Esse filme conta a história real do criminoso Jacques Mesrine (Vincent Cassel). Ele foi um dos mais infames assaltantes de bancos na França entre as décadas de 1960 e 1970. Ele serviu o exército francês na Argélia e participou de sessões de tortura contra membros da resistência daquela colônia. De volta a Paris decidiu que iria tomar um novo rumo em sua vida. Tentou arranjar alguns empregos regulares, mas o salário era ruim. Assim, segundo o exemplo de um amigo, entrou para o mundo do crime. Começou roubando casas, depois conheceu um criminoso mais graduado, interpretado pelo ator Gérard Depardieu, que lhe colocou em outro patamar, roubando bancos. Sua barra começou a ficar tão pesada em Paris que ele decidiu ir embora para Quebec, no Canadá. Uma vez lá continuou cometendo crimes, sequestrando um homem rico a quem prestou serviços antes de decidir sequestra-lo. Pego pela polícia foi deportado para a França, onde foi parar em uma prisão de segurança máxima, onde foi submetido a um regime de plena violação de seus direitos humanos. A tortura contra prisioneiros estava na ordem do dia dos guardas.
O interessante é que os produtores decidiram rodar dois filmes ao mesmo tempo. Como a história de Jacques Mesrine era bem farta em termos de crimes e fugas, decidiram que um só filme seria pouco para contar sua história. Esse primeiro filme assim conta apenas parte da sua história, algo complementado na parte 2. O ator Vincent Cassel, como sempre, está ótimo na pele desse criminoso celebridade. O roteiro também é um ponto positivo pois não glamoriza o bandido, mostrando inclusive suas piores partes, como espancar a própria mulher. Com boa produção reproduzindo os carros e roupas dos anos 60 e 70, esse filme se torna uma boa opção, tanto para quem gosta de filmes policiais, como para quem tem curiosidade de conhecer a vida desse criminoso francês.
Inimigo Público nº 1 (L'instinct de mort, França, 2008) Direção: Jean-François Richet / Roteiro: Abdel Raouf Dafri, baseado no livro escrito por Jacques Mesrine / Elenco: Vincent Cassel, Cécile de France, Gérard Depardieu / Sinopse: O filme conta a história do criminoso Jacques Mesrine, conhecido por seus assaltos a bancos, roubos a casas e assassinatos. Nesse primeiro filme o roteiro explora seus primeiros anos no mundo do crime, logo após deixar o exército francês.
Pablo Aluísio.
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sábado, 13 de fevereiro de 2021
quarta-feira, 1 de maio de 2019
Mademoiselle Vingança
Produção francesa lançada pelo Netflix. A historia conta um caso de amor. Após ficar viúva, a Madame de La Pommeraye passa a ser cortejada pelo marquês des Arcis, O problema é que ele tem péssima reputação. É considerado na corte como um Don Juan aventureiro, um galanteador que não consegue ter um relacionamento sério com nenhuma mulher. Na verdade ele faz uma coleção de conquistas, todas sem ir a lugar nenhum. Apenas para satisfazer seu ego. No começo ela resiste, até faz piadas com suas declarações de amor, mas depois de um tempo não consegue mais resistir e cede aos seus avanços amorosos. Bom, não seria por falta de aviso que ela cairia na armadilha de um sujeito como aquele, só que quando se deu conta já era tarde demais.
O filme tem ótimo diálogos, todos extremamente bem escritos. Essa é uma característica bem conhecida dos filmes franceses. O problema é que a produção deixa muito a desejar. Fazer filmes de época é complicado, é necessário caprichar nos figurinos, nos cenários luxuosos, no glamour. Nesse quesito o filme falha. Também comete alguns erros históricos irritantes. Em determinada cena Madame de La Pommeraye mostra um quadro de seu falecido marido. Só que aquele quadro mostrado por ela é uma conhecida obra de pintura retratando o Rei Luís XVI. Imagine a cara de decepção do espectador mais culto e conhecedor de história ao se deparar com um erro desses! Parte do charme se vai para não mais voltar. Então é isso. Um filme irregular, com excelentes linhas de diálogo e produção capenga, que não consegue ficar à altura da época histórica que retrata.
Mademoiselle Vingança (Mademoiselle de Joncquières, França, 2018) Direção: Emmanuel Mouret / Roteiro: Emmanuel Mouret, baseado na obra de Denis Diderot / Elenco: Cécile de France, Edouard Baer, Alice Isaaz / Sinopse: Rica viúva, a Mademoiselle de Joncquières passa a ser cortejada por um nobre com fama de mulherengo e conquistador.
Pablo Aluísio.
O filme tem ótimo diálogos, todos extremamente bem escritos. Essa é uma característica bem conhecida dos filmes franceses. O problema é que a produção deixa muito a desejar. Fazer filmes de época é complicado, é necessário caprichar nos figurinos, nos cenários luxuosos, no glamour. Nesse quesito o filme falha. Também comete alguns erros históricos irritantes. Em determinada cena Madame de La Pommeraye mostra um quadro de seu falecido marido. Só que aquele quadro mostrado por ela é uma conhecida obra de pintura retratando o Rei Luís XVI. Imagine a cara de decepção do espectador mais culto e conhecedor de história ao se deparar com um erro desses! Parte do charme se vai para não mais voltar. Então é isso. Um filme irregular, com excelentes linhas de diálogo e produção capenga, que não consegue ficar à altura da época histórica que retrata.
Mademoiselle Vingança (Mademoiselle de Joncquières, França, 2018) Direção: Emmanuel Mouret / Roteiro: Emmanuel Mouret, baseado na obra de Denis Diderot / Elenco: Cécile de France, Edouard Baer, Alice Isaaz / Sinopse: Rica viúva, a Mademoiselle de Joncquières passa a ser cortejada por um nobre com fama de mulherengo e conquistador.
Pablo Aluísio.
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