domingo, 18 de dezembro de 2022

Willy's Wonderland - Parque Maldito

Muita gente ficou surpresa em ver o ator Nicolas Cage em um filme tão ruim como esse. E coloca ruim nisso. É praticamente um trash. Eu não fiquei nada surpreso. Há muitos anos que Cage vem descendo ladeira abaixo. Ele não apresenta mais nenhum tipo de cuidado na escolha dos filmes que faz. Uma coleção de bombas inacreditável. Um filme ruim atrás do outro. Não é de surpreender que ele iria parar em um filme trash mais cedo ou mais tarde. E esse filme é muito ruim, ruim de doer. Tem aspectos bizarros em seu personagem. Um deles é que ele não abre a boca para falar nenhuma palavra durante todo o filme. O sujeito é mudo? Penso que foi uma forma de se criar uma atmosfera cool em torno dele. Não deu muito certo. Seu personagem é apenas tosco no final das contas. 

A história é péssima. Ele é um sujeito que está viajando na estrada, em um interior qualquer dos Estados Unidos. O carro fura os pneus. Ele precisa parar e levar para uma oficina, mas é um lugar tão distante que não tem nenhum local para ele usar seu cartão de crédito. Então, é dada uma opção para ele trabalhar no velho parque de diversões abandonado. Se ele passar a noite limpando o lugar, ele vai receber o carro de volta com tudo pago pela manhã. É uma cilada. No lugar existem forças sobrenaturais atuando. Bonecos ridículos que ganham vida durante a noite. O filme é todo mal feito, cheio de defeitos especiais. Um lixo total! Esqueça...

Willy's Wonderland - Parque Maldito (Willy's Wonderland, Estados Unidos, 2021) Direção: Kevin Lewis / Roteiro: G.O. Parsons / Elenco: Nicolas Cage, Emily Tosta, Beth Grant / Sinopse: O ator Nicolas Cage paga mico nesse terror sobre um parque de diversões falido e abandonado, assombrado por bonecos horrorosos.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de dezembro de 2022

Súplicas Atendidas: Os Arquivos de Capote

Documentário sobre a vida e a obra do escritor e jornalista Truman Capote. O interessante é que esse filme foi rodado a partir de uma série de fitas gravadas pela assistente pessoal do biografado. Ela gravou essas fitas ao lado dele em seu apartamento, trazendo episódios de sua biografia. Então o espectador que assistir a esse documentário, vai ouvir, na maioria das vezes, a opinião do próprio escritor. E surgem aspectos e curiosidades muito interessantes nesse resgate de seu passado. Nessas gravações, por exemplo, descobrimos que o livro "Bonequinha de luxo", que se tornou um dos maiores clássicos da história do cinema, era nada mais, nada menos, do que uma versão romanceada da própria vida da mãe de Capote. Assim como a personagem do livro, ela também foi para Nova Iorque, ainda muito jovem, e precisou se virar para sobreviver na cidade grande. Como ela ganhava dinheiro? Ora, basta conhecer o livro para entender. Ela teve um destino trágico, se matando anos depois, e segundo o escritor, morreu em seus braços. Um trauma para o resto de sua vïda.

"A Sangue Frio" se tornou um livro que levantou muitas questões interessantes. Esse livro foi escrito fugindo do que normalmente Capote escrevia. Era uma crônica policial sobre um horroroso crime que ocorreu no estado interiorano do Kansas. Capote se interessou tanto por essa história que resolveu viajar até lá. Conheceu os moradores locais e os próprios criminosos. Segundo o documentário, ele ficou apaixonado por um dos assassinos. Pois é, Capote foi homossexual em uma época em que isso causava grande estigma social dentro da sociedade. E seus livros que lhe trouxeram fama e fortuna, também foram sua ruína. Ele escreveu um livro chamado "Súplicas Atendidas", que devastava a vida pessoal e íntima de muitas de suas amigas da alta elite de Nova Iorque. Isso o expulsou desse círculo social. Ele caiu nas baladas gays e se viciou em drogas, especialmente em cocaína. Sua fase de loucuras no Stúdio 54 também é retratado no documentário. Enfim, um bom retrato desse escritor mais do que talentoso e polêmico, que até hoje é celebrado nos Estados Unidos.

Súplicas Atendidas: Os Arquivos de Capote (The Capote Tapes, Estados Unidos, 2021) Direção: Ebs Burnough / Roteiro: Ebs Burnough / Elenco: Truman Capote, George Plimpton, Kate Harrington / Sinopse: Documentário sobre a vida e a obra do escritor e jornalista Truman Capote. 

Pablo Aluísio.

Porta dos Fundos: Contrato Vitalício

Levar o humor do Porta dos Fundos para o cinema não era algo fácil. O estilo de comédia que eles fazem, mais baseado em enquetes, é muito mais eficaz no Youtube. Em um filme com uma história longa, as coisas não iriam sair tão bem. Foi justamente o erro que cometeram aqui neste longa-metragem. O roteiro se perde em uma história que não faz muito sentido e nem tem muito pé e nem cabeça. Um diretor de cinema que desaparece por longos anos, depois reaparece do nada. Ele alega que foi abduzido e levado por seres alienígenas. E viveu grandes aventuras em um mundo surreal. Até aí tudo bem, o sujeito estaria apenas delirando. Só que ele mantém um contrato vitalício com um ator em ascensão. E exige que ele participe deste novo filme, baseado justamente nessas experiências alucinadas. É claro que algo assim só iria dar em filme trash!

A partir daí se desenvolve o filme. Eles vão tentar fazer essa produção com um roteiro podre desses. Tudo absurdo. Não acredito que algo assim funcionaria muito bem. Uma piada fraca dessas, levada ao limite, testa também o limite da paciência do espectador. Os dois protagonistas são interpretados por Fábio Porchat e Gregório Duvivier, que são profissionais talentosos do humor brasileiro. Só que o que condena esse filme é o seu próprio formato. O que era rápido e ágil no Porta dos Fundos da internet, se torna longo e enfadonho nesse filme. Apesar de alguns bons momentos, meu veredito é um só. É um filme bem fraco e em muitos momentos bem sem graça. Erro fatal para quem queria fazer humor e diversão.

Porta dos Fundos: Contrato Vitalício (Brasil, 2016) Direção: Ian Sbf / Roteiro: Gabriel Esteves, Fábio Porchat, Ian Sbf / Elenco: Fábio Porchat, Gregório Duvivier, Naldo Benny, Rafael Portugal
/ Sinopse: Um diretor alucinado e um jovem ator que não quer participar de seu novo filme, entra nas filmagens dessa produção que não faz o menor sentido.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

O Rebanho

Filme muito interessante, que mostra como se desenvolve uma mentalidade de seita. Aliás, o foco do filme é justamente essa estranha seita formada por um guru "iluminado" seguido por várias mulheres. Apenas mulheres o seguem. É bom deixar claro isso. Ele chama as mulheres mais novas de filhas e as mais velhas de esposas. Só que isso não o impede de praticar abuso sexual, não apenas contra as maduras, como também contra as jovens. E o roteiro deixa a entender que essas garotas jovens são suas filhas. Então imagine o estrago da situação. Sim, incesto!  Em seitas as coisas funcionam assim mesmo. É tudo verdade absoluta o que o líder diz e faz, é tudo obedecido e absorvido por seus seguidores. Não existe espaço para contestação nenhuma. O seguidor fanático segue tudo o que o guru diz, ou então está fora da seita, caindo em desgraça perante as demais pessoas fanatizadas que fazem parte dessa comunidade. 

Toda seita é a mesma coisa. Um lugar ideal para abusos físicos, emocionais e sexuais de todas as formas. Vemos muito disso acontecer ao longo da história e vemos isso acontecer inclusive agora no Brasil, em termos políticos. Criou-se um suposto líder nesses últimos anos. Veja bem como se se comporta as pessoas desse filme e faça a comparação com o que se vê nas frentes dos quartéis da vida aqui no Brasil hoje em dia. A mesma loucura, a mesma lavagem cerebral, a mesma insanidade. As pessoas que entram em uma lavagem cerebral de seita só saem com muito, muito tratamento psicológico. E os resultados do fanatismo são sempre horríveis, como se deixa claro no roteiro desse filme. Aliás, esse filme é recomendado especialmente para quem está delirando por aí. Tem tudo a ver com o que vemos atualmente pelas ruas no Brasil. Não seja do rebanho, não seja gado de seitas.

O Rebanho (The Other Lamb, Estados Unidos, Irlanda, Bélgica, 2020) Direção: Malgorzata Szumowska / Roteiro: Catherine Smyth-McMullen / Elenco: Raffey Cassidy, Michiel Huisman, Denise Gough / Sinopse: Líder de uma seita explora sexualmente e psicologicamente de suas seguidoras fanatizadas. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

O Forasteiro - Violência sem limites

Um gringo atravessa a fronteira entre Estados Unidos e México. Ele carrega uma mochila cheia de dólares, uma pequena Fortuna. A Verdade é que se trata de um policial americano que roubou dinheiro de bandidos que matou. Ao se deparar com aqueles criminosos, esse policial da fronteira acabou cedendo a sua própria ganância. Liquidou os bandidos, pegou a grana e fugiu para o México. Um roteiro manjado desse tipo de situação. Ele é um policial corrupto, ou como os americanos gostam de usar a expressão, um Dirty Cop. As coisas não vão ficar assim. Ele passa a ser perseguido não apenas pelos membros do cartel do dinheiro que roubou, como também por outros policiais americanos. E esses tiras são tão corruptos quanto ele. No final, estão juntos dos bandidos mexicanos e querem a sua parte dessa grana. Não tem mocinho nesse filme, só bandido. 

Uma fita de ação até que bem legal. A história pode ser até bem batida, mas eu destaco a forma como o diretor Eduardo Rodriguez trabalhou em seu filme. Tudo é muito bem filmado, com ótimas tomadas de cena. E a fotografia chapada mantém tudo ainda mais interessante. Esse diretor mostrou realmente talento na arte de filmar violência estilizada. Uma boa notícia para o ator Scott Adkins, que vem há muito tempo se dedicando nesse tipo de fita de ação. Como os brutamontes dos anos 80 estão velhos, já na casa de 70 anos, isso sempre abre espaço para novos astros nesse estilo. 

O Forasteiro - Violência sem limites (El Gringo, Estados Unidos, 2012) Direção: Eduardo Rodriguez / Roteiro: Jonathan W. Stokes / Elenco: Scott Adkins, Petar Bachvarov, Zachary Baharov / Sinopse: Policial americano corrupto foge para o México com o dinheiro que roubou de traficantes mexicanos na Fronteira entre Estados Unidos e México. Ele quer fugir para Acapulco, mas antes disso, vai ter que enfrentar muitos problemas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Monstros

Apesar do título ser Monstros, não há muitos monstros nesse filme. Na realidade, esse roteiro contra outro tipo de história. A história de duas pessoas que se conhecem e que conforme vão viajando acabam descobrindo que estão realmente interessadas uma na outra. Pois é, quando chega na última cena do filme, você vai descobrir que isso aqui é uma produção que valoriza mais os sentimentos muito humanos do que monstros gigantes destruindo cidades. O mundo pós apocalíptico que surge depois de uma invasão alienígena é apenas um pano de fundo para se ver esse romance improvável. Há dois personagens centrais. O sujeito que vai até o México para trazer a filha de seu patrão. E a própria garota em si, que acaba desenvolvendo um sentimento de paixão por ele. E talvez essa guinada do roteiro tenha trazido muita má vontade em relação ao filme, principalmente para quem gosta do gênero Sci-fi. 

Acredito que o projeto tenha nascido como um romance on the road. Só que nos dias de hoje, para se aprovar um filme desse tipo, é complicado. Parece que apenas filmes com algum teor de Super-heróis ou quadrinhos vão em frente. Então a impressão que eu tive foi que eles queriam contar essa história de amor, mas não havia como. Então colocaram tudo nesse cenário de mundo invadido por ETs. Onde alienígenas gigantes estão destruindo as grandes cidades. É boboca? Certamente sim. Só que sendo bem pragmático, o filme provavelmente nunca seria feito se não tivesse os tais aliens. Os fins justificam os meios. Sinal dos novos tempos cinematográficos.

Monstros (Monsters, Reino Unido, 2010) Direção: Gareth Edwards / Roteiro: Gareth Edwards / Elenco: Scoot McNairy, Whitney Able, Mario Zuniga Benavides / Sinopse: O filme conta a história de um amor que nasce entre um casal bem no meio de uma invasão alienígena no planeta Terra.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Você Pertence a Mim

Esse filme me lembrou muito aquele tipo de thriller de suspense que era tão comum nos anos 90. Na realidade, eu poderia definir como um filme atual, feito com a antiga fórmula dos filmes daquela década. O roteiro conta a história de um psiquiatra que perde uma de suas pacientes. A garota, que tinha saúde mental frágil e sofria de forte depressão, supostamente se mata, pulando de um prédio. A situação fica delicada. Todo psiquiatra perde muito quando uma de suas pacientes morre, porque de certa forma, é uma batalha profissional que se perde. Depois de um certo tempo, bate a porta de sua casa um homem que ele não conhece. Esse sujeito se diz irmão da garota que cometeu suicídio. E que está ali para lhe devolver um livro que estava com sua irmã. Ele se mostra muito simpático e empático e logo ganha a confiança da família do psiquiatra. Vai mais além, seduzindo sua filha adolescente. Acha pouco e também seduz a esposa dele. No fundo, ele quer destruir a vida do doutor, mas a que preço e de que forma? 

Foi curioso ver o ator Casey Affleck interpretando um homem sério, inteligente, um psiquiatra renomado. Quando o filme começou, eu pensei que ele iria interpretar justamente o papel do sujeito desequilibrado que quer vingança. De qualquer forma, o filme funciona bem, apresentando um bom elenco. As situações de suspense vão se perpetuando e mantendo o interesse do espectador. A única coisa que eu poderia dizer que me incomodou um pouco foi a extrema fragilidade emocional daquela família que se entrega ao desconhecido sem nem ao menos racionalizar sobre a questão. A filha e a mulher do psiquiatra caem nas mãos desse sujeito de uma forma muito rápida. Que pessoas mais vulneráveis! De qualquer forma, apesar disso, ainda é um bom filme. Vale a recomendação.

Você Pertence a Mim (Every Breath You Take, Estados Unidos, 2021) Direção: Vaughn Stein / Roteiro: David Murray / Elenco: Casey Affleck, Michelle Monaghan, Sam Claflin / Sinopse: Um psiquiatra vê sua família entrar em perigo após a chegada do suposto irmão de uma das suas pacientes, que se suicidou. O sujeito parece disposto a destruir a vida familiar e emocional do médico.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Lansky

O filme conta a história do mafioso Meyer Lansky. O enredo começa quando ele envelhecido e já idoso, decide contar sua história para um jovem jornalista. Uma situação perigosa, pois a vida de Lansky foi dedicada ao mundo do crime organizado.  O FBI acompanha com bastante atenção o desenrolar dos fatos. E tenta trazer o jornalista para seu lado, como informante, para revelar tudo o que o velho mafioso está contando. Esse mafioso foi uma figura importante dentro da hierarquia do crime organizado nos Estados Unidos. De certa forma, ele era a mente pensante por trás de muitos crimes que foram cometidos. Era um sujeito racional, que procurava organizar tudo de uma forma que lembrasse a mentalidade das grandes corporações americanas. 

Usava os gangsters brutais e a violência apenas como ferramentas e meio para atingir seus objetivos. Ele mesmo raramente colocava a mão na massa ou fazia o serviço sujo. Ao invés disso, montou um esquema de lavagem de dinheiro Internacional, que fez com que a máfia investisse em grandes negócios pelo mundo afora. Foi um dos responsáveis, inclusive, pela construção de Las Vegas e seus cassinos. Era muito próximo de Bugsy Siegel, um sujeito violento e brutal que acabou sendo eliminado pela própria quadrilha. Ele estava roubando dinheiro dos mafiosos ao comandar e administrar os cassinos de Las Vegas. O filme é muito interessante, que conta a história desse velho criminoso que tinha ligações com pessoas poderosas dentro do governo americano. Talvez isso explique porque ele conseguiu sair relativamente impune de tudo o que fez ao longo de sua vida criminosa. Um mafioso diferente, que nem italiano era. Um judeu inteligente que mudou os métodos da máfia em seu tempo.

Lansky (Lansky, Estados Unidos, 2021) Direção: Eytan Rockaway / Roteiro: Eytan Rockaway / Elenco: Harvey Keitel, Sam Worthington, Minka Kelly, AnnaSophia Robb, John Magaro, David Cade / Estúdio: Vertical Entertainment / Sinopse: O filme conta a história do mafioso judeu Meyer Lansky e seu envolvimento com o crime organizado nos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Adão Negro

Esse filme foi a grande aposta da Warner e da DC nesta temporada no cinema. Como estamos em uma época de retomada das bilheterias das salas de cinema pelo mundo, as empresas apostavam alto na bilheteria desse Adão Negro. Estimativas otimistas esperavam que o filme irrompesse a marca do bilhão de dólares arrecadados. Não aconteceu. O filme não chegou a necessariamente dar prejuízo, mas tampouco chegou a lucrar aquilo do que era esperado. Com isso, os planos das novas adaptações dos personagens da DC ficaram agora em um momento de replanejamento geral. Talvez isso indique também que os filmes de super-heróis estão saturando. Penso assim, porque esse filme tem todos os ingredientes que foram usados de forma exaustiva por outras adaptações de quadrinhos. Dentro desse tipo de filme, ele definitivamente não é ruim. É apenas, de certa forma, repetitivo. 

Esse personagem, que eu pouco conhecia, pois não sou leitor de quadrinhos, vem do universo do Capitão Marvel. Assim como o conhecido herói, ele também se transforma em um ser com muitos poderes, ao gritar a palavra "Shazam!". E seus poderes também vem de um tipo de conselho de magos da antiguidade. A diferença básica é que ele, tecnicamente, não é um herói como o Capitão Marvel. Ele tem uma tonalidade de personalidade que poderia estar mais ligada aos vilões das histórias em quadrinhos. Curiosamente, há um encontro dele com Superman, na última cena. Pelo visto, a Warner e a DC decidiram deixar o Capitão Marvel em um lugar próprio e isolado dentro das adaptações de cinema. Seu humor não iria cair bem aqui.

O filme é inegavelmente bem realizado e bem produzido. Eu até gostei desse roteiro que explora esse personagem, que teria 5 mil anos de existência. E quando você investe na antiguidade e na tradição, esse tipo de fantasia funciona melhor. O grupo de super-heróis reunido na chamada Sociedade da Justiça também funciona bem. De forma em geral o que temos durante o filme é uma grande pancadaria entre todos os personagens das comics. Não há nada de errado nisso, pois geralmente as histórias em quadrinhos muitas vezes se resumem apenas a isso mesmo. Fica complicado entender porque o filme não caiu no gosto do público. Talvez o personagem não seja tão conhecido fora do mundo dos leitores de gibis. Ou talvez os cinéfilos já estejam mesmo cansados desses filmes de super-heróis.

Adão Negro (Black Adam, Estados Unidos, 2022) Direção: Jaume Collet-Serra / Roteiro: Adam Sztykiel, Rory Haines / Elenco: Dwayne Johnson, Pierce Brosnan, Aldis Hodge, Noah Centineo / Sinopse: Um ser com 5 mil anos de existência retorna ao nosso mundo para recuperar uma antiga coroa, que dará poderes especiais para quem a ostentar. Essa peça milenar não pode cair nas mãos erradas.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de dezembro de 2022

Além das Profundezas

Título no Brasil: Além das Profundezas
Título Original: Breaking Surface
Ano de Lançamento: 2020
País: Suécia, Noruega, Bélgica
Estúdio: Way Feature Films
Direção: Joachim Hedén
Roteiro: Joachim Hedén
Elenco: Moa Gammel, Madeleine Martin, Trine Wiggen, Jitse Jonathan Buitink, Lena Hope, Remi Alashkar

Sinopse:
Duas irmãs, mergulhadoras profissionais, decidem fazer um mergulho em águas profundas na Costa da Suécia. Um lugar de águas geladíssimas, quase abaixo de zero. O problema é que, durante o mergulho, uma delas fica presa por uma grande rocha que caiu de um penhasco no litoral. Resta a outra irmã tentar salvar a sua vida, subindo rapidamente em busca de socorro, algo que vai ser difícil, pois a região é desabitada e está sob nevasca.

Comentários:
Gosto de afirmar que para um bom filme, basta apenas uma boa história. Some-se a isso um elenco afinado e pronto. Basta apenas ter esses elementos básicos. É o caso justamente desse filme sueco, de que gostei bastante. A história em si é simples e temos basicamente apenas uma situação limite. Uma das irmãs fica presa no fundo do oceano após uma enorme rocha cair em cima dela. A outra não tem forças para levantar aquela grande pedra. Ela sobe em busca de ajuda, mas isso não vai ser possível. Então ela decide mergulhar novamente com tanques de oxigênio para que a irmã não morra afogada no fundo do mar. E a coisa só vai piorando ao longo do tempo. O suspense é muito bem trabalhado e a história tem lances que grudam o espectador na tela. Além disso, as cenas de mergulho são muito bem realizadas. Tudo bem filmado, inclusive na cena mostrando as duas mergulhadoras em um ambiente de caverna. Quem conhece mergulho sabe que esse tipo de operação em cavernas submarinas é uma das coisas mais perigosas que existem. O filme também trabalha razoavelmente bem com a personalidade das duas irmãs. Uma delas é mais decidida e firme, enquanto a outra tem problemas emocionais, inclusive em relação à mãe. Enfim, é um filme que vale muito a pena. Eu deixo minha recomendação para mais um bom filme do cinema europeu.

Pablo Aluísio.