segunda-feira, 13 de maio de 2019

Réquiem Para Matar

Título no Brasil: Réquiem Para Matar
Título Original: Requiescant
Ano de Produção: 1967
País: Itália
Estúdio: Accord-Film, Wild East Productions
Direção: Carlo Lizzani
Roteiro: Renato Izzo, Franco Bucceri
Elenco: Lou Castel, Mark Damon, Pier Paolo Pasolini, Barbara Frey, Mirella Maravidi, Franco Citti

Sinopse:
Filho adotivo de um pastor, em viagem, finalmente chega numa pequena cidade do velho oeste. Descobre que o lugar é aterrorizado por uma quadrilha comandada por um veterano da guerra civil, um ex oficial confederado que usa o medo e o terror para roubar as terras dos pequenos fazendeiros locais.

Comentários:
Mais um faroeste B filmado e produzido na Itália (com dinheiro em parte financiado pelo principado de Mônaco). O valor extra não me pareceu muito eficaz no que diz respeito à produção em si. O filme realmente não enche os olhos do espectador em termos de cenário, figurinos, etc. Tudo é meio precário, o que em se tratando de filmes como esse até que ajuda a entrar no clima de devastação. O enredo novamente serve como pano de fundo para as boas cenas de ação e duelos no meio da poeira do deserto. O protagonista - um pistoleiro bom de mira - usa uma bíblia numa das mãos e um colt na outra. São suas ferramentas de pregação e envio de almas imundas para as fossas do inferno. Um fato curioso é que o filme foi acusado de ser também uma propaganda esquerdista. Tanto o diretor como os roteiristas eram membros do PCI (Partido Comunista Italiano). Por isso houve uma certa má vontade da crítica na época de seu lançamento original. Penso que não é para tanto. Sim, há um toque de luta de classes na estória, mas isso acaba sendo tão periférico que não atrapalha o resultado final da película que dentro de seu sub-gênero de western até que funciona bem.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de maio de 2019

Duelo de Ambições

A trama do filme é simples: dois cowboys são contratados para levar um grande rebanho de gado do Texas até o território selvagem de Montana. Essa era uma travessia que até aquele momento não havia sido feita, uma vez que o caminho era infestado por tribos hostis como os Sioux e ladrões de gado (até o exército americano evitava circular por aquela região). O filme foi dirigido pelo grande Raoul Walsh e prometia, pela sinopse, ser realmente grandioso, como os grandes clássicos do western dos anos 50. Infelizmente a estrutura do roteiro não me agradou muito e posso inclusive apontar o erro dele: a presença de Jane Russell no elenco. Nada contra ela, gosto de suas atuações, além do que sua parceria com Marilyn Monroe em "Os Homens Preferem as Loiras" entrou para história do cinema. O problema é que com Jane em cena o diretor acabou se perdendo. O filme ficou meloso, fora de foco. O que era para ser um exemplo de "filme de macho" com todos aqueles atos de bravura e luta para atravessar o velho oeste acabou virando com Jane um romance banal, sem muitos atrativos.

Analisando bem o problema não se resume a ela. O fato é que com Clark Gable em cena os roteiristas não resistiram e investiram mais uma vez na sua velha imagem de galã (que já estava com prazo de validade vencido na época pois ele inegavelmente surge em cena envelhecido, pouco viril e com claros sinais que a idade finalmente havia chegado). As intensas provocações de Jane para com Gable fazem com que o filme caia no lugar comum, com direito inclusive a músicas cantadas por Russell (algo que na minha opinião não caiu muito bem). Fica naquele joguinho de tensão sexual entre eles sem nunca chegarem aos "finalmente"! Além disso tem o inevitável triângulo amoroso envolvendo ainda o personagem do ator Robert Ryan. Pena que Raoul Walsh não preferiu filmar uma produção mais focada na travessia do gado e menos no romance açucarado. De qualquer forma, mesmo com essas restrições, ainda indico esse "Os Homens Altos" (tradução literal do título original) para os fãs de faroeste. No mínimo será curioso assistir. Obs: No Brasil o filme também recebeu o título de "Nas Garras da Ambição". Era comum nos anos 50 os filmes receberem mais de um título (geralmente quando passava na TV depois as emissoras mudavam os títulos ao seu bel prazer).

Duelo de Ambições (The Tall Men, EUA, 1955) Direção de Raoul Walsh / Roteiro: Sidney Boehm, Frank S Nugent / Elenco: Clark Gable, Jane Russel, Robert Ryan / Sinopse: Dois cowboys são contratados para levar um enorme rebanho de gado do Texas até o território de Montana; No caminho enfrentarão vários desafios como bandidos e tribos selvagens hostis, os Sioux.

Pablo Aluísio.

Buffalo Bill Volta a Galopar

Título no Brasil: Buffalo Bill Volta a Galopar
Título Original: Buffalo Bill Rides Again
Ano de Produção: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Jack Schwarz Productions
Direção: Bernard B. Ray
Roteiro: Frank Gilbert, Barney A. Sarecky
Elenco: Richard Arlen, Jennifer Holt, Lee Shumway

Sinopse:
No velho oeste do século XVIII, três grupos disputam as mesmas terras. Os rancheiros querem se estabelecer na região para a criação de gado e cavalos. Os nativos desejam a recuperação das vastas planícies que agora estão dominadas pelo homem branco e por fim um grupo de bandoleiros pretendem expulsar todos do local, pois há ricas jazidas de petróleo nas montanhas. É justamente no meio desse conflito prestes a explodir que chega Buffalo Bill (Richard Arlen) com a missão de restaurar a paz.

Comentários:
Mais um bangue-bangue que traz o conhecido personagem de Buffalo Bill. Aqui ele apresenta ares de pura ficção - nada tendo a ver com o Buffalo Bill da história real. Aliás é curioso notar que durante os anos 1940 Bill assumiu características de outros heróis conhecidos do velho oeste, ora se comportando como um Zorro, defensor dos pobres e oprimidos, ora passeando pelas dunas de xerifes como Bat Masterson. Na realidade Bill foi apenas um homem de negócios do ramo das diversões, que criou um show de variedades do oeste selvagem e ganhou muito dinheiro com essas apresentações. Era um homem circense e não o intrépido pistoleiro e justiceiro que vemos em filmes como esse. De qualquer forma "Buffalo Bill Rides Again" funciona muito bem como diversão. O galã Sylvanus Richard Van Mattimore ou melhor dizendo Richard Arlen (1899 - 1976) interpreta Buffalo Bill. Ele foi um dos mais produtivos atores de Hollywood. Sua carreira começou na década de 1920 e ele só parou mesmo quando a idade o impediu de continuar trabalhando, já nos anos 1970 (ou seja teve uma longa carreira de 50 anos no ramo da indústria cultural americana). No total participou de incríveis 179 filmes e foi mais do eclético, passeando por praticamente todos os gêneros. Além de muitos filmes de aventura e western, também teve intensa carreira na TV. Ele também se notabilizou por estar no elenco do primeiro filme vencedor do Oscar, o épico de aviação "Asas" de 1927. Rever Arlen com o figurino típico de Bill não deixa de ser um grande prazer para os saudosistas. Assim deixamos essa dica desse faroeste que hoje em dia anda pouco lembrado, mas que certamente vale muito a pena conhecer. 

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de maio de 2019

Pistoleiros do Entardecer

Grande filme! Esse western mostra muito bem a diferença que faz um grande diretor. Veja, tinha tudo para ser mais um faroeste de rotina da carreira de Randolph Scott, mas isso seria óbvio demais. Sam Peckinpah consegue reverter certas máximas do gênero ao mesmo tempo em que é respeitoso à mitologia do velho oeste. Ao contrário de usar personagens que são indiscutivelmente mocinhos ou bandidos, o diretor coloca em cena sujeitos dúbios, que transitam entre cometer crimes ou protagonizar momentos de grande honra pessoal. É o caso de Gil Westrum (o último personagem da carreira de Randolph Scott que abandonaria o cinema logo após). Gil tem como objetivo roubar o ouro que foi contratado a transportar mas como acompanhamos no desenrolar do filme esse é apenas o ponto de partida de tudo o que acontecerá nas montanhas.

É bom frisar porém que a estética da violência que seria marca registrada do diretor ainda não está presente nesse filme, o que era de se esperar. Filmado na primeira metade dos anos 60 o cineasta ainda não havia levado às últimas consequências suas escolhas estéticas e cinematográficas. Mesmo assim o filme é surpreendentemente bem roteirizado, com um clímax excelente, de tirar o chapéu. No final quem melhor define a essência do filme é a personagem Elsa (interpretada pela atriz Meriette Hartley). Ela explica que sempre foi levada a crer que havia o bem e o mal absolutos na vida, mas que depois de tudo o que passou compreendeu que na vida há pessoas que transitam de um lado ao outro, em uma zona cinzenta, tal como os personagens desse western. Uma conclusão simplesmente perfeita. Enfim, esse é um filme indispensável para se ter na coleção. Não apenas é uma excelente obra cinematográfica, mas também marcou o gênero por trazer a última participação de Randolph Scott no cinema, por ter essa rara parceria entre ele e o ator Joel McCrea e como se isso não fosse o bastante por ser um filme assinado pelo grande Sam Peckinpah. Todos esses são motivos que o colocam entre os grandes clássicos da era de ouro do cinema americano.

Pistoleiros do Entardecer (Ride the High Country, EUA, 1962) / Direção: Sam Peckinpah / Roteiro:N.B. Stone Jr./ Com Randolph Scott, Joel McCrea, Mariette Hartley, Ron Starr e Edgar Buchanan / Sinopse: Steve Judd (Joel McCrea), um ex- xerife, é contratado para levar um carregamento em ouro por um território hostil. Para ajudar nessa tarefa ele chama Gil Westrum (Randolph Scott). A parceria parece perfeita, porém na verdade Westrum tem outros planos para todo aquele ouro. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Revelação (Mariette Hartley).

Pablo Aluísio.

O Último Duelo

Título no Brasil: O Último Duelo
Título Original: The Cimarron Kid
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Budd Boetticher
Roteiro: Louis Stevens
Elenco: Audie Murphy, Beverly Tyler, James Best
  
Sinopse:
Bill Doolin (Audie Murphy) é um jovem acusado injustamente de roubo por funcionários corruptos da estrada de ferro. Revoltado pelas falsas acusações e perseguido por homens da lei, ele não vê outra alternativa a não ser se juntar à quadrilha dos Daltons, velhos amigos de longa data. Como pistoleiro acaba adotando o nome de The Cimarron Kid. Em pouco tempo sua destreza no gatilho o torna um nome conhecido. O problema é que outro membro de sua própria gangue resolve lhe trair, o que o deixa em uma situação delicada. Fugitivo, ele sonha em se esconder em algum país da América do Sul ou no México para tentar recomeçar sua vida ao lado da mulher que ama.

Comentários:
Budd Boetticher foi um dos mestres do western americano nos anos 1950. Dono de um estilo muito eficiente de rodar filmes baratos, mas bem cuidados, Boetticher conseguiu o reconhecimento dos fãs do gênero. Ao longo de várias décadas trabalhou ao lado de grandes nomes do faroeste como Randolph Scott. Aqui ele dirigiu outro astro dos filmes de bang bang, o veterano da Segunda Guerra Mundial Audie Murphy. As portas de Hollywood foram abertas porque ele foi um herói de guerra, o militar mais condecorado desse conflito sangrento que varreu o mundo na década de 1940. De volta à vida civil viu no cinema uma oportunidade de fazer carreira e contou com a sorte de ser dirigido por grandes cineastas como o próprio Budd Boetticher. Ao longo dos anos a Universal o escalou para uma série de filmes de western, sendo algumas produções B, que tinham como objetivo testar sua força nas bilheterias. Depois de interpretar Jesse James em "Cavaleiros da Bandeira Negra" e ter um belo sucesso com "A Glória de um Covarde" o estúdio finalmente se convenceu que tinha um astro em mãos. Assim "O Último Duelo" só confirmaria ainda mais a estrela de Murphy. Um bom western que realmente não fica nada a dever aos bons faroestes de sua época.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Vidro

É o fim de uma trilogia. O primeiro filme foi lançado em 2000. Era "Corpo Fechado" e trazia Bruce Willis interpretado um homem praticamente indestrutível que sobrevivia a um grande desastre de trem. Após isso ele se tornava um vigilante, um tipo de justiceiro nas ruas, defendendo pessoas indefesas do mundo do crime. Depois veio o segundo filme intitulado "Fragmentado" que considero o melhor de todos. Nele o público era apresentado a um homem com sérios problemas, um distúrbio mental que o fazia ter inúmeras personalidades convivendo ao mesmo tempo em sua mente. O filme trazia uma brilhante interpretação do ator James McAvoy. Agora o diretor M. Night Shyamalan procurou fechar o ciclo de todas as estórias contadas nos filmes anteriores. Para isso ele tinha que juntar todos os personagens em um só ambiente e o faz, colocando todos eles numa instituição psiquiátrica, misto de clínica de tratamento e prisão. Uma médica tenta convencer que todos estão com uma rara condição, um problema mental, que faz com que eles acreditem que possuem grandes poderes, tais como os super-heróis dos quadrinhos.

E o filme é basicamente isso. Shyamalan joga o tempo todo em seu roteiro com a seguinte pergunta: essas pessoas são mesmo poderosas, fora do normal, ou são simplesmente loucos que precisam de tratamento? Embora eu tenha gostado do filme, tenha achado OK, penso que o roteiro poderia alcançar alturas maiores, explorar outros aspectos. Na busca por finalizar sua trilogia de todo jeito, Shyamalan simplificou demais seu roteiro. Por exemplo, se você estiver em busca de alguma grande reviravolta, típica da filmografia desse cineasta, pode desistir. O roteiro é bem na média, sem maiores surpresas. É a tal coisa, se viu os filmes anteriores e gostou, vá em frente, assista a esse, até para ter uma conclusão de tudo. Só não espere por algo espetacular.

Vidro (Glass, Estados Unidos, 2019) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: M. Night Shyamalan / Elenco: James McAvoy, Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Sarah Paulson / Sinopse: Pessoas com poderes especiais, pelo menos em suas mentes, são confinadas em um hospital-prisão, para que passem por um tratamento psiquiátrico, só que a realidade da situação vai por outro caminho, mostrando outra realidade que poucos esperariam ser possível.

Pablo Aluísio.

Coleção de Posters de Cinema - Aquaman


Os Donos da Rua

Título no Brasil: Os Donos da Rua
Título Original: Boyz n the Hood
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Singleton
Roteiro: John Singleton
Elenco: Cuba Gooding Jr, Laurence Fishburne, Hudhail Al-Amir, Angela Bassett, Lexie Bigham, Morris Chestnut

Sinopse:
O filme "Os Donos da Rua" conta a história de três jovens negros que vivem no gueto Crenshaw de Los Angeles, dissecando questões de raça, relacionamento, violência e perspectivas futuras. Roteiro inspirado em fatos reais. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção e melhor roteiro original.

Comentários:
O melhor momento do diretor John Singleton no cinema. Ele inclusive levou indicação dupla ao Oscar por seu trabalho nesse filme, concorrendo como melhor diretor e roteirista. Nada mal. Aqui o foco é na vida do jovem suburbano, negro e pobre da cidade de Los Angeles. Uma saída para muitos deles seria entrar para o mundo do crime, das gangues violentas, algo que definitivamente nenhum pai iria querer para seus filhos. Laurence Fishburne interpreta o pai que luta para que sua família encontre um destino melhor, incentivando os jovens a praticarem esportes, estudarem, irem para a universidade. O oposto disso seria justamente a vida nas ruas, com uma arma na mão, correndo o risco de morte por parte de uma polícia muitas vezes violenta e racista. Assim "Boyz n the Hood" seria uma espécie de "filme de Spike Lee" com mais violência e ação. A trilha sonora também é destaque, principalmente para os admirares de hip-hop e rap. Enfim, um bom filme que procura retratar o dia a dia da comunidade afro-americana numa periferia de uma grande cidade dos Estados Unidos durante os anos 90.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Vingança a Sangue-Frio

Esse filme é um remake de uma produção sueca chamada "O Cidadão do Ano", que inclusive já comentei aqui no blog. Os americanos remodelaram um pouco seu roteiro, acrescentando inclusive coisas novas, mas a espinha dorsal da história segue sendo basicamente a mesma. O ator Liam Neeson interpreta um trabalhador comum, homem honesto, que ganha a vida limpando as rodovias da neve que cai na região. Um dia ele é informado de uma tragédia. Seu único filho é encontrado morto. A polícia diz que ele sofreu uma overdose de heroína, mas obviamente isso não condiz com a verdade. O velho pai sai para investigar sozinho e descobre que o filho na verdade foi morto por traficantes que o confundiram com outro rapaz de sua idade. Então basicamente o filme vira um conto de vingança, com o personagem de Liam Neeson fazendo justiça com as próprias mãos.

Seria apenas mais um filme com esse temática batida se o roteiro não optasse por também trazer pitadas de humor negro nas cenas. Após cada bandido morto surgem cruzes sinalizando a passagem do sujeito dessa para melhor. Só que as mortes simplesmente não param e tudo fica sadicamente engraçado! O filme original se passava em um lugar inóspito, no norte da Suécia, com muito gelo e nevascas. Mesmo a história sendo agora ambientada nos Estados Unidos o diretor Hans Petter Moland decidiu manter a mesma ambientação. Acertou em cheio já que o enredo pede mesmo por uma certa desolação, um certo sentimento de perda e desilusão e todo aquele deserto branco cai muito bem na forma como o protagonista passa a se comportar, se tornando exatamente isso, um assassino de sangue-frio, algo nada condizente com seu título recém conquistado de o cidadão do ano na pequena cidade nevada. Por fim uma dica para quem curte séries. No papel de uma policial surge a atriz  Emmy Rossum que interpreta a Fiona em "Shameless". Não deixa de ser um atrativo a mais para quem quiser conferir esse novo filme de ação estrelado pelo Liam Neeson.

Vingança a Sangue-Frio (Cold Pursuit, Estados Unidos, 2019) Direção: Hans Petter Moland / Roteiro: Frank Baldwin, Kim Fupz Aakeson, baseados no roteiro original do filme "O Cidadão do Ano" ('Kraftidioten', Suécia, 2014) / Elenco: Liam Neeson, Laura Dern, Micheál Richardson, Emmy Rossum, Tom Bateman / Sinopse: Após a morte de seu filho, o pai, homem honesto e trabalhador, decide descobrir por conta própria o que realmente aconteceu. Acaba descobrindo que o filho foi morto por engano por traficantes de drogas. Assim parte para sua vingança pessoal.

Pablo Aluísio.

A Máscara do Zorro

Título no Brasil: A Máscara do Zorro
Título Original: The Mask of Zorro
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Ted Elliott
Elenco: Antonio Banderas, Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones
  
Sinopse:
Após passar décadas defendendo os injustiçados e oprimidos da Califórnia sob domínio espanhol no século XIX, o velho veterano Don Diego de la Vega (Anthony Hopkins) decide passar o seu legado de Zorro para um jovem chamado Alejandro Murrieta (Antonio Banderas), uma transição complicada já que embora seja um ótimo espadachim, sua personalidade é muito diferente da do Zorro original. Filme indicado aos Oscars de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Apesar do bom elenco, da produção caprichada e do roteiro que muitas vezes valoriza o aspecto mais fanfarrão do personagem, jamais consegui gostar plenamente dessa nova franquia envolvendo o lendário Zorro. A ideia de revitalizar o espadachim mais famoso do cinema partiu de Steven Spielberg em pessoa. Durante muito tempo ele realmente teve a intenção de dirigir o filme, o que fez com que nomes importantes como Anthony Hopkins assinassem contrato para participar do filme. O projeto porém parecia nunca ir em frente, sendo sucessivamente adiado ao longo de três anos. Na última hora porém Spielberg desistiu da empreitada. Ele alegou que estava com a agenda cheia demais, envolvido com dois outros filmes e que por essa razão seria impossível dirigir um terceiro. Resolveu então escolher o diretor Martin Campbell para dirigir o filme. Depois de assistir o resultado final penso que Spielberg realmente caiu fora por causa do fraco argumento e do tom mais farsesco que esse roteiro abraça. Em poucas palavras ele não quis assinar esse projeto. Realmente há muitos problemas, alguns deles impossíveis de se ignorar. A começar pelo elenco. Definitivamente Antonio Banderas exagerou nas caras e bocas, estragando com isso o próprio personagem Zorro que em sua atuação acabou virando um bufão, um retrato desbotado dos grandes atores que deram vida ao Zorro no passado. Ele parece estar convencido que faz parte de uma comédia pastelão! No meio de tantas escolhas equivocadas apenas a presença de Hopkins, como o Don Diego de la Vega original, já envelhecido e aposentado, e a beleza de Catherine Zeta-Jones salvam o filme do desastre completo.

Pablo Aluísio.