sábado, 18 de outubro de 2008

Crônicas do Cinema Adulto - Parte 36

A atriz Rochelle Travis adotou o nome de Holly Body para entrar no pornô em 1993. Ela vinha de uma vida familiar complicada, com pais entregues ao alcoolismo. Adotou então um estilo de vida rebelde. Largou a escola e foi tentar uma vida diferente. Como era muito bonita, com voz sensual, tentou entrar no ramo da moda, objetivando uma carreira de modelo. Não deu certo. A saída encontrada foi fazer sessões de fotografia de nudez feminina. Daí para os filmes adultos foi um pulo. Essa californiana não era uma loira de olhos azuis como muitas das pornstars. Ela tinha um estilo diferente. Morena, com lindos cabelos pretos, tinha seios naturalmente grandes que logo abriram as portas das companhias que faziam filmes pornôs. O saldo disso? 113 filmes em sua lista de produções adultas.

Na imensa maioria dos filmes foi apenas uma atriz coadjuvante, quase nunca aparecendo nas capinhas dos vídeos VHS (era o auge das locadoras na época!). Mesmo assim logo me chamou a atenção. Logo passei a procurar filmes onde ela estava no elenco, sem me importar com a estrela principal da fita. Um fato interessante é que ela foi uma das primeiras atrizes de filmes eróticos a abrir um site pessoal, com material próprio. Não durou muito, mas foi uma iniciativa interessante.

A carreira foi acabando por alguns motivos negativos. Boatos diziam que ela atuava como prostituta nas ruas de Los Angeles. Outros afirmavam que tinha contraído AIDS com Marc Wallace, um conhecido ator pornô dos anos 90 que realmente fez várias cenas com ela. A Holly então usou seu próprio site para negar tudo, o que foi ainda pior pois o boato se espalhou ainda mais entre os produtores pornôs. E isso significava entrar em uma espécie de lista negra pois nenhuma produtora queria ser processada caso algum ator ou atriz se contaminasse com AIDS.

Entretanto nada disso foi pior do que uma péssima cirurgia plástica que fez. Ela tinha um rosto lindo, maravilhoso mesmo que acabou ficando totalmente diferente. Uma daquelas plásticas que mudam as feições da pessoa. Simplesmente horrível! Depois disso ela foi sumindo do mapa. Surgiu novamente em busca de doações para uma fundação contra a delinquência juvenil. Afirmou que havia sido rebelde na juventude e que se arrependia disso. Queria ajudar os jovens de hoje. Sem dúvida um belo final para a história dessa mulher.

Pablo Aluísio.

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