terça-feira, 17 de outubro de 2023

O Melhor é Casar

Título no Brasil: O Melhor é Casar
Título Original: Love Is Better Than Ever
Ano de Lançamento: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stanley Donen
Roteiro: Ruth Brooks Flippen
Elenco: Elizabeth Taylor, Larry Parks, Josephine Hutchinson

Sinopse:
A professora de dança Anastacia "Stacie" Macaboy (Elizabeth Taylor) se apaixona pelo inteligente agente de teatro Jud Parker (Larry Parks). Ele também gosta dela, mas não o suficiente para desistir de sua emocionante vida de solteiro e playboy. Então ela planeja armar uma armadilha para ele finalmente subir ao altar da igreja ao seu lado.

Comentários:
Um filme romântico com pitadas de humor que no quadro geral se torna bem agradável de se assistir. Entretanto se formos comparar com outros grandes clássicos do cinema em que Elizabeth Taylor atuava nessa mesma época como "Um Lugar ao Sol", por exemplo, as coisas se complicam mesmo. Esse filme é uma obra menor dentro de sua filmografia e isso em um dos momentos mais marcantes de toda a sua carreira. Liz Taylor que vinha colecionando elogios e sucessos de bilheteria aqui apenas fez o comum, o normal em termos de filmes românticos. Seus fãs e os críticos da época esperavam algo mais, por isso a recepção foi meio morna. Curiosamente seu parceiro romântico em cena seria atingido em cheio pela lista negra de Hollywood. Ator promissor e talentoso, Larry Parks viu sua carreira afundar para sempre depois disso. Enfim, um filme na média, mas que pelo menos serviu para imortalizar a imagem de uma bela e jovem Elizabeth Taylor em seus anos de juventude 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Quando Irmãos se Defrontam

Título no Brasil: Quando Irmãos se Defrontam
Título Original: The Ugly American
Ano de Lançamento: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Englund
Roteiro: Stewart Stern, William J. Lederer
Elenco: Marlon Brando, Sandra Church, Eiji Okada, Jocelyn Brando, Arthur Hill, Pat Hingle

Sinopse:
Nesse filme o aclamado ator Marlon Brando interpreta o embaixador norte-americano Harrison Carter MacWhite. Ele é um ambicioso estudioso da política internacional que se torna embaixador em Sarkan, um país do sudeste asiático onde a guerra civil está se formando no horizonte. E de seu posto começa a perceber a vil política de seu país em relação a pequenos países daquela parte do mundo. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor direção e melhor ator (Marlon Brando). 

Comentários:
Em termos políticos o ator Marlon Brando sempre foi progressista e liberal. Ele odiava com todas as forças a política externa dos governos conservadores e republicanos que chegavam ao poder em seu país. Esse foi provavelmente o filme mais político de sua carreira pois era em essência uma denúncia da maneira como os Estados Unidos promovia golpes de Estado e atrocidades em países de terceiro e quarto mundo. E justamente por causa do teor político desse filme, Brando encontrou várias portas fechadas para que o filme fosse finalmente produzido. Inclusive em um momento crucial da produção ele acabou colocando dinheiro do próprio bolso para que o filme finalmente chegasse a uma conclusão. É um bom filme certamente, onde Brando está mais do que empenhado em seu papel, algo que nem sempre acontecia, como bem podemos ver em sua longa filmografia. Feito para dar um recado e deixar a mensagem e o pensamento político do ator registrados eternamente em película, esse é um daqueles filmes essenciais para entender a mentalidade de Brando ao longo de sua vida. 

Pablo Aluísio.

Famintas de Amor

Título no Brasil: Famintas de Amor
Título Original: Until They Sail
Ano de Lançamento: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Robert Wise
Roteiro: Robert Anderson, James A. Michener
Elenco: Paul Newman, Joan Fontaine, Jean Simmons, Sandra Dee, Piper Laurie, Charles Drake

Sinopse:
Esse filme mostra o drama vivido por um grupo de mulheres que mora na Nova Zelândia após o começo da Segunda Guerra Mundial. Os homens da vila onde moram vão para a guerra e elas ficam sozinhas. Então quando um batalhão das forças armadas dos Estados Unidos chega na região começa uma série de relacionamentos entre elas e os militares estrangeiros. Algo não permitido pelo alto comando das forças militares. 

Comentários:
Bom filme romântico da década de 1950. O ator Paul Newman interpreta esse militar norte-americano que vai parar na distante Nova Zelândia durante a II Guerra Mundial. Ali ele conhece a realidade de três irmãs, todas solitárias, lutando pela vida. Claro que acaba se relacionando com uma delas, mas isso traz problemas. Havia certos regulamentos dentro das forças armadas dos Estados Unidos que impedia esse tipo de relacionamento amoroso entre os soldados e oficiais com a população local. De certa maneira o filme tem semelhanças com "Sayonara" de Marlon Brando, sendo esse passado no Japão. O elenco também é muito bom, com destaque para a jovem adolescente Sandra Dee interpretando a mais jovem das irmãs e do próprio Paul Newman, aqui interpretando um sujeito meio indeciso, inseguro. Ele não consegue decidir se vai mesmo entrar fundo naquele romance. Enfim, bom filme, deixo a minha recomendação. 

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de outubro de 2023

Hotel Transilvânia 2

Título no Brasil: Hotel Transilvânia 2
Título Original: Hotel Transylvania 2
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Genndy Tartakovsky
Roteiro: Robert Smigel, Adam Sandler
Elenco: Adam Sandler, Andy Samberg, Selena Gomez, Mel Brooks, Kevin James, Steve Buscemi, Fran Drescher

Sinopse:
O Conde Drácula descobre que sua filha está grávida após seu casamento com um humano. Só que o velho vampiro tem dúvidas, será que a criança será uma vampira ou um ser humano normal? Então ele decide dar uma forcinha para que suas presas logo apareçam e isso vai dar origem a muitas confusões. 

Comentários:
Claro que o Adam Sandler tem grande parte do mérito pela boa qualidade dessa franquia de animação. Afinal ele participou da concepção original do filme e também colaborou bastante com o roteiro. Ninguém tira sua importância nessa produção. Entretanto para dar certo qualquer animação precisa de um especialista na area. E aqui quem se destaca é o diretor russo Genndy Tartakovsky. Ele é um craque do mundo dos desenhos animados. Basta dizer que está por trás da produção de grandes sucessos da animação como "O Laboratório de Dexter", "johnny Bravo", "Samurai Jack" e "As Meninas Super-poderosas". Então é um artista que sabe o que faz. Tanto que esse segundo filme pode eer considerado ainda melhor do que o primeiro. Roteiro redondinho, boa atuação dos animadores e da equipe de dublagem, tudo coroando  uma animação leve e divertida, indicada para todas as faixas de idade. Muito bom mesmo o resultado. 

Pablo Aluísio.

Ace Ventura: Um Detetive Diferente

Título no Brasil: Ace Ventura: Um Detetive Diferente
Título Original: Ace Ventura: Pet Detective
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Entertainment
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Jack Bernstein, Jim Carrey
Elenco: Jim Carrey, Courteney Cox, Sean Young

Sinopse:
Para ser um detetive de animais de estimação, você precisa entender tanto os criminosos quanto os animais. Ace Ventura vai ainda mais longe... Ele se comporta como um animal criminoso. Quando o mascote de um time de futebol (um golfinho) é roubado pouco antes do Superbowl, Ace Ventura é colocado no caso. Agora, quem iria querer roubar um golfinho e por quê?

Comentários:
A primeira vez que ouvi falar em Jim Carrey foi quando esse filme foi lançado no Brasil. Antes disso sua carreira se resumia em pequenas participações em filmes que ninguém viu e enquetes de humor em programas de TV no Canadá. Aqui o comediante chamou atenção por causa de seu humor físico. Afinal ele exagerava nas caras, bocas e caretas. Estava ocupando de certa maneira o trono vazio de Jerry Lewis. E acabou se dando bem nesse aspecto até porque fora a atuação do Carrey nada mais chama a atenção nessa comédia juvenil que no geral é muito fraquinha mesmo. Depois do sucesso desse filme nas locadoras, Jim Carrey finalmente viu as portas de Hollywood se abrirem para ele. Acabaria fazendo tanto sucesso que se tornaria um dos dez maiores salários da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Nada mal para um comediante careteiro! 

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de outubro de 2023

Ehrengard: A Ninfa do Lago

Título no Brasil: Ehrengard: A Ninfa do Lago
Título Original: Ehrengard: The Art of Seduction
Ano de Lançamento: 2023
País: Dinamarca
Estúdio: Film Sözlük
Direção: Bille August
Roteiro: Anders Frithiof August, Karen Blixen
Elenco: Alice Bier Zanden, Emil Aron Dorph, Kit Eichler

Sinopse:
Um jovem pintor acaba se envolvendo numa rede de intrigas com membros da nobreza. Ele precisa evitar que pessoas influentes descubram que o filho de uma duquesa se casou com uma jovem que já estava grávida de outro homem. E para manter as aparências vale tudo ou... quase tudo. 

Comentários:
Eu gosto de filmes ambientados nos séculos XVIII e XIX. A nobreza ainda estava no poder na Europa e não tinha sido arrancada de la pelo furacão da Revolução Francesa. Nesses tempos o que prevalecia entre os nobres europeus eram as intrigas pessoais, as conspirações amorosas, a fuga do mundo real... onde jovens privilegiadas viviam em um mundo à parte, cuja principal preocupação era arranjar um homem rico e de boa linhagem para se casar. O filme assim se desenvolve nesse tipo de panorama social. Muita futilidade envolvida entre os personagens, o que necessariamente não é algo ruim, muito pelo contrário. Antes das cabeças nobres rolarem na guilhotina o dia a dia era o que é bem demonstrado nesse filme. Um clima de libertinagem, fofocas e futilidades dominavam os salões chiques e ricos de uma Europa prestes a ruir de forma avassaladora. Antes da matança havia muitos bailes luxuosos. E todos pareciam muito honrados e dignos, mesmo que por baixo dos panos a hipocrisia, a mentira e a falsidade imperassem. De qualquer forma esqueça esse quadro político pois o roteiro está mais preocupado em mostrar sua história de novela romanceada. E é só. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Perdido em Londres

Título no Brasil: Perdido em Londres
Título Original: Lost in London
Ano de Lançamento: 2017
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Pixoloid Studios
Direção: Woody Harrelson
Roteiro: Woody Harrelson
Elenco: Woody Harrelson, Owen Wilson, Daniel Radcliffe, Naomi Battrick, Louisa Harland, Martin McCann

Sinopse:
Woody Harrelson, um ator meio decadente de Hollywood, vai até Londres para atuar numa peça de teatro. Não faz sucesso, se apresentando para um teatro quase vazio. Depois de mais uma apresentação, ele sai para curtir a noite ao lado de um milionário do Oriente Médio. Tudo vai bem até descobrir que os tablóides ingleses estão publicando sobre sua infidelidade, o que colocará seu casamento em risco. 

Comentários:
Nesse filme o ator Woody Harrelson interpreta... Woody Harrelson! Pois é, se o John Malkovich interpretou John Malkovich em "Quero ser John Malkovich" por que o Woody Harrelson não poderia fazer o mesmo? De qualquer forma esse exercício de metalinguagem não se propõe a ser um cult movie ou tem maiores pretensões como o citado filme com Malkovich. Aqui a intenção é apenas divertir mesmo, tirar um sorriso do espectador. É um projeto bem pessoal do ator Harrelson que aqui não apenas interpreta a si mesmo como também dirige, escreve o roteiro e exerce a produção. Como se pode perceber é um filme para quem aprecia seu trabalho no cinema. Não diria que é um filme ruim, mas apenas comum. Nada hilariante, mas que agrada pelo seu bom humor. E isso fica bem evidente quando ele encontra Owen Wilson na balada londrina. No começo eles se tratam como melhores amigos, para logo depois surgir um monte de ofensas entre eles. E os atores acabam usando seus filmes ruins para ofender. Confesso que ficou bem divertida a cena. Um dos bons momentos desse filme que no geral apenas diverte um pouco, sendo bem esquecível com o tempo. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Camaleões

Camaleões
Uma jovem e bela corretora de imóveis é brutalmente assassinada. Para investigar sua morte o departamento de polícia envia o detetive Tom Nichols (Benicio Del Toro) que passa a procurar pela identidade do assassino. Não demora muito e seu foco de investigação passa a ser o ex-marido dela. É praxe em casos como esse as investigações terem como alvos homens com quem a vítima se relacionou no passado. E o ex-marido dela parece estar dentro do perfil para esse tipo de crime. Ele nunca aceitou o fim do relacionamento, tem histórico de problemas mentais e ficha policial corrida. Mais do que isso, esteve perto da cena do crime no dia em que tudo aconteceu. Entretanto é bom ficar atento, nem sempre o mais óbvio é a solução para crimes desse tipo. 

Bom filme. Não diria que é excepcional, mas cumpre bem sua proposta. Vivemos em um tempo de safra de filmes tão fracos que até mesmo um filme policial mediano como esse acaba se destacando. O título original faz menção àquele tipo de pessoa que se faz passar por quem não é. Desconfie dos muito bonzinhos, cheios de boas intenções. O tal "coração puro" e o "cara legal" podem esconder o mais sórdido dos assassinos. Esse é o perfil camaleão da criminologia. Lobo em pele de cordeiro, tão facilmente usado por psicopatas de todos os tipos. Assim não vá cair nas soluções fáceis para esse assassinato. Tem coisa muito pior por trás e pessoas que inicialmente estariam acima de qualquer suspeita se revelam completamente comprometidos com esse crime. 

Camaleões (Reptile, Estados Unidos, 2023) Direção: Grant Singer / Roteiro: Grant Singer, Benjamin Brewer, Benicio Del Toro / Elenco: Benicio Del Toro, Justin Timberlake, Alicia Silverstone, Eric Bogosian / Sinopse: Um caso de assassinato que inicialmente parece banal, envolvendo o ex-marido da vítima, cria desdobramentos impensáveis para um policial veterano da Nova Inglaterra. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Unabomber - Suas próprias palavras

Título no Brasil: Unabomber - Suas próprias palavras
Título Original: Unabomber: In His Own Words
Ano de Lançamento: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Mick Grogan
Roteiro: Mick Grogan
Elenco: Ted Kaczynski, David Kaczynski, Peter Vronsky

Sinopse:
O criminoso que passou a se chamar Unabomber espalhou terror e morte nos anos 80. Ele enviava artefatos explosivos pelos serviços postais. Seus alvos eram pessoas que em sua visão estavam destruindo a humanidade por causa de avanços tecnológicos. Esse documentário conta a história desses crimes pela voz do próprio terrorista. 

Comentários:
Eu costumo dizer que a genialidade é uma espécie de loucura. Veja o caso desse Unabomber. Ted Kaczynski era tão inteligente que entrou na prestigiada universidade de Harvard com idade abaixo do que era esperado. Logo se destacou, se tornando após sua formação, um professor respeitado de matemática. Só que em determinado momento de sua vida ele largou tudo, emprego, status, dinheiro, para ir morar isolado numa cabana no meio do nada. E de lá passou a construir bombas que enviava pelos correios. Completamente surtado, começou a divulgar sua visão de mundo, onde afirmava que a tecnologia iria destruir a humanidade. Por isso seus alvos preferenciais eram estudiosos e cientistas. Acabou caindo quando seu próprio irmão o denunciou para o FBI. Após um jornal publicar um de seus textos, o irmão reconheceu as ideias e o jeito de escrever dele. Foi o fim desse criminoso. Ele morreria na prisão. Eu acompanhei esse caso na época pois foi um frisson na mídia. O gênio louco que passou a matar outros gênios! 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de outubro de 2023

A Morte de Gary Cooper

A Morte de Gary Cooper 
Um dos primeiros grandes cowboys da história do cinema a morrer precocemente foi o astro Gary Cooper. Diagnosticado com um câncer agressivo o ator faleceu em maio de 1961, poucos dias após seu aniversário de 60 anos. Cooper foi um ídolo como poucos. Tinha uma legião de fãs que transformava cada um de seus filmes em sucessos de bilheteria. Embora tenha atuado nos mais diversos gêneros cinematográficos ele ficou imortalizado mesmo nos filmes de western. Seu xerife íntegro e bravo em "Matar ou Morrer" se tornou um ícone imortal.

Sua estampa de colonizador do velho oeste americano foi a porta de entrada para sua carreira no cinema. Alto e com a imagem certa ele encontrou no western o nicho ideal para se tornar um dos mais populares astros das telas. Quando foi internado em 1961 a imprensa parou para acompanhar. Como um cowboy como aquele, imbatível nos duelos exibidos nas telas de cinema, poderia ter um fim tão inesperado? Os fãs ficaram apreensivos...

Infelizmente, assim como o cowboy do comercial de Marlboro, Cooper também foi uma vítima do fumo. Ele era um fumante inveterado e isso naqueles anos distantes era apenas parte do charme de ser um cowboy da sétima arte. O que deixou Hollywood surpresa foi a rapidez em que tudo aconteceu. Cooper sentiu algumas dores em volta do pescoço e depois dificuldades para respirar. Internado para exames, que foram encarados como de rotina, o ator descobriu que tinha uma grave doença. Era um câncer no pulmão. Não sabia que em poucas semanas estaria morto. Ele recebeu a visita do amigo e colega John Wayne no hospital e ele foi um dos poucos a saber o que realmente estava acontecendo. Por uma ironia do destino o próprio Wayne também morreria da mesma doença alguns anos depois. Assim como Cooper, Wayne não largava o cigarro.

Um dos últimos grandes faroestes dos anos 50 foi estrelado por Cooper. "A Árvore dos Enforcados" foi sua despedida do gênero que o consagrou. Após filmar a última cena, montado em um cavalo, o ator confidenciou ao amigo e colega Karl Malden que já estava ficando velho demais para cenas como aquela. Logo Cooper, que havia sido dublê de cenas de faroeste quando era jovem. As dores nas costas porém tornavam o trabalho árduo demais para aquele velho cowboy. Já eram sintomas da doença que se espalhava por seu corpo, sem que Cooper nem ao menos desconfiasse disso. Ele achava que as dores que sentia eram decorrentes de sua grande altura. Pessoas altas geralmente sofrem esse tipo de incômodo quando a idade vai chegando. Pelo menos assim pensava o ator. E justamente por pensar dessa forma que Cooper demorou para procurar ajuda médica. Ele acreditava que o mal estar passaria após alguns dias de descanso. Não foi o que aconteceu.

Cooper seria homenageado pela Academia naquele mesmo ano. Infelizmente como estava muito doente não conseguiu comparecer ao Oscar, pedindo a James Stewart que fosse em seu lugar, o representando. Era um reconhecimento pelo conjunto da obra, por sua maravilhosa filmografia. Poucos dias depois dessa cerimônia Cooper faleceu. Ele pediu que seu funeral fosse discreto pois essa sempre foi uma das grandes características de seu jeito de ser. Tudo foi feito sem grande alarde. A imprensa respeitando o momento ficou a uma distância segura e respeitosa de parentes e amigos. E assim o ator foi sepultado em um discreto e bucólico cemitério no condado de Suffolk. Algo muito adequado para uma lenda do western americano como ele.

Pablo Aluísio.