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domingo, 8 de abril de 2007

Roberta

Título no Brasil: Roberta
Título Original: Roberta
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: William A. Seiter
Roteiro: Jerome Kern, Otto A. Harbach
Elenco: Irene Dunne, Fred Astaire, Ginger Rogers, Randolph Scott, Helen Westley, Luis Alberni

Sinopse:
John Kent (Randolph Scott) é um jogador de futebol americano que resolve ir até Paris para celebrar seu noivado. Uma vez lá, reencontra sua tia, que agora é uma famosa estilista de moda na capital francesa. Também conhece o casal formado por Huck (Fred Astaire) e Scharwenka (Ginger Rogers), modelos e dançarinos que vivem se provocando um ao outro. Filme indicado ao Oscar na categoria "Melhor Canção Original" pela música "Lovely to Look at" de Jerome Kern, Dorothy Fields e Jimmy McHugh

Comentários:
Excelente comédia musical romântica com a inesquecível dupla Fred Astaire e Ginger Rogers. O casal não estrela o filme (esse papel cabe à diva Irene Dunne), mas eles certamente roubam o show todas as vezes em que dançam pelos salões de Paris. Fred Astaire foi seguramente o melhor dançarino dos anos de ouro dos musicais americanos. Fino, elegante e muito técnico, ele deixava a plateia encantada com seus impecáveis passos de dança. Sua parceira Ginger Rogers também era fenomenal, embora tenha sido muitas vezes subestimada. Curiosamente eles, que faziam juntos maravilhosas cenas de dança, não se gostavam pessoalmente e viviam brigando nos bastidores dos musicais que estrelavam (o roteiro tira uma casquinha disso). Além dessa dupla que já justificaria a existência desse elegante musical, ainda temos de brinde o ator Randolph Scott, que se notabilizou pelos vários faroestes que estrelou, mas que também tinha um ótimo timing para comédias e filmes mais leves como esse. Uma prova está justamente aqui, em suas cenas. Scott inclusive confessava reservadamente a amigos que adorava esse tipo de filme, com muita música, figurinos luxuosos e roteiros espirituosos e bem trabalhados. Porém o fato é que seu tipo combinava melhor mesmo com filmes de western. Assim deixo a dica desse "Roberta", um filme dos tempos em que o cinema americano era pura magia e melodia.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Duas Vidas

Michel Marnet (Charles Boyer) é um playboy francês que decide, após longos anos, finalmente se casar. Obviamente que isso logo se torna uma notícia e ele decide viajar até os Estados Unidos para lá se casar com sua futura esposa americana. Na viagem acaba conhecendo casualmente Terry McKay (Irene Dunne) que embora esteja comprometida acaba jogando seu charme para seduzi-lo. O que começa como um flerte casual acaba se tornando algo mais profundo a ponto de ambos combinarem de se encontrarem em seis meses no topo do Empire State em Nova Iorque, caso seus relacionamento amorosos não criem bons frutos nesse tempo."Duas Vidas" é o filme original que deu origem a dois remakes que se tornaram bem conhecidos do público cinéfilo. O primeiro foi o clássico absoluto "Tarde Demais para Esquecer" de 1957 com Cary Grant e Deborah Kerr protagonizando essa bonita história de amor. Depois nos anos 1990 tivemos uma nova refilmagem chamada "Segredos do Coração" com Warren Beatty e Annette Bening como o casal apaixonado. Esse segundo remake contou com a preciosa participação da diva do cinema Katharine Hepburn que curiosamente quase estrelou o filme original.

Cada um desses filmes tem seus pontos fortes. "Tarde Demais para Esquecer" contava com uma maravilhosa trilha sonora e uma fotografia inspirada. "Segredos do Coração" trouxe um trabalho melhor em termos de roteiro, onde os dois personagens principais eram bem mais trabalhados do ponto de vista psicológico. Já o original "Duas Vidas" se destaca pelo elenco. Charles Boyer tinha uma finesse e elegância pessoal que casou muito bem com seu personagem. De fala suave e gestos diplomaticamente ensaiados, ele convence plenamente como um conquistador irresistível para as mulheres. Já Irene Dunne passa a impressão de ser uma mulher decidida, dona de si, que sabe muito bem que seu casamento não terá muito futuro pois está apaixonada por Michel Marnet (Boyer). Esse tipo de atitude pode até ser vista como algo comum nos dias de hoje, mas lembre-se que esse filme foi rodado na década de 1930 e naquela época uma mulher prestes a se casar com outro tinha que manter uma certa postura pessoal, caso contrário causaria um verdadeiro escândalo, criando um estigma social ruim para si.

Ouvindo seu coração, ela prefere partir para os braços de Marnet, ao invés de continuar em um relacionamento sem amor, vazio por dentro. E justamente por ter essa coragem o filme se tornou logo um sucesso de público e crítica, sendo indicado a seis Oscars, entre eles Melhor Filme, Melhor Atriz (Irene Dunne), Melhor Atriz Coadjuvante (Maria Ouspenskaya), Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora Original. Sem dúvida um marco do cinema romântico de Hollywood e um grande avanço em termos de emancipação da mulher dentro daquele contexto histórico e social.

Duas Vidas (Love Affair, Estados Unidos, 1939) Estúdio: RKO Radio Pictures / Direção: Leo McCarey / Roteiro: Delmer Daves, Donald Ogden Stewart / Elenco: Irene Dunne, Charles Boyer, Maria Ouspenskaya / Sinopse: Um casal se apaixona e decide fazer uma espécie de pacto. Caso não sejam felizes em seus relacionamentos atuais devem se encontrar no alto do Empire State em Nova Iorque.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Evocação

Título no Brasil: Evocação
Título Original: The White Cliffs of Dover
Ano de Produção: 1944
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Clarence Brown
Roteiro: Claudine West
Elenco: Irene Dunne, Alan Marshal, Roddy McDowall, Elizabeth Taylor

Sinopse:
O filme narra a estória dramática da vida de Susan Ashwood (Irene Dunne), uma enfermeira americana em Londres que ajuda na recuperação e tratamento de centenas de feridos em combate. Seu trabalho se torna ainda mais importante quando seu próprio filho volta do campo de batalha, completamente destruído tanto do ponto de vista físico como psicológico. 

Comentários:
Outro filme da infância de Liz Taylor (ela tinha apenas 10 anos de idade quando a produção foi filmada). O roteiro foi baseado no poema de  Alice Duer Miller, o que já nos dá uma ideia de como o cinema era lírico naqueles tempos. Outro fato digno de nota em relação à pequena Elizabeth Taylor é que esse foi o primeiro filme com ela no elenco a concorrer ao Oscar, na categoria Melhor Fotografia em preto e branco (méritos do excelente diretor de fotografia, o respeitado e conhecido George J. Folsey, que merecia ter levado o prêmio para casa). Embora possa ser classificado como um drama de guerra com pitadas de  tragédia, esse filme tem como grande virtude resgatar um pouco do heroísmo das mulheres que serviram como enfermeiras durante a sangrenta segunda guerra mundial. Importante salientar que quando o filme foi lançado a guerra ainda persistia, o que no final das contas acabou se revelando uma bonita homenagem para todas essas heroínas anônimas que prestaram seus serviços no conflito mais devastador da história da humanidade.

Pablo Aluísio.