Título no Brasil: O Carrasco dos Trópicos
Título Original: Tropic Zone
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Pine-Thomas Productions
Direção: Lewis R. Foster
Roteiro: Lewis R. Foster
Elenco: Ronald Reagan, Rhonda Fleming, Estelita Rodriguez, Noah Beery Jr, Grant Withers, John Wengraf
Sinopse:
Dan McCloud (Ronald Reagan) é um aventureiro que durante uma de suas expedições encontra um grupo perdido de americanos. Ele então salva a bela Flanders White (Rhonda Fleming) da morte certa. Só que agora todos vão precisar sobreviver a um terrível vilão.
Comentários:
Não há como negar que é uma produção B, sem muitos recursos. E isso fica ainda mais evidente porque se trata de um filme de aventuras, uma espécie de derivado dos filmes de Tarzan (mas sem obviamente ter o rei das selvas na tela). Para os cinéfilos em geral o filme vale a pena simplesmente pelo fato de trazer um presidente dos Estados Unidos como o protagonista. Isso mesmo, Ronald Reagan, ainda bem moço, alguns anos antes de emplacar uma carreira política de sucesso, se tornando governador da Califórnia e depois Presidente da República. O curioso é que Reagan nunca foi um astro de primeira grandeza dentro da indústria cinematográfica durante seus anos de Hollywood, mas conseguiu fazer a transição do mundo artístico para o político de forma extremamente bem sucedida. Ele era simpático e até carismático, mas nunca o considerei um grande ator. Passava longe disso, para falar a verdade. Era mais um galã temporão, para um público um pouco mais velho do que os fãs de Tarzan, que na época eram basicamente garotos de escola. Ver ele em cena, atuando, nunca deixa de ser algo interessante. Assim o filme obviamente apresenta uma curiosidade histórica que faz valer a pena.
Pablo Aluísio.
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terça-feira, 24 de setembro de 2024
quarta-feira, 20 de março de 2024
A Mensagem dos Renegados
Título Original: The Redhead and the Cowboy
Ano de Lançamento: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Leslie Fenton
Roteiro: Jonathan Latimer, Liam O'Brien
Elenco: Glenn Ford, Edmond O'Brien, Rhonda Fleming
Sinopse:
Gil Kyle (Ford) se vê envolvido na política e na agitação da Guerra Civil Americana e logo é acusado de assassinato. Seu único álibi é Candace Bronson (Fleming), que está ajudando a causa confederada. Ela deixou o território para entregar uma mensagem vital sobre um carregamento de ouro ianque. Assim Kyle se vê forçado em sair em busca de seu paradeiro, encontrando bandidos, agentes do governo e guerrilheiros, que estão mais interessados no lucro do que nos ideais de justiça.
Comentários:.
Um faroeste B clássico, todo rodado no deserto de poeira e calor do Arizona. Um aspecto que vai de certa maneira incomodar nos dias atuais é a forma como o personagem de Glenn Ford lida com sua amante, interpretada pela ruiva Rhonda Fleming. É uma forma de se lidar com uma mulher que hoje em dia poderíamos qualificar como rude e agressivo. O sujeito, nada romântico, só falta pegar a bela mulher pelos cabelos para levar para seu quarto, mas enfim, eram outros tempos. Talvez o roteiro quisesse mostrar o lado macho do cowboy interpretado por Ford. No mais, esse filme é um típico bang-bang dos anos 1950, com muitas perseguições, cavalos em disparada, tiroteios no meio do deserto e uma muito bem filmada sequência da caravana fugindo de um bando de assassinos e ladrões, todos atrás do ouro dos nortistas, dos ianques. No quadro geral, temos aqui uma boa diversão para os fãs de western.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de junho de 2022
A Revolta dos Apaches
Título no Brasil: A Revolta dos Apaches
Título Original: The Last Outpost
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lewis R. Foster
Roteiro: David Lang, Daniel Mainwaring
Elenco: Ronald Reagan, Rhonda Fleming, Bruce Bennett
Sinopse:
Dois irmãos, o Coronel Jeb Britton (Bruce Bennett) e o Capitão Vance Britten (Ronald Reagan), que nunca se deram muito bem e até lutaram em lados opostos durante a guerra civil americana, precisam deixar todas as diferença de lado para repelir e combater um ataque de índios contra as tropas da cavalaria de que fazem parte. Filme inspirado em fatos reais, registrados em cartas escritas pelo Capitão Vance Britten.
Comentários:
Um bom filme de western enfocando novamente eventos ocorridos durante as chamadas guerras indígenas, que foram muito frequentes na história do velho oeste americano. A presença e ocupação do homem branco em terras tradicionalmente ocupadas por nações nativas criavam focos de tensão e conflito que se alastraram por décadas durante os séculos XVIII e XIX. É uma produção bem realizada, tipicamente dos anos 50 e que traz como atrativo extra o fato de ter sido estrelada pelo futuro presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. Ele nunca foi um astro de primeira grandeza em Hollywood, temos que admitir, mas era um talentoso político nos bastidores, a ponto de se tornar presidente do sindicato dos atores e depois presidente da própria Academia, função que lhe abriu as portas para a política convencional, onde se tornaria governador da Califórnia e depois Presidente do país durante os anos 80. Rever um personagem histórico dessa magnitude matando Apaches rebeldes em filmes de bangue-bangue certamente não tem preço. Assista, conheça o Reagan ator e se divirta com as ironias da história.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Last Outpost
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lewis R. Foster
Roteiro: David Lang, Daniel Mainwaring
Elenco: Ronald Reagan, Rhonda Fleming, Bruce Bennett
Sinopse:
Dois irmãos, o Coronel Jeb Britton (Bruce Bennett) e o Capitão Vance Britten (Ronald Reagan), que nunca se deram muito bem e até lutaram em lados opostos durante a guerra civil americana, precisam deixar todas as diferença de lado para repelir e combater um ataque de índios contra as tropas da cavalaria de que fazem parte. Filme inspirado em fatos reais, registrados em cartas escritas pelo Capitão Vance Britten.
Comentários:
Um bom filme de western enfocando novamente eventos ocorridos durante as chamadas guerras indígenas, que foram muito frequentes na história do velho oeste americano. A presença e ocupação do homem branco em terras tradicionalmente ocupadas por nações nativas criavam focos de tensão e conflito que se alastraram por décadas durante os séculos XVIII e XIX. É uma produção bem realizada, tipicamente dos anos 50 e que traz como atrativo extra o fato de ter sido estrelada pelo futuro presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. Ele nunca foi um astro de primeira grandeza em Hollywood, temos que admitir, mas era um talentoso político nos bastidores, a ponto de se tornar presidente do sindicato dos atores e depois presidente da própria Academia, função que lhe abriu as portas para a política convencional, onde se tornaria governador da Califórnia e depois Presidente do país durante os anos 80. Rever um personagem histórico dessa magnitude matando Apaches rebeldes em filmes de bangue-bangue certamente não tem preço. Assista, conheça o Reagan ator e se divirta com as ironias da história.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 24 de novembro de 2020
No Silêncio de uma Cidade
Clássico do cinema noir dirigido pelo cultuado cineasta Fritz Lang. Sempre que assisto a algum filme noir fico admirado pela originalidade, pela criatividade e pelo realismo dessas produções. Algumas dessas películas conseguem manter um clima atemporal, como se tivessem sido feitas recentemente. Os roteiros já eram cínicos e fortes por natureza, em que as mulheres fatais e os personagens masculinos estavam longe de serem unilaterais, bonzinhos ou malvados. Todos parecem habitar uma zona cinza, onde até mesmo o protagonista pode ser capaz de cometer as maiores barbaridades. Olhando sob esse ponto de vista "No Silêncio de uma Cidade" é um noir de muita qualidade cinematográfica. O roteiro, cru por si próprio, explora a presença de um assassino em série que aterroriza Nova Iorque. Matando belas mulheres ele acaba se tornando o inimigo público número 1 da cidade. Assim uma recompensa é colocada para quem conseguir colocar as mãos no criminoso.
A morte de um magnata da imprensa também ocorre, o que dá início a uma luta feroz pelo controle da empresa por seus executivos. Assim um repórter destemido precisa encontrar o verdadeiro assassino para que seu jornal venda milhões de exemplares, evitando que a empresa caia em mãos erradas, de pessoas realmente inescrupulosas. O curioso aqui é que o diretor Fritz Lang parece brincar com a imprensa de Nova Iorque, os retratando como pessoas sem nenhuma ética, que topam fazer qualquer coisa por um furo de reportagem. Há também uma sutil comparação (completamente sugerida) entre o serial killer e os donos dos meios de comunicação. Qual deles seria o pior? Tudo realizado de forma muito inteligente e elegante. Assim deixo a dica desse ótimo "While the City Sleeps", uma produção que certamente irá lhe surpreender.
No Silêncio de uma Cidade (While the City Sleeps, Estados Unidos, 1956) Direção: Fritz Lang / Roteiro: Casey Robinson, baseado na novela de Charles Einstein / Elenco: Dana Andrews, Rhonda Fleming, George Sanders / Sinopse: Assassino em série aterroriza em Nova Iorque enquanto repórter luta para descobrir a identidade do verdadeiro psicopata. Clássico noir assinado pelo cultuado cineasta Fritz Lang.
Pablo Aluísio.
A morte de um magnata da imprensa também ocorre, o que dá início a uma luta feroz pelo controle da empresa por seus executivos. Assim um repórter destemido precisa encontrar o verdadeiro assassino para que seu jornal venda milhões de exemplares, evitando que a empresa caia em mãos erradas, de pessoas realmente inescrupulosas. O curioso aqui é que o diretor Fritz Lang parece brincar com a imprensa de Nova Iorque, os retratando como pessoas sem nenhuma ética, que topam fazer qualquer coisa por um furo de reportagem. Há também uma sutil comparação (completamente sugerida) entre o serial killer e os donos dos meios de comunicação. Qual deles seria o pior? Tudo realizado de forma muito inteligente e elegante. Assim deixo a dica desse ótimo "While the City Sleeps", uma produção que certamente irá lhe surpreender.
No Silêncio de uma Cidade (While the City Sleeps, Estados Unidos, 1956) Direção: Fritz Lang / Roteiro: Casey Robinson, baseado na novela de Charles Einstein / Elenco: Dana Andrews, Rhonda Fleming, George Sanders / Sinopse: Assassino em série aterroriza em Nova Iorque enquanto repórter luta para descobrir a identidade do verdadeiro psicopata. Clássico noir assinado pelo cultuado cineasta Fritz Lang.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de maio de 2006
As Aventuras de Búfalo Bill
Mais um clássico do faroeste americano. Os lendários Buffalo Bill Cody (Charlton Heston) e Wild Bill Hickok (Forrest Tucker) se empenham pessoalmente no sucesso da Pony Express, uma via de comunicação rápida entre a distante Califórnia e o centro do poder americano, Washington. O sucesso da rede é vital para manter o estado da Califórnia como parte integrante da União, pois políticos inescrupulosos desejavam que ocorresse uma separação, uma secessão do mais importante e rico estado do oeste do restante do país. Por essa razão não era nada fácil estabelecer essa via de integração entre as duas costas da nação americana pois poderosos interesses queriam que tudo se tornasse um fracasso. O roteiro desse filme mistura personagens reais com eventos de mera ficção. "As Aventuras de Búfalo Bill" evoca a mitologia do velho oeste. Obviamente que tanto Buffalo Bill como Wild Bill Hickok existiram de fato e se tornaram símbolos daquela era, mas também é verdade que nunca se envolveram em uma aventura como a mostrada nesse filme, muito embora a Pony Express também tenha existido, tanto que no final da película os produtores colocaram inclusive uma carta do presidente Abraham Lincoln elogiando os serviços dessa via de comunicação que serviu para manter a Califórnia unida ao restante dos Estados Unidos. Assim o grupo de roteiristas do filme criou um enredo que misturava história com eventos de imaginação. E esse aspecto, que era até bem comum na época, funcionou muito bem.
Outro aspecto a se considerar vem da interpretação de Charlton Heston no papel de Búfalo Bill. Como se sabe Bill foi o dono de um espetáculo de velho oeste que cruzava os Estados Unidos em bem sucedidas turnês. Em determinado momento de sua vida ele virou mais um artista de palco do que qualquer outra coisa. Tanto que fundou uma empresa circense, especializada em apresentações de cowboys e índios, que o tornaram muito rico. O enredo desse filme passa longe disso, procurando mostrar o personagem em sua juventude, mas isso não inibiu Heston que encontrou o tom certo para Búfalo Bill, embora fossem fisicamente bem diferentes. O verdadeiro Bill era loiro com grandes cabelos e bigode espalhafatoso. Também usava roupas chamativas e exageradas, fora dos padrões. Heston tem a aparência de um cowboy comum no filme, em nada diferente das demais pessoas. Claro que o filme não avança muito nesse aspecto de se preocupar com fatos históricos da biografia de Búfalo Bill. Tente comparar com a caracterização que Paul Newman faria de Bill anos mais tarde desse mesmo personagem e você entenderá a diferença substancial entre as duas interpretações. No saldo geral é um bom western valorizado pelo enredo que presta homenagem aos cavaleiros da Pony Express que, com seus esforços, mantiveram uma nação unida, de costa a costa, apesar de todas as dificuldades.
As Aventuras de Búfalo Bill (Pony Express, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Jerry Hopper / Roteiro: Charles Marquis Warren, Frank Gruber / Elenco: Charlton Heston, Rhonda Fleming, Jan Sterling, Forrest Tucker / Sinopse: Buffalo Bill Cody (Charlton Heston) e Wild Bill Hickok (Forrest Tucker) participam da consolidação da Pony Express, uma linha de comunicação entre as costas leste e oeste dos Estados Unidos. Formada por bravos homens montados a cavalo, eles levavam mensagens de um lado ao outro do país.
Pablo Aluísio.
Outro aspecto a se considerar vem da interpretação de Charlton Heston no papel de Búfalo Bill. Como se sabe Bill foi o dono de um espetáculo de velho oeste que cruzava os Estados Unidos em bem sucedidas turnês. Em determinado momento de sua vida ele virou mais um artista de palco do que qualquer outra coisa. Tanto que fundou uma empresa circense, especializada em apresentações de cowboys e índios, que o tornaram muito rico. O enredo desse filme passa longe disso, procurando mostrar o personagem em sua juventude, mas isso não inibiu Heston que encontrou o tom certo para Búfalo Bill, embora fossem fisicamente bem diferentes. O verdadeiro Bill era loiro com grandes cabelos e bigode espalhafatoso. Também usava roupas chamativas e exageradas, fora dos padrões. Heston tem a aparência de um cowboy comum no filme, em nada diferente das demais pessoas. Claro que o filme não avança muito nesse aspecto de se preocupar com fatos históricos da biografia de Búfalo Bill. Tente comparar com a caracterização que Paul Newman faria de Bill anos mais tarde desse mesmo personagem e você entenderá a diferença substancial entre as duas interpretações. No saldo geral é um bom western valorizado pelo enredo que presta homenagem aos cavaleiros da Pony Express que, com seus esforços, mantiveram uma nação unida, de costa a costa, apesar de todas as dificuldades.
As Aventuras de Búfalo Bill (Pony Express, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Jerry Hopper / Roteiro: Charles Marquis Warren, Frank Gruber / Elenco: Charlton Heston, Rhonda Fleming, Jan Sterling, Forrest Tucker / Sinopse: Buffalo Bill Cody (Charlton Heston) e Wild Bill Hickok (Forrest Tucker) participam da consolidação da Pony Express, uma linha de comunicação entre as costas leste e oeste dos Estados Unidos. Formada por bravos homens montados a cavalo, eles levavam mensagens de um lado ao outro do país.
Pablo Aluísio.
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