segunda-feira, 13 de junho de 2022

Crônicas de um Cinéfilo - Parte 5

Como essa é uma série de textos de lembranças eu vou aqui contar do dia em que fui impedido de entrar no cinema. O filme? "Império do Sol" de Steven Spielberg. Eu combinei de encontrar um amigo da minha escola para ver esse filme que eu não poderia perder de jeito nenhum. Afinal era Spielberg. Era os anos 80. Ele era o maior diretor daquele tempo. Qualquer filme com o nome de Steven Spielberg logo se tornava obrigatório para qualquer jovem cinéfilo como eu.

Então eu vi os horários e percebi que conseguiria ir para a aula de educação física do Marista e depois correr para pegar a sessão das quatro e meia da tarde. Só que meus planos deram errado quando o porteiro me impediu de entrar no cinema! A razão? Eu estava com roupa de educação física, de shorts e tênis. Aquele era o cinema Municipal. Apesar de decadente ainda havia uma política de vestimenta para entrar. Só que eu não sabia disso!

Voltei correndo para casa e vesti uma roupa melhor. Entrei no meio da sessão (uma coisa péssima, não recomendo). Peguei o filme pela metade, não entendi direito o que rolava na tela e o filme acabou se revelando ruim para mim - pelo menos até eu voltar a vê-lo, dessa vez na TV e de forma completa.

Outra vez eu fui expulso com meus amigos do cinema por causa de bagunça. Ora, eu era um jovem colegial, que vivia no meio de muitas risadas e diversões. Era um tempo maravilhoso que sinto falta. O filme era péssimo, um terror classe Z, acho que era "O Fantasma de Alcatraz" ou algo assim. Como era muito ruim a gente começou a zoar demais, além da conta. Acabamos no lado de fora do cinema. Lembranças divertidas de um tempo muito bom da minha vida.

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de junho de 2022

Mães Paralelas

Janis (Penélope Cruz) fica grávida do seu namorado e na maternidade conhece uma jovem que também está prestes a ter um filho, chamada Ana (Milena Smit). Ela vai ser mãe solteira e por essa razão Janis resolve trocar telefones com ela, quem sabe para lhe ajudar em algum problema no futuro. Uma questão de solidariedade. Quando Janis retorna para a casa e mostra a sua filha para seu namorado, este não a reconhece. Diz para ela que aquela criança não é dele. Realmente a criança não se parece nem com o pai e nem com a mãe, se revelando muito étnica. Janis então decide fazer um teste de DNA e descobre surpresa que ela não é mãe daquela criança. Cria-se um problema incrível pois ela acredita que a criança foi trocada na maternidade pela filha de Ana. E agora como Janis vai resolver esse problema?

Esse é o novo filme de Pedro Almodóvar, diretor que andava meio sumido do cinema, mas que retornou em grande estilo, inclusive  com indicações ao Oscar de 2022. Quando o filme começou, eu fiquei um pouco surpreso por ser muito convencional, algo que surpreende ao se tratar de Pedro Almodóvar. Só que a realidade era outra, pois ele havia deixado as maiores surpresas para a segunda parte de sua história. O filme assim abre janelas para temas relevantes como a descoberta tardia da bissexualidade, o problema dos desaparecidos políticos na Espanha durante a ditadura e outras leituras subliminares que esse roteiro deixa no ar, na mente do espectador. Temos um bom filme sem dúvida, embora o tema da maternidade trocada não seja assim uma grande novidade, nem no mundo do cinema, nem mesmo no universo das telenovelas. Nesse aspecto Pedro Almodóvar quase fez uma novela cinematográfica, mais felizmente isso não aconteceu pois o filme tem suas surpresas.

Mães Paralelas (Madres paralelas, Espanha, 2021) Direção: Pedro Almodóvar / Roteiro: Pedro Almodóvar / Elenco: Penélope Cruz, Milena Smit, Israel Elejalde / Sinopse: Duas mães passam por uma situação delicada quando seus filhos são trocados na maternidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor música original e melhor atriz (Penélope Cruz).

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de junho de 2022

Cyrano

Cyrano tem alma de poeta. Ele tem grande talento para escrever cartas românticas, com muito sentimento verdadeiro. Há muitos anos ele é apaixonado pela bela Roxanne, uma das jovens mais bonitas de sua Vila. Só que esse nobre sentimento está fadado a nunca se concretizar. Ele não se considera uma pessoa digna de se relacionar com ela. Quando Roxanne demonstra interesse por um jovem guarda chamado Christian, ela pede que Cyrano o apresente a ela. Christian é um jovem vazio, que não sabe se expressar bem. Cyrano então se propõe a escrever cartas de amor para Roxanne assinadas em nome dele. E por suas palavras ela vai se apaixonando pelo outro, que nada sabe, que é um medíocre completo.

Essa deve ser a quarta ou quinta versão da história de Cyrano de Bergerac que eu assisto. Um filme bem interessante por causa do formato que foi escolhido para contar essa famosa história de amor. Os produtores decidiram transformar o filme em um musical. As músicas ficaram muito boas deve-se reconhecer e a força do texto original se manteve intacto. Algumas mudanças foram feitas na história, como por exemplo, a aparência física do protagonista. No enredo original Cyrano era um homem com um nariz enorme, o que tornava seu rosto grotesco, fazendo com que ele jamais pudesse conquistar a linda loira de olhos azuis Roxanne, a mulher mais bonita da sua região. Nessa nova versão, com a entrada do ator Peter Dinklage, o problema do personagem mudou. Ao invés de ser uma pessoa com grande nariz ele agora é um anão. 

Peter Dinklage é um excelente ator, muito talentoso, que ajuda a manter o interesse nesse novo filme. Com boa direção de arte, figurinos bem elaborados e uma produção classe A, o filme inova em certos aspectos, mas mantém o que há de melhor nessa história, o platonismo romântico de Cyrano, o amor pelo amor, o sentimento que mesmo sendo unilateral, resiste a tudo.

Cyrano (Estados Unidos, 2021) Direção: Joe Wright / Roteiro: Erica Schmidt / Elenco: Peter Dinklage, Haley Bennett, Kelvin Harrison Jr, Ben Mendelsohn / Sinopse: o filme conta a história de um homem apaixonado, com alma de poeta, que escreve cartas de amor para sua amada, mas em nome de outro homem, um sujeito medíocre e vazio. Filme indicada ao Oscar na categoria de melhor figurino.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Guia de Episódios - Edição 4

Eu sei que todo super-herói é em maior ou menor grau uma coisa meio ridícula. Acontece que esse Pacificador, que é um personagem da DC comics, parece ter sido criado justamente para explorar ainda mais fundo esse lado bem rocambolesco dos heróis de quadrinhos. É um personagem que não se leva a Sério e por isso é tão divertido, a começar por ele usar um Elmo cafona e fora de nexo, o que torna tudo ainda mais absurdamente brega. Curiosamente a série funciona que é uma beleza, principalmente no quesito humor soft. Eu não sei se nos quadrinhos é assim, mas pelo menos em relação a série tudo se torna muito divertido. 

Nesse episódio quarto da primeira temporada, o pacificador tenta recriar algum tipo de relacionamento mais maduro com seu pai, algo que não vai ser fácil porque no passado eles tiveram muitos problemas, muitas divergências. O velho também não é flor que se cheire, um supremacista branco mau caráter, que agora cumpre pena na prisão, uma cilada armada justamente pelas mesmas pessoas que estão trabalhando ao lado do seu filho. Vale como referência também o humor trazido para a série pelo personagem o vigilante, um super-herói capenga que é mais idiota que o próprio pacificador, se isso é possível!

Reacher, outra série que venho acompanhando, baseada no personagem Jack Reacher, que já foi interpretado no cinema por atores como Tom Cruise. Nesse episódio quarto da primeira temporada ele segue seguindo pistas sobre a morte de seu irmão. Tem gente graúda envolvida, inclusive e provavelmente o prefeito da cidade, pois ele sempre está atrapalhando as investigações. Nesse episódio também o clima de pensão sexual entre Reacher e a a policial Roscoe tem um desfecho. Eles se hospedam no mesmo apartamento e ela nem se faz de rogada, entrando debaixo do chuveiro com ele. Eu considero essa atriz bem bonitinha, realmente ela não parece ser tão durona assim!

Pablo Aluísio.

Crônicas de um Cinéfilo - Parte 4

Mais lembranças. Qual foi o primeiro filme de James Bond que vi no cinema? Essa eu me lembro. Foi "007 na Mira dos Assassinos", não por acaso o último filme de James Bond com Roger Moore que já estava velho para o papel, se aposentando do famoso agente secreto inglês. Depois nunca mais perdi um filme de Bond nos cinemas, a não ser o último que não vi numa sala de cinema por causa da pandemia.

De qualquer maneira eu vi os dois do sucessor de Roger Moore, Timothy Dalton, e todos os estrelados por Pierce Brosnan. Também vi todos os que foram feitos com Daniel Craig. Aliás dos Bonds que vi no cinema esse foi o que menos curti. Os filmes obviamente eram muito bem feitos, cheios de ação, mas achei que o personagem perdeu parte de seu charme com esse ator.

E da série "Aliens" o que vi no cinema? Tirando o primeiro "Alien, o Oitavo Passageiro" eu vi todos no cinema. O primeiro filme era de 1978 e eu, nessa época, era apenas uma criança. O segundo "Aliens, o Resgate" certamente curti no cinema Municipal. Aliás esse é o famoso Aliens ao estilo Rambo, com direção de James Cameron, na época conhecido por apenas ser o diretor de "O Exterminador do Futuro" e nada muito além disso. O terceiro já vi em um cinema de shopping center pois os cinemas de bairro estavam morrendo, que pena!

E por fim, só para registrar, o primeiro filme de Superman que vi no cinema com certeza foi "Superman IV - Em Busca da Paz", logo o pior da série com Christopher Reeve. O primeiro eu posso ter visto, mas era muito criança e não tenho certeza. Já o IV vi pois já era um adolescente fã de cinema naquela época. O filme foi bem ruim, como todos sabemos, com um vilão chamado "Homem Nuclear". Lembro que o cinema estava quase vazio pois o filme foi mesmo um fracasso de bilheteria.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

A Pior Pessoa do Mundo

Mais um filme da lista do Oscar de 2022 que assisto. Conta a história de uma jovem chamada Julie. Ela é uma garota bonita, jovem e inteligente. Porém tem um grave problema, é muito inconstante. Quando o filme começa ela é uma estudante de medicina, mas logo percebe que não tem vocação para a carreira médica. Decide mudar de universidade, indo estudar psicologia. Pensou que seria sua decisão final? Nem pensar, ela logo larga psicologia para estudar fotografia, pois se diz ser uma pessoa muito visual. Na vida pessoal ela também é bem inconstante. Começa um relacionamento com um autor de histórias em quadrinhos, bem mais velho do que ela. Eles se dão bem no começo, mas estão na realidade em fases diferentes da vida. Ele, com mais de 40 anos de idade, quer ter filhos. Ela, na Flor da Juventude, nem pensa em ser mãe, pois tem uma certa consciência de que não tem vocação maternal. Com isso o relacionamento vai aos poucos afundando e piora quando ela encontra um cara de sua idade numa festa. Eles passam a noite conversando e surge dali uma paixão que a domina completamente. O namorado mais velho obviamente dança, mas eles vão ainda se encontrar novamente da fase final do filme, quando as coisas se tornam bem mais dramáticas.

Gostei desse filme que tem um título que, ao meu ver, não é muito adequado. É uma história que considero bem leve, interessante, sobre uma jovem dos novos tempos, um bem realizado retrato dessa nova geração. A atriz Renate Reinsve é excepcionalmente talentosa, tanto que levou uma indicação ao BAFTA de melhor atriz, algo raro para alguém tão jovem e ainda mais raro, se formos pensar bem, pelo fato dela ser norueguesa. O roteiro do filme também foi indicado ao Oscar. Justa indicação. Procura tratar temas sérios com uma leveza que cativa. De forma geral é um filme muito bom, só espero que não estraguem tudo com um daqueles remakes melosos e piegas que Hollywood sabe fazer tão bem.

A Pior Pessoa do Mundo (Verdens verste menneske, Noruega, 2021) Direção: Joachim Trier / Roteiro: Joachim Trier / Elenco: Renate Reinsve, Anders Danielsen Lie, Anders Danielsen Lie / Sinopse: jovem norueguesa, vivendo em Oslo, vai fazendo as escolhas de sua vida, tanto na vida profissional como pessoal, acertando algumas vezes, errando algumas vezes. Filme indicada ao Oscar das categorias de melhor filme estrangeiro e melhor roteiro.

Pablo Aluísio.

Guia de Episódios - Edição 3

Assisti mais um episódio da série For All Mankind. É o segundo episódio da primeira temporada. Como eu já deixei claro aqui no blog essa série traz um distópico mundo onde o primeiro homem a pisar na Lua não foi um norte-americano, mas sim um soviético. Neste segundo episódio temos os preparativos para o lançamento da Apollo 12. A Apollo 11 trouxe o primeiro norte-americano a pisar na Lua mesmo na série, mas problemas técnicos fizeram com que a nave quase fosse destruída após o pouso lunar. Depois de uma série de manobras eles conseguem escapar da morte e voltam para a Terra. Nesse episódio vemos tramas de bastidores dentro da NASA, onde um piloto é cortado dentro do programa espacial por fazer críticas a Von Braun, o alemão que projetou a maioria dos foguetes americanos. Isso cria um clima ruim para ele dentro da agência espacial. E ele pensa em voltar para a marinha depois de tudo.

Uma das razões que me levaram à assistir essa série é a presença da atriz Sarah Jones. Nesse segundo episódio ela tem a primeira oportunidade de interpretar e desenvolver bem sua personagem, uma esposa de um astronauta infiel no casamento. Como a história se passa nos anos 60, o divórcio não era tão fácil de se concretizar como nos dias atuais.

Assisti ainda ao quinto episódio da primeira temporada de Pam & Tommy, uma série muito boa sobre esse casamento insano entre o baterista de uma banda de rock e a estrela bombshell loira Pamela Anderson, símbolo sexual nos anos 90. Nesse episódio ja não há mais como controlar o vazamento da fita íntima do casal, que cai na internet em seus primórdios, espalhando rapidamente seu conteúdo pornográfico.

É curioso porque o Tommy Lee tenta parar a disseminação e divulgação da fita, mas a partir de um determinado momento isso fica impossível. E tudo acontece quando a sua banda começa a afundar. O Mötley Crüe foi uma banda muito popular nos anos 80, mas nos anos 90 com o aparecimento de bandas novas como Nirvana eles foram deixados de lado. Assim como todas as bandas de rock farofa dos anos 80, eles também ficaram muito ridículos. Com isso a carreira de sucesso acabou indo pelo ralo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Elvis Presley (1956) - Parte 2

Caso típico de se ouvir uma música pela primeira vez e adorar logo de cara! Foi esse o meu caso ao ouvir a canção " "I'm Gonna Sit Right Down and Cry (Over You)". Passados tantos anos desde que comprei esse álbum e o ouvi pela primeira vez não mudei em nada a minha percepção dessa excelente faixa do álbum de estreia de Elvis Presley.

Esse é seguramente um dos melhores momentos do álbum. Veja, todas as faixas desse disco se ressentem, em minha opinião, de um melhor trabalho em termos de arranjos.Porém no que diz respeito a essa música não teria nada a criticar. Ela é perfeita!

Anos depois, nos tempos de seu programa semanal na BBC, os Beatles decidiram apresentar uma versão desse clássico rockabilly. Nem preciso dizer que a gravação dos ingleses ficou excepcional, resultando em uma gravação muito alto astral, alegre, para cima! Que conclusão diria sobre tudo isso? A música foi gravada por Beatles e Elvis Presley. Em ambos os discos o resultado ficou excepcional. Por tudo isso credito essa como uma das melhores da época de ouro do rock. E isso, meus caros leitores, definitivamente não é pouca coisa!

Outra que vai na mesma linha é  "One-Sided Love Affair". Perceba que em seus primeiros discos Elvis desenvolveu uma técnica muito pessoal de cantar, que chegou a ser dita por alguns críticos dos anos 50 como um "mastigar de sílabas". Outro escreveu que Elvis cantava como se mastigava chicletes! Apesar da rabugice desses jornalistas, o fato é que a coisa toda até faz algum sentido. Elvis parecia um cantorzinho jovem brincando com o estilo de cantar daqueles tempos. Basta lembrar de Frank Sinatra e Dean Martin para uma comparação rápida. Elvis não  entoava sua voz com soberba, apenas cantava a letra da música de uma maneira mais relaxada, quase casual. Acabou criando uma nova linguagem musical nesse processo...

Pablo Aluísio. 

Elvis Presley (1956) - Parte 1

O álbum abre com a canção "Blue Suede Shoes", um clássico absoluto do rock americano escrito por Carl Perkins. Até hoje se fala muito que Perkins poderia ter sido maior que Elvis, que ele teve azar de sofrer um acidente de carro muito sério e outras coisas. Olha, com todo o respeito ao Carl Perkins e seu talento, eu vejo esse tipo de observação como uma grande bobagem. Todo tipo de comparação é condenável.

Cada um tem seus próprios defeitos e qualidades. Não penso que Perkins poderia ser maior do que Elvis, até porque depois de um tempo ele se recuperou e continuou na carreira, sem chegar nem perto do sucesso de Elvis Presley. Isso não o desmerece em nada, mas prova que dizer que ele poderia ter sido o grande nome do rock é especulação e uma tremenda bobeira

Outro hino da geração rocker é "Tutti Frutti". Essa é do Little Richard. Elvis nunca levou essa canção muito à sério, verdade seja dita. Ele inclusive poderia se referir a esse rock como uma música chiclete como ele gostava de dizer. O que significava exatamente isso? Ora, significava que Elvis a via como uma canção de rock sem muita substância, feita apenas para agitar, embalar seus fãs durante seus shows e apresentações na TV. Tanto isso parece ser verdade que ele logo a deixou de lado, não a usando mais depois desse disco. 

De qualquer forma Little Richard não cansou de agradecer a Elvis por ter gravado sua música. Em um documentário sobre esse álbum ele afirmou com todas as letras que só tinha mesmo a agradecer ao Rei do Rock, pois se Elvis não tivesse gravado suas músicas ele provavelmente ainda seria cozinheiro de uma espelunca em Atlanta. A gratidão sempre é muito bem-vinda meu caro Richard. Falou pouco, mas falou bonito!

Pablo Aluísio.