quarta-feira, 30 de novembro de 2022
A Última Tentação de Cristo
terça-feira, 29 de novembro de 2022
Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 12
A sinopse era bem simples: Um agente secreto do governo era enviado para prender uma gangue de falsificadores que operavam perto da fronteira mexicana. John Wayne interpretava esse agente especial chamado John Wyatt. Porém para não ser descoberto pelos bandidos ele chegava na distante cidade de fronteira usando o nome falso de John Rogers. No começo das filmagens ocorreu um fato engraçado. O roteirista queria usar o nome de John Wayne no próprio filme. Seria o nome usado do agente para despistar os falsificadores. Só que Wayne achou a ideia realmente péssima e mandou ele procurar por outro nome. "Essa é uma ideia estúpida!" - Disse o velho cowboy para o pobre roteirista. Ficou John Rogers mesmo.
No filme seguinte John Wayne voltou a trabalhar com o diretor Robert N. Bradbury. Nessa fase de sua carreira esse cineasta foi quem mais dirigiu Wayne em seus faroestes. É curioso que depois que Wayne foi para a Paramount e outros grandes estúdios de Hollywood trabalhar em filmes mais bem elaborados, ele não tenha pensado em levar esse velho parceiro, dos velhos tempos, para dirigir algum de seus novos filmes. De uma maneira ou outra eles trabalharam juntos com frequência - e trabalharam bem, produzindo bons filmes de matinês.
Essa nova produção se chamava "Da Derrota à Vitória" (Westward Ho). John Wayne interpretou basicamente o mesmo personagem do filme anterior, chamado John Wyatt. Só que agora seu objetivo era a vingança. No passado seu pai foi morto por criminosos. E seu irmão foi levado como réfem. Décadas depois Wayne reencontra seu irmão, agora já um homem adulto, em um trem rumo ao oeste. O problema é que ele não tem mais memórias do passado e está agora trabalhando ao lado dos mesmos bandidos que mataram seu pai. Com bom roteiro esse foi um dos faroestes mais interessantes dessa época na filmografia de John Wayne.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
Montgomery Clift - Hollywood Boulevard - Parte 1
Mesmo assim o destino e a sétima arte os uniriam, até mesmo porque a riqueza da família Clift seria tragada por causa da grande depressão que arrasaria a economia americana em 1929, durante a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque. O pai de Monty, um rico especulador de ações, perderia praticamente tudo com a crise. Arruinados financeiramente, a família Clift mudou-se então para Nova Iorque, deixando o meio oeste durante os anos 1930. Essa mudança de cidade iria também mudar para sempre o destino de Montgomery Clift. Criado para ser um dândi da elite de Nebraska, ele precisou rever seus conceitos na grande cidade, na grande Maçã, como Nova Iorque era conhecida.
Ao invés de estudar em colégios privados tradicionais ele foi parar em uma escola pública do Brooklyn. Monty que sempre havia estudado com jovens ricos e bem-educados de Omaha, se viu de repente no meio de um pessoal mais barra pesada, que partia para a briga nos intervalos. Nova Iorque era realmente uma selva e para sobreviver por lá o jovem Monty precisou se impor, não por meio de sua educação refinada, mas sim pela força dos punhos. Sem dúvida foi uma mudança brutal, de um meio aristocrático, para uma realidade bem mais pé no chão.
Em meio a tantas mudanças algo no novo colégio mudaria para sempre sua vida. Ele se apaixonou pelo teatro. O departamento teatral da escola era muito bom, muito original, um ambiente que valorizava o talento dos alunos que mostravam o interesse pela arte de interpretar. Monty foi fisgado desde os primeiros dias. Ele sabia que Nova Iorque era um dos lugares mais efervescentes do mundo em termos teatrais. Havia muitas peças sendo encenadas na Broadway e no circuito Off-Broadway. As oportunidades estavam em todos os lugares. Vendo que poderia arranjar trabalho no meio teatral da cidade ele se empenhou nas peças escolares em que atuou. Seu objetivo era ganhar experiência para partir para a Broadway, até porque trabalhar havia se tornado uma necessidade em sua casa, pois seu pai enfrentava muitas dificuldades para arranjar um emprego.
Pablo Aluísio.
domingo, 27 de novembro de 2022
Ambulância - Um Dia de Crime
O Armário
sábado, 26 de novembro de 2022
Elvis Presley - Loving You (1957)
Não havia músicas suficientes para encher todo um álbum. Então a RCA Victor colocou no lado B do disco várias canções do "Just For You". Para os fãs o lado A era a grande novidade. Só músicas inéditas, todas gravadas para o filme "A Mulher Que Eu Amo" (Loving You, em seu título original em inglês). A boa notícia é que eram boas músicas, excelentes gravações por parte do cantor. A maioria delas foi gravada em Hollywood em janeiro de 1957. Para essas sessões Elvis trouxe sua banda habitual. Nada de músicos contratados pelos estúdios de cinema como havia acontecido em "Love Me Tender". Aqui Elvis fez questão de trabalhar com seus próprios músicos.
"Mean Woman Blues" foi escolhida para abrir o disco. Grande momento tanto do álbum, como do filme, quando Elvis a canta em uma de suas melhores cenas no cinema durante os anos 50. Essa era uma composição de Claude Demetrius, aqui aparecendo pela primeira vez em um disco de Elvis - e ele não se tornaria um compositor habital na discografia de Elvis, apesar de seu grande talento. O ritmo era até um pouco fora dos padrões, unindo a escala musical típica de um blues com a agitação do nascente rock ´n´roll. A mistura, apesar de ser original e muito bem composta, não chegou a agradar todo mundo. Alguns mais tradicionais criticaram, ignorando o fato de que o blues foi um dos gêneros musicais que deram origem ao rock. Enfim, erraram no ponto de vista.
"Blueberry Hill" abriu o lado B do álbum. Essa não fazia parte da trilha sonora de "Loving You" e foi colocada no disco para completar espaço. Isso de um ponto de vista puramente comercial, porque do ponto de vista artístico essa era uma grande canção. Foi composta por um trio (Vincent Rose, Al Lewis e Larry Stock) e virou sucesso na interpretação do ótimo Fats Domino. Seu toque de piano inicial era sua maior característica. Algo inclusive que levou Elvis a tentar tocá-la ao vivo algumas vezes durante os anos 50. Ficou muito bom, na maioria das vezes. Como a música já havia esgotado seu potencial de sucesso com Fats, ela nunca chegou a se tornar um hit na voz de Elvis, mas isso em nada tira seus méritos. É um dos melhores momentos de todo o disco.
Não é surpresa para ninguém que o grande hit desse álbum foi mesmo "(Let Me Be Your) Teddy Bear". A música foi escrita pela dupla Kal Mann e Bernie Lowe. O interessante é que apesar de todo o sucesso alcançado por essa canção, Elvis nunca mais iria gravar nada desses compositores. Ao contrário do que aconteceu com Ben Weisman, por exemplo, eles simplesmente sumiram da discografia de Elvis. O que terá acontecido? De qualquer maneira a música do ursinho Teddy foi mesmo um grande sucesso. Foi lançada em single e atingiu rapidamente a marca das cinco milhões de cópias vendidas.
As fãs da época adoravam a música e entenderam (de forma errada) que Elvis colecionava ursinhos de pelúcia. Na verdade ele jamais havia pensado em algo parecido. As únicas coisas que Elvis colecionava naqueles tempos eram discos e carros. Ele não tinha interesse em brinquedos felpudos para crianças, afinal já era um homem adulto. Apesar disso e de repente Elvis se viu em um mar de bichinhos enviados por correspondência para Graceland. Sem saber direito o que fazer com tantos ursinhos, que encheram um quarto inteiro na sua mansão, o cantor teve a boa ideia de doar todos eles para instituições de caridades que cuidavam de crianças carentes e órfãs. Foi um gesto bonito, mostrando mais uma vez o lado generoso da personalidade de Elvis.
A música título do filme foi a bela balada "Loving You". Escrita pela excelente dupla de compositores formada por Jerry Leiber e Mike Stoller, a faixa era nitidamente uma tentativa de repetir o sucesso de "Love Me Tender" (a música tema do filme anterior). Nunca chegou ao mesmo patamar de popularidade,, mas também não fez feio nas paradas. Muitas versões foram gravadas ao longo de todos esses anos, inclusive pelo cantor brasileiro Roberto Carlos. O curioso é que Elvis precisou de um tempo para se acostumar com sua melodia. Ela tinha um lado melancólico, quase parando, que destoava um pouco do que Elvis estava produzindo naquele ano. Afinal aquele era o Elvis rocker, o Elvis roqueiro, e Loving You, baladona romântica por excelência, exigia uma certa postura que aquele jovem de 22 anos ainda não tinha.
Os compositores Sid Tepper e Roy C. Bennett escreveram a música mais hollywoodiana desse álbum. Estou falando de "Lonesome Cowboy". Parecia até mesmo uma música bem antiga, dos clássicos faroestes dos anos 1940. Essa dupla iria cair nas graças do Coronel Parker e na década seguinte eles iriam escrever a maioria dos temas musicais de filmes de sucesso de Elvis como "Feitiço Havaiano" (Blue Hawaii) e "Saudades de um Pracinha" (G.I.Blues). Ao lado de Ben Weisman foram os mais assíduos compositores de músicas para filmes de Elvis na década de 1960. De uma forma ou outra o tema, que não chegou a fazer sucesso nas paradas, serviu perfeitamente para o contexto do filme, que mostrava um jovem cantor tentando vencer na carreira, bem no circuito country and western.
"Hot Dog" foi escrita por Jerry Leiber e Mike Stoller. E isso leva muita gente boa a confundir com o clássico "Hound Dog". Músicas com nomes parecidos, de mesmos autores. A confusão seria bem esperada. Só que "Hot Dog" é um rock rápido, escrito especialmente para o filme e que nunca teve maior destaque dentro da carreira de Elvis. "Hound Dog", por outro lado, é um clássico absoluto na voz de Elvis Presley, ainda hoje lembrada e presente em qualquer coletânea do cantor que se preze.
Outro rock rápido, de cura duração, usado para fechar o lado A do vinil original é "Party". No disco de 1957 ela vinha logo após "Hot Dog" dando até mesmo uma impressão no ouvinte de que se tratava de um medley de rocks ligeiros por parte de Elvis. Como ele vivia sua fase mais roqueira, nada mais conveniente do que encher a trilha sonora de músicas desse estilo musical. Essa canção foi escrita por Jessie Mae Robinson. Apesar de ter um forte apelo de palco, ela nunca foi usada por Elvis em seus concertos.
"Got a Lot o' Livin' to Do"foi composta às pressas pela dupla Aaron Schroeder e Ben Weisman para ser gravada por Elvis em janeiro de 1957, Os produtores do filme em Los Angeles ligaram para a dupla, que morava em Nova Iorque, para que eles criassem uma música para uma determinada cena, que iria trazer um dos principais momentos do filme. E assim a canção foi criada. Ficou muito boa, pode até mesmo ser considerado o melhor rock do disco. Também merecem aplausos a própria cena do filme, que ficou muito bem coreografada e fotografada. As fãs de Elvis na época, nem é preciso dizer, adoraram tudo.
Da mesma dupla de compositores, Aaron Schroeder e Ben Weisman, veio outra canção que foi aproveitada no Lado B do antigo vinil. Se trata da boa "Don't Leave Me Now". Essa canção tem uma boa pegada melódica, que inclusive me lembra de blues mais tradicionais. Gravada em fevereiro de 1957 ela nunca teve maior destaque dentro da discografia de Elvis, o que sempre achei uma pena. É uma canção subestimada, com ótimo acompanhamento de piano. A letra é bonitinha, tem um senso romântico bem típico dos adolescentes e poderia ter sido escrito por um colegial apaixonado em seu caderno escolar. Leia os versos: "Não me deixe agora / Agora que eu preciso de você / Quão triste e solitário eu ficaria / Se você disesse que terminamos / Não despedace meu coração / Este coração que te ama / Elas serão nada para mim / Se você me deixasse agora".
Um dos aspectos que a discografia de Elvis Presley de uma maneira em geral deixou a desejar foi a ausência de músicas compostas pelos maiores compositores da história da música dos Estados Unidos. Elvis, como grande astro, poderia ter gravado discos e discos apenas com a fina flor da canção americana. Apenas com os mais consagrados autores de todos os tempos. Porém, infelizmente, só esporadicamente esse encontro entre o talentoso cantor e esses gênios da criação musical aconteceu.
Um desses raros encontros podemos encontrar aqui no álbum "Loving You". Se trata de "True Love", composta pelo grande Cole Porter, considerado por muitos historiadores de arte como um dos maiores gênios da música mundial. Porter foi aclamado desde cedo em sua carreira. Ao longo de sua vida compôs verdadeiras preciosidades em forma de notas musicais. Elvis poderia ter gravado muitas canções de Cole Porter ao longo da vida, mas isso infelizmente não aconteceu. Seus direitos autorais eram considerados caros demais pelo Coronel Parker. Além disso havia essa mentalidade de que Porter estava fora do espectro do que se esperava encontrar em um disco de Elvis Presley. Era algo mais alinhado com os álbuns de Frank Sinatra, para alguns. Um erro de percepção em minha opinião.
Outra boa aquisição ao álbum em termos de qualidade musical foi essa criação de Ivory Joe Hunter chamada "I Need You So". Aqui havia um toque de gosto pessoal do próprio Elvis. Quem conhece o material gravado de forma amadora na Alemanha, quando Elvis estava por lá servindo o exército, sabe bem que as músicas de Ivory Joe Hunter estavam sempre sendo tocadas por Elvis ao piano em sua casa. Ele gostava muito desse compositor, isso na sua esfera pessoal mesmo, de seu próprio gosto musical. Curiosamente, por anos e anos, Elvis não voltaria a gravar nada dele, só voltando a trazer para seus discos canções de Hunter já nos anos 70, quando já havia se transformado em um artista completamente diferente do começo de sua carreira.
Da dupla de compositores Johnny Russell e Scott Wiseman, o disco traz a boa "Have I Told You Lately That I Love You?". É uma boa canção country and western. Por essa época Elvis ainda surgia com esse tipo de música em seus discos. Depois de um tempo ele iria direcionar seu repertório para um material mais pop, principalmente na era dos filmes em Hollywood. De vez em quando algo country seria gravado, mas em menor escala. As trilhas sonoras exigiam um outro tipo de seleção musical. Em relação ao country Elvis só voltaria a gravar muito material dessa linha nos anos 70, quando aí sim virou um artista tipicamente saído da geração de artistas de Nashville.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
O Pistoleiro de Esporas Negras
Duelo em Monterey
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
A História de Rock Hudson - Parte 14
Rock Hudson tinha hábitos puramente associados aos hetéros. Ele era aquele tipo que gostava de se vestir com ternos elegantes, da melhor linha masculina do mercado. Suas casas tinham decorações fortes, em que um homem heterossexual se sentiria confortável. Nenhum sinal de cultura gay em seus móveis ou quadros. Ele também gostava muito de fumar. Nos anos 1950 isso ainda era considerado algo charmoso e elegante e o cigarro não era visto como algo negativo, pelo contrário, fazia parte do charme de ser uma estrela de cinema. Aliás os grandes astros de Hollywood faziam peças publicitárias de marcas de cigarro, algo que seria bem comum e encarado como normal até meados dos anos 1980. O próprio Rock costumava brincar dizendo: "Espero que os cientistas descubram logo que o cigarro faz muito bem à saúde, que mata todos os germes do corpo, pois adoro fumar". Era normal em sua vida o consumo de dois a três maços de cigarro por dia - um tipo de hábito que levou muitas pessoas à morte ao longo de todos esses anos. O próprio Rock seria diagnosticado com câncer em seus últimos meses de vida.
Outro problema que seguiu Rock Hudson por toda a vida foi a bebida. Rock foi um sujeito bom de copo. No começo da carreira ele ainda não tinha tomado tanto gosto pela coisa, mas conforme foi virando um astro de cinema, participando das muitas festas que Hollywood ia promovendo, seu consumo de álcool foi ficando fora de controle. Gostava de beber whisky puro, sem gelo, estilo conhecido como "cowboy". Entre as obrigações que um ator de sucesso tinha que cumprir na capital do cinema estava a de ser extremamente sociável, e isso significava participar de muitos jantares e festas com os donos de estúdios, premiações e banquetes. E nesse processo a bebida estava sempre presente. Fazia parte. Rock não se fez de tímido e se entregou de corpo e alma ao copo. O problema é que em pouco tempo isso se tornou um hábito que que ele não conseguia mais abandonar. Acabou se tornando alcoólatra.
Após uma viagem ao Brasil ao lado do diretor de publicidade da MGM, Tom Clark, Rock decidiu convidá-lo para ir morar ao seu lado no "Castelo" (o nome pelo qual sua mansão nas colinas de Hollywood era conhecida). Isso só fez aumentar seu consumo de bebidas diariamente. Clark era tão beberrão como Rock e tudo virava pretexto para que eles, todos os dias, ficassem bêbados. Tom Clark também entendeu que Rock estava com a carreira declinando. Para conseguir novos papéis era importante ele reviver sua intensa vida social. Deveria promover jantares e encontros em sua casa. Assim encontraria diretores e produtores nas festas. Isso foi bom, mas também trouxe mais uma desculpa para Rock encher a cara todas as noites.
Rock também se aventurava de vez em quando na cozinha, inventando de preparar jantares gourmets para seus amigos e amantes. Quase sempre dava errado, mas o importante era a diversão. O amigo George Nader relembrou em entrevistas que Rock gostava muito de preparar pratos diferentes, exóticos, mas sua vontade de fazer jantares com pratos finos esbarrava em sua própria falta de jeito para cozinhar! Além disso Rock era conhecido por queimar todos os pratos - dias de churrasco então era um terror! Rock gostava de beber antes de jantar e por isso atrasava o máximo possível o começo de suas refeições. O reflexo disso é que tudo terminava queimado e até pegando fogo! Certa vez durante um churrasco com amigos Rock teve que jogar um balde de água em cima da carne que estava literalmente pegando fogo!!!
Rock Hudson costumava dizer que três coisas lhe faziam feliz: O trabalho, a bebida e o sexo! Curiosamente não foi o trabalho, nem o cigarro e muito menos a bebida que iria destruir com sua vida, mas o sexo! Rock era gay e isso em uma época extremamente perigosa pois a AIDS ainda era uma doença desconhecida da medicina. O sexo era praticado sem proteção, e ninguém estava preocupado com DSTs. Como era rico e famoso, Rock teve muitos parceiros ao longo de sua vida, inclusive pessoas de San Francisco, a capital gay dos EUA, a primeira cidade onde o vírus realmente se espalhou, principalmente entre a comunidade gay local. Naquela época ser diagnosticado com AIDS era o mesmo que receber uma sentença de morte. Rock não conseguiu escapar da rápida proliferação da doença e menos de um ano depois de descobrir que tinha o vírus HIV estava morto. Seu legado foi ter assumido pouco antes de sua morte que era homossexual e que estava com AIDS. O escândalo criado fez a festa dos jornais sensacionalistas, mas também alertou as pessoas e fez com que autoridades públicas tomassem as devidas providências para que a nova doença fosse combatida. Um ato de coragem final que ajudou muitas pessoas ao redor do mundo, seja de forma direta ou indireta.
Pablo Aluísio.