segunda-feira, 15 de maio de 2006
O Texas Ranger
Título Original: The Range Rider
Ano de Produção: 1951 - 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Archainbaud
Roteiro: Oliver Drake
Elenco: Jock Mahoney, Dickie Jones, Bob Woodward, Al Wyatt Sr, Boyd Stockman, Stanley Andrews
Sinopse:
No velho oeste um Texas Ranger (Jock Mahoney) se faz passar por comerciante rico em busca de oportunidades pelas cidadezinhas da fronteira para capturar foras-da-lei e procurados pela justiça. Usando de sua identidade disfarçada ele acaba desbaratando várias quadrilhas de pistoleiros e bandoleiros.
Comentários:
Nem só de cinema vivia os fãs de western nos anos 1950. Várias séries de TV passadas no velho oeste enchiam a garotada de diversão por aqueles anos. Uma delas foi essa "The Range Rider" que ficou no ar por três temporadas. Era exibida logo após o almoço para que toda a patota que chegasse da escola pela manhã pudesse acompanhar os episódios sem problemas. Jock Mahoney (1919 - 1989) que estrelava o seriado era um antigo dublê de filmes com Errol Flynn, John Wayne, Gregory Peck e Gene Autry que ganhou uma chance de tentar o estrelato. Ex-jogador de futebol americano, boa pinta e carismático, era o que a TV estava mesmo procurando. Sua estampa inclusive foi usada em brinquedos e cereais matinais. Depois que a série foi cancelada tentou uma carreira no cinema e até realizou bons filmes em papéis secundários como "Cavalgada para o Inferno" mas nunca conseguiu virar um astro de primeira grandeza. Ele ainda voltaria para a TV em outras séries como "Caravana" e "Rawhide" mas nunca mais com a mesma popularidade. O que vale a pena ao ver episódios dessa "The Range Rider" é justamente ver como eram inocentes aqueles tempos. Uma nostalgia de uma época não vivida que serve como uma verdadeira aula sobre a história da TV americana. Os cowboys, mocinhos e bandidos nunca foram tão charmosos como naquela época perdida no tempo.
Pablo Aluísio.
domingo, 14 de maio de 2006
Bonanza
Título Original: Bonanza
Ano de Produção: 1959 - 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: William F. Claxton, Lewis Allen
Roteiro: Série criada por David Dortort e Fred Hamilton
Elenco: Lorne Greene, Michael Landon, Dan Blocker, Pernell Roberts, Victor Sen Yung, Ray Teal
Sinopse:
A série "Bonanza" narra os dramas, aventuras e desafios vividos por Ben Cartwright (Lorne Greene) e seus filhos. Rancheiros no velho oeste eles enfrentam todos os tipos de dificuldades para levar em frente sua fazenda. Inseridos na comunidade local vivem como uma típica família rural americana de sua época.
Comentários:
Um verdadeiro marco na história da TV americana. "Bonanza" é certamente a série de western mais bem sucedida de todos os tempos. Atravessou três décadas de muita popularidade e chegou na marca incrível de quatorze temporadas, tendo no total mais de 400 episódios. Nos Estados Unidos praticamente todas as temporadas foram lançadas em DVD mas no Brasil ela permanece ainda inédita, fruto é claro dos problemas de mercado em nosso país. De qualquer maneira quem estiver em busca de conhecer melhor o seriado vale a indicação de suas exibições periódicas no canal especializado TCM. Em minha opinião "Bonanza" resistiu bem ao teste do tempo. Os episódios ainda soam interessantes, fruto do fato de terem sido bem dirigidos, produzidos e escritos. Não é para menos, na época de seu auge "Bonanza" era um dos carros chefes da programação da poderosa NBC, que nunca poupou recursos para a série. Até mesmo a trilha sonora de abertura se tornou um ícone de popularidade. Enfim, se você gosta de western, "Bonanza" certamente não poderá faltar em sua coleção.
Pablo Aluísio.
O Cavaleiro de Durango
Título Original: The Durango Kid
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Lambert Hillyer
Roteiro: Paul Franklin
Elenco: Charles Starrett, Luana Walters, Kenneth MacDonald, Francis Walker, Forrest Taylor, Melvin Lang
Sinopse:
Numa região de fronteira do velho oeste uma verdadeira guerra é travada entre os pioneiros. O rancheiro Sam Lowry (Frank LaRue) é covardemente assassinado pela gangue de Mace Ballard (Kenneth MacDonald) sob a falsa acusação de que estaria traindo os colonos. Depois desse crime brutal surge no horizonte um novo personagem. "Durango Kid", um pistoleiro mascarado que, com ares de Robin Hood, resolve defender todas as pessoas oprimidas da região. Durango é na realidade Bill Lowry (Charles Starrett), um homem íntegro e honesto que deseja ver a justiça novamente imperando naquela terra sem lei.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme feito com o popular personagem Durango Kid. Poucos foram tão populares como ele. Uma espécie de Batman misturado com Robin Hood que atuava no velho oeste. Desnecessário dizer que com essas qualidades ele acabou virando ídolo da garotada e se tornou um ícone invadindo não apenas o cinema mas a cultura pop em geral. Virou gibi, revistas em quadrinhos, brinquedos, roupas e tudo o mais que poderia se imaginar. Curiosamente o desenhista Bob Kane que criaria o personagem Batman anos depois creditaria sua criação também ao Durango Kid, que ao lado do Zorro, lhe forneceriam as bases para seu novo super-herói. Nem é preciso ir muito longe para entender isso. Durango Kid geralmente surgia todo vestido de negro, escondendo sua verdadeira identidade para proteger sua vida pessoal. Também se escondia atrás de uma máscara negra e queria impor justiça na sociedade, por isso as constantes acusações de justiceiro fora-da-lei. Nesse primeiro filme já temos praticamente todas as características que o fizeram famoso, embora o roteiro não seja tão pop como os que viriam anos depois. Mesmo assim é um western histórico, pois é a gênesis de um dos mais queridos personagens da mitologia do velho oeste em todos os tempos.
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de maio de 2006
Caravana
Título Original: Wagon Train
Ano de Produção: 1957 - 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Revue Studios, Universal TV
Direção: Vários
Roteiro: Vários
Elenco: Frank McGrath, Terry Wilson, Robert Horton
Sinopse:
"Caravana" mostra várias histórias de pioneiros rumo ao oeste selvagem. Com o fim da guerra civil houve uma grande leva de americanos que decidiram rumar em direção ao oeste em busca de novas oportunidades, uma maneira de recomeçarem suas vidas. As jornadas atravessando planícies, desertos e montanhas rochosas, colocavam à prova a força e integridade desses homens, mulheres e crianças que enfrentavam as maiores adversidades para construir uma nova nação em suas fronteiras mais distantes.
Comentários:
Essa foi mais uma série de sucesso na TV americana. No total durou oito temporadas, sempre com muito êxito de audiência. O curioso é que hoje em dia, infelizmente, séries de western andam bem raras (de lembrança me recordo agora apenas de "Hell on Wheels" do canal a cabo AMC). Nos anos 1950 e 60 a situação era bem diversa. Havia toda uma diversidade para os fãs de faroestes. A estrutura dos roteiros de "Caravana" abriam muito espaço para histórias novas, com outros personagens, que vinham e iam de acordo com a aceitação do público. Um exemplo é a aparição nos enredos de ícones do velho oeste como Doc Holliday, afinal o famoso pistoleiro também foi um pioneiro, um viajante que foi para o velho oeste em busca de um recomeço em sua vida. Assim a cada novo episódio os espectadores eram apresentados a novas estórias de cada um dos viajantes de caravanas que iam para cidadezinhas perdidas no meio do deserto ou localizadas na distante e desconhecida Califórnia. Até hoje gosto bastante da proposta de "Wagon Train". Nos Estados Unidos grande parte de suas temporadas já está no mercado de DVD mas no Brasil, como sempre, ainda há escassez desse tipo de lançamento. De qualquer maneira fica a dica caso você tenha acesso a algum DVD importado para sua coleção. Certamente valerá a pena.
Pablo Aluísio.
O Cavalheiro dos Amores
Título Original: Bardelys the Magnificent
Ano de Produção: 1926
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: King Vidor
Roteiro: Rafael Sabatini, Dorothy Farnum
Elenco: John Gilbert, Eleanor Boardman, Roy D'Arcy, John Wayne
Sinopse:
Filme do cinema mudo que conta a estória do cavalheiro Bardelys (John Gilbert) que precisa sobreviver às intrigas e tramas da sociedade na época do reinado de Louis XIII (Arthur Lubin). Sob o comando do tirânico Cardeal Richelieu (Edward Connelly) não haveria espaço para rebeliões ou conflitos contra a ordem dominante da nação. Produção capa e espada da velha escola.
Comentários:
Esse foi o segundo filme da carreira de John Wayne. O primeiro, "Mocidade Esportiva", desse mesmo ano, é extremamente raro de encontrar mesmo nos Estados Unidos. Também é de pouco interesse pois Wayne não passa de um figurante sem qualquer relevância para o enredo do filme em si. As coisas não mudam muito nesse "Bardelys the Magnificent", já que Wayne ainda era um jovem que ninguém conhecia. A diferença maior é que esse já é um filme bem mais relevante, com produção muito mais bem cuidada e que contava no elenco com o famoso John Gilbert. Esse foi um ator extremamente produtivo na era do cinema mudo, tendo atuado em mais de 70 filmes, de todos os gêneros cinematográficos. Até em westerns se deu muito bem. Aliás John Gilbert e Eleanor Boardman estão ótimos em cena, com belo entrosamento. Há cenas de ação, romance e aventura, tudo feito para agradar o público da época. De brinde o espectador pode se divertir procurando por Wayne nas cenas. Enfim, uma interessante volta ao passado, no tempo em que o cinema ainda não tinha voz.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de maio de 2006
Dois Contra o Oeste
Título Original: Texas Across the River
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Michael Gordon
Roteiro: Wells Root, Harold Greene
Elenco: Dean Martin, Alain Delon, Rosemary Forsyth, Joey Bishop, Tina Aumont, Peter Graves
Sinopse:
Don Andrea Baltazar (Alain Delon) é um nobre espanhol que vai até os Estados Unidos para desposar a bela e rica Phoebe Ann (Rosemary Forsyth) da aristocracia sulista, mas no dia do casamento uma grande confusão é armada, um soldado americano cai de um terraço e Baltazar é acusado de assassinato. Sem alternativas, resolve fugir para o oeste em direção ao Texas onde conhece Sam Hollis (Dean Martin); Juntos eles rumam para desbravar as terras do território que, em breve, iria se tornar o mais novo estado a integrar os Estados Unidos.
Comentários:
É incrível que o mesmo diretor de "Confidências à Meia-Noite", uma das melhores comédias dos anos 50, tenha errado tão feio como nesse equivocado "Texas Across the River". O que era sofisticado, de fino humor, acaba virando um pastelão dos mais sem graça nessa tentativa de fazer rir no velho oeste. Nem o elenco formado por atores bacanas como Dean Martin e Alain Delon salva a fita de ser um desastre completo. Poucas vezes vi um tipo de humor tão grosseiro, numa sucessão de cenas que tentam ser engraçadas mas que nunca conseguem atingir seu objetivo. Até os comanches do filme são trapalhões, saindo dando cabeçadas por aí. Por falar nos Trapalhões a comparação, infelizmente, é válida. Imagine o mais sem graça filme dos Trapalhões. Pois bem, saiba que esse "Dois Contra o Oeste" consegue ser pior do que isso. Um filme quando é ruim não tem jeito. Até Dean Martin, que tinha ótimo feeling para comédias, está perdido e sem graça. Suas cenas são constrangedoras sob qualquer ponto de vista. Pior ainda se sai Alain Delon que odiou a experiência de ir para Hollywood para fazer algo tão estúpido. Era melhor ter ficado na Europa, fazendo filmes cults certamente. Em suma, essa tentativa de mesclar comédia com faroeste é simplesmente desastrosa. Um abacaxi sem tamanho. Ignore.
Pablo Aluísio.
Uma Pistola Para Cem Caixões
Título Original: Una Pistola Per Cento Bare
Ano de Produção: 1968
País: Itália, Espanha
Estúdio: Copercines, Cooperativa Cinematográfica
Direção: Umberto Lenzi
Roteiro: Marco Leto, Eduardo Manzanos Brochero
Elenco: Peter Lee Lawrence, John Ireland, Gloria Osuna
Sinopse:
Jim Slade (Peter Lee Lawrence) é forçado a se alistar nas tropas confederadas durante a Guerra Civil americana mas não se dá bem pois sendo muito religioso se recusa a matar outro homem. Preso por insubordinação passa dois anos preso numa prisão de trabalhos forçados. Com o fim da guerra finalmente é libertado e volta para casa mas ao chegar lá encontra seus pais mortos por uma quadrilha de foras-da-lei. Em vista disso ele decide deixar suas convicções religiosas de lado para vingar a morte deles. Compra uma pistola e sai em busca dos assassinos de seus pais.
Comentários:
Bom, não é todo dia que você se depara com um filme onde o personagem principal é uma testemunha de Jeová pistoleiro! Pois as caracterizações fora do comum não se resumem a ele. Há também um pregador que segura uma bíblia numa das mãos e uma pistola na outra, um agente funerário que adora sua profissão, seu cemitério e os tiroteios (afinal sua clientela sempre aumenta com as mortes) e até um prefeito que gosta tanto de dinheiro que topa até mesmo se passar por defunto para transportar a grana dentro de seu caixão. E o que dizer do bando de doidos que fogem do manicômio e ganham as ruas tocando o terror? É um western Spaghetti típico, com alguns toques do roteiro que soam ao mesmo tempo caricatas e engraçadas. Por exemplo, quando o pistoleiro resolve ir atrás dos assassinos de seus pais ele compra apenas quatro balas para os quatro criminosos que ele busca para acertar as contas. Nada de atirar em vão! Apesar de todos esses momentos folclóricos a verdade pura e simples é que você acaba se divertindo com tudo. Talvez esse seja um dos segredos do sucesso dos filmes italianos de faroeste pois eles geralmente nunca se levavam muito à sério, o que acabava criando um clima de muita diversão escapista. Até os títulos dos filmes mostram isso. Então se você estiver disposto a ver uma só pistola mandando cem bandoleiros para seus caixões essa é uma pedida e tanto! Divirta-se!
Pablo Aluísio
quinta-feira, 11 de maio de 2006
O Grande Massacre
Título no Brasil: O Grande Massacre
Título Original: The Great Sioux Massacre
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sidney Salkow
Roteiro: Marvin A. Gluck, Sidney Salkow
Elenco: Joseph Cotten, Darren McGavin, Philip Carey,
Julie Sommars, Nancy Kovack, John Matthews
Sinopse:
O General George Armstrong Custer (Philip Carey) é designado para a fronteira como comandante da Sétima Cavalaria do exército americano para concretizar a missão de pacificar as tribos indígenas Sioux da região. Chegando lá adota uma postura de superioridade, arrogância e intolerância para com as reivindicações dos índios, o que acaba despertando a ira de todos os caciques. O confronto final se dá em Little Big Horn quando as tropas de Custer são cercadas por centenas e centenas de guerreiros liderados por Touro Sentado.
Comentários:
Começa um certo revisionismo dentro do cinema americano sobre o real papel exercido pelo general George Armstrong Custer e a sétima cavalaria nas chamadas guerras Indígenas. Para entender bem isso basta prestar atenção na época em que esse filme foi produzido, meados dos anos 1960, quando os americanos ficaram mais críticos em relação a vários grandes nomes de sua história. Nesse filme o general não é mais apresentado como um herói sem máculas, como era comum em filmes antigos, estrelados por galãs como Errol Flynn. Aqui o militar americano surge como um sujeito de moral duvidosa, de caráter dúbio em relação ao tratamento que dispensava aos membros da nação Sioux. Claro que ainda não temos um completo realismo em cena mas o filme mostra claramente o caminho que produções futuras iriam tomar sobre esse espinhoso tema. Como não poderia deixar de ser os acontecimentos ocorridos na batalha de Little Big Horn - quando a cavalaria foi massacrada pelos índios liderados por Touro Sentado - ganham destaque. Sem dúvida é uma obra bem corajosa para a época, um western socialmente consciente que merece ser redescoberto.
Pablo Aluísio.
Roubo no Rancho
Título Original: Pistol Harvest
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Norman Houston
Elenco: Tim Holt, Joan Dixon, Robert Clarke, Mauritz Hugo, Robert J. Wilke, Edward Hearn
Sinopse:
O sonho do cowboy Tim (Tim Holt) é se casar com a bela Felice Moran (Joan Dixon), indo morar em um bonito rancho que há anos ele sonha comprar. Para isso terá que superar as vilanices de Terry Moran (Edward Hearn), um mal-intencionado rancheiro da região que também deseja comprar a propriedade dos sonhos de Tim, além de ter uma queda nada correspondida por Felice que ele a todo custo tenta conquistar.
Comentários:
Faroeste B da RKO que investe no carisma do ator Tim Holt, tudo embalado em um roteiro dos mais simples, com um enredo bem clichê, que fazia a festa da gurizada que lotava as matinês dos cinemas nos anos 1950. A fita é tão curtinha que mais parece um média metragem. De fato tem pouco mais de 60 minutos e quando menos esperamos ela acaba. Na época a RKO já passava por inúmeros problemas financeiros (o estúdio iria à falência alguns anos depois) e por isso produzia fitas de western em ritmo industrial como essa que geralmente eram exibidas em sessão dupla nas matinês (por essa razão é que eram tão curtinhas). O ator Tim Holt (1919–1973) que hoje em dia anda bem esquecido era extremamente popular por essa época. Ele chegou à fama ainda bastante jovem, o que criou uma identificação com seu público que acabava se vendo também na tela. Muitas de suas produções são perfeitos exemplos do faroeste juvenil que fez a alegria de muitas crianças nos anos 1940 e 50. Um retrato de uma época que já não mais existe. Se você deseja conhecer como eram as produções dessa era esse "Roubo no Rancho" é uma ótima opção.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de maio de 2006
As Aventuras de Búfalo Bill
Outro aspecto a se considerar vem da interpretação de Charlton Heston no papel de Búfalo Bill. Como se sabe Bill foi o dono de um espetáculo de velho oeste que cruzava os Estados Unidos em bem sucedidas turnês. Em determinado momento de sua vida ele virou mais um artista de palco do que qualquer outra coisa. Tanto que fundou uma empresa circense, especializada em apresentações de cowboys e índios, que o tornaram muito rico. O enredo desse filme passa longe disso, procurando mostrar o personagem em sua juventude, mas isso não inibiu Heston que encontrou o tom certo para Búfalo Bill, embora fossem fisicamente bem diferentes. O verdadeiro Bill era loiro com grandes cabelos e bigode espalhafatoso. Também usava roupas chamativas e exageradas, fora dos padrões. Heston tem a aparência de um cowboy comum no filme, em nada diferente das demais pessoas. Claro que o filme não avança muito nesse aspecto de se preocupar com fatos históricos da biografia de Búfalo Bill. Tente comparar com a caracterização que Paul Newman faria de Bill anos mais tarde desse mesmo personagem e você entenderá a diferença substancial entre as duas interpretações. No saldo geral é um bom western valorizado pelo enredo que presta homenagem aos cavaleiros da Pony Express que, com seus esforços, mantiveram uma nação unida, de costa a costa, apesar de todas as dificuldades.
As Aventuras de Búfalo Bill (Pony Express, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Jerry Hopper / Roteiro: Charles Marquis Warren, Frank Gruber / Elenco: Charlton Heston, Rhonda Fleming, Jan Sterling, Forrest Tucker / Sinopse: Buffalo Bill Cody (Charlton Heston) e Wild Bill Hickok (Forrest Tucker) participam da consolidação da Pony Express, uma linha de comunicação entre as costas leste e oeste dos Estados Unidos. Formada por bravos homens montados a cavalo, eles levavam mensagens de um lado ao outro do país.
Pablo Aluísio.