quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Alien: Romulus

Título no Brasil: Alien: Romulus
Título Original: Alien: Romulus
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Fede Alvarez
Roteiro: Dan O'Bannon, Ronald Shusett
Elenco: Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux

Sinopse:
Um grupo de jovens que trabalham como mineradores em um planeta distante querem ir embora, mas não conseguem a dispensa da companhia mineradora espacial. Então decidem fazer uma loucura. Roubar uma nave da companhia para ir embora rumo a um planeta mais parecido com a Terra. O problema é que eles precisam de um equipamento de hibernação para isso e decidem entrar numa velha estação espacial abandonada chamada Romulus. Eles querem tirar o que precisam de lá. Para seu azar essa velha estação está repleta de Aliens sedentos de sangue humano! 

Comentários:
A franquia Aliens está perto de completar 50 anos! E ainda é um produto cinematográfico lucrativo. Basta ver que os filmes continuam sendo produzidos. Esse novo Aliens investe em um elenco todo jovem. Uma maneira de se conectar com o público médio que frequenta cinema hoje em dia. No quadro geral é até um bom filme, mas não consegue se destacar se formos comparar com todos os outros que já foram lançados. Esse elenco jovem, para dizer a verdade, não seria páreo para um monstro como esse, que nos filmes do passado já destruiu batalhões de soldados do tipo casca grossa. Basta lembrar de "Aliens - O Resgate". Mas tudo bem, vamos levando na esportiva. Faz de conta que esses adolescentes iriam durar duas cenas se o roteiro fosse mais de acordo com o que já apareceu na franquia. O filme se salva porque apresenta algumas boas cenas, principalmente aquelas que se aproveitam dos anéis daquele planeta inóspito de onde eles querem ir embora. Ficou bacana, não tem como discordar. O Alien mais humano do filnal também achei interessante, embora o design não tenha ficado perfeito. Enfim, esse filme poderia se chamar "Aliens encontra Teens". O monstro mais terrível do espaço contra os jovens que são astronautas de tênis. É o Aliens juvenil da família. Não leve muito à sério e procure se divertir. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

1 Dia 2 Pais

Título no Brasil: 1 Dia 2 Pais
Título Original: Fathers' Day
Ano de Lançamento: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Francis Veber, Lowell Ganz
Elenco: Robin Williams, Billy Crystal, Julia Louis-Dreyfus

Sinopse:
Um jovem desaparece. Desesperada, a mãe liga para dois ex-namorados. Um deles certamente é o pai do rapaz. Então eles partem em busca do seu paradeiro, mesmo sabendo que conviver juntos não vai ser nada fácil pois são dois caras completamente diferentes entre si. 

Comentários:
Mais uma comédia do Robin Williams rodada nos anos 90. A ideia inicial parecia muito boa, unir seu talento com outro comediante famoso da época, o Billy Crystal, que inclusive era o mestre de cerimônias do Oscar. Na direção um craque do humor, o sempre interessante Ivan Reitman. Apesar de todos os nomes envolvidos, gente talentosa sem dúvida, o filme não deu muito certo. O roteiro era inegavelmente fraco e o Robin Williams estava muito noiado durante as filmagens. Ele tinha esse velho problema com cocaína que acompanhava ele desde os primeiros anos e durante esse período de sua vida, quando o filme foi produzido, ele estava mais loucão do que nunca. Esquecia as falas e ficava incontrolável no set de filmagens. A crítica também não gostou do que viu e o filme teve uma bilheteria abaixo do esperado, mal se pagando os custos de produção. Terminado tudo, o Robin Williams se internou numa clínica de reabilitação para ter uma segunda chance e o Billy Crystal seguiu apresentando a grande noite do cinema. Hoje em dia essa fita está praticamente esquecida. 

Pablo Aluísio.

Flubber

Título no Brasil: Flubber: Uma Invenção Desmiolada
Título Original: Flubber
Ano de Lançamento: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Les Mayfield
Roteiro: Samuel W. Taylor, John Hughes
Elenco: Robin Williams, Marcia Gay Harden, Christopher McDonald

Sinopse:
Um professor de ciências e inventor maluco nas horas vagas, acaba descobrindo, por mero acaso, uma nova substância, muito diferente do que qualquer outra já criada. Ele dá o nome a ela de Flubber, sem imaginar as confusões em que vai se envolver por causa dela. 

Comentários:
Eu sempre gostei muito do Robin Williams e acompanhei praticamente toda a sua carreira, seja no cinema, seja com seus filmes lançados em VHS. Também sempre fui fã de carteirinha do John Hughes. Ele foi o mais inspirado e criativo diretor de filmes sobre adolescentes nos anos 80 e eu era um jovem que curtia seus filmes na época. Aqui ele surge como um dos roteiristas. Apesar desses dois nomes de peso nunca consegui gostar desse filme em especial. Sempre achei um mero pretexto para explorar a recém criada tecnologia digital no cinema, afinal a tal da Flubber era uma meleca verde toda feita por computação gráfica. Também tem o fator etário. Acho que quando vi o filme já não tinha a idade correta para apreciar esse filme da Disney. Enfim, fatores que não me fizeram apreciar essa comédia juvenil dos anos 90. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

O Vale Sombrio

Título no Brasil: O Vale Sombrio
Título Original: Das finstere Tal
Ano de Lançamento: 2014
País: Alemanha, Áustria
Estúdio: Allegro Film
Direção: Andreas Prochaska
Roteiro: Martin Ambrosch, Andreas Prochaska
Elenco: Sam Riley, Tobias Moretti, Paula Beer

Sinopse:
Um forasteiro desconhecido chega numa comunidade isolada no alto da montanha nevada. Ele se diz fotógrafo e começa a ganha alguns trocados fotografando pessoas que moram ali. Só que na verdade esse é apenas um disfarce. Ele está de volta ao mesmo lugar onde seus pais foram assassinados quando ele era apenas uma criança. E sua sede de vingança precisa ser saciada. 

Comentários:
Não é todo dia que você vai assistir a um filme de western falado em alemão e produzido na gelada Áustria. Pois é exatamente isso que encontramos aqui. O cinema europeu atual não tem vergonha em beber nos diversos gêneros cinematográficos tipicamente norte-americanos. E não é nada na base do antigo western spaghetti italiano onde os filmes eram rodados em série, muitas vezes com produções fracas e mal feitas. Agora tudo é caprichado, com boa produção e bem elaborada direção de fotografia. E por falar nesse aspecto técnico o filme se revela com muita beleza natural pois as montanhas geladas daquelas regiões da Europa são bem bonitas. O filme segue um estilo mais cru e até mesmo sombrio, o que deixa o título nacional bem adequado. Os personagens são seres rudes que vivem no alto das montanhas, nada simpáticos com forasteiros. E não poderia dar em outra, a não ser numa explosão de violência no melhor estilo Bang-Bang. Então deixo a dica. Um bom western rodado muito longe das pradarias dos Estados Unidos. 

Pablo Aluísio.

Traição Cruel

Título no Brasil: Traição Cruel
Título Original: Ride Clear of Diablo
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jesse Hibbs
Roteiro: George Zuckerman, D.D. Beauchamp
Elenco: Audie Murphy, Susan Cabot, Dan Duryea

Sinopse:
Clay O'Mara (Murphy) é um homem honesto, que vive de seu trabalho demarcando terras, mas decide que chegou o momento de vingar a morte de seu pai e seu irmão, que foram covardemente assassinados. Assim ele se junta a um bandoleiro, Duryea, e parte em busca de sua vingança pessoal. A sua caminhada porém não será nada simples pois Duryea tem muitos inimigos, inclusive uma perigosa e sanguinária quadrilha de ladrões de gado.

Comentários:
Mais um faroeste B com Audie Murphy na Universal. Existem muitos críticos que torcem o nariz para esse tipo de produção mais modesta. Eu as acho fascinantes, pois são de um tempo em que westerns eram produzidos em massa, principalmente por estúdios como a Universal, que tinha inclusive um rancho próprio apenas para rodar esse tipo de filme. Como se sabe Audie Murphy ainda hoje é muito querido no Brasil. Vários de seus faroestes eram exibidos nos anos 60 e 70 nas TVs brasileiras (em especial na antiga TV Record) e assim ele acabou ficando muito famoso por aqui. De certa maneira comparo sua filmografia com a de Randolph Scott. Embora esse último tenha estrelado filmes de maior envergadura, ambos se especializaram em rodar muitos westerns de orçamentos mais enxutos, que apostavam em eficientes roteiros para divertir seu público alvo. O que posso adiantar é que os fãs de longa data de Audie Murphy certamente não ficarão decepcionados com esse "Ride Clear of Diablo" pois todos os elementos que fizeram o sucesso em sua carreira estão presentes. Uma ótima diversão com aquele doce sabor de nostalgia.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Simbad e o Olho do Tigre

Para muitos "Simbad e o Olho do Tigre" é a obra prima da carreira do mestre Ray Harryhausen. Aqui ele não se contentou apenas em criar seus famosos e charmosos efeitos especiais, mas também produziu a fita e escreveu o roteiro. O enredo traz de volta às telas o simpático personagem Simbad, o marujo das Mil e Uma Noites. Nessa aventura ele tentará reverter o feitiço de um bruxa de magia negra que transformou um príncipe prestes a se tornar califa em um macaco babuíno. E é justamente esse o primeiro personagem criado por  Ray Harryhausen a impressionar em cena. Extremamente bem feito o animal tem atos e gestos humanos, chegando inclusive ao ponto de jogar xadrez a bordo do navio de Simbad. O melhor é que ele é apenas um numa extensa galeria de criaturas criadas por Ray Harryhausen a surgirem em cena. Logo nos primeiros minutos de filme três demônios aparecem em uma fogueira para lutar contra Simbad. A cena lembra muito outro momento memorável da carreira de Harryhausen em "Jasão e o Velo de Ouro" quando esqueletos lutam contra guerreiros numa Grécia devastada. Em "Simbad e o Olho do Tigre" ainda há espaço para o ataque da Morsa Gigante em uma excelente cena passada em terras gélidas e o surgimento do Troglodita, um ancestral do homem que ajuda os heróis a entrarem em um antigo templo.

Mas não é só, ainda temos a presença do Minotan, um Minotauro em Ouro que ajuda a feiticeira a perseguir Simbad e seu grupo. E como esquecer a ótima luta final entre o Troglodita e o Tigre Dentes de Sabre, o guardião dos raios do Deus Apolo? Como se pode perceber é uma aventura das Mil e Uma Noites com tudo o que se tem direito: aventura, magia, criaturas mágicas e muita diversão. O filme marcou muito o público brasileiro porque foi campeão de reprises na Sessão da Tarde na década de 80. Aliás todos os filmes de Simbad eram adorados pela garotada da época. Nesse nicho de monstros em aventuras juvenis realmente ninguém conseguiu brilhar mais do que Ray Harryhausen. Suas técnicas e seus efeitos até hoje são marcantes. Seu talento para desenhar o design das criaturas também era simplesmente genial. Depois dessa aventura de Simbad ele se consagraria definitivamente com Fúria de Titãs, um marco do cinema na época. Mas essa história contaremos depois, em outra oportunidade! Por enquanto fica a dica, "Simbad e o Olho do Tigre", um clássico dos filmes de aventuras que até hoje diverte e empolga. Uma obra prima de Ray Harryhausen!

Simbad e o Olho do Tigre (Sinbad and the Eye of the Tiger, EUA, 1977) Direção: Sam Wanamaker / Roteiro: Ray Harryhausen, Beverley Cross / Elenco: Patrick Wayne, Taryn Power, Margaret Whiting, Jane Seymour / Sinopse: O marinheiro Simbad (Patrick Wayne) parte em uma nova aventura para buscar a cura do feitiço que foi colocado em seu amigo, o jovem príncipe Kassin que agora transformado em um macaco babuíno não consegue mais se tornar o califa de sua região. No caminho Simbad enfrentará muitos desafios como monstros e criaturas mágicas que tentarão de tudo para impedir que ele consiga alcançar seus objetivos.

Pablo Aluísio.

As Sete Caras do Dr. Lao

No velho oeste um misterioso oriental conhecido como Dr. Lao chega numa cidadezinha perdida com seu circo itinerante. Sua presença no local irá mudar para sempre a vida dos moradores. Clássico da Sessão da Tarde o filme "As Sete Caras do Dr Lao" (também conhecido como "As Sete Faces do Dr. Lao) sempre foi muito querido pelos brasileiros. É uma fábula muito cativante sobre um oriental misterioso que chega em uma pequena cidade e aos poucos vai mudando o destino do lugar. Em um tempo onde não existiam efeitos digitais ou nada muito sofisticado em termos de efeitos especiais o filme compensa tudo com uma grande imaginação e criatividade. O filme inclusive levou um Oscar de maquiagem - merecido aliás. O diretor George Pal já era um veterano quando dirigiu Lao (que foi seu último filme). Desde a década de 30 ele já vinha dirigindo vários filmes nesse estilo, misturando geralmente fantasia e aventura, para o público mais juvenil. Aqui certamente ele se despediu em grande estilo.

O elenco também chama a atenção, com destaque para Barbara Eden (A Jennie do seriado "Jeannie é um gênio", clássico da TV dos anos 60) e o veterano Arthur O Connel (que faria alguns filmes ao lado de Elvis Presley também). Porém em termos de elenco o filme pertence mesmo a Tony Randall. Ele era mais um ator coadjuvante, de muito talento é verdade, mas que nunca alcançou o estrelato. Ele geralmente fazia parte do elenco de apoio de grandes astros. Dele me recordo em especial dos 3 filmes que fez ao lado de Rock Hudson e Doris Day (sempre no papel de amigo de Rock ou um rival pelo amor de Doris). Creio que em termos de brilho próprio sua grande chance tenha sido justamente nesse Dr Lao, o que faz com muita competência. Pena que depois não lhe deram mais espaço para brilhar sozinho. De qualquer forma vale a pena principalmente para os que sentem saudades do tempo em que a Sessão da Tarde passava filmes bons e de qualidade.

As Sete Faces do Dr. Lao (7 Faces of Dr. Lao, EUA, 1964) Direção: George Pal / Roteiro: Charles Beaumont baseado no livro "The Circus of Dr. Lao" de Charles G. Finney / Elenco: Tony Randall, Barbara Eden, Arthur O'Connell / Sinopse: No velho oeste um misterioso oriental conhecido como Dr. Lao chega numa cidadezinha perdida com seu circo itinerante. Sua presença no local irá mudar para sempre a vida dos moradores. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Jim Danforth). Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Maquiagem (William Tuttle). .

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de outubro de 2024

Meu Malvado Favorito 4

Título no Brasil: Meu Malvado Favorito 4
Título Original: Despicable Me 4
Ano de Lançamento: 2024
País: França, Estados Unidos
Estúdio: Illumination Entertainment
Direção: Chris Renaud, Patrick Delage
Roteiro: Mike White, Ken Daurio
Elenco: Steve Carell, Kristen Wiig, Pierre Coffin, Joey King, Will Ferrell, Sofía Vergara, Chris Renaud

Sinopse:
Gru tem novos problemas. Além de ter que cuidar das confusões que envolvem sua família, ele ainda vai ter que enfrentar um novo vilão que na realidade é uma pessoa que fez parte de seu passado, mas que agora deseja vingança. Para vencer essa nova ameaça Gru vai contar novamente com a ajuda dos Minions. 

Comentários:
Para desespero da esnobe classe artística francesa, essa franquia de animação é hoje em dia o maior produto de exportação da cultura da França para o mundo! Os números falam por si. Esse quarto filme rendeu nas bilheterias mundiais a incrível quantia de 960 milhões de dólares (quase 1 bilhão!). Nada se compara. E ainda tem uma franquia Spin-off dos Minions que são muito populares entre as crianças. Eles inclusive garantem o sucesso de qualquer novo filme lançado nos cinemas, além de se tornarem um dos brinquedos mais vendidos no mundo inteiro. Então, para os criadores dessa franquia, tudo se tornou mesmo uma mina de ouro. Em termos puramente artísticos essa quarta animação mantém a qualidade dos filmes anteriores. Os personagens em si são bem bolados e a agilidade das histórias continuam encantando a criançada mundo afora. Seguindo a velha fórmula de sempre, eles acertaram de novo. Não tinha mesmo como errar nesse quarto filme. 

Pablo Aluísio.

Space Jam: O Jogo do Século

Título no Brasil: Space Jam: O Jogo do Século
Título Original: Space Jam
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joe Pytka
Roteiro: Leo Benvenuti, Steve Rudnick
Elenco: Michael Jordan, Bill Murray, Larry Bird

Sinopse:
A turma do Pernalonga (Looney Tunes) se une ao jogador de basquete Michael Jordan para enfrentar os vilões em um jogo decisivo para o futuro de toda a humanidade. Filme premiado pelo Grammy na categoria de melhor música original para trilha sonora (For the song "I Believe I Can Fly". de R. Kelly). 

Comentários:
Seguindo os passos de "Uma Cilada para Rober Rabbit" esse filme também usava da mesma tecnologia que unia desenho animado com atores reais. A tecnologia digital avançava bastante nos anos 90, deixando tudo mais prático e rápido de produzir. O diferencial desse "Space Jam" é que os produtores conseguiram trazer para o filme o maior jogador de basquete da época, Michael Jordan. Ele garantiu a boa bilheteria nos Estados Unidos. Curiosamente no Brasil esse sucesso todo não se repetiu na mesma escala. O filme passou timidamente nos cinemas e só teve maior sucesso no mercado de vídeo. Os brasileiros não eram muito ligados na NBA para tornar o filme um grande sucesso de bilheteria por aqui. O povão nem sabia quem era Michael Jordan e se foram locar a animação depois na locadoras o foram mais atraídos pela turma do Pernalonga do que qualquer outra coisa. Em 2021 a Warner lançou uma sequência tardia chamada "Space Jam: Um Novo Legado" dessa vez com o jogador LeBron James.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de outubro de 2024

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 4

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 4
Sempre considerei "Faded Love" muito bem gravada. O curioso é que ela apresentava também uma vibe de Jam Session. Não podemos nos esquecer que essas sessões em Nashville foram extremamente produtivas. Elvis gravou uma grande quantidade de canções. Não foi à toa que essas sessões ganharam anos depois o apelido de "Maratona de Nashville". De fato Elvis protagonizou aqui sua mais produtiva sessão de gravação de sua carreira. Esse lote de faixas seria usada em vários álbuns nos anos que viriam, tamanho era o número de músicas que Elvis gravou nessa ocasião. 

E por essa mesma razão algumas faixas tinham mesmo esse jeitão de Jam Session, o que no fundo era mesmo o que acontecia. Elvis chegava no estúdio em Nashville, recebia uma lista de músicas do produtor Felton Jarvis e começava os ensaios. Alguns desses davam tão certo que acabavam virando a versão oficial. Muitas vezes Elvis testava alguma música, via que não estava dando certo e deixava de lado, partindo para outra. 

Elvis sempre queria ter um certo ambiente dentro do estúdio. Não admitia pressão por parte dos produtores e queria uma certa descontração entre ele e os membros da banda. Caso entendesse que as coisas não estavam fluindo ele simplesmente se levantava e ia embora. Não tinha acontecido nada demais, apenas não queria gravar mais. Luxo que apenas um nome de sua altura era capaz de ter sem esperar por algum tipo de punição da gravadora. 

Tampouco esse disco foi pensado como um álbum temático, conceitual ou qualquer coisa parecida. A country music foi surgindo naturalmente durante as sessões. A ideia de juntar todas as faixas desse gênero para lançar em um disco chamado "Elvis Country" partiu exclusivamente da RCA Victor. Elvis não tinha participação nesse tipo de decisão. Ele apenas gravava as músicas e o departamento de marketing da gravadora e o produtor escolhiam a seleção de repertório de cada LP, dando nome ao álbum, criando a capa e toda a direção de arte. 

Pablo Aluísio.