segunda-feira, 12 de agosto de 2024

A Trama

Título no Brasil: A Trama
Título Original: The Parallax View
Ano de Lançamento: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Alan J. Pakula
Roteiro: David Giler. Lorenzo Semple Jr.
Elenco: Warren Beatty, Paula Prentiss, William Daniels

Sinopse:
Um candidato a senador nos Estados Unidos é assassinado em Seattle. Após sua morte várias pessoas que estavam no local do crime passam a morrer das maneiras mais inusitadas. Isso chama a atenção de um jovem jornalista investigativo que passa a seguir pistas sobre uma organização criminosa que provavelmente estaria por trás de todos aqueles homicídios. 

Comentários:
Essa onda de teorias da conspiração não vem dos dias atuais como bem podemos perceber nesse filme. O roteiro é todo baseado em uma grande teoria da conspiração que envolveria a morte de políticos nos Estados Unidos. Obviamente que a morte do presidente JFK serve como um modelo, ainda que não citado em momento algum do filme. Basicamente se ataca essa coisa de se pensar que apenas um criminoso comum, um lobo solitário, seria o responsável por esse tipo de crime. Claro que a imaginação das pessoas geralmente não aceitam explicações tão simples, mesmo que sejam as verdadeiras. Então desse tipo de situação nascem essas tais teorias da conspiração. 

Dito isso, até que apreciei o filme, muito embora esteja pessoalmente farto de teorias desse tipo. ainda mais nos dias de hoje com tantas fake news e teorias da conspiração das mais diversas circulando nas redes sociais. É algo que se tornou cansativo mesmo. Do ponto de vista cinematográfico é um bom filme, mas fiquei com a clara impressão de que foi feita uma edição meio brusca, nada sutil. Provavelmente sejam cortes promovidos pelo estúdio para deixar o filme com uma menor duração. Certamente esse sensação de narrativa truncada não deve ser colocada no rol de culpas do diretor Alan J. Pakula. Ele fez um bom trabalho com o elenco e com o material que tinha em mãos. 

Pablo Aluísio.

Evocação

Título no Brasil: Evocação
Título Original: The White Cliffs of Dover
Ano de Produção: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Clarence Brown
Roteiro: Claudine West
Elenco: Irene Dunne, Alan Marshal, Roddy McDowall, Elizabeth Taylor

Sinopse:
O filme narra a estória dramática da vida de Susan Ashwood (Irene Dunne), uma enfermeira americana em Londres que ajuda na recuperação e tratamento de centenas de feridos em combate. Seu trabalho se torna ainda mais importante quando seu próprio filho volta do campo de batalha, completamente destruído tanto do ponto de vista físico como psicológico. 

Comentários:
Outro filme da infância de Liz Taylor (ela tinha apenas 10 anos de idade quando a produção foi filmada). O roteiro foi baseado no poema de  Alice Duer Miller, o que já nos dá uma ideia de como o cinema era lírico naqueles tempos. Outro fato digno de nota em relação à pequena Elizabeth Taylor é que esse foi o primeiro filme com ela no elenco a concorrer ao Oscar, na categoria Melhor Fotografia em preto e branco (méritos do excelente diretor de fotografia, o respeitado e conhecido George J. Folsey, que merecia ter levado o prêmio para casa). Embora possa ser classificado como um drama de guerra com pitadas de  tragédia, esse filme tem como grande virtude resgatar um pouco do heroísmo das mulheres que serviram como enfermeiras durante a sangrenta segunda guerra mundial. Importante salientar que quando o filme foi lançado a guerra ainda persistia, o que no final das contas acabou se revelando uma bonita homenagem para todas essas heroínas anônimas que prestaram seus serviços no conflito mais devastador da história da humanidade.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de agosto de 2024

Pilatos

Pilatos
Pilatos teria desaparecido da história se nao tivesse sido citado nos textos do Novo Testamento. O máximo de sua carreira política em Roma se deu justamente quando se tornou governador da Judéia e isso definitivamente não era um prêmio para nenhum homem público de Roma. Na realidade era praticamente uma punição. A Judéia era considerada uma província problemática pelos romanos. Situada geograficamente muito longe da capital do império, era vista pelos romanos como uma região de desertos, com povo rebelde, fanático por suas convicções religiosas e por essa razão complicado de dominar. 

Além disso Pilatos nunca se deu bem com o Imperador Tibério. Pilatos era da chamada baixa nobreza romana. Para essa classe de famílias realmente não haveria nada de muito promissor para eles em termos políticos. Ao que tudo indica Tibério o nomeou como governador da Judéia praticamente como uma punição. E definitivamente Pilatos não ficou nada feliz com essa indicação. Ainda assim foi para a Judéia onde se envolveu em inúmeros problemas. 

Logo ao chegar Pilatos mandou pintar a imagem de uma divindade romana nos escudos dos legionários. Isso foi visto pelos judeus como uma provocação pois eles não admitiam imagens de divindades pagãs. O velho problema do fanatismo religioso surgia novamente naquela província distante. Logo estourou uma violenta rebelião que Pilatos esmagou com mão de ferro. Centenas de revoltosos foram executados, das mais diferentes formas, sendo que os líderes foram pendurados em cruzes. Uma mensagem do império para todos os que desejavam seguir pelo mesmo caminho da revolta contra o poder de Roma. 

Pilatos era visto pelo povo como um homem cruel e sanguinário, por essa razão historiadores não acreditam naquela imagem dele que surge dos evangelhos. Ali ele foi retratado como um homem que lavou as mãos em relação à morte de Yeshua (o nome verdadeiro de Jesus). Para historiadores isso seria pura ficção. Pilatos não teria nenhum pudor de mandar Jesus para a cruz, uma vez que ele havia se envolvido numa confusão no templo em plena Páscoa judaica. E o fato de seus seguidores o chamarem de Messias definitivamente não ajudou em nada. O termo Messias era usado para designar os judeus que iriam expulsar o invasor romano de suas terras. Inclusive os historiadores duvidam muito que Pilatos tenha julgado Jesus ou algo do tipo. Jesus era um camponês e Pilatos nem sequer teria perdido tempo ao mandar executá-lo. Ele foi considerado um terrorista político por Roma e por essa razão foi morto na cruz, tal como aconteceu com centenas de outros homens de sua época. 

O que parece ter acontecido é que os escritores do novo testamento, que eram escribas gregos que viviam no Império Romano, tiveram receios de colocar uma péssima imagem de uma autoridade romana em seus escritos. Afinal eles também poderiam ser mortos por isso. Então criaram um Pilatos cheio de compaixão, lavando as mãos sobre a morte daquele judeu.  Nessa caso o medo deles falseou a realidade histórica, algo que muitas vezes aconteceu ao longo da história. 

Pablo Aluísio. 

Imperador Romano Justiniano

Imperador Romano Justiniano
Quem cursou Direito certamente ouviu falar muito desse Imperador do Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino. Justiniano foi um nome muito importante na história do Direito Romano. Foi ele que mandou formar uma comissão de juristas para catalogar e reunir em apenas um Codex (Código) todas as leis que estavam circulando dentro do Império. Havia uma infinidade de leis esparsas, das mais diferentes épocas de Roma e ninguém sabia ao certo quais ainda estavam em vigor e quais tinham sido revogadas. Diante dessa bagunça e insegurança jurídica, Justiniano criou o primeiro código de leis escritas da história, o que iria dar origem uma nova modalidade de documento jurídico que iria ser seguido pelos séculos seguintes pelos mais diferentes povos do planeta. 

Essa código pioneiro ficou conhecido como Corpus Juris Civilis. E foi considerado o primeiro Código Civil da história, muito embora também trouxesse leis de direito público, inclusive de administração imperial. Mas Justiniano não parou por aí. Ele também mandou organizar os inúmeros decretos imperiais que existiam por todo o vasto território romano. Isso daria origem a uma Constituição Imperial, a primeira que se tem notícia. Muitos gostam de dizer que a Constituição dos Estados Unidos foi a primeira constituição da história, mas esse é um erro. Antes dela existiu a Constituição Imperial de Justiniano. Foi um marco e também acabou se tornando um de seus maiores legados históricos. 

E Justiniano não resumiu sua importância histórica ao campo das leis. Ele também foi o último imperador romano a reunificar os dois lados do Império, formado pelo Império Romano do Ocidente (com capital em Roma) e o Império Romano do Oriente (com capital em Constantinopla). Era um velho sonho do imperador e ele conseguiu esse feito. Infelizmente a unificação não sobreviveu muitos anos após sua morte. O Império Romano do Ocidente estava sendo constantemente invadido por diversos povos bárbaros e não havia exército no mundo que conseguiria deter esses avanços. Não tardou muito e Roma voltou a cair após a morte de Justiniano. Já o Império Romano do Oriente teria existência muito mais longa, só caindo mesmo no século XV, com a invasão do Império Otomano.

Curiosamente na vida privada Justiniano enfrentou diversos problemas. Ele se apaixonou perdidamente por uma artista de circo chamada Teodora. Isso era um escândalo na época porque segundo a tradição o Imperador deveria se casar com alguma mulher nobre, das famílias mais tradicionais. Só que Justiniano era um daqueles homens românticos sem salvação. Ele pagou o preço e fez dessa mulher artista sua imperatriz. Também demonstrava ser controlado por ela, o que chocava a alta nobreza bizantina. De qualquer maneira o Imperador lhe foi fiel até sua morte. Esse entretanto foi apenas um capítulo menor de sua vida, uma vez que seu maior legado mesmo foi no mundo do Direito. Nesse campo ele realmente foi um dos nomes mais importantes da história romana. 

Pabllo Aluísio. 

sábado, 10 de agosto de 2024

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 2

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 2
Não foi por mero acaso que esse álbum de Elvis se chamou "Elvis Country (I'm 10,000 Years Old)". O cantor tinha esse lado muito espiritualista e ele se considerava uma antiga alma que tinha vivido em várias vidas passadas. Pois é, Elvis acreditava plenamente na possibilidade de reencarnação após a morte, muito embora não fosse um leitor que gostasse das teorias do espiritismo. Estava mais para um lado do budismo e religiões orientais mesmo. Então ele realmente se identificou com essa coisa de ter 10 mil anos de idade! É sempre bom lembrar que Elvis adorava ler livros sobre religião, teologia, seitas esotéricas, esse tipo de leitura. 

Só que no caso desse disco cometeram um erro. Colocaram a faixa "I Was Born About Ten Thousand Years Ago" ligando as músicas do disco, aos pedaços. Ela não aparecia completa, para irritação dos fãs. Tantas foram as reclamações que chegaram no escritório de Tom Parker que ele ligou diretamente para a sede da RCA Victor em Nova Iorque pedindo explicações. De lá ouviu que Elvis havia achado uma boa ideia a sugestão do produtor Felton Jarvis. O velho Coronel porém não admitia ser contrariado. Assim a RCA teve que colocar a música completa no disco "Elvis Now" no ano seguinte. Foi a forma que o Coronel teve de pedir desculpas a quem reclamou dessa edição sui generis e completamente fora do comum do álbum. 

Outra faixa que despertou curiosidade foi "Whole Lotta Shakin' Goin' On". Essa música nem era um country para falar a verdade. Era um rock que havia feito muito sucesso na voz de Jerry Lee Lewis na década de 1950. Elvis havia tido sua cota de problemas com Lewis, mas relevou tudo isso e gravou a música. Quando a produção ficou pronta ela foi levada até Elvis para aprovação. Ele não gostou dos arranjos que Felton Jarvis havia feito. Imediatamente telefonou para o produtor e lhe disse: "Jarvis, tire esse arranjo de metais da canção. Tire as cornetas. Não se trata disso, essa é uma música de rock". O produtor engoliu então seu orgulho e ego e fez o que Elvis lhe ordenou. Ainda assim considero que o arranjo não ficou muito bom. Passou longe de ter a pegada da versão de Lewis. 

Muito melhor ficou a versão de Elvis para uma música de Willie Nelson. Se tratava da faixa "Funny How Time Slips Away". A versão de Elvis é bem mais suave e menos country do que a original. O próprio Nelson gostou do que ouviu e elogiou a releitura de Mr. Presley. Depois confessou que jamais poderia seguir a linha de Elvis porque afinal ele era um artista assumidamente country, que só sabia cantar naquele estilo. De qualquer maneira as palavras elogiosas de Nelson agradaram bastante a Elvis que ficou orgulhoso de sua interpretação na gravação. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Help! - Parte 1

Retornando aos comentários dos discos oficiais dos Beatles vamos agora tecer algumas observações sobre o disco "Help!" de 1965. Lembrando que tomarei como base a discografia inglesa dos Beatles, do selo EMI, por ser considerada a oficial. A discografia dos Estados Unidos é diferente, com outros discos lançados pela Capitol, outras seleções de faixas. E sobre a discografia brasileira posso fazer textos sobre as peculiaridades inerentes a esses discos nacionais bem diferenciados. Isso porém será tema para outra ocasião. Vamos falar de "Help!" então...

Segundo o próprio John Lennon os Beatles estavam cheirando muita cocaína quando gravaram o álbum "Help!". Para John era óbvio que a letra pedindo socorro não era apenas uma poesia ao sabor do vento, era sim um verdadeiro pedido de socorro, pelo menos por parte dele. Havia toda aquela loucura da Beatlemania acontecendo, os Beatles eram pressionados para escrever um sucesso atrás do outro, muito consumo de drogas e a vida havia se tornado uma roda viva de insanidade. Pedir socorro era algo natural para John Lennon. Quem poderia culpá-lo por agir assim? De uma maneira ou outra essa faixa virou um clássico imediato dos Beatles, se tornando rapidamente um grande sucesso mundial.

As demais canções da trilha sonora também eram muito interessantes. Particularmente gosto muito do ritmo de "The Night Before". Aliás essa faixa foi considerada tão satisfatória pelos Beatles que em algum momento eles até mesmo cogitaram colocá-la como título do álbum, posto que obviamente foi perdido quando John Lennon apareceu com a música "Help!", essa imbatível para dar nome ao novo álbum. Também era o título ideal para o filme. A companhia cinematográfica achou ótima a sugestão de usar "Help!" como nome do filme. Era chamativo e tinha o impacto necessário. "The Night Before" havia sido composta por Paul McCartney. Seu estilo pessoal está em cada detalhe, em cada nota musical.

A balada "You've Got to Hide Your Love Away" tem uma doce melancolia. Essa criação de John Lennon tem claras tintas no estilo de Bob Dylan. O cantor e compositor americano inclusive havia se encontrado com os Beatles. Segundo John, ele não gostou muito de Dylan. Achou ele muito paranoico e estranho. Isso porém não os impediu de fumar maconha ao lado do cantor norte-americano, terminando a noite dando muitas risadas. Após ouvir alguns discos de Dylan, John chegou na conclusão que poderia fazer algo melhor, no próprio estilo do colega músico. E assim nasceu essa faixa, que aliás ficou excelente. Um John Lennon cheio de inspiração e talento tentando seguir os passos e o estilo de Bob Dylan. Tudo resultando numa pequena obra-prima dos Beatles nessa fase.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Planeta dos Macacos: O Reinado

Título no Brasil: Planeta dos Macacos: O Reinado 
Título Original: Kingdom of the Planet of the Apes
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Studios
Direção: Wes Ball
Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa
Elenco: Owen Teague, Freya Allan, Kevin Durand

Sinopse:
Uma jovem humana se une a macacos de um clã escravizado para lutar contra um monarca macaco tirano. Esse rei deseja invadir uma velha instalação militar abandonada, dos tempos em que os humanos dominavam o planeta. E lá dentro se encontram mísseis nucleares de longo alcance. 

Comentários:
Essa é outra franquia que sempre mantém um bom padrão de qualidade cinematográfica. Esse novo filme se revela mais independente dos demais. Isso porque agora a  história se passa muitos anos à frente dos eventos que vimos nos primeiros filmes. São outros personagens, outro contexto. Os macacos agora estão mais desenvolvidos, inclusive politicamente. Clãs escravizam outros clãs dando origem a pequenos reinos de dominação. E em um deles um gorila monarca tem planos de invadir um lugar que no passado foi uma base militar de lançamento de mísseis nucleares. Embora sejam mais desenvolvidos do que nos primeiros filmes, os macacos ainda vivem em um mundo de violência e brutalidade. E os seres humanos agora já estão organizados a ponto de haver uma reação ao seu domínio no planeta. Enfim, gostei mesmo. Mais um bom filme da franquia moderna do Planeta dos Macacoa. Que outros filmes sejam lançados. Quero ver todos. 

Pablo Aluísio.

Psicose 4: A Revelação

Título no Brasil: Psicose 4: A Revelação
Título Original: Psycho IV: The Beginning
Ano de Lançamento: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Mick Garris
Roteiro: Joseph Stefano, Robert Bloch
Elenco: Anthony Perkins, Henry Thomas, Olivia Hussey

Sinopse:
Depois de ficar longos anos internado em um manicômio judiciário, Norman Bates (Perkins) está de volta à liberdade. Ele liga para um programa de rádio onde um especialista de psicopatia está dando uma entrevista e resolve contar parte de sua história ao mesmo tempo em que avisa a todos que está prestes a voltar a matar! 

Comentários:
Esse foi o último filme com Anthony Perkins no papel que o consagrou. Também marca o final da franquia original que havia começado 30 anos antes. Da primeira vez que assisti não gostei muito. Nessa revisão acabei achando um pouco melhor. O fato é que esse filme desenvolve muito bem o passado de Norman, mostrando elementos de sua infância a adolescência. Quem o interpreta jovem é o ator Henry Thomas (o garoto de ET) aqui já um pouco mais velho. Impossível ver esse filme hoje e não se lembrar da série "Bates Motel" já que ambos desenvolveram o passado do assassino. Só que a mãe de Norman aqui é bem mais crível. Uma mulher fútil, insensível, frívola, lasciva, dominadora ao extremo e de personalidade medíocre. Sua opressão e a falta constante de bom senso para com o filho adolescente realmente explica muito do comportamento homicida de Bates na fase adulta. E tudo explode quando ela decide se relacionar com um tipo indigesto, um cafajeste profissional, para completo horror do filho que perde o que lhe restava de saúde mental. Enfim, um filme que acabou me agradando nessa revisão tardia. É bem explicativo sobre o passado que forma assassinos em série. E não pense que não existem elementos reais aqui. A criminologia está aí para dizer o contrário. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

O Quarto da Morte

Título no Brasil: O Quarto da Morte 
Título Original: The Dead Room
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: IFC
Direção: Jason Stutter
Roteiro: Kevin Stevens, Jason Stutter
Elenco: Jed Brophy, Jeffrey Thomas, Laura Petersen

Sinopse:
Uma dupla de pesquisadores e uma jovem com supostos poderes de mediunidade vão para uma velha casa abandonada que sempre teve fama de ser assombrada pelos moradores da região. Nos primeiros dias nada acontece. Até que as 3 horas da madrugada do terceiro dia começam a surgir eventos sobrenaturais inexplicáveis. 

Comentários:
O que você mais vai encontrar nesses canais de TV a cabo são esses programas sobre paranormalidade onde equipes visitam velhas casas e hospitais abandonados para captar a energia de fantasmas e almas penadas. Partindo desse pressuposto o roteiro desse filme conseguiu algumas proezas. Ainda há como fazer bons filmes de terror usando apenas de bons roteiros escritos, sem apelação a banhos de sangue. É o que vemos por aqui. O filme é simples, apenas 3 atores em uma velha casa. Dessa história simplória porém surgem bons sustos e boas situações de suspense. Assim esse "O Quarto da Morte" se revela um filme eficiente. Não tem grandes efeitos especiais e ninguém que o assiste esperaria por isso. Entretanto conta sua história de forma muito eficiente. Um filme para conhecer, principalmente para quem curte esse tipo de histórias de paranormalidade. 

Pablo Aluísio.

Roland Doe - A Verdadeira História do Exorcista

Título no Brasil: Roland Doe - A Verdadeira História do Exorcista
Título Original: The Exorcism of Roland Doe
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Discovery+ 
Direção: Tom Jennings
Roteiro: Laura Verklan
Elenco: Anthony D. Call, William Friedkin, Jeff Belanger

Sinopse:
Documentário que revela a verdadeira história por trás do livro e do filme "O Exorcista". Na década de 1940 um garoto começa a apresentar uma série de comportamentos estranhos. Depois de várias tentativas de solução dessa crise, a família procura pela Igreja Católica para aquilo que seria uma possessão verdadeira do demônio. 

Comentários:
Achei bem interessante. Eu já sabia que a história real teria envolvido um menino nos anos 40 e que tudo teria se passado em St. Louis. Só desconhecia os detalhes. Nesse documentário várias informações são disponibilizadas ao espectador. Só preservaram mesmo o nome real do garoto por questões éticas. E a história real em muitos aspectos foi mais interessante e complexa do que vemos no livro e no filme. O Vaticano nunca se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas documentos foram encontrados alguns anos atrás sobre o que teria acontecido. Estavam em um velho hospital psiquiátrico que estava prestes a ser demolido. Esses documentos foram a base no qual esse roteiro foi escrito. Enfim, deixo a recomendação para quem tiver o devido interesse sobre esses eventos. 

Pablo Aluísio.