sábado, 8 de junho de 2019

Dumbo

Gostei demais dessa nova versão de "Dumbo". A versão original é o famoso desenho animado da Disney feito na década de 1940. Como o estúdio está fazendo a cada ano novas versões de suas antigas animações clássicas já era esperado esse novo filme. Devo dizer que o diretor Tim Burton realizou um excelente trabalho. Com um orçamento de 170 milhões de dólares ele fez não apenas um filme tecnicamente perfeito, mas também com muito coração. O Dumbo aqui é totalmente digital, porém passa uma expressividade que impressiona. A tecnologia em computação gráfica atingiu uma perfeição nesses últimos anos que fica quase impossível distinguir o que é real do que é criado por computador. Os olhos do Dumbo passam muito sentimento e alma. Realmente impressionante.

Além disso Tim Burton acertou também na escolha do elenco. Velhos parceiros do diretor retornam como Michael Keaton, aqui como um empresário inescrupuloso do mundo do entretenimento. Porém há também caras novas como a ótima  Eva Green. Ela sempre teve um estilo gótico que combina muito bem com o próprio estilo de Tim Burton. É de se admirar que tenham trabalhado poucas vezes juntos antes! Aqui temos mesmo um elenco perfeitamente adequado ao clima do filme. Até mesmo  Colin Farrell surpreende como o sujeito que se apresentava como cowboy no picadeiro e que acaba perdendo seu braço na guerra, voltando para retomar sua vida, agora viúvo e com dois filhos pequenos para criar.

E por falar em picadeiro, circos, etc, esse é um mundo em que Tim Burton se sentiu completamente à vontade. Todos os seus filmes sempre tiveram essa direção de arte muito própria. O mundo de um circo do começo do século XX com aquele misto de decadência e arte combinaram perfeitamente com o modo de ser de Burton. Até mesmo o circo mais moderno para o qual Dumbo vai mantém aquele estilo vintage que traz muito para o filme como um todo. De todas essas novas versões da Disney para seus velhos clássicos esse "Dumbo" foi um dos que mais me agradaram. O roteiro também explora, com muita sensibilidade, a questão da exploração dos animais nos circos. Uma bela mensagem sobre o direito dos animais de viverem livres em seu habitat natural. Enfim temos aqui um excelente filme, simplesmente imperdível para quem aprecia os filmes da Disney.

Dumbo (Estados Unidos, 2019) Direção: Tim Burton / Roteiro: Ehren Kruger, baseado no romance de Helen Aberson / Elenco: Colin Farrell, Michael Keaton, Eva Green, Danny DeVito, Alan Arkin / Sinopse: Em um pequeno circo decadente nasce Dumbo, um elefante com enormes orelhas. Inicialmente dado como esquisito ele surpreende a todos quando mostra que pode voar! O que poderia ser mais atrativo para um circo do que isso? Claro que com o sucesso logo pessoas inescrupulosas chegam para tentar explorar esse novo astro circense.

Pablo Aluísio.

Apollo 11

Documentário sobre a missão espacial Apollo 11. Nessa missão histórica o astronauta Neil Armstrong se tornaria o primeiro homem a tocar suas botas no solo lunar. Um feito realmente grandioso. O documentário em si é bem objetivo. Não ha narração. Tudo o que se ouve são os áudios extraídos da própria missão. Astronautas se comunicando com sua base. Nada mais. Já as imagens são bem impressionantes. Tenta-se captar com elas não apenas a missão em si, mas também a reação do público que acampou perto da base de lançamento para assistir a tudo, em primeiro mão. Corria o ano de 1969 e muitas das imagens captadas em velhas câmeras super-8 também fazem parte do acervo de imagens que vemos aqui.

É um bom complemento ao filme que recentemente foi lançado mostrando a mesma missão, só que com atores. Nesse aqui vemos os próprios astronautas, com a equipe formada por Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, momento antes de decolar, no espaço e finalmente na Lua, no momento em que tocaram seu solo. A única crítica que eu teceria sobre tudo não se refere ao documentário, mas sim à própria NASA. É impressionante como uma missão tão importante para a história da humanidade não tenha contado com um plano de filmagem mais bem elaborado. Quando Buzz desce da Eagle, por exempo, ao invés de Neil Armstrong filmar a icônica cena ele apenas tira três fotos! Foi realmente uma falta de planejamento por parte da agência espacial americana. No mais vale como registro. Se o tema lhe interessa e você deseja captar o clima e a tensão que aconteceram naquele momento não vejo nada no mercado tão bom como esse filme.

Apollo 11 (Estados Unidos, 2019) Direção: Todd Douglas Miller / Roteiro: Todd Douglas Miller / Elenco: Neil Armstrong, Buzz Aldrin, Michael Collins, Jim Lovell, Joan Ann Archer, Janet Armstrong / Sinopse: Esse documentário conta, em imagens e áudios reais, a história da missão espacial Apollo 11 que colocou o primeiro homem em solo lunar. Filme vencedor do prêmio de Melhor Documentário no Sundance Film Festival.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Van Helsing - Missão Londres

Título no Brasil: Van Helsing - Missão Londres
Título Original: Van Helsing: The London
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Cartoon Studios
Direção: Sharon Bridgeman
Roteiro: Garfield Reeves-Stevens, Judith Reeves-Stevens
Elenco: Hugh Jackman, Robbie Coltrane, David Wenham, Grey Griffin, Dwight Schultz, John DiMaggio

Sinopse:
Gabriel Van Helsing (Hugh Jackman) é enviado pelo Vaticano para uma nova missão nas ruas escuras de Londres. Uma série de crimes envolvendo mulheres precisa ser desvendado. Caberá a Van Helsing solucionar as mortes, descobrindo a identidade do assassino.

Comentários:
É uma animação que serviu de complemento ou de publicidade a mais para o filme "Van Helsing", aquele mesmo com o ator Hugh Jackman como o protagonista. Aliás o ator aqui decidiu dublar o personagem também na animação, algo raro em sua carreira. É curioso, porque na obra original "Drácula" de Bram Stoker, o Van Helsing é um velhinho, um professor de idade avançada que resolve enfrentar o conde vampiro. Já no filme (e nessa animação) o Van Helsing virou um homem jovem, forte e cheio de armas especialmente produzidas para lidar com todos os tipos de monstros. Claro, esse tipo de "nova roupagem" soa estranha e desproporcional sob qualquer ponto de vista. E para enrolar ainda mais o meio de campo a animação traz o vilão Mr. Hyde de "O Médico e o Monstro". Até uma Rainha Vitória que vai da velhice à juventude é colocada no roteiro, mas sinceramente falando nada disso ajuda muito. Considerei essa animação bem fraca.

Pablo Aluísio.

Batman do Futuro - O Retorno do Coringa

Título no Brasil: Batman do Futuro - O Retorno do Coringa
Título Original: Batman Beyond - Return of the Joker
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: DC Comics, Warner Bros
Direção: Curt Geda
Roteiro: Paul Dini
Elenco: Will Friedle, Mark Hamill, Kevin Conroy, Angie Harmon, Dean Stockwell, Teri Garr

Sinopse:
Após décadas desaparecido o criminoso Coringa (Mark Hamill) está de volta a uma Gotham City do futuro, onde tudo parece diferente, menos a sede de vingança do palhaço assassino e psicopata. Seu objetivo seria se vingar do Batman original, mas como ele não mais existe, ele foca em Terry McGinnis, o Batman do futuro.

Comentários:
Animação baseada nos personagens criados por  Bob Kane. Essa versão futurista do Batman nunca pegou muito bem. Se não me enganou seu título mensal de quadrinhos já foi há bastante tempo cancelado nos Estados Unidos (por falta de vendas) e no Brasil ele nunca chegou a ter uma edição própria. De qualquer maneira a Warner ainda tentou emplacar esse novo Batman lançando uma série de desenhos animados e essa animação em longa-metragem que chegou a ser lançada no Brasil no mercado de video (idem nos Estados Unidos). No geral não temos nada de muito importante. O único aspecto que merece algum elogio a mais vem do elenco de dubladores com destaque para o "Luke Skywalker" de Star Wars Mark Hamill que se especializou em dublar o Coringa! Seu trabalho é realmente excepcional, por isso assista a versão legendada para não perder seu trabalho. E o que dizer do veterano Dean Stockwell dando voz ao Robin Tim Drake? Só muito talento para colar algo assim. Então é isso. O tal Batman do Futuro nunca chegou a dar muito certo, mas pelo menos rendeu alguns momentos de pura diversão como temos aqui.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Deeply: O Segredo

Título no Brasil: Deeply: O Segredo
Título Original: Deeply
Ano de Produção: 2000
País: Canadá, Alemanha
Estúdio: Bellwood Stories
Direção: Sheri Elwood
Roteiro: Sheri Elwood
Elenco: Kirsten Dunst, Lynn Redgrave, Julia Brendler, Trent Ford, Alberta Watson, Anthony Higgins

Sinopse:

O filme conta a história de uma jovem que perde seu namorado ainda muito cedo. Claro que um drama como esse lhe causa grande trauma emocional e psicológico. Ela então decide se recuperar numa ilha próxima ao continente e lá conhece uma velha escritora que lhe dará algumas lições de vida.

Comentários:
É um bom drama de época, um desses romances ao estilo antigo que hoje em dia se tornam cada vez mais raros. O filme tem boa fotografia, uma reconstituição de época correta e a boa presença da atriz Kirsten Dunst. Sua personagem é uma mocinha que ainda precisa entender o destino e as reviravoltas que podem acontecer na vida de cada pessoa. Assim temos um lado bem romântico aliado a um lado mais ácido da vida. Lynn Redgrave interpreta a velha senhora, uma mulher que procura um sentido na vida escrevendo histórias e romances, alguns reais, outros frutos de sua imaginação. É um filme até lírico nessa proposta, com muitas cenas impactantes como a bela Kirsten, queimada de sol, correndo pelas areias da praia enquanto a trilha sonora dá o tom mais dramático. Assim se você aprecia esse tipo de filme, mais romantizado, mais sentimental, essa pode ser uma boa opção para o fim de noite.

Pablo Aluísio.

Mutação 2

Título no Brasil: Mutação 2
Título Original: Mimic 2
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Jean de Segonzac
Roteiro: Donald A. Wollheim
Elenco: Alix Koromzay, Bruno Campos, Will Estes, Gaven E. Lucas, Edward Albert, Jon Polito

Sinopse:
Quatro anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, quando todos pensavam que tudo estaria sob controle, novas criaturas geneticamente modificadas começam a emergir dos esgotos de Nova Iorque causando pânico e terror por onde passam.

Comentários:
É curioso que essa franquia "Mimic" não tenha ido muito longe. Filmes com insetos gigantes já eram moda nos anos 1950. Então os produtores do estúdio Dimension pretenderam dar início a uma nova onda desse tipo de filme B, mas não foram muito longe. Nesse aqui investiram apenas 10 milhões de dólares, com quase todo o orçamento direcionado para o setor de efeitos especiais, principalmente nas criaturas que se mostram basicamente como baratas gigantes misturadas com DNA humano. Afinal os monstros são os maiores atrativos dessa fita, isso ninguém discute. Então já sabe, se você não suporta baratas é melhor ficar longe desse filme. No mais o que temos aqui é o velho feeling dos filmes ao estilo trash que fizeram a felicidade de muitos guris ao longo das gerações. No estilo "quanto pior, melhor" o que vale é a diversão de ver todo aquele elenco desconhecido sendo devorado por insetos gigantes. Assim meus caros, isso é basicamente tudo o que você vai encontrar aqui. Compre bastante pipoca, apague as luzes e boa sessão de cinema trash.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Pokémon: Detetive Pikachu

Essa marca Pokémon é uma verdadeira indústria cultural. Está em games, desenhos animados, revista em quadrinhos e centenas de produtos licenciados. Uma verdadeira máquina de fazer dinheiro ao estilo japonês. Agora chega aos cinemas. Certo, algumas animações já tinham sido lançadas nos cinemas antes, mas nada como esse novo filme, todo feito com atores de verdade e muita computação gráfica de última geração. A boa notícia é que dessa vez capricharam mesmo na produção. Claro, é algo feito para a criançada, mas deve-se dizer que os pais também vão curtir, porque é bem divertido no final das contas.

A única crítica maior que eu teria a fazer é essa coisa de transferência de mentes de pessoas para os bichinhos. É algo meio no estilo cyberpunk que não sei se as crianças pequenas vão entender direito. Isso explica porque o Pikachu no filme fala e tem uma personalidade meio cínica. Não me lembro de ver nada parecido nos desenhos, gibis, etc. Se bem que não sou nenhum especialista nesse universo, nesses personagens. Posso até estar exagerando, pois estou aqui subestimando a esperteza das crianças hoje em dia, mas mesmo assim ainda penso que eles deveriam ter escolhido outro caminho, mais bobinho, vamos colocar assim. De qualquer forma, mesmo com esse aspecto mais desconfortável, acabei gostando de praticamente tudo. Valeu assistir, mesmo não fazendo parte do público alvo desse tipo de produção. E os japoneses... bem, eles obviamente vão faturar mais números milionários com esse novo lançamento. São as regras do capitalismo, meu caro!

Pokémon: Detetive Pikachu (Pokémon Detective Pikachu, Estados Unidos, Japão, Canadá, 2019) Direção: Rob Letterman / Roteiro: Dan Hernandez, Benji Samit / Elenco: Ryan Reynolds, Justice Smith, Kathryn Newton, Bill Nighy, Ken Watanabe / Sinopse: Pikachu está de volta! Porém tem problemas. Ele não se lembra de nada e perdeu a pista de seu antigo mestre. Agora ele resolve se unir ao filho de seu antigo criador para localizá-lo, mas essa jornada não será nada fácil pois poderosos vão impedir a dupla de chegar ao seu objetivo. 

Pablo Aluísio.

O Segredo do Sucesso

Título no Brasil: O Segredo do Sucesso
Título Original: Good Advice
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Evolution Entertainment
Direção: Steve Rash
Roteiro: Daniel Margosis, Robert Horn
Elenco:  Charlie Sheen, Angie Harmon, Denise Richards, Jon Lovitz, Rosanna Arquette, Estelle Harris

Sinopse:
O executivo Ryan Turner (Charlie Sheen) tenta a sorte grande em Wall Street, mas se dá muito mal. Sem dinheiro e na bancarrota acaba tendo que ir morar no apartamento da namorada, a jornalista Cindy Styne (Denise Richards). Então ele começa a escrever uma coluna, assinando o nome dela. E pasmem, tudo se torna um grande sucesso editorial!

Comentários:
O ator Charlie Sheen tinha tudo para se tornar o novo Tom Cruise. Além de serem parecidos fisicamente, tinham começado quase na mesma época. Sheen havia atuado em dois clássicos dos anos 80, "Platoon" de Oliver Stone e "Wall Street". Só que ao contrário de Cruise não conseguiu se firmar como astro de primeira grandeza no cinema americano. O que aconteceu? Duas palavras... drogas e sexo! Pois é, Sheen se envolveu em tantos escândalos que seu nome foi se tornando tóxico entre os produtores. Com isso ele foi sumindo das grandes produções, se resumindo em comediazinhas como essa. Sem qualquer relevância cinematográfica maior esse "Good Advice" não serve para muita coisa. É um filme que anda completamente esquecido. O assisti pela TV a cabo lá por maio de 2004 e depois nunca mais revi! Não é mesmo um daqueles filmes que você queira rever. Plenamente esquecível é apenas uma lembrança da decadência de Charlie Sheen no mundo do cinema. Uma ladeira que não teve mais volta!

Pablo Aluísio.