quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Natal Sangrento

Título no Brasil: Natal Sangrento
Título Original: Black Christmas
Ano de Lançamento: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sophia Takal
Roteiro: Sophia Takal
Elenco: Imogen Poots, Aleyse Shannon, Lily Donoghue, 
Brittany O'Grady. Caleb Eberhardt, Cary Elwes

Sinopse:
Alunas progressistas de uma universidade americana passam a ser ameaçadas por um grupo de alunos riquinhos com péssima índole de uma fraternidade exclusivamente masculina. Eles querem uma volta ao passado com valores machistas, racistas, reacionários e retrógrados. E para isso apelam até mesmo para rituais sobrenaturais. 

Comentários:
Muita gente boa se confundiu pensando que esse seria o remake do filme "Natal Sangrento" de 1984. Aquele que trazia um Papai Noel com um machado pingando sangue humano. Realmente marcou muito para os fãs de terror dos anos 80. Sim, esse filme é um remake, mas de outra produção. Na realidade, se trata do remake do filme "Noite do terror" de 1974. Para adaptar a história aos nossos dias, a roteirista acrescentou um claro viés de progressismo na história. As garotas feministas sendo assediadas por caras machistas e malvados. Tudo bem. Só achei muito estranho mesmo a questão sobrenatural desse roteiro. Colocar o busto do fundador da universidade como se ele irradiasse forças sobrenaturais foi algo bem sem noção. Uma gosma preta que possui os estudantes? Bem idiota! De uma forma ou outra, esse filme dá para assistir numa boa. Esse universo de fraternidades das universidades americanas são sempre legais de se acompanhar. Mesmo quando os personagens são bem chatinhos. Só senti falta mesmo do Papai Noel com o machado ensanguentado para matar jovens sem perspectivas, mas aí é uma outra história, afinal, estamos falando de outro filme. 

Pablo Aluísio.

Ritual Macabro

Título no Brasil: Ritual Macabro
Título Original: Ritual
Ano de Lançamento: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: After Dark Films
Direção: Mickey Keating
Roteiro: Mickey Keating
Elenco: Lisa Marie Summerscales, Dean Cates, Derek Phillips, Larry Fessenden, Mickey Keating, Brian Lally

Sinopse:
Depois de receber um telefonema angustiado, um homem chega a um motel decadente na estrada para descobrir que sua ex-esposa matou um estranho que está conectado a um culto perigoso. E agora eles precisam achar uma solução para a aflitiva situação.

Comentários:
Esperava mais desse filme. Ele foi até bem elogiado ali dentro do círculo mais restrito de fãs de filmes de terror e suspense. E realmente tem uma boa premissa ao mostrar essa situação limite. Um homem, sua ex esposa e um sujeito morto a facadas, caído no chão de um quarto de motel de beira de estrada, nos Estados Unidos. Para piorar, o sujeito tinha ligações com uma seita satânica e seus membros, obviamente, não iriam deixar aquele assassinato ocorrer de forma gratuita. O ódio corre nas veias desse tipo de gente e eles vão correr atrás de vingança. Só que esse filme, apesar dessa premissa supostamente violenta, não é tão violento assim. Até mesmo questões de excesso de sangue e tripas são amenizados. Para falar a verdade, esse filme poderia ter sido realizado até mesmo em épocas passadas, como os anos 60. Eu estava esperando algo mais gore. De uma forma ou outra, é de se elogiar a tentativa do roteiro de explorar essa situação de forma inteligente. Algo que se perde quanto os próprios satanistas surgem no filme. Eles parecem um bando de idiotas com essas máscaras em forma de caveira. De qualquer forma, até eles surgirem, o filme se sustenta bem. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Elvis Presley - Jailhouse Rock - Parte 1

A imagem de um jovem Elvis Presley vestido com roupa de prisioneiro, dançando e cantando dentro de uma cadeia, foi considerada pelos conservadores americanos, na década de 1950, como uma das coisas mais ultrajantes que a cultura pop poderia produzir. Pastores evangélicos disseram em cultos que Elvis iria levar toda a juventude para a perdição eterna. Alguns foram ainda mais longe, afirmando que Elvis era um enviado de Satã para corroer os valores mais tradicionais da sociedade. Foi mesmo algo chocante para os padrões da época. Afinal, o que ele queria passar com aquilo tudo? Que se tornar um marginal, um preso, era algo positivo para as jovens que o seguiam?

Tudo bobagem. "Jailhouse Rock", que no Brasil recebeu o título de "O Prisioneiro do Rock", nada mais era do que mais um musical da Metro, o estúdio de Hollywood que mais produziu filmes musicais clássicos na história do cinema americano. Com tanto Know-how de seus técnicos e membros na equipe de filmagem não é de se admirar que esse tenha sido mesmo um dos melhores filmes da carreira de Elvis Presley. Uma simbiose perfeita entre a velha Hollywood, dos tempos de Fred Astaire, com essa nova geração de jovens roqueiros que surgia. Se o Rock era a nova moda entre a juventude, então a Metro iria se adaptar para essa nova realidade.

Para Elvis o filme surgia como uma chance dele realizar seu grande sonho, que era se tornar um ator ao estilo de James Dean e Marlon Brando, seus grandes ídolos no cinema. Só que Elvis era ainda muito jovem e inexperiente para atuar nesse sentido. A Metro também não queria produzir um drama, mas sim um musical mesmo, com boas cenas de coreografia, com muita dança, ritmo e música. Embora o filme anterior de Elvis, "Loving You", tivesse sido filmado em cores, a Metro decidiu que esse novo musical seria todo realizado em fotografia preto e branco. E para realçar ainda mais isso mandou que Elvis pintasse seu cabelo na cor mais escura que pudesse encontrar. O preto forte iria agradar tanto Elvis a partir daí que ele decidiu adotar essa cor do cabelo para sempre.

Um dos pontos altos do filme surgiu exatamente na cena em que ele dançava com os demais prisioneiros. Para muitos essa sequencia acabou se tornando o primeiro clip da história da música, uma vez que a cena funcionava perfeitamente bem fora do contexto do filme. Claro, na época, a cena se tornou antológica, caindo no gosto dos jovens de uma maneira que ninguém poderia esperar. Fruto de muito empenho, ensaio e trabalho da equipe de coreografia do estúdio. Não é de se admirar que esse momento acabou se tornando um dos mais lembrados da carreira de Elvis no cinema, a tal ponto que entrou para sempre na história da cultura pop.

Pablo Aluísio.

The Beatles - Please Please Me - Parte 4

Por muitos anos, por ser uma baladinha, "Ask Me Why" foi considerada uma filha de Paul. Afinal ele sempre foi o grande compositor de músicas românticas dos Beatles. Anos depois porém o mistério foi decifrado pois ao que tudo indica a canção foi escrita quase que noventa por cento por John Lennon. Paul apenas deu retoques finais em sua melodia.

Uma surpresa encontrar uma música tão terna provindo do áspero John Lennon. Por ter uma boa sonoridade e vocação para as paradas o produtor George Martin a colocou como lado B do single "Please, Please Me". Uma decisão acertada já que a outra canção que os Beatles queriam colocar no segundo lado do compacto era muito fraca mesmo. Essa música chamada "Tip of My Tongue" foi assim deixada de lado pelo grupo.

Eu particularmente aprecio "Baby It's You". Esse é um cover dos Beatles para um sucesso do The Shirelles, um grupo vocal negro formado por maravilhosas cantoras que conseguiram se tornar o primeiro grupo feminino afro-americano a atingir o topo de sucessos da Billboard Hot 100, um feito incrível para os anos 1960, principalmente em uma sociedade com tantos problemas raciais como a norte-americana na época. A versão dos ingleses cabeludos segue praticamente passo a passo a gravação das garotas do Shirelles. Não há grandes diferenças entre as duas versões. Foi colocada no álbum por sugestão de John Lennon que estava muito interessado no som de grupos negros, principalmente os que faziam parte do elenco de artistas da gravadora Decca.

"A Taste of Honey" tem uma sonoridade peculiar. Talvez seja a pior faixa do álbum, com um arranjo vocal muito pretensioso que hoje em dia soa desconfortável aos ouvidos. Seu exótico ritmo talvez se explique pelo fato da mesma ter sido composta baseando-se em uma peça teatral de sucesso na época. Daí vem sua dramaticidade. A versão dos Beatles é apenas ok. Provavelmente foi colocada no disco para preencher mais espaço e tempo, afinal o álbum foi planejado para ser lançado com quatorze músicas, o que era acima da média na indústria fonográfica daqueles tempos. O mais comum eram discos com dez ou no máximo doze faixas. Muito provavelmente George Martin tenha lotado o disco de canções como forma de convencer o consumidor a comprar o LP de estréia daqueles jovens novatos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Matar ou Cair

Esse foi um dos últimos filmes do ator Audie Murphy. Ele morreu relativamente jovem, em um acidente de avião. Depois desse filme aqui, ele só iria atuar em mais duas produções, também de faroeste. Nessa película dos anos 60, ele interpreta um xerife de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos. Tempos do velho Oeste. A região onde está situada a cidade está sendo assolada por uma quadrilha de bandidos e criminosos, liderados por um sujeito chamado Drago Leon. Ele literalmente aterroriza as populações locais. Rouba trens, faz assaltos violentos a bancos, sequestra pessoas e pede resgate, enfim pratica todos os tipos de crimes imagináveis. O xerife Chad Lucas (Audie Murphy) então decide formar um grupo para ir atrás desse bandido. E eles vão parar em um deserto dos mais inóspitos, nas cercanias da região. O criminoso parece se esconder em uma colina íngreme. Onde é bem difícil chegar com cavalos. Pior do que isso, o xerife descobre que uma antiga paixão de seu passado está envolvida nos problemas. O irmão dela faz parte do bando de Drago. 

Um bom filme, relativamente bastante curto, da última fase da carreira do ator Audie Murphy. É o que eu diria ser um Bang Bang ao velho estilo, um filme mais convencional. E isso soa interessante, pois o filme foi lançado em 1966, quando a onda da contracultura já chegava com força nos Estados Unidos. A música, os costumes e o próprio cinema estavam mudando definitivamente. Só que ainda havia espaço para os filmes de western, como esse, de Audie Murphy. É um filme tradicional, diria até mesmo conservador para os padrões de Hollywood já naquela época. Um velho sopro que ainda ecoava do passado de glórias do cinema americano. 

Matar ou Cair (Gunpoint, Estados Unidos, 1966) Direção: Earl Bellamy / Roteiro: Mary Willingham, Willard W. Willingham / Elenco: Audie Murphy, Joan Staley, Warren Stevens / Sinopse: Um xerife de uma pequena cidade do interior do velho Oeste decide ir atrás de um criminoso, um bandoleiro perigoso, que está tocando o terror em toda a região. Só que não vai ser nada fácil colocar aquele bandido atrás das grades.

Pablo Aluísio.

Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 14

Vamos em frente. O filme intitulado "O Rei do Rio Pecos" foi lançado em 1936, com direção do cineasta Joseph Kane. Nesse filme John Wayne interpreta um personagem chamado  John Clayborn. No passado seus pais foram mortos por um barão do gado, um sujeito muito rico, mas totalmente inescrupuloso. O tempo passa e Clayborn se forma em direito, se tornando advogado. A partir desse ponto ele tentará trazer justiça para a região, levando ao tribunal o homem que matou seus pais. Só que naquela terra sem lei isso vai ser mais do que complicado de se realizar. Só sobrará mesmo o caminho da justiça pelas próprias mãos.

O filme seguinte de John Wayne ganhou um título nacional que hoje em dia soa mais do que divertido. A produção por aqui, no Brasil, recebeu o título nacional de "Limpando a Zona" (do original " The Lonely Trail"). Só rindo não é mesmo? Mas qual éra a história dessa antiga película do Duke? John Wayne interpreta um sujeito, um cowboy, que é contratado para livrar uma região de bandoleiros e encrenqueiros em geral. Gente perversa, bandidos de modo geral. O serviço vai ser trabalhoso, mas ele acaba dando conta do recado.

Depois de limpar a zona, John Wayne não parou e foi trabalhar no filme seguinte. Ele trabalhava sem parar nessa época. Jovem e disposto, saía de um filme e entrava no próximo, sem pausa para descansar. Seu filme seguinte ganhou um título forte no Brasil, se chamando simplesmente "Tenacidade" (Winds of the Wasteland). Ele aqui interpreta um astuto empresário no velho oeste que tenta ficar rico com a chegada do telégrafo. Um filme interessante, um pouco fora do comum do que ela fazia nessa fase de sua carreira.

"Sentinelas do Mar" (Sea Spoilers) também mudava os ares, os cenários dos filmes de Wayne. Aqui ele deixava de ser um cowboy para se tornar um valente marinheiro dos sete mares. Ele acaba se envolvendo em um crime quando chega em um navio e encontra um homem morto dentro dele. Quem teria matado aquele homem desconhecido? Para complicar ainda mais o mistério, tudo levaria a crer que sua própria garota estaria envolvida naquele crime. Um filme bem diferente de John Wayne.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Três Dias do Condor

Nesse clássico filme de espionagem, o ator Robert Redford interpreta um escritor que vai trabalhar como pesquisador na CIA, a agência de inteligência do governo dos Estados Unidos. Sua principal função é ler livros, jornais e revistas para descobrir se existe algum vazamento sobre operações da agência. Depois de captar algo nessas publicações, ele precisa enviar suas conclusões em relatórios para seus superiores. Só que algo dá muito errado. Toda a equipe que trabalha acaba sendo assassinada por agentes da própria CIA. O único que sobrevive é justamente ele, com o codinome de Condor. Depois dessa série de mortes, ele precisa sobreviver de alguma forma enquanto tenta entender o que está acontecendo, porque nem mesmo ele sabe o motivo de tantas mortes. A CIA parece disposta a ir em frente executando todos os envolvidos. Para isso, ela contrata até mesmo assassinos profissionais como o personagem interpretado pelo ótimo ator Max Von Sydow. 

Filme muito bom, escrito, dirigido e produzido na década de 1970, tempo de grandes obras cinematográficas. Por essa época, a CIA foi perdendo sua áurea de grande órgão governamental por causa das inúmeros missões ilegais em que se envolvia. Não raro aconteciam supostos assassinatos e mortes misteriosas envolvendo a agência. E nada era muito bem esclarecido para o povo americano. Jogo sujo. O filme tem uma excelente trama baseada em um romance popular da época. A única crítica maior que eu teria a essa boa produção  vem do romance que surge entre os personagens de Robert Redford e Faye Dunaway. Essa tentativa de ganhar simpatia do público feminino, aproveitando a fama de galã do ator Robert Redford, me soou completamente fora do padrão do resto da história. É forçado o romance e pouco verossímil. Tirando isso, não teria mais nada de mal de falar do filme. É realmente uma excepcional história sobre o mundo subterrâneo da espionagem e seus bastidores sujos. Um filme para se ter na coleção.

Três Dias do Condor (Three Days of the Condor, Estados Unidos, 1975) Direção: Sydney Pollack / Roteiro: David Rayfiel, James Grady / Elenco: Robert Redford, Faye Dunaway, Max Von Sydow, Cliff Robertson / Sinopse: Pesquisador da agência de inteligência dos Estados Unidos, passa a ser caçado por agentes do governo sem saber exatamente a razão disso acontecer. O pior de tudo é que todos os membros da equipe em que trabalhava foram mortos de forma misteriosa.

Pablo Aluísio.

Hitchcock - O Homem Por Trás do Ídolo

Documentário que procura desvendar aspectos pessoais da vida do diretor Alfred Hitchcock. E como esses elementos de sua vida privada influenciavam em seus filmes. Interessante notar que a principal protagonista desse documentário é a esposa de Hitchcock, Alma Reville. Ele a conheceu em Londres quando ela trabalhava como atriz de cinema. Isso ocorreu na fase inglesa do diretor, antes dele ir para os Estados Unidos e se consagrar com uma série incrível de grandes clássicos da história do cinema. Um relacionamento que durou décadas e não foi privado de vários sofrimentos emocionais por parte dela. Hitchcock tinha mania de se apaixonar pelas atrizes loiras de seus filmes. Na maioria das vezes, esses romances não passavam de sua cabeça. Eram amores platônicos. Mesmo assim, causavam muito sofrimento em sua mulher que tinha que engolir tudo e aceitar as coisas da vida dele. 

Alma Reville também foi importante na elaboração dos roteiros dos principais filmes de Alfred Hitchcock. Colaborou intensamente na busca de boas histórias, na leitura dos romances e livros que poderiam virar filmes e, finalmente, na confecção final de cada um dos roteiros. "Hitchcock - O Homem Por Trás do Ídolo" não deixa de ser um belo trabalho documental que resgata essa figura importante na história do mestre do suspense. Há muitas cenas de seus filmes e também cenas raras como aquelas que ele gravou para um programa de TV que era exibido nos Estados Unidos. No final de tudo, o documentário consagra aquela ideia expressa no conhecido ditado. Atrás de cada grande homem, existe sempre uma grande mulher.

Hitchcock - O Homem Por Trás do Ídolo (Dans l'ombre d'Hitchcock, Alma et Hitch, França, 2020) Direção: Laurent Herbiet / Roteiro: Laurent Herbiet / Elenco: Alfred Hitchcock, Alma Reville Hitchcock, Ingrid Bergman, Tippi Hedren, Grace Kelly, Janet Leigh, Patricia Hitchcock / Sinopse: Documentário sobre a vida e obra do diretor de cinema Alfred Hitchcock.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de dezembro de 2022

Sonic 2

Essa franquia Sonic tem se revelado na medida certa para seu público alvo. É claro que eu não faço mais parte desse público, pois esse é um filme feito para as crianças. E segue sendo, nesse segundo filme, um produto muito bem realizado. O Jim Carrey voltou. Ele interpreta o mesmo vilão que fez no primeiro filme, um sujeito bem caricato, bem de acordo com o mundo dos videogames. O ator só pode ser considerado um grande cara de pau, porque ele disse no primeiro filme que não faria mais nenhum filme na sua carreira. Seria seu último. Mas é a tal coisa. Começam a voar dólares e ofertas milionárias... então ele muda de ideia rapidamente. Não o condeno de maneira nenhuma. O mar não está para peixe. Toda oportunidade que surge, deve ser uma oportunidade que se pega, nos dias de hoje. E Carrey não perdeu a piada dizendo que Sonic 2 sim seria seu último filme. É um fanfarrão!

O que mudou nesse segundo filme? Praticamente nada, já que a fórmula se revelou lucrativa. As mudanças até que foram poucas, mas foram pontuais e certeiras. Colocou-se uma espécie de criaturinha vermelha, parecidíssima com o Sonic, só que lutando pelo lado dos vilões. E também colocaram alguns elementos que foram retirados de filmes de sucesso do passado, como a série de Indiana Jones. Referências cinematográficas para os mais velhos também estão pontuadas no filme. Uma delas é uma divertida referência ao primeiro filme de Tom Cruise, chamado "Negócio Arriscado". Quem diria que iríamos ver algo assim no novo filme do Sonic? Pois é, o saldo final é positivo. As crianças vão adorar novamente. 

Sonic 2 (Estados Unidos, 2022) Direção: Jeff Fowler / Roteiro: Pat Casey / Elenco: Jim Carrey, Ben Schwartz, James Marsden / Sinopse: Segundo filme adaptado do mundo dos videogames Sonic, trazendo o famoso personagem do ouriço super rápido e que corre com a velocidade do som.

Pablo Aluísio.

Willy's Wonderland - Parque Maldito

Muita gente ficou surpresa em ver o ator Nicolas Cage em um filme tão ruim como esse. E coloca ruim nisso. É praticamente um trash. Eu não fiquei nada surpreso. Há muitos anos que Cage vem descendo ladeira abaixo. Ele não apresenta mais nenhum tipo de cuidado na escolha dos filmes que faz. Uma coleção de bombas inacreditável. Um filme ruim atrás do outro. Não é de surpreender que ele iria parar em um filme trash mais cedo ou mais tarde. E esse filme é muito ruim, ruim de doer. Tem aspectos bizarros em seu personagem. Um deles é que ele não abre a boca para falar nenhuma palavra durante todo o filme. O sujeito é mudo? Penso que foi uma forma de se criar uma atmosfera cool em torno dele. Não deu muito certo. Seu personagem é apenas tosco no final das contas. 

A história é péssima. Ele é um sujeito que está viajando na estrada, em um interior qualquer dos Estados Unidos. O carro fura os pneus. Ele precisa parar e levar para uma oficina, mas é um lugar tão distante que não tem nenhum local para ele usar seu cartão de crédito. Então, é dada uma opção para ele trabalhar no velho parque de diversões abandonado. Se ele passar a noite limpando o lugar, ele vai receber o carro de volta com tudo pago pela manhã. É uma cilada. No lugar existem forças sobrenaturais atuando. Bonecos ridículos que ganham vida durante a noite. O filme é todo mal feito, cheio de defeitos especiais. Um lixo total! Esqueça...

Willy's Wonderland - Parque Maldito (Willy's Wonderland, Estados Unidos, 2021) Direção: Kevin Lewis / Roteiro: G.O. Parsons / Elenco: Nicolas Cage, Emily Tosta, Beth Grant / Sinopse: O ator Nicolas Cage paga mico nesse terror sobre um parque de diversões falido e abandonado, assombrado por bonecos horrorosos.

Pablo Aluísio.