sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

The Bear

The Bear
Terminei de assistir às duas primeiras temporadas de The Bear. Gostei do que vi, são bons episódios, bons roteiros e um bom elenco. Até aí tudo bem. O que não consigo entender é o deslumbramento da crítica norte-americana em relação a essa série. Os elogios são exagerados demais. Outro dia cheguei a ler uma paragrafo inacreditável de um jornalista de Boston afirmando que era a melhor série jamais feita! O que se passa na mente de um sujeito como esse?

Talvez o segredo de seu sucesso de crítica tenha sido o formato. A série não é uma sitcom, mas tem episódios com a duração desse tipo de programa com pouco mais de 30 minutos. Isso faz com que o espectador nunca fique cansado ou entediado. Por aí se vê que se a série tivesse a média maior de duração, como nas séries dramáticas em geral, não haveria tantos elogios descabelados pela frente...

E a história contada também é bem simples. Um jovem chef de cozinha, que estava indo muito bem na carreira, trabalhando em grandes restaurantes de Nova Iorque, acaba tendo que voltar para sua cidade natal Chicago após a morte do irmão. Ele provavelmente se envolveu com as pessoas erradas pois era viciado em drogas. 

Então o chef decide levantar o pequeno restaurante do irmão morto. O problema é que ele estava trabalhando em lugares finos de Nova Iorque e aquele pequeno restaurante do brother não passa de uma espelunca que serve sanduíches e hot-dogs para os moradores da região. E aí está o centro da dramaticidade da série. Nada mais, nada menos do que isso. Uma história interessante sim, mas nenhuma oitava maravilha do mundo!

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Mario Lanza - Serenade

Mario Lanza - Serenade
Na década de 1950 um jotnalista perguntou a um jovem cantor chamado Elvis Presley quem ele considerava o melhor cantor do mundo. O roqueiro Elvis não citou nenhum rockstar em sua resposta, mas sim o tradicional Mario Lanza! Nada poderia estar mais longe de seu estilo musical, mas Elvis não deixaria de reconhecer a grandeza vocal de Lanza, no que fez muito bem. Hoje em dia poucos lembram desse grande cantor, mas o fato é que ele foi o primeiro artista a vender mais de um milhão de cópias no selo RCA Victor, o que na época foi considerado algo realmente espetacular. Isso prova que apesar de cantar um tipo de música bem mais voltada para a comunidade italiana que vivia nos Estados Unidos, ele conseguia também furar essa bolha, se tornando popular em todos os segmentos, em todos os setores da sociedade norte-americana. 

Mario Lanza também foi um pioneiro em tornar muito popular a tradição milenar da música italliana. Depois dele vieram vários outros, mas em termos de pioneirismo nesse setor realmente ninguém poderia tirar o título de Lanza. Ele morreu precocemente, o que de fato interrompeu uma carreira que poderia ser ainda muito promissora, mas de qualquer forma sua contribuição para o engrandecimento artístico da música popular jamais poderá ser relevado a segundo plano. O próprio Elvis, anos depois, iria flertar com esse mesmo estilo vocal, fazendo muito sucesso com músicas como "It´s Now or Never" que no fundo não passavam de uma certa homenagem ao legado de Mario Lanza e sua popular versão de "O Sole Mio". 

Mario Lanza - Serenade (1956)
Serenade
La Danza
Torna A Surriento
O Soave Fanciulla
Di Rigori Armato
Di Quella Pira
Amor Ti Vieta
O Paradiso
Dio Ti Giocondi
Ave Maria
Lamento DI Federico
Nessun Dorma
My Destiny

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

A Família Stallone

A Família Stallone
O Stallone atualmente realmente atira para todos os lados. Aos 77 anos de idade ele tenta ainda se manter relevante, embora os anos de glória estejam mesmo no passado. Normal da vida, as coisas são assim. Em uma década você consegue ganhar 20 milhões de dólares. Na próxima fica complicado até mesmo fazer novos filmes no cinema. 

Essa série tenta copiar de alguma foram a série reality de grande sucesso The Kardashians; Eu nem preciso dizer que não assisto esse tipo de série. Não gosto, acho fútil demais. Por isso mesmo gostando muito do Stallone acabei deixando a primeira temporada passar em branco. Na segunda temporada arrisquei assistir a alguns episódios. 

A família dele é formada pela esposa e três filhas. Importante dizer que Stallone tem outros filhos. Um deles morreu há alguns anos. O outro tem problemas mentais. Esse último não aparece nesse reality. Acho que Stallone o preservou, o que achei uma atitude correta. 

Não tem nada demais aqui, as coisa são previsíveis. O Stallone é o paizão meio bobão. As filhas são jovens dinâmicas, tentando parecer carismáticas. Algumas vezes dá certo, outras não. Elas aparecem bem chatinhas. Tem também o irmão do Sly, Frank, que faz um contraponto interessante. É o tiozão solteirão e meio esquisito das meninas. Então é isso, tudo meio frívolo, meio bobinho. De bom mesmo apenas os episódios que o Stallone volta para a Itália de seus avôs. Ficou bem interessante esse episódio. O resto pode ser dispensado sem problemas. 

Pablo Aluísio. 

Enigmas do Universo

Enigmas do Universo
Série muito boa e inteligente. Parte de uma premissa que é a mais pura verdade. Tudo no universo está conectado. Desde as menores partículas até mesmo as maiores galáxias, todas as coisas do universo partem de um só contexto, seguindo as mesmas leis da física e da química. No fundo, como bem sabemos, somos apenas poeira de estrelas que há muito explodiram. E por um acaso incrível acabou gerando vida nesse planeta insignificante perante a grandeza infinita do universo. 

Pois é, o nosso Planeta Terra é apenas um de milhares pelo universo e nos últimos anos a ciência descobriu milhões de exoplanetas que orbitam estrelas nos confins do universo. Não vivemos no mais importante planeta do cosmos, nem sequer dos mais relevantes, mas devemos preservar ele da melhor forma possível pois afinal de contas é o nosso lar.

Então os roteiros dessa série são mais do que especiais. Eles geralmente partem do micro para o macrocosmos. Mostra, por exemplo, como vive uma colônia de formigas numa floresta tropical, ao mesmo tempo que vai mostrando como as estrelas nascem no universo profundo.

E se for possível assista a série legendada, com a voz original do Morgan Freeman. Ele realmente é um ótimo apresentador desse tipo de programa. Além de bom ator sempre teve a presença correta para nos mergulhar nos segredos desse cosmos infinito, cujos detalhes a humanidade ainda não chegou nem perto de descobrir ou conhecer. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Revendo Prometheus

Revendo Prometheus
Ontem revi esse que sempre foi considerado o filme mais pretensioso da franquia Aliens. Fazia muitos anos que tinha visto pela última vez. Para falar a verdade só tinha visto uma vez, em seu lançamento. Descobri que na minha lembrança havia um filme mais bem elaborado do que ele realmente é. Nessa revisão fiquei com a impressão que o roteiro é mais vazio do que pensava inicialmente. E realmente é bem isso. 

O uso das figuras dos tais "engenheiros da criação" é desperdiçada. Esses seres que teriam dado origem a espécie humana são aguardados e de repente, lá pelo meio do filme, descobrimos que um deles sobreviveu a dois milênios de existência! OK, tudo bem, na ficção isso seria aceito. Não seria nada demais. O problema é que quando esse ser surge (um homem enorme, muito maior que um ser humano normal) não há nenhuma filosofia a explorar. Ele é perguntado, naquelas perguntas que são feitas há milênios pelo ser humano. De onde veio a raça humana? Se eles são os criadores, de onde eles vieram? Só que ao invés de se comunicar com os astronautas, ele se limita a matar eles, um por um!

Que decepção! Um ser que supostamente esteve presente na criação dos seres humanos se revela apenas um brutamontes violento! Com isso o conceito, que deveria ser muito revelador dentro da franquia, vai pelo ralo! Faltou mesmo um pouco de sutileza por parte do Ridley Scott! Vamos falar a verdade!

Já sobre os Aliens em si, seu design é bem diferente. Eles ainda são seres espaciais parasitas, mas ao contrário dos outros filmes, em que eles tinham, digamos, um visual mais de hominídeos, eles aqui se revelam como seres aquáticos, como cobras ou como Lulas gigantes! Ficou diferente, mas não deixou de ficar legal também. Enfim, é isso. Não é um filme ruim, longe disso, mas não é tão bem conceituado quanto eu me lembrava. Os anos muitas vezes enganam a mente humana! 

Pablo Aluísio. 

Na Calada da Noite

Título no Brasil: Na Calada da Noite 
Título Original: Still of the Night
Ano de Lançamento: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Robert Benton
Roteiro: Robert Benton
Elenco: Roy Scheider, Meryl Streep, Jessica Tandy

Sinopse:
Após o assassinato brutal de um de seus pacientes, o Dr. Sam Rice (Roy Scheider) decide investigar por conta própria o crime. Isso o leva a se encontrar com a ex-namorada da vítima. Sem saber, o médico acaba entrando dentro de uma armadilha mortal. 

Comentários:
Thriller de suspense do começo dos anos 80. Devo dizer que apesar do roteiro até trazer algumas boas cenas, o quadro geral me soou bem previsível. Não é preciso o espectador ser Sherlock Holmes para desvendar o crime, logo descobrindo quem seria o assassino ou a assassina dentro dessa história. Meryl Streep já era uma boa atriz, mas quando fez esse filme ainda era muito jovem e inexperiente. E isso pesou em seu desempenho. Não vi nada de extraordinário, pelo contrário, pude até perceber uma certa insegurança e hesitação em seu desempenho. Ela estava jovem e bonita e talvez por essa razão o diretor tenha apelado em algumas cenas, inclusive explorando a nudez da atriz. Nada muito eroticamente relevante, mas que serviu para trazer um pouco de sensualidade na história. E nem nesse aspecto ela conseguiu acertar direito. Enfim, pareceu-me apenas razóavel esse filme. Nada marcante ou espetacular. Fica muito bem colocado na categoria de mediano. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Muito Barulho por Nada

Título no Brasil: Muito Barulho por Nada
Título Original: Much Ado About Nothing
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Renaissance Films
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: William Shakespeare, Kenneth Branagh
Elenco: Kenneth Branagh, Emma Thompson, Keanu Reeves, Kate Beckinsale, Denzel Washington

Sinopse:
Ao retornar de uma campanha militar vitoriosa, um jovem príncipe precisa agora lidar com uma série de parentes, familiares e conhecidos, que não são nada facéis de lidar. Logo ele entende que vencer no campo de batalha seria bem mais fácil do que viver no meio daquelas pessoas. 

Comentários:
William Shakespeare também escreveu peças de humor, de comédia. Claro que poucos sabem disso. Então nos anos 90 o talentoso Kenneth Branagh resolveu adaptar para o cinema esse texto do consagrado escritor. Sempre foi um trabalho menor dele, quase desconhecido fora do círculo dos especialistas em sua obra imortal. Penso que é algo interessante, mas não pense que vai dar rolar de rir com esse filme. O humor no tempo em que a peça foi escrita é bem diferente do humor dos dias atuais. Isso fica bem óbvio desde o começo. E em termos de público brasileiro a coisa ficará ainda mais complicada. O texto rebuscado de William Shakespeare torna a história um tento complicada de ser entendida por um brasileiro médio. Assim fazer rir uma pessoa comum em nosso país vai ser quase um milagre! De qualquer maneira procure conhecer o filme, nem que seja pelo ótimo elenco que ele apresenta. 

Pablo Aluísio.

O Dia Em Que Roubaram o Banco da Inglaterra

Título no Brasil: O Dia Em Que Roubaram o Banco da Inglaterra 
Título Original: The Day They Robbed the Bank of England
Ano de Lançamento: 1960
País: Reino Unido
Estúdio: Summit Film Productions
Direção: John Guillermin
Roteiro: John Brophy, Howard Clewes
Elenco: Peter O'Toole, Aldo Ray, Elizabeth Sellars

Sinopse:
Uma quadrilha de criminosos planeja e executa um roubo bem elaborado ao principal banco da Inglaterra. O plano consiste em cavar um grande túnel por baixo do grande cofre e dali retirar todo a riqueza depositada. Filme com história baseada em fatos reais. 

Comentários:
Sem dúvida, um bom filme inglês. E como convém ao cinema britânico temos aqui muita elegância para contar uma história que realmente aconteceu na história da crônica policial Londrina. Os criminosos sabiam que aquele era um velho cofre, com mais de 200 anos de existência. Embora sua frente fosse fortemente armada, com portas de aço e vigiada por guardas, o piso, o chão, daquele cofre vinha desde os tempos da era vitoriana. Então o mais fácil seria apenas entrar nele cavando um grande túnel que passasse por baixo do cofre. Uma questão de inteligência e não de força. E os assaltantes de bancos também contaram com informações preciosas dadas pelo próprio comandante da guarda. Um sujeito honesto, mas que tinha um fraco por bebidas. E de lance de sorte em lance de sorte, eles ficaram mesmo muito próximos de serem bem sucedidos em seus planos criminosos. Se você gosta do cinema inglês dos anos 60 não deixe de assistir. 

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de janeiro de 2025

The Archies - Sugar, Sugar

The Archies - Sugar, Sugar
A música dos anos 60 não se resumia a Beatles, Stones e Rock Psicodélico. Havia também grupos que gravavam o mais puro e saboroso som pop para tocar nas rádios e essas canções se tornavam grandes sucessos, com singles que vendiam mais de um milhão de cópias. É o caso de "Sugar, Sugar", que foi campeã de vendas, indo para o topo da parada de singles da Billboard. E o mais interessante de tudo é que o grupo The Archies nem existia no mundo real. Era um grupo de personagens de desenhos animados. Quando o single foi lançado e virou um hit internacional, a gravadora então recrutou um grupo de jovens atores para fazer shows e cantar ao vivo em programas. Afinal ali estava uma mina de ouro que tinha que ser devidamente explorada. 

E "Sugar, Sugar" foi mesmo um grande sucesso. Eu tenho uma lembrança afetiva com essa música porque tenho claras lembranças de gostar dessa melodia na minha infância. Eu adorava ela quando criança! E o fato de pertencer originalmente a um desenho animado só fortaleceu minha admiração por ela, que tinha uma letra bobinha também, mas que era (e continua sendo) muito agradável de se ouvir. De certo modo era uma prévia do que iria acontecer com grupos como o ABBA que iriam dominar as paradas musicais com um tipo de pop music de melodias que grudavam na mente do ouvinte para todo o sempre! Pena que esse tipo de sonoridade tão agradável tenha se perdido nos dias atuais. Era muito bom ouvir esse tipo de canção. Deixava a alma e a vida bem mais leves!

The Archies - Sugar, Sugar (1969)
Sugar, Sugar
Who's Your Baby?
Get On The Line
Over And Over

Pablo Aluísio. 

sábado, 11 de janeiro de 2025

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 5

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 5
Finalizando a análise desse álbum dos Beatles, vamos tecer os últimos comentários sobre ele. Sempre que se fala em "Beatles For Sale" se afirma que foi um álbum criado meio às pressas, tentando cumprir obrigações contratuais dos Beatles com a gravadora EMI. Era necessário ter um disco novo dos Beatles nas festas de fim de ano e o grupo estava exausto por essa época. Tudo isso tem mesmo seu fundo de verdade, mas não vamos desmerecer essas gravações. Afinal se trata de um dos 13 álbuns oficiais dos Beatles em sua carreira. Sua importância jamais poderá ser subestimada. 

"I Don't Want to Spoil the Party" nunca chegou a fazer sucesso, nem na época em que o disco foi lançado e nem muito menos depois. Eu considero, por outro lado, um dos bons momentos do "Beatles For Sale". É uma composição da dupla Lennon e McCartney que de certo modo foi usada apenas para completar o disco, mas isso não tira seus méritos. Considero ela muito bem gravada e executada. E a letra, mesmo sendo simples, tenta inovar de alguma forma. 

John Lennon tinha uma personalidade bem incisiva. Isso não atraía a simpatia de todas as pessoas, muito pelo contrário. Geralmente John, com seu jeito sincero, criava muitos problemas, seja com a imprensa, seja até mesmo com outros artistas. Não foram poucos os jornalistas que o encontraram no auge da Beatlemania, dizendo depois que ele era um tanto rude. Uma característica da classe trabalhadora de Liverpool que Lennon levou para sua vida. 

Quando essas reclamações chegavam até Brian Epstein ele costumava se encontrar com John Lennon, perguntando: What You're Doing (O que você está fazendo?). John aproveitou a deixa e escreveu essa música. Para disfarçar tentou colocar os recados que mandava para Epstein no meio de uma letra que supostamente falava do amor entre dois adolescentes. Foi praticamente uma piadinha interna entre ele e seu empresário. O bom é que tudo isso resultou em mais uma boa música do disco. 

Pablo Aluísio.