segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Simbad e o Olho do Tigre

Para muitos "Simbad e o Olho do Tigre" é a obra prima da carreira do mestre Ray Harryhausen. Aqui ele não se contentou apenas em criar seus famosos e charmosos efeitos especiais, mas também produziu a fita e escreveu o roteiro. O enredo traz de volta às telas o simpático personagem Simbad, o marujo das Mil e Uma Noites. Nessa aventura ele tentará reverter o feitiço de um bruxa de magia negra que transformou um príncipe prestes a se tornar califa em um macaco babuíno. E é justamente esse o primeiro personagem criado por  Ray Harryhausen a impressionar em cena. Extremamente bem feito o animal tem atos e gestos humanos, chegando inclusive ao ponto de jogar xadrez a bordo do navio de Simbad. O melhor é que ele é apenas um numa extensa galeria de criaturas criadas por Ray Harryhausen a surgirem em cena. Logo nos primeiros minutos de filme três demônios aparecem em uma fogueira para lutar contra Simbad. A cena lembra muito outro momento memorável da carreira de Harryhausen em "Jasão e o Velo de Ouro" quando esqueletos lutam contra guerreiros numa Grécia devastada. Em "Simbad e o Olho do Tigre" ainda há espaço para o ataque da Morsa Gigante em uma excelente cena passada em terras gélidas e o surgimento do Troglodita, um ancestral do homem que ajuda os heróis a entrarem em um antigo templo.

Mas não é só, ainda temos a presença do Minotan, um Minotauro em Ouro que ajuda a feiticeira a perseguir Simbad e seu grupo. E como esquecer a ótima luta final entre o Troglodita e o Tigre Dentes de Sabre, o guardião dos raios do Deus Apolo? Como se pode perceber é uma aventura das Mil e Uma Noites com tudo o que se tem direito: aventura, magia, criaturas mágicas e muita diversão. O filme marcou muito o público brasileiro porque foi campeão de reprises na Sessão da Tarde na década de 80. Aliás todos os filmes de Simbad eram adorados pela garotada da época. Nesse nicho de monstros em aventuras juvenis realmente ninguém conseguiu brilhar mais do que Ray Harryhausen. Suas técnicas e seus efeitos até hoje são marcantes. Seu talento para desenhar o design das criaturas também era simplesmente genial. Depois dessa aventura de Simbad ele se consagraria definitivamente com Fúria de Titãs, um marco do cinema na época. Mas essa história contaremos depois, em outra oportunidade! Por enquanto fica a dica, "Simbad e o Olho do Tigre", um clássico dos filmes de aventuras que até hoje diverte e empolga. Uma obra prima de Ray Harryhausen!

Simbad e o Olho do Tigre (Sinbad and the Eye of the Tiger, EUA, 1977) Direção: Sam Wanamaker / Roteiro: Ray Harryhausen, Beverley Cross / Elenco: Patrick Wayne, Taryn Power, Margaret Whiting, Jane Seymour / Sinopse: O marinheiro Simbad (Patrick Wayne) parte em uma nova aventura para buscar a cura do feitiço que foi colocado em seu amigo, o jovem príncipe Kassin que agora transformado em um macaco babuíno não consegue mais se tornar o califa de sua região. No caminho Simbad enfrentará muitos desafios como monstros e criaturas mágicas que tentarão de tudo para impedir que ele consiga alcançar seus objetivos.

Pablo Aluísio.

As Sete Caras do Dr. Lao

No velho oeste um misterioso oriental conhecido como Dr. Lao chega numa cidadezinha perdida com seu circo itinerante. Sua presença no local irá mudar para sempre a vida dos moradores. Clássico da Sessão da Tarde o filme "As Sete Caras do Dr Lao" (também conhecido como "As Sete Faces do Dr. Lao) sempre foi muito querido pelos brasileiros. É uma fábula muito cativante sobre um oriental misterioso que chega em uma pequena cidade e aos poucos vai mudando o destino do lugar. Em um tempo onde não existiam efeitos digitais ou nada muito sofisticado em termos de efeitos especiais o filme compensa tudo com uma grande imaginação e criatividade. O filme inclusive levou um Oscar de maquiagem - merecido aliás. O diretor George Pal já era um veterano quando dirigiu Lao (que foi seu último filme). Desde a década de 30 ele já vinha dirigindo vários filmes nesse estilo, misturando geralmente fantasia e aventura, para o público mais juvenil. Aqui certamente ele se despediu em grande estilo.

O elenco também chama a atenção, com destaque para Barbara Eden (A Jennie do seriado "Jeannie é um gênio", clássico da TV dos anos 60) e o veterano Arthur O Connel (que faria alguns filmes ao lado de Elvis Presley também). Porém em termos de elenco o filme pertence mesmo a Tony Randall. Ele era mais um ator coadjuvante, de muito talento é verdade, mas que nunca alcançou o estrelato. Ele geralmente fazia parte do elenco de apoio de grandes astros. Dele me recordo em especial dos 3 filmes que fez ao lado de Rock Hudson e Doris Day (sempre no papel de amigo de Rock ou um rival pelo amor de Doris). Creio que em termos de brilho próprio sua grande chance tenha sido justamente nesse Dr Lao, o que faz com muita competência. Pena que depois não lhe deram mais espaço para brilhar sozinho. De qualquer forma vale a pena principalmente para os que sentem saudades do tempo em que a Sessão da Tarde passava filmes bons e de qualidade.

As Sete Faces do Dr. Lao (7 Faces of Dr. Lao, EUA, 1964) Direção: George Pal / Roteiro: Charles Beaumont baseado no livro "The Circus of Dr. Lao" de Charles G. Finney / Elenco: Tony Randall, Barbara Eden, Arthur O'Connell / Sinopse: No velho oeste um misterioso oriental conhecido como Dr. Lao chega numa cidadezinha perdida com seu circo itinerante. Sua presença no local irá mudar para sempre a vida dos moradores. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Jim Danforth). Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Maquiagem (William Tuttle). .

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de outubro de 2024

Meu Malvado Favorito 4

Título no Brasil: Meu Malvado Favorito 4
Título Original: Despicable Me 4
Ano de Lançamento: 2024
País: França, Estados Unidos
Estúdio: Illumination Entertainment
Direção: Chris Renaud, Patrick Delage
Roteiro: Mike White, Ken Daurio
Elenco: Steve Carell, Kristen Wiig, Pierre Coffin, Joey King, Will Ferrell, Sofía Vergara, Chris Renaud

Sinopse:
Gru tem novos problemas. Além de ter que cuidar das confusões que envolvem sua família, ele ainda vai ter que enfrentar um novo vilão que na realidade é uma pessoa que fez parte de seu passado, mas que agora deseja vingança. Para vencer essa nova ameaça Gru vai contar novamente com a ajuda dos Minions. 

Comentários:
Para desespero da esnobe classe artística francesa, essa franquia de animação é hoje em dia o maior produto de exportação da cultura da França para o mundo! Os números falam por si. Esse quarto filme rendeu nas bilheterias mundiais a incrível quantia de 960 milhões de dólares (quase 1 bilhão!). Nada se compara. E ainda tem uma franquia Spin-off dos Minions que são muito populares entre as crianças. Eles inclusive garantem o sucesso de qualquer novo filme lançado nos cinemas, além de se tornarem um dos brinquedos mais vendidos no mundo inteiro. Então, para os criadores dessa franquia, tudo se tornou mesmo uma mina de ouro. Em termos puramente artísticos essa quarta animação mantém a qualidade dos filmes anteriores. Os personagens em si são bem bolados e a agilidade das histórias continuam encantando a criançada mundo afora. Seguindo a velha fórmula de sempre, eles acertaram de novo. Não tinha mesmo como errar nesse quarto filme. 

Pablo Aluísio.

Space Jam: O Jogo do Século

Título no Brasil: Space Jam: O Jogo do Século
Título Original: Space Jam
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joe Pytka
Roteiro: Leo Benvenuti, Steve Rudnick
Elenco: Michael Jordan, Bill Murray, Larry Bird

Sinopse:
A turma do Pernalonga (Looney Tunes) se une ao jogador de basquete Michael Jordan para enfrentar os vilões em um jogo decisivo para o futuro de toda a humanidade. Filme premiado pelo Grammy na categoria de melhor música original para trilha sonora (For the song "I Believe I Can Fly". de R. Kelly). 

Comentários:
Seguindo os passos de "Uma Cilada para Rober Rabbit" esse filme também usava da mesma tecnologia que unia desenho animado com atores reais. A tecnologia digital avançava bastante nos anos 90, deixando tudo mais prático e rápido de produzir. O diferencial desse "Space Jam" é que os produtores conseguiram trazer para o filme o maior jogador de basquete da época, Michael Jordan. Ele garantiu a boa bilheteria nos Estados Unidos. Curiosamente no Brasil esse sucesso todo não se repetiu na mesma escala. O filme passou timidamente nos cinemas e só teve maior sucesso no mercado de vídeo. Os brasileiros não eram muito ligados na NBA para tornar o filme um grande sucesso de bilheteria por aqui. O povão nem sabia quem era Michael Jordan e se foram locar a animação depois na locadoras o foram mais atraídos pela turma do Pernalonga do que qualquer outra coisa. Em 2021 a Warner lançou uma sequência tardia chamada "Space Jam: Um Novo Legado" dessa vez com o jogador LeBron James.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de outubro de 2024

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 4

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 4
Sempre considerei "Faded Love" muito bem gravada. O curioso é que ela apresentava também uma vibe de Jam Session. Não podemos nos esquecer que essas sessões em Nashville foram extremamente produtivas. Elvis gravou uma grande quantidade de canções. Não foi à toa que essas sessões ganharam anos depois o apelido de "Maratona de Nashville". De fato Elvis protagonizou aqui sua mais produtiva sessão de gravação de sua carreira. Esse lote de faixas seria usada em vários álbuns nos anos que viriam, tamanho era o número de músicas que Elvis gravou nessa ocasião. 

E por essa mesma razão algumas faixas tinham mesmo esse jeitão de Jam Session, o que no fundo era mesmo o que acontecia. Elvis chegava no estúdio em Nashville, recebia uma lista de músicas do produtor Felton Jarvis e começava os ensaios. Alguns desses davam tão certo que acabavam virando a versão oficial. Muitas vezes Elvis testava alguma música, via que não estava dando certo e deixava de lado, partindo para outra. 

Elvis sempre queria ter um certo ambiente dentro do estúdio. Não admitia pressão por parte dos produtores e queria uma certa descontração entre ele e os membros da banda. Caso entendesse que as coisas não estavam fluindo ele simplesmente se levantava e ia embora. Não tinha acontecido nada demais, apenas não queria gravar mais. Luxo que apenas um nome de sua altura era capaz de ter sem esperar por algum tipo de punição da gravadora. 

Tampouco esse disco foi pensado como um álbum temático, conceitual ou qualquer coisa parecida. A country music foi surgindo naturalmente durante as sessões. A ideia de juntar todas as faixas desse gênero para lançar em um disco chamado "Elvis Country" partiu exclusivamente da RCA Victor. Elvis não tinha participação nesse tipo de decisão. Ele apenas gravava as músicas e o departamento de marketing da gravadora e o produtor escolhiam a seleção de repertório de cada LP, dando nome ao álbum, criando a capa e toda a direção de arte. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Help! / I'm Down

The Beatles - Help! / I'm Down
O single extraído do álbum Help! vinha com a música tema do filme e um Lado B que não tinha sido incluído no álbum e que era uma faixa inédita na discografia dos Beatles até então. Tradicionalmente os compactos dos Beatles geralmente vinham com duas músicas compostas por John Lennon e Paul McCartney. E quase sempre eles também dividiam os vocais, sendo uma das músicas cantadas por John e a outra por Paul. Foi exatamente o que aconteceu aqui. John cantava Help!, que no fundo era uma composição apenas dele e no Lado B Paul cantava sua nova composição "I'm Down". 

O curioso é que Paul McCartney sempre gostou de Little Richard e ao longo dos anos os Beatles tocaram muito o repertório do inimitável cantor americano. Então Paul decidiu compor uma música que tivesse o estilo de Little Richard. Nasceu assim essa faixa. Em uma entrevista o próprio Paul resumiu a questão afirmando: "Eu costumava cantar as coisas dele, mas chegou a um ponto que eu queria a minha própria canção, então eu escrevi '"I'm Down'". 

A canção também seria incorporada aos shows do grupo, virando um ponto alto do concerto. Paul inclusive adorava a versão que eles tocaram no Shea Stadium, com John Lennon literalmente "massacrando" as teclas do teclado no palco! Quem assistiu ao documentário com o concerto pôde perceber que eles se divertiram como nunca a tocando para os fãs em Nova Iorque. 

Pois bem, o single inglês vendeu muito, chegou ao primeiro lugar nas paradas, mas a Capitol queria mais. Os executivos da gravadora não entendiam como não havia um single com a música "Yesterday" que no fundo era o maior sucesso do disco "Help!". Assim eles decidiram criar um single voltado para o público nos Estados Unidos. Esse novo single Made in USA vinha com "Yesterday" no lado A e "Act Naturally" no Lado B. E o sucesso foi tão grande que o single americano começou a ser lançado em outros países, afinal ele trazia a grande canção desse disco. Nem preciso dizer que vendeu milhões de cópias mundo afora. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lambranças

Título no Brasil: Brilho Eterno de uma Mente Sem Lambranças
Título Original: Eternal Sunshine of the Spotless Mind
Ano de Lançamento: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Michel Gondry
Roteiro: Charlie Kaufman, Michel Gondry
Elenco: Jim Carrey, Kate Winslet, Tom Wilkinson, Elijah Wood, Mark Ruffalo, Kirsten Dunst

Sinopse:
Depois de um relacionamento cheio de altos e baixos, Joel Barish (Carrey) decide apagar suas memórias envolvendo a ex-namorada, a louquinha de cabelo pintado Clementine (Winslet), O problema é que durante o procedimento, feito por pessoas que se comportam de um jeito nada profissional, as coisas começam a dar errado. E Joel tenta se agarrar de todas as formas nas lembranças felizes que viveu ao lado de sua namorada, no passado. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Roteiro Original. 

Comentários:
Eu gostei bastante desse filme! Eu tinha lido alguns comentários afirmando que o filme era complicado de entender. Nada disso. Achei a linha narrativa até simples de acompanhar. O que acontece é que o espectador tem que entender que a narração parte do ponto de vista da mente que está sendo apagada do protagonista. Por isso as coisas vão se atropelando, muitas vezes de forma caótica. O roteiro parte da visão interna, psicológica, do personagem de Jim Carrey. Enquanto ele tenta se agarrar em suas lembranças, a equipe da empresa vai tentando apagar tudo. É uma corrida contra o tempo onde o protagonista tenta se agarrar nas boas lembranças de sua mente. O elenco está todo bem, até Jim Carrey em mais um bom papel não engraçado de sua carreira. Agora, quem rouba o filme mesmo é a atriz Kate Winslet. Sua personagem é a de uma mulher adulta que age de forma impulsiva. Sua mentalidade é praticamente a de uma adolescente. E ela sumiu dentro de sua personagem. Incrível trabalho de atuação. Apenas os grandes profissionais conseguem esse tipo de proeza. Merece todos os nossos aplausos! 

Pablo Aluísio.

Donzela

Título no Brasil: Donzela
Título Original: Damsel
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Juan Carlos Fresnadillo
Roteiro: Dan Mazeau
Elenco: Millie Bobby Brown, Robin Wright, Angela Bassett, Nick Robinson, Nicole Joseph, Milo Twomey

Sinopse:
A mão de uma jovem é dada em casamento para um príncipe de um reino que parece ter saído de um belo contos de fadas. Ela vai visitar seu palácio e após se conhecerem é realizada uma grande cerimônia de casamento. O que a noiva não desconfia é que tudo não passa de uma cilada mortal! Filme rodado em locações de Portugal. 

Comentários:
Pode não parecer, mas esse filme surpreende em uma série de aspectos. Á primeira vista, na primeira parte do filme, fiquei bem desanimado. Parecia mais um daqueles contos infantis meio chatinhos. Só que persisti, esperando melhorar. E realmente melhora. A partir de determinado momento da história a coisa toda dá uma reviravolta. E se era antes um conto de fadas bem sem graça, vira um jogo de sobrevivência, bem sombrio. Claro que não vou estragar as surpresas do enredo, mas fiquei particularmente interessado. Até mesmo em detalhes que algumas pessoas vão se incomodar, como por exemplo, ter um dragão que fala! Não tenho problemas com esse tipo de coisa, afinal esse é um filme de fantasia e isso faz parte do jogo nesse tipo de filme. Penso que tudo está bem encaixado e tem seu lugar no roteiro. Por falar nele, esse coloca mesmo alguns pilares desse tipo de história no chão, mas não chega a destruir todo o monumento. Algumas coisas se preservam. Ainda assim o filme vale pela ousadia e pelas boas ideias. Ainda há espaços para inovações nos filmes de fantasia, quem diria...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Belzebu

Título no Brasil: Belzebu
Título Original: Belzebuth
Ano de Lançamento: 2017
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Emilio Portes
Roteiro: Luis Carlos Fuentes, Emilio Portes
Elenco: Tobin BellJ, Joaquín Cosio, Tate Ellington

Sinopse:
Dois massacres horríveis envolvendo crianças chocam a sociedade em geral. Um policial é designado para o caso. Ele está se recuperando da morte do próprio filho e aquela nova investigação obviamente vai mexer com seu psicológico e seus nervos. E a coisa só piora quando ele descobre que parece haver a participação de uma seita satânica em todos os crimes. 

Comentários:
Esse filme passeia bem entre dois gêneros cinematográficos bem conhecidos do público, os filmes de terror e os policiais investigativos. A história se desenvolve bem e o roteiro preserva algumas cenas bem impactantes. As duas primeiras ocorrem respectivamente em uma maternidade e uma escola infantil. Tem que ter nervos para ver pois essas cenas são fortes! Quem conseguir passar desse ponto vai se deparar com uma ótima cena envolvendo uma manifestação demoníaca em um grande crucifixo de igreja, com o boneco de madeira de Jesus falando e tentando se desvencilhar de sua cruz. Olha, essa cena é mesmo um primor, a melhor de todo o filme. E aqui cabe também valorizar o trabalho do ator Tobin Bell. Todos os espectadores de terror conhecem ele da franquia "Jogos Mortais". Nesse filme ele interpreta um personagem que vai marcar quem acompanha sua carreira. O Bell está ótimo em sua caracterização. Um excelente ator, muitas vezes bem subestimado! Então é isso. Assista, se for capaz! 

Pablo Aluísio.

Morte nos Sonhos

Título no Brasil: Morte nos Sonhos
Título Original: Dreamscape
Ano de Lançamento: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joseph Ruben
Roteiro: David Loughery, Chuck Russell
Elenco: Dennis Quaid, Max von Sydow, Christopher Plummer, Kate Capshaw, Eddie Albert

Sinopse:
Jovem com poderes sensoriais é recrutado à força para participar de um projeto do governo dos Estados Unidos que sonda os sonhos. Ele teria o poder de entrar nos sonhos de outras pessoas. O problema é que isso pode virar uma arma de intriga internacional, colocando em risco a vida do próprio Presidente americano. 

Comentários:
O mais curioso em relação a esse filme é que ele me escapou. Não cheguei a ver nos anos 80 e só recentemente consegui assistir. Achei interessante em muitos aspectos. O roteiro, apesar de ter ótimas ideias, não consegue desenvolver todas elas, mas compensa com um ritmo mais ágil. As cenas dos sonhos obviamente ficaram datadas por causa do tempo, mas é inegável que aquele monstro, meio homem, meio serpente, todo feito com Stop Motion, tem um charme nostálgico incrível. Me lembrou dos velhos filmes de Simbad na Sessão da Tarde. O elenco é todo bom, com destaque para Max von Sydow como o cientista com boas intenções e Christopher Plummer como o agente da CIA sem nenhuma ética. A única coisa que temi vendo o filme é que ele fosse virar um daqueles filmes chatos de espiões e teorias da conspiração. Felizmente isso não aconteceu. O filme tem um roteiro redondinho que segura bem as pontas até o seu final! 

Pablo Aluísio.