Título no Brasil: Confissões de um Espião Nazista
Título Original: Confessions of a Nazi Spy
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Anatole Litvak
Roteiro: Milton Krims, John Wexley
Elenco: Edward G. Robinson, George Sanders, Francis Lederer, Paul Lukas, Henry O'Neill, Dorothy Tree
Sinopse:
Um americano de origem alemã, desempregado e precisando ganhar dinheiro para sustentar sua família, aceita fazer serviços de espionagem para a Alemanha nazista de Hitler. Assim começa a passar informações militares dos Estados Unidos para espiões do III Reich, o que leva o agente do FBI Edward Renard (Edward G. Robinson) a abrir uma investigação para descobrir todo o aparato de espionagem.
Comentários:
Bom filme que fica ainda melhor se levarmos em conta alguns fatos históricos importantes. O primeiro deles é saber que essa produção foi realizada em 1939, ou seja, antes dos Estados Unidos entrarem na II Guerra Mundial. O nazismo naquela época era visto como algo absurdo pelos americanos, mas o governo do país não parecia disposto a entrar em mais um conflito de proporções épicas, onde muitos soldados e militares iriam morrer nos campos de batalha da Europa (algo que havia acontecido na I Guerra e que o povo americano não queria ver se repetir). Assim como Chaplin em "O Grande Ditador" esse filme também não perde tempo, se posicionando claramente contra o regime nazista, colocado aqui como vilão. O roteiro também chama bastante a atenção por não ter uma linha narrativa tão tradicional, ao invés disso segue por um estilo do tipo mosaico, com inúmeros personagens dispersos que depois vão se encontrar já perto do final do filme em um mesmo momento da trama. O ator Edward G. Robinson interpreta um agente do FBI, mas só aparece bem depois, quando todo o esquema de espiões de Hitler já se encontra bem montado e funcionando. O ator aliás foi peça central na produção desse filme já que a Warner tinha receios de produzir algo tão incisivo. Robinson porém estava decidido em bater de frente com a ideologia nazista e nem pensou duas vezes em enfrentar Hitler e seus seguidores, pelo menos no cinema. Fica assim a lição de história e de bom cinema, onde a sétima arte foi colocada à serviço de bons ideais.
Pablo Aluísio.
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