhos é na realidade uma atriz pornô. Filmes adolescentes picantes sempre existiram no cinema americano, afinal é uma tradição mas aqui você não vai encontrar nada parecido com os “clássicos” do gênero como “Porky´s” ou “O Último Americano Virgem”.
Tudo é muito mais suave, embora existam cenas de nudez moderada. Na verdade se formos analisar bem esse roteiro chegaremos facilmente na conclusão de que é realmente uma comédia romântica das mais rotineiras, mesmo que a personagem principal seja uma profissional do cinema adulto. Assim credito ao belo casal central o principal motivo de se assistir a esse “Show de Vizinha”. Emile Hirsch é um ator talentoso, basta lembrar do ótimo “Na Natureza Selvagem”. Ainda é um jovem e provavelmente vai realizar muita coisa boa ainda em sua carreira embora tenha dado alguns passos em falso (como o fracasso “Speed Racer”). Já Elisha Cuthbert é uma das atrizes mais lindas já surgidas nas telas nos últimos anos. Ela alterna aparições em séries de TV e filmes para o cinema e ainda não conseguiu virar uma estrela mas diante de sua beleza clássica isso definitivamente vira um mero detalhe. No final das contas temos, como já escrevi, uma produção simpática, diria até descartável, mas que diverte proporcionando um ou dois sorrisos mais sinceros.
Show de Vizinha (The Girl Next Door, Estados Unidos, 2004) Direção: Luke Greenfield / Roteiro: David Wagner, Brent Goldberg / Elenco: Emile Hirsch, Elisha Cuthbert, Timothy Olyphant / Sinopse: Jovem adolescente collegial se apaixona pela nova vizinha, uma gatinha loira e sensual que na realidade é uma atriz pornô.
Pablo Aluísio.
Tudo é muito mais suave, embora existam cenas de nudez moderada. Na verdade se formos analisar bem esse roteiro chegaremos facilmente na conclusão de que é realmente uma comédia romântica das mais rotineiras, mesmo que a personagem principal seja uma profissional do cinema adulto. Assim credito ao belo casal central o principal motivo de se assistir a esse “Show de Vizinha”. Emile Hirsch é um ator talentoso, basta lembrar do ótimo “Na Natureza Selvagem”. Ainda é um jovem e provavelmente vai realizar muita coisa boa ainda em sua carreira embora tenha dado alguns passos em falso (como o fracasso “Speed Racer”). Já Elisha Cuthbert é uma das atrizes mais lindas já surgidas nas telas nos últimos anos. Ela alterna aparições em séries de TV e filmes para o cinema e ainda não conseguiu virar uma estrela mas diante de sua beleza clássica isso definitivamente vira um mero detalhe. No final das contas temos, como já escrevi, uma produção simpática, diria até descartável, mas que diverte proporcionando um ou dois sorrisos mais sinceros.
Show de Vizinha (The Girl Next Door, Estados Unidos, 2004) Direção: Luke Greenfield / Roteiro: David Wagner, Brent Goldberg / Elenco: Emile Hirsch, Elisha Cuthbert, Timothy Olyphant / Sinopse: Jovem adolescente collegial se apaixona pela nova vizinha, uma gatinha loira e sensual que na realidade é uma atriz pornô.
Pablo Aluísio.
Mais Forte Que o Ódio
Mais um interessante filme da década de 80 que anda meio esquecido, “Mais Forte Que o Ódio” foi a primeira produção de Sean Connery após o grande sucesso de público e crítica de “Os Intocáveis”. No enredo ele interpreta o veteranoTenente-Coronel Alan Caldwell. Sua principal função é desvendar crimes militares. Após um crime de extrema brutalidade ser cometido dentro de um presídio militar ele é designado para a investigação. O problema é que também é designado para o caso o inspetor Jay Austin (Mark Harmon) que já teve sérios problemas com o Coronel no passado. Mesmo odiando um ao outro eles terão que trabalhar juntos para desvendar o crime. E como se isso não fosse ruim o bastante Jay acaba se apaixonando por Donna Caldwell (Meg Ryan) que pelo sobrenome já entrega o jogo, pois é a filha do personagem de Sean Connery.
“Mais Forte Que o Ódio” aposta em um roteiro de rotina, é verdade, mas com alguns aspectos bem curiosos. O ator que contracena com Sean Connery, Mark Harmon, vinha de algumas comédias bem despretensiosas como “Curso de Férias” e encarava pela primeira vez um papel mais sério. O interessante é que encontraria o sucesso finalmente na TV em NCSI onde interpretaria um personagem parecido com o que desempenha aqui, a de um policial investigador especializado em crimes militares. Ao seu lado já dando os primeiros passos para se tornar a “namoradinha da América” surge Meg Ryan, que na época era o protótipo da mocinha do cinema americano. O diretor Peter Hyams já havia trabalhado alguns anos antes com Sean Connery na aventura futurista “Outland - Comando Titânio”. Revisto hoje em dia “Mais Forte Que o Ódio” certamente ainda mantém o interesse. Na época de seu lançamento fez boa carreira nos cinemas por causa de Sean Connery que vivia um novo momento na carreira. Agora merece ser revisto como um bom filme policial de ação dos anos 80. Fica a dica.
Mais Forte Que o Ódio (The Presidio, Estados Unidos, 1988) Direção: Peter Hyams / Roteiro: Larry Ferguson / Elenco: Sean Connery, Mark Harmon, Meg Ryan / Sinopse: Após um brutal crime cometido dentro de um presídio militar dois investigadores que se odeiam na vida pessoal terão que superar isso para solucionar o caso.
Pablo Aluísio.
“Mais Forte Que o Ódio” aposta em um roteiro de rotina, é verdade, mas com alguns aspectos bem curiosos. O ator que contracena com Sean Connery, Mark Harmon, vinha de algumas comédias bem despretensiosas como “Curso de Férias” e encarava pela primeira vez um papel mais sério. O interessante é que encontraria o sucesso finalmente na TV em NCSI onde interpretaria um personagem parecido com o que desempenha aqui, a de um policial investigador especializado em crimes militares. Ao seu lado já dando os primeiros passos para se tornar a “namoradinha da América” surge Meg Ryan, que na época era o protótipo da mocinha do cinema americano. O diretor Peter Hyams já havia trabalhado alguns anos antes com Sean Connery na aventura futurista “Outland - Comando Titânio”. Revisto hoje em dia “Mais Forte Que o Ódio” certamente ainda mantém o interesse. Na época de seu lançamento fez boa carreira nos cinemas por causa de Sean Connery que vivia um novo momento na carreira. Agora merece ser revisto como um bom filme policial de ação dos anos 80. Fica a dica.
Mais Forte Que o Ódio (The Presidio, Estados Unidos, 1988) Direção: Peter Hyams / Roteiro: Larry Ferguson / Elenco: Sean Connery, Mark Harmon, Meg Ryan / Sinopse: Após um brutal crime cometido dentro de um presídio militar dois investigadores que se odeiam na vida pessoal terão que superar isso para solucionar o caso.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
A morte de James Gandolfini
É com grande pesar que anunciamos a morte do ator James Gandolfini. Ele sofreu um ataque cardíaco fulminante hoje enquanto participava de um festival de cinema na Itália. Tinha 51 anos de idade. Imortalizado na pele do personagem Tony Soprano da excelente série “Família Soprano” da HBO o interprete foi premiado ao longo da carreira com três prêmios Emmy, o mais importante da TV americana. A série durou de 1999 a 2007 e se tornou um dos maiores sucessos de audiência da história. Com raro brilhantismo James Gandolfini interpretou ao longo de todos esses anos aquele que foi seu papel definitivo, a de um líder mafioso suburbano de New Jersey. Ao lado de uma esposa e filhos que não o compreendiam ele vê sua vida desmoronar e dar uma guinada após sofrer um colapso nervoso. Tratado, passa a fazer análise com uma brilhante terapeuta, algo que obviamente esconde de seus comparsas pois seria completamente incompreendido no mundo brutal em que vivia.
Quem gosta de séries certamente recorda muito bem do impacto que “Família Soprano” teve em sua primeira temporada. Era algo novo, diferente, inovador. Cada episódio era feito com um nível técnico fora do normal para os padrões do que se fazia na época. A série mudou o conceito dos programas americanos. Não havia concessões e a drama se concentrava em mostrar uma realidade pouco comum em filmes de gangsters. Deixou-se a pura violência estilizada de lado para mostrar o lado mais pessoal, humano e cotidiano dessas pessoas. Depois do fim da série o ator começou uma bem sucedida transição para o mundo do cinema aparecendo em excelentes filmes como “A Hora Mais Escura”, “Corações Perdidos” e o recente “O Homem da Máfia”. Vivia uma nova fase em sua carreira. Não restam dúvidas da grande perda que a arte sofreu no dia de hoje. Descanse em paz.
Pablo Aluísio.
Quem gosta de séries certamente recorda muito bem do impacto que “Família Soprano” teve em sua primeira temporada. Era algo novo, diferente, inovador. Cada episódio era feito com um nível técnico fora do normal para os padrões do que se fazia na época. A série mudou o conceito dos programas americanos. Não havia concessões e a drama se concentrava em mostrar uma realidade pouco comum em filmes de gangsters. Deixou-se a pura violência estilizada de lado para mostrar o lado mais pessoal, humano e cotidiano dessas pessoas. Depois do fim da série o ator começou uma bem sucedida transição para o mundo do cinema aparecendo em excelentes filmes como “A Hora Mais Escura”, “Corações Perdidos” e o recente “O Homem da Máfia”. Vivia uma nova fase em sua carreira. Não restam dúvidas da grande perda que a arte sofreu no dia de hoje. Descanse em paz.
Pablo Aluísio.
Um Presente Para Helen
Que a Kate Hudson é uma gracinha ninguém duvida. Houve uma época em que ela começou a estrelar dramas para ser levada mais à sério e talvez, quem sabe, um dia ganhar o Oscar. Felizmente ela entendeu que essa não era bem a praia dela e resolveu abraçar o que parecia ser mais adequado ao seu tipo, ou seja, virar realmente uma estrela de comédias românticas despretensiosas, geralmente enfocando algum aspecto da mulher moderna que a despeito de exercer uma nova função na sociedade bem diferente de suas mães ainda não estava disposta a abrir mão de seu romantismo. Aqui Kate Hudson interpreta Helen Harris, uma mulher moderna, bem sucedida e nada disposta a abrir mão de sua vida profissional. Filhos? Nem pensar. Tudo corre de acordo com seus planos até o dia em que... após uma fatalidade ela fica responsável não apenas por uma criança mas por três!!!
O bom de “Um Presente Para Helen” é que o filme, mesmo sendo uma comédia sem grandes pretensões, consegue discutir até razoavelmente bem sobre as responsabilidades das mulheres de hoje que não apenas precisam cuidar da família mas também lidar com seus aspectos profissionais dentro do competitivo mercado de trabalho. Recentemente me lembrei do filme após uma reportagem de capa da revista Veja onde vários casais (e pessoas solteiras) se diziam muito felizes sem filhos. Afinal olhando objetivamente temos que concordar que apesar de ser algo natural na vida das pessoas ter um filho hoje em dia importa em se assumir uma carga pesada, não apenas emocional mas financeira também. Para quem deseja uma vida mais despreocupada e leve a opção é realmente curtir a vida, sem a responsabilidade de cuidar de crianças. Enfim, recomendo esse “Um Presente Para Helen”, um filme que diverte e levanta bons debates ao mesmo tempo.
Um Presente Para Helen (Raising Helen, Estados Unidos, 2004) Direção: Garry Marshall / Roteiro: Patrick J. Clifton, Beth Rigazio / Elenco: Kate Hudson, John Corbett, Joan Cusack / Sinopse: Helen Harris (Kate Hudson) é uma mulher bem sucedida, grande profissional que não tem a menor intenção de ter filhos para prejudicar sua ascensão na carreira até que por uma fatalidade acaba ficando responsável por três crianças colocando sua vida de cabeça para baixo.
Pablo Aluísio.
O bom de “Um Presente Para Helen” é que o filme, mesmo sendo uma comédia sem grandes pretensões, consegue discutir até razoavelmente bem sobre as responsabilidades das mulheres de hoje que não apenas precisam cuidar da família mas também lidar com seus aspectos profissionais dentro do competitivo mercado de trabalho. Recentemente me lembrei do filme após uma reportagem de capa da revista Veja onde vários casais (e pessoas solteiras) se diziam muito felizes sem filhos. Afinal olhando objetivamente temos que concordar que apesar de ser algo natural na vida das pessoas ter um filho hoje em dia importa em se assumir uma carga pesada, não apenas emocional mas financeira também. Para quem deseja uma vida mais despreocupada e leve a opção é realmente curtir a vida, sem a responsabilidade de cuidar de crianças. Enfim, recomendo esse “Um Presente Para Helen”, um filme que diverte e levanta bons debates ao mesmo tempo.
Um Presente Para Helen (Raising Helen, Estados Unidos, 2004) Direção: Garry Marshall / Roteiro: Patrick J. Clifton, Beth Rigazio / Elenco: Kate Hudson, John Corbett, Joan Cusack / Sinopse: Helen Harris (Kate Hudson) é uma mulher bem sucedida, grande profissional que não tem a menor intenção de ter filhos para prejudicar sua ascensão na carreira até que por uma fatalidade acaba ficando responsável por três crianças colocando sua vida de cabeça para baixo.
Pablo Aluísio.
Starsky & Hutch
Por volta de 2004 eu costumava ir muito mais ao cinema, o preço não era tão indecente e a violência não tinha explodido no Brasil, além disso não havia a facilidade da internet. Em visto disso era normal que as salas de exibição se tornassem as únicas alternativas de um cinéfilo como eu. Por essa época me recordo que assistia até a três sessões diárias pois havia sido inaugurado um multiplex perto de minha casa. Assim juntando o útil ao agradável assistia muitos filmes. Um deles foi esse “Starsky & Hutch - Justiça em Dobro”, uma típica produção que não veria no cinema por ser uma comédia sem maior importância. De qualquer maneira como estava gostando de minhas maratonas cinematográficas acabai encaixando ele entre as sessões dos principais filmes.
É um remake de uma antiga série de tv dos anos 70 que fez bastante sucesso. O tom do filme é quase de veneração ao programa de televisão setentista, tanto que alguns atores que participaram dos episódios originais ressurgem aqui em participações especiais. O elenco reúne esse grupo de jovens humoristas que vez ou outra trabalham juntos: Ben Stiller, Owen Wilson e Vince Vaughn. Do trio o que mais gosto é do Vaughn, que sempre interpreta aquele tipo de cara de pau assumido, nunca parecendo levar nada à sério na vida. Wilson segue repetindo seu eterno tipo, a do loiro de praia, meio avoado, que não está muito aí para nada. Já Stiller é o almofadinha da trupe, sempre preocupado com seu cabelo encaracolado, um penteado bem esquisito que fez sucesso naqueles anos da discoteca. Assim deixo a dica, não é obviamente nenhum grande filme mas diverte se você não for exigente demais. É aquele tipo de produção para assistir com muita pipoca e coca-cola.
Starsky & Hutch - Justiça em Dobro (Starsky & Hutch, Estados Unidos, 2004) Direção: Todd Phillips / Roteiro: William Blinn, Stevie Long / Elenco: Ben Stiller, Owen Wilson, Vince Vaughn, Snoop Dogg / Sinopse: Dois policiais, Starsky e Hutch, enfrentam perigosos criminosos e traficantes enquanto se envolvem em diversas confusões.
Pablo Aluísio.
É um remake de uma antiga série de tv dos anos 70 que fez bastante sucesso. O tom do filme é quase de veneração ao programa de televisão setentista, tanto que alguns atores que participaram dos episódios originais ressurgem aqui em participações especiais. O elenco reúne esse grupo de jovens humoristas que vez ou outra trabalham juntos: Ben Stiller, Owen Wilson e Vince Vaughn. Do trio o que mais gosto é do Vaughn, que sempre interpreta aquele tipo de cara de pau assumido, nunca parecendo levar nada à sério na vida. Wilson segue repetindo seu eterno tipo, a do loiro de praia, meio avoado, que não está muito aí para nada. Já Stiller é o almofadinha da trupe, sempre preocupado com seu cabelo encaracolado, um penteado bem esquisito que fez sucesso naqueles anos da discoteca. Assim deixo a dica, não é obviamente nenhum grande filme mas diverte se você não for exigente demais. É aquele tipo de produção para assistir com muita pipoca e coca-cola.
Starsky & Hutch - Justiça em Dobro (Starsky & Hutch, Estados Unidos, 2004) Direção: Todd Phillips / Roteiro: William Blinn, Stevie Long / Elenco: Ben Stiller, Owen Wilson, Vince Vaughn, Snoop Dogg / Sinopse: Dois policiais, Starsky e Hutch, enfrentam perigosos criminosos e traficantes enquanto se envolvem em diversas confusões.
Pablo Aluísio.
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