terça-feira, 27 de agosto de 2024

O Ouro de Mackenna

Título no Brasil: O Ouro de Mackenna
Título Original: Mackenna's Gold
Ano de Lançamento: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: J. Lee Thompson
Roteiro: Heck Allen, Carl Foreman
Elenco: Gregory Peck, Omar Sharif, Telly Savalas, Edward G. Robinson, Eli Wallach, Burgess Meredith, Lee J. Cobb, Julie Newmar

Sinopse:
O xerife Mackenna (Peck) é feito refém no meio do deserto por um bando de criminosos liderados pelo bandoleiro mexicano John Colorado (Sharif). Ele acredita em uma velha lenda que diz que existe uma montanha de ouro em um antigo vale dominado pelos Apaches e exige que o veterano xerife o leve até lá. Dando origem a uma jornada perigosa e épica pelo meio do deserto. 

Comentários:
Ao contrário do que muitos pensam o ator Gregory Peck não fez muitos filmes de western. Na realidade ele fez poucos filmes de faroeste, mas os que fez foram marcantes, por isso muito gente pensa que ele foi um astro do western. Não foi. De qualquer maneira aqui temos outro filme dele muito interessane nesse gênero cinematográfico. E o curioso é que esse western segue os padrões do gênero em suas duas partes iniciais. Ali temos a jornada pelo deserto, os ataques de nativos selvagens, tudo como manda a cartilha. Só que na terça parte final do filme temos uma aventura que chegou até mesmo a me lembrar de Indiana Jones. Pois é, quando os personagens chegam na tal montanha dourada e ela começa a desmoronar em cima deles temos nesse momento um filme legítimo de aventuras. Algo que eu desconfiava que iria acontecer logo no começo porque afinal de contas esse filme foi dirigido por J. Lee Thompson. Quem acompanhou sua carreira nos anos 80 bem sabe do que estou falando. Então é isso. Um bom filme de faroeste, com pitadas de aventura ao estilo dos antigos seriados do cinema. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Rifles para Bengala

Título no Brasil: Rifles para Bengala
Título Original: Bengal Brigade
Ano de Lançamento: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Laslo Benedek
Roteiro: Richard Alan Simmons, Seton I. Miller
Elenco: Rock Hudson, Arlene Dahl, Ursula Thiess, Torin Thatcher, Arnold Moss, Michael Ansara

Sinopse: 
A história do filme se passa em 1857. Durante o sistema colonial, a Inglaterra dominava a Índia, tratando aquela nação como uma mera colônia do império britânico. Após uma série de revoltas, um oficial do exército, o Capitão Clayboune (Rock Hudson), tenta defender seu forte de uma série violenta de ataques promovidos pelos revolucionários indianos. 

Comentários:
Há duas formas básicas de se ver esse filme. Como mera aventura em terras exóticas ele é até muito bem funcional. Esse era aliás o único objetivo do estúdio quando produziu o filme. Atrair o público para um filme de aventuras, numa guerra distante. O problema é que o contexto histórico do filme diz respeito ao colonialismo britânico. E nessa segundo forma de ver esse filme a coisa complica. De certa maneira o roteiro louva e celebra mesmo o sistema colonial, algo que nos dias de hoje (e quando o filme foi lançado) já era algo historicamente superado. Além disso o filme acabou sendo muito criticado quando chegou nas telas da Inglaterra. Os ingleses se incomodaram muito em ver um elenco de atores americanos interpretando personagens britânicos. E tudo sem muito cuidado e rigor técnico. Muito se falou sobre o fato de que os personagens, apesar de serem todos ingleses, não tinham o sotaque tão característico do povo inglês. Então o filme acabou fracassando no Reino Unido. Era algo que os britânicos realmente não iriam perdoar. 

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de agosto de 2024

Fallout

Título no Brasil: Fallout
Título Original: Fallout
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Amazon Studios
Direção: Jonathan Nolan, Clare Kilner
Roteiro: Chaz Hawkins, Graham Wagner
Elenco: Ella Purnell, Aaron Moten, Walton Goggins

Sinopse:
O mundo e a humanidade foram praticamente destruídos por uma guerra nuclear ocorrida na década de 1960. Poucos seres humanos sobreviveram. Há uma camada fina de civilização entre as pessoas que vivem em abrigos nucleares que se tornaram pequenos vilarejos subterrâneas. Acima, no solo destruído do planeta, a barbárie impera e apenas os mais fortes sobrevivem. 

Comentários:
Eu gostei muito dessa série. OK, eu sei que ela é baseada em um game e que a história se passa em um mundo pós-apocalíptico. Duas coisas que servem como péssimos cartões de apresentação, uma vez que são duas premissas que não pegam nada bem em séries ou filmes, mas a verdade é que tiraram mesmo leite de pedra! A coisa toda funciona muito bem, o produto final é de qualidade. No meu caso, devo admitir, o que me pegou mesmo foi essa escolha pela estética que eu gosto de chamar de vintage futurista. Sim, parece uma contradição em sues próprios termos, mas a verdade é que essa trilha sonora só com músicas das décadas de 1950 e 1960, aqueles uniformes que parecem ter saídos de "Perdidos no Espaço" (da série jurássica) e todo aquele clima antigo me soou muito original e prazeroso. Some-se a isso uma ótima galeria de personagens como o necrótico cowboy de antigos filmes de faroeste dos anos 50 e a protagonista que parece uma mocinha de velhos filmes de aventura e pronto, a receita perfeita está completa. Eu adorei, espero que você curta também. É uma das melhores coisas do streaming atual, sem favor algum! 

Pablo Aluísio.

Star Wars - The Acolyte

Título no Brasil: Star Wars - The Acolyte
Título Original: Star Wars - The Acolyte
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Disney
Direção: Hanelle M. Culpepper
Roteiro: Jasmyne Flournoy
Elenco: Amandla Stenberg Lee Jung-jae Dafne Keen

Sinopse:
Uma Jedi é morta em um combate de sabres de luz. Ao que tudo indica a assassina é uma jovem ex-aluna da academia Jedi  Ela tem uma irmã gêmea. Ao contrário dela, essa ainda pertence ao lado bom da força, enquanto a outra irmã parece ter se entregado ao lado negro da força. 

Comentários:
Mal foi lançada e ja foi cancelada! É o maior fracasso da Disney desde que assumiu a marca Star Wars. Não culpo o público que virou as costas para essa nova série. O fato inegável é que o resultado ficou ruim demais. A série é muito fraca, em todos os aspectos. Uma história boboca, muito batida, tudo contado em episódios mal estruturados e mal organizados. No meu caso o que me incomodou muito foi saber que existe todo um universo expandido de Star Wars em livros e revistas em quadrinhos, com ótimas histórias para adaptar, e a Disney parece ignorar tudo isso, apostando nessa história péssima de duas irmãs, uma boa e outra má! Até em novelas da Globo isso está mais do que saturado! Então, a verdade pura e simples é que erraram desde o começo, ja lá atrás, quando escolheram um roteiro péssimo para ser a base dessa série. Senhores executivos da Disney, pesquisem o universo expandido de Star Wars para evitar novos vexames! 

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de agosto de 2024

O Mandaloriano - Terceira Temporada

O Mandaloriano - Terceira Temporada
Eu gostei bastante das duas primeiras temporadas. Para falar a verdade foi a única série Star Wars que gostei mesmo, sem maiores críticas. Mas devo deixar claro que isso foi nas duas primeiras temporadas que são praticamente perfeitas. O problema é que a história deveria ter terminado por ali. A história havia fechado seu ciclo, batemos palmas para ela, mas era para terminar. Só que é aquela coisa. Como foi um grande sucesso e como a maioria das séries Star Wars estão fracassando a Disney enfiou seu modo "cara de pau" e resolveu produzir uma terceira temporada muito desnecessária. 

Não é problema de produção, não é problema de elenco. É problema de roteiro, de tentar dar continuidade a uma história que já tinha terminado. A famosa enrolação. Sabe como é, o Baby Yoda é um dos brinquedos mais vendidos dos Estados Unidos e Europa hoje em dia. E o negócio da Disney também é vender produtos de série. Então tragam o soldado e o boneco de volta para mais uma temporada. Não precisava, mas o dólar fala mais alto e aí já viu. Não temos nada o que fazer a não ser perder tempo vendo essa temporada 3. E vem uma quarta temporada por aí! É a vida...

O Mandaloriano - Terceira Temporada (The Mandalorian, Estados Unidos, 2023) Direção: Rick Famuyiwa, entre outros / Roteiro: Jon Favreau, George Lucas / Elenco: Pedro Pascal, Katee Sackhoff / Sinopse: Terceira temporada dessa série Star Wars de grande sucesso. O Baby Yoda retorna para a guarda do Mandaloriano e juntos eles viajam pelo universo em novas aventuras espaciais. 

Pablo Aluísio.

Chucky

Título no Brasil: Chucky
Título Original: Chucky
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC Universal
Direção: Samir Rehem, Jeff Renfroe
Roteiro: Don Mancini
Elenco: Zackary Arthur, Brad Dourif, Jennifer Tilly

Sinopse:
O boneco Chucky está de volta! Após vários anos desaparecido, ele é encontrado novamente, dessa vez por um jovem com problemas na escola e na família. Ele tem problemas emocionais e Chucky o convence a matar todas as pessoas que o aborrecem, o humilham e ficam em seu caminho. 

Comentários:
Pois e, depois de vários filmes da franquia "Brinquedo Assassino", o boneco do cara legal, o Chucky, retorna, mas agora em formato de série. Essa primeira temporada tem coisas interessantes, mas também muitos erros. O bom é que tentaram resgatar um pouco o espírito do filme original, lá dos anos 80. O ruim é que não ignoraram todos aqueles filmes ruins, optando por continuar a história, como se todos os filmes anteriores fizessem parte também desse arco narrativo da série. Péssima ideia! São tantos filmes ruins, como a Noiva de Chucky, que trazer aquela tralha toda para a serie só a deixa mais enrolada, confusa, sem fluidez. Também não gostei muito do elenco juvenil. Tem uma turminha ali pra lá de chata. Mas enfim, certamente os fãs dos antigos filmes vão dar uma olhada, nem que sjea por mera curiosidade. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

O Guarda

Título no Brasil: O Guarda
Título Original: The Guard
Ano de Lançamento: 2011
País: Reino Unido, Irlanda
Estúdio: Reprisal Films
Direção: John Michael McDonagh
Roteiro: John Michael McDonagh
Elenco: Brendan Gleeson, Don Cheadle, Mark Strong, Rory Keenan, Liam Cunningham, Fionnula Flanagan

Sinopse:
Gerry Boyle (Brendan Gleeson) é um policial de uma pequena cidadezinha perdida na Irlanda. Ele não tem muito o que fazer porque aquela é uma região mais do que pacata. Os crimes quase não existem. Tudo muda quando um agente do FBI chega no lugar. Ele acredita que por ali passa uma rota do crime organizado internacional especializado em tráfico de drogas. 

Comentários:
Filme dos mais simpáticos. Como era de se esperar o roteiro se desenvolve a partir do choque cultural entre um guardinha turrão e casca grossa de um vilarejo da Irlanda e um policial americano do FBI, um sujeito que sempre viveu nas grandes cidades. A diferença entre eles, inclusive racial (o tira americano é negro), logo fica evidente. O velho irlandês não está nem aí para as regras do politicamente correto e por isso sempre entra em choque com seu colega policial do outro lado do Atlântico. Esse filme confirma mais uma vez o talento e o carisma do ator Brendan Gleeson. Em seus filmes ele sempre chama a atenção por interpretar tipos comuns, pessoas com que o público possa se identificar. Seja padre, policial ou trabalhador comum da classe operária, ele sempre se destaca. E isso fica ainda mais interessante porque ele passa longe de ser o tipo ideal do astro de cinema. É obeso, já passou da idade e muitas vezes interpreta personagens bem rabugentos. Talvez por isso o público europeu goste tanto dele. E eu, claro, estou do lado deles. Acho Brendan Gleeson um ótimo ator. 

Pablo Aluísio.

Onde Vivem os Monstros

Título no Brasil: Onde Vivem os Monstros
Título Original: Where the Wild Things Are
Ano de Lançamento: 2009
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Warner Bros
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Max Records, Forest Whitaker, James Gandolfini, Mark Ruffalo, Paul Dano, Pepita Emmerichs

Sinopse:
Um garotinho briga com a mãe e sai de casa, à noite. Vai parar completamente sozinho em um bosque perto de sua casa. Ele decide passar a noite por lá e acaba fazendo uma maravilhosa viagem para a terra dos monstros, onde sua imaginação não parece ter limites!

Comentários:
Resolvi assistir porque a crítica deu muitos elogios a esse filme quando ele foi lançado. Não é um filme inteiramente infantil e nem voltado para o público mais velho. Fica ali no meio termo. E por essa razão achei seu resultado meio esquisito. O diretor Spike Jonze se notabilizou por fazer filmes estranhos mesmo. O roteiro narra essa viagem na imaginação de um menino, onde ele pensa se tornar rei numa terra habitada por monstros. Até aí, tudo bem, penso que até o público infantil vai curtir. Só que existe também uma mensagem subliminar em tudo o que acontece. Os monstros não são personagens infantis como estamos acostumados. Parecem deprimidos, tentando fugir de alguma coisa. E com essa turma não poderia dar outra coisa. Achei o final bem melancólico e também piegas. Enfim, não deixou claro sua mensagem e nem tampouco divertiu totalmente as crianças. Não é, por essa razão, um filme muito indicado para os pequenos. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Back to Black

Título no Brasil: Back to Black
Título Original: Back to Black
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: StudioCanal UK
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Matt Greenhalgh
Elenco: Marisa Abela, Eddie Marsan, Jack O'Connell

Sinopse:
O filme conta a história da cantora Amy Winehouse, desde seus primeiros passos em sua carreira, quando era apenas uma cantora desconhecida em Londres, passando por seus momentos de sucesso mundial, chegando até seu trágico e precoce fim, quando morreu com apenas 27 anos de idade. 

Comentários:
Não me entenda mal, o filme é bom, mas preciso fazer algumas ressalvas. A personagem Amy Winehouse que surge nesse filme é apenas uma versão muito suavizada e romanceada da verdadeira Amy Winehouse. A cantora real era muito talentosa, disso ninguém tem dúvidas, mas era igualmente muito bagaceira. Ela se envolveu com um cara errado e junto a ele afundou no mundo das drogas pesadas. Ela era vista usando crack nas ruas mais conhecidas de viciados em Londres. De pés descalços, andando pelas ruas totalmente drogada, parecia mais um zumbi. Infelizmente as drogas transformaram ela numa mulher de sarjeta mesmo, sem exagerar em nada. Amy ficou desdentada, suja, maltrapilha, mal cheirosa, tomando drogas pelas ruas, um verdadeiro horror! No filme tudo isso é jogado para debaixo do tapete. Igualmente não é mostrado quase nada de suas apresentações desastrosas, onde caindo de drogada, mal conseguia cantar um verso no microfone. No Youtube você assiste a milhares de registros desse tipo feito por pessoas da plateia. Então é isso. O que temos aqui é até um bom filme, mas uma versão muito adocicada, suavizada e romanceada da história real. A Amy desse filme é um doce de pessoa, praticamente uma patricinha. Assim não dá para levar à sério! 

Pablo Aluísio.

Meu Sangue Ferve por Você

Título no Brasil: Meu Sangue Ferve por Você
Título Original: Meu Sangue Ferve por Você
Ano de Lançamento: 2023
País: Brasil
Estúdio: Mar Filmes
Direção: Paulo Machline
Roteiro: Roberto Vitorino, Homero Olivetto
Elenco: Filipe Bragança, Giovana Cordeiro, Sidney Magal 

Sinopse:
No final da década de 1970 o cantor popular Sidney Magal viaja até Salvador para realizar shows e se apresentar na TV local para um concurso de beleza. Até que conhece uma jovem baiana chamada Magali e se apaixona por ela. Mas não vai ser fácil conquistar seu coração. 

Comentários
O cinema americano vive uma moda de cinebiografias de músicos e cantores, cantoras e astros da música em geral. Era de se esperar que essa onda viesse também ao Brasil. Vários nomes da música popular brasileira já viraram filme e agora chegou a vez do Sidney Magal. Embora eu nunca tenha comprado discos dele e nem acompanhado sua carreira, obviamente já conhecia seus maiores sucessos. O filme é simpático e não se trata de uma cinebiografia, que mostre tudo que aconteceu em sua longa carreira, mas sim de um recorte de um momento de sua vida quando conheceu a mulher que iria se tornar sua esposa até os dias de hoje. O Magal era um tipo de artista popular que trazia para suas apresentações muitas poses e cenografias, várias delas da cultura cigana. Penso que os fãs de sua música vão gostar do filme e se divertir com ele. 

Pablo Aluísio.