sexta-feira, 1 de junho de 2018

Caçadores de Emoção: Além do Limite

Não se trata de um remake e nem tampouco de uma continuação do primeiro filme. Na realidade isso tudo se resume na tentativa do estúdio em transformar esse novo filme no pontapé inicial de uma nova franquia de filmes de ação. Bom, se você tem mais de 40 anos de idade vai lembrar do primeiro filme, lá de 1991. Keanu Reeves era um jovem agente do FBI que se infiltrava numa galera amante de esportes radicais. O líder deles era um saudável surfista interpretado por Patrick Swayze. Embora com roteiro básico o filme pode ser considerado facilmente como um dos melhores de ação daquela década. Tudo bem contrabalanceado em termos de cenas envolvendo esportes radicais. As cenas de roubo a bancos também não deixavam a desejar. Tudo muito bom para falar a verdade. Bons tempos.

O tempo passou e os produtores viram que a ideia daquele filme de 91 poderia servir como arco para uma nova série ou um novo filme. Escolheram pelo segundo. Essa segunda produção tem ótimas cenas de ação, envolvendo novamente esportes radicais, inclusive algumas modalidades que nem existiam nos anos 90, entre elas aquele estranho (e suicida) esporte onde os praticantes pulam de alturas absurdas usando apenas uma roupa especial para literalmente voar por aí. Não é uma boa ideia, recentemente vários praticantes morreram praticando esse tal de Wingsuit; A não ser que você queira brincar com sua vida não faça o que se vê na tela. Aliás se tem alguém que merece todos os elogios são os dublês desse novo filme. Sem astros conhecidos, sem ter um roteiro que difere do primeiro filme e com uma direção apenas OK, o que se destaca mesmo nesse novo filme são os dublês. Claro que nem tudo foi feito por eles - nas cenas mais perigosas o uso da computação gráfica se torna óbvia - mas o trabalho da equipe de dublês dessa produção merece todo o destaque. O filme só existe por causa deles e se mantém algum interesse é justamente pelo trabalho que desenvolveram, arriscando suas vidas em praticamente todas as tomadas. 

Caçadores de Emoção: Além do Limite (Point Break, Estados Unidos, 2015) Direção: Ericson Core / Roteiro: Kurt Wimmer, Rick King / Elenco: Edgar Ramírez, Luke Bracey, Ray Winstone / Sinopse: Após um roubo milionário e uma fuga espetacular.onde os criminosos pulam de um prédio de 100 andares, o FBI chega na conclusão que esse tipo de assaltante só poderia ser um expert em esportes radicais. Por isso infiltra um de seus mais jovens agentes, para descobrir a identidade de cada um dos membros da quadrilha. Filme indicado ao prêmio World Stunt Awards, o Oscar dos dublês.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. Caçadores de Emoção
    Além do Limite
    Pablo Aluísio.

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  2. Pablo:

    O que esse pessoal, por falta de inteligencia, não sacou é que a sequencia de Caçadores de Emoções já havia sido filmada com muito sucesso e, ainda por cima, gerou mais sete continuações. Chama-se Velozes e Furiosos.

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  3. Hahahaha...

    ótima observação Serge!

    Nem eu pensei nisso. É a pura verdade!

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  4. Pablo:
    Por causa do seu post fui ver esse Point Break. Bom, o protagonista é tão fraco que faz o Keanu Reeves parecer o Orson Welles. Tem muitos mais defeitos, mas vou me concentrar no que mais me incomodou. A filosofia.
    No primeiro filme os ladrões, que não eram super atletas, mas apenas bons surfistas, roubam bancos para financiar seu estilo de vida hedonista e para contestar o sistema, simples assim.
    Nesta “refilmagem” não. Os ladrões são “Robin Hoods” eco-terroristas, com uma insuportável mensagem politicamente correta com diálogos tão babacas que dão vergonha alheia em quem assiste e que só nos aborrece o filme todo. Isso pra não falar em hiper-atletas que só bebem, fumam maconha, trepam e mesmo assim são o melhores em todo o tipo de esporte suici...digo, radicais.
    Que filme besta e absolutamente desnecessário. Como você já disse só se salvam, até literalmente, os dublês. Aquela avalanche de pedras feita com CGI é falsa até a medula. Credo!

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  5. Como pacote o filme claro tem inúmeros problemas. Roteiro quasse inexistente, elenco de desconhecidos e inexpressivos... Só há salvação nas cenas de ação, mesmo assim quando reais, feitas por dublês. Na computação gráfica há de tudo, do bom, do médio e do ruim.

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