quinta-feira, 7 de outubro de 2021
Jogo Bruto
"Jogo Bruto" é um filme meio fraco que fez o sucesso devido por causa de Schwarzenegger que naquela época, anos 80, estava no auge do sucesso, na crista da onda. Qualquer filme que trouxesse seu nome impronunciável no cartaz já era sinônimo de sucesso. E por falar em poster, esse era mesmo feito para faturar em cima do nome comercial do ator. Algo que no final deu certo, embora fosse considerado já naquela época um filme muito fraco. Tem uma boa cena de ação no final, em uma pedreira, mas é só. Tudo soa como mero pretexto para que Arnold usasse uma metralhadora, mandando para o inferno seus inimigos. E nisso se resumia seu roteiro. Mais anos 80 do que isso, impossível.
Jogo Bruto (Raw Deal, Estados Unidos, 1986) Direção: John Irvin / Roteiro:Luciano Vincenzoni, Sergio Donati / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Kathryn Harrold, Sam Wanamaker / Sinopse: Um ex-agente do FBI, agora trabalhando como xerife de uma pequena cidade, concorda em ajudar o chefe da agência policial a se infiltrar na máfia de Chicago.
Pablo Aluísio.
O Preço da Ganância
Título Original: Blood Money
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Saban Films
Direção: Lucky McKee
Roteiro: Jared Butler, Lars Norberg
Elenco: John Cusack, Ellar Coltrane, Willa Fitzgerald, Jacob Artist, Ned Bellamy, Johanna McGinley
Sinopse:
Três jovens (dois amigos e a ex-namorada de um deles) viajam até um parque nacional para fazer trilha e curtir as corredeiras dos maravilhosos rios da região. Só que a garota acaba encontrando mochilas cheias de dinheiro, uma fortuna de 8 milhões de dólares. O dinheiro também está sendo procurado por um criminoso, que está fugindo de um cerco policial para capturá-lo.
Comentários:
Esse filme me lembrou tanto de certas produções dos anos 90. Não apenas pela presença do ator John Cusack que interpreta um assassino e ladrão de bancos, mas também pela estrutura do roteiro. É um típico thriller daquela época, só que filmado nos dias de hoje. É basicamente um jogo de gato e rato, tudo se passando em uma bela reserva ambiental nos Estados Unidos. Os jovens querem ficar com um grana que encontram no meio do nada. Só que esse dinheiro todo tem "dono", um criminoso que também está procurando pela grana, enquanto foge dos policiais. Ele usou um avião para fugir. Quando viu que não escaparia jogou o dinheiro pela janela e pulou de paraquedas. Chegando são e salvo lá embaixo saiu em busca do dinheiro roubado que agora foi encontrado pelos jovens turistas. O filme é rápido e eficaz como passatempo e só falha nas sequências finais, filmadas com uma fotografia muito escura, onde pouco se vê. Um erro primário de direção. Mesmo assim, com esse tropeço, o filme ainda vale como diversão ligeira.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 6 de outubro de 2021
Superman II
Outro aspecto que nunca cansarei de elogiar vem do trabalho do saudoso Christopher Reeve. Ele não era apenas parecido fisicamente com o Superman. Ele era também um ótimo ator, algo que fica claro quando interpreta o atrapalhado Clark Kent. Até hoje fico admirado em ver uma escalação de elenco tão feliz. Nunca houve um Superman melhor do que aquele interpretado por Reeve. Nem antes e nem depois. Ele foi de fato o Superman perfeito em minha opinião. E como todo filme de super-herói esse também apresentava ótimos vilões, criminosos do planeta original do Superman que chegavam na Terra após vagarem pelo espaço. Imagine o Superman ter que enfrentar vilões que tinham a mesma força e os mesmos poderes que ele. Enfim, esse segundo filme mereceu todo o reconhecimento do público e da crítica na época de seu lançamento original.
Superman II: A Aventura Continua (Superman II, Estados Unidos, 1980) Direção: Richard Lester / Roteiro: Mario Puzo / Elenco: Christopher Reeve, Gene Hackman, Margot Kidder / Sinopse: Um trio de vilões de Kripton chega no planeta Terra. E eles possuem a mesma força e os mesmos poderes do Superman, o que dará origem a um confronto épico. Filme premiado como Melhor Ficção do ano pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films.
Pablo Aluísio.
A Menina Que Tinha Dons
Título Original: The Girl with All the Gifts
Ano de Produção: 2016
País: Inglaterra
Estúdio: BFI Film Fund
Direção: Colm McCarthy
Roteiro: Mike Carey
Elenco: Glenn Close, Sennia Nanua, Fisayo Akinade, Paddy Considine, Gemma Arterton, Anthony Welsh
Sinopse:
Uma pandemia mundial causada por um fungo transforma grande parte da humanidade em zumbis. Aqueles que conseguem escapar começam uma busca desesperada por uma vacina que vá salvar parte dos seres humanos. E o segredo parece estar no organismo de uma garotinha que consegue sobreviver mesmo após ser contaminada.
Comentários:
Esse filme também é conhecido pelo péssimo nome de "Melanie - A Última Esperança". O filme começa até interessante, mostrando um grupo de crianças diferentes. Elas vivem em uma base militar, são praticamente acorrentadas para entrar em sala de aula e não demora muito para o espectador entender que tem algo errado ali. Uma das pesquisadoras desse estranho projeto é interpretada pela ótima Glenn Close. Só que as boas notícias acabam por aí. Logo o complexo é invadido por... zumbis! E aí as esperanças se perdem. O roteiro até tenta, mas não consegue, fugir do esquema que sempre é usado nesse tipo de filme. Sinceramente falando, alguém ainda aguenta assistir filmes de zumbis? Essa coisa de morto-vivo já saturou. E são monstros tão chatos... aquela mesma coisa de comer cérebros humanos... Olha, chatice mesmo. Nem a grande Glenn Close consegue salvar esse filme. E o que diabos ele estaria fazendo no elenco de uma produção como essa? Complicado entender.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de outubro de 2021
Alien³
Título Original: Alien³
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Fincher
Roteiro: Dan O'Bannon, Ronald Shusett
Elenco: Sigourney Weaver, Charles S. Dutton, Charles Dance
Sinopse:
Durante a fuga a nave de Ripley cai em Fury 161, um distante e esquecido planeta nos confins do espaço sideral. O lugar é usado como prisão para alguns dos mais psicóticos e violentos criminosos do universo. Assim a tenente Ripley (Weaver) terá que sobreviver não apenas aos ataques desses perigosos prisioneiros mas também da criatura alienígena que, ao que tudo indica, também estava na nave destruída. Para piorar tudo o Alien agora está solto no meio ambiente, pronto para fazer novas vítimas.
Comentários:
David Fincher resolveu fazer algo completamente diferente dos filmes anteriores da franquia. Aliás esse filme foi extremamente complicado de se produzir, pois havia uma pressão enorme envolvida e muitos problemas por trás dos bastidores, alguns inclusive inesperados, como a falta de ética por parte de James Cameron (que havia dirigido "Aliens o Resgate"). Ao invés de respeitar a visão do colega cineasta Cameron partiu para o ataque dizendo que esse novo filme era uma agressão contra os fãs da série (uma bobagem, vamos convir). Se "Alien, o Oitavo Passageiro" era uma feliz fusão entre filmes de ficção e terror e "Aliens, o Resgate" era uma tentativa de mesclar o universo sci-fi com os filmes de ação dos anos 80, esse aqui foi certamente o mais ácido e realista de todos os filmes. Há todo um clima opressivo no ar, a estética procura ser cinza, sem esperanças, tal como um presídio do mundo real. Há muita sujeira ao redor e tipos nada encantadores. Um inferno espacial. Essa nova identidade não chegou a agradar todo mundo, certamente muitos fãs reclamaram, mas a verdade pura e simples é que justamente por ser diferente é que "Alien³" marcou tanto e ainda é tão lembrado, afinal o espaço nunca se mostrou tão ameaçador como aqui!
Pablo Aluísio.
Anti-Herói Americano
Título no Brasil: Anti-Herói Americano
Título Original: American Splendor
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Dark Horse Entertainment
Direção: Shari Springer Berman, Robert Pulcini
Roteiro: Shari Springer Berman, Robert Pulcini
Elenco: Paul Giamatti, Josh Hutcherson, Mary Faktor, Shari Springer Berman, Barbara Brown, Earl Billings
Sinopse:
Com roteiro baseado nos quadrinhos "American Splendor" de Harvey Pekar, o filme "Anti-Herói Americano" conta a história do próprio Harvey Pekar (Paul Giamatti), um sujeito comum que precisa lidar com os problemas da vida cotidiana. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado.
Comentários:
A nona arte, como são conhecidos os quadrinhos, não vive apenas de super-heróis mascarados que salvam o mundo em cada edição. Há espaço também para um tipo de quadrinhos mais underground, mais independente, cujas temáticas são tão variadas como as estrelas do cosmos. É o caso desse "American Splendor" que conta a história de um sujeito comum que precisa lidar com uma vida cheia de problemas, algo bem distante do universo dos super-heróis. Ele é mal humorado, rabugento, gordo e está ficando careca. Não parece o Superman! Então porque não contar sua vida em forma de quadrinhos? Que tal mostrar o mundo chato de um emprego sem graça ou pior do que isso, como é ser um desempregado. O resultado é diferente, resultando em um filme muito legal que mistura animação com atores reais. É um filme que vale a pena conhecer.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 4 de outubro de 2021
Quarteto Fantástico
Título Original: Fantastic Four
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Tim Story
Roteiro: Mark Frost, Michael France
Elenco: Ioan Gruffudd, Michael Chiklis, Chris Evans, Jessica Alba, Julian McMahon
Sinopse:
Um grupo de astronautas ganha superpoderes depois de uma exposição à radiação cósmica no espaço. Agora deverão usá-los para se opor aos planos de seu inimigo, Victor Von Doom (Julian McMahon). Adaptação das famosas histórias em quadrinhos da Marvel. Indicado ao prêmio Saturn Award na categoria Melhor Filme de Ficção.
Comentários:
Para celebrar os dez anos desse filme a Marvel anunciou recentemente que irá produzir um reboot em 2015 chamado "The Fantastic Four" com novo elenco, direção e produção. Uma boa notícia para os fãs desses heróis carismáticos do universo Marvel. Particularmente sempre gostei dessa galeria de personagens até porque eles são tão "anos 60" que fica complicado não gostar de todo esse clima vintage. E por que são a cara dos 60´s? Pense bem. Aqui temos um quarteto (tal como os Beatles), de uma coletividade de heróis (algo que soava como novidade quando eles foram criados) e contando com uma origem que remete totalmente à corrida espacial travada entre Estados Unidos e União Soviética, tão tipicamente daqueles anos! Mas deixando de lado todas essas observações, o que temos aqui é uma aventura redondinha, bem escrita, que não ofendeu aos fãs dos quadrinhos (que sempre são tão chatos em relação à adaptações para o cinema). Some-se a isso os bons efeitos especiais e a inteligente (e bem adequada) direção de arte e você terá um ótimo entretenimento Marvel. Para quem gosta desse tipo de filme é uma excelente pedida.
Pablo Aluísio.
Efeito Borboleta
Título Original: The Butterfly Effect
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: BenderSpink Films
Direção: Eric Bress, J. Mackye Gruber
Roteiro: J. Mackye Gruber, Eric Bress
Elenco: Ashton Kutcher, Amy Smart, Melora Walters, Elden Henson, William Lee Scott, Irina Gorovaia
Sinopse:
Evan (Ashton Kutcher) é um jovem universitário que passa a sofrer fortes dores de cabeça, realmente insuportáveis. E durante essas crises ele consegue se lembrar de memórias do passado que pareciam há muito esquecidas pelo tempo. E tudo isso vai desencadear uma série de eventos imprevisíveis em sua vida pessoal.
Comentários:
O simples nome de Ashton Kutcher no elenco de um filme já é motivo para me desanimar completamente. Não é para menos. Ao longo de todos esses anos ele fez uma série inacreditável de filmes bobocas e sem importância. Além disso esse "The Butterfly Effect" acabou virando uma franquia de filmes ruins, um pior do que o outro. E a despeito de tudo isso esse primeiro ainda consegue, com um pouco de esforço, ser considerado um bom filme. O roteiro explora justamente o tal Efeito Borboleta. E o que seria isso afinal? Essa teoria diz que todos os eventos no planeta estão interligados entre si. O simples bater das asas de uma borboleta pode desencadear um furacão no outro lado do nosso mundo. Um evento causa outro que causa outro e por aí vai. O roteiro até que bem desenvolve esse aspecto. E foi a única vez que isso aconteceu. Os demais filmes são simplesmente horríveis. Fique apenas nesse primeiro da linha.
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de outubro de 2021
Uma Vida Oculta
Só que Hitler afundou a Alemanha em uma guerra mundial e ele foi reconvocado. Dessa vez ele decidiu reagir. No momento de prestar juramento de lealdade a Hitler ele não levantou a mão. Foi o bastante para ser levado a uma prisão militar e dali enfrentar seu destino, sofrendo todos os tipos de barbaridades possíveis dentro daquele regime autoritário e nazista. Sua consciência de homem bom e íntegro falou mais alto e dentro daquele regime insano ele iria pagar um alto preço por essa escolha. O que posso dizer sobre esse filme? É simplesmente primoroso. Mais uma obra-prima da filmografia de Terrence Malick. Aliás o considero o maior cineasta vivo e em atividade nos dias de hoje. Ele dedicou 5 anos de sua vida nesse projeto. Só na edição foram precisos 3 anos para se chegar no corte que ele considerava ideal. O filme é longo, quase 3 horas de duração, mas em nenhum momento achei cansativo. A narrativa de seus filmes é puro deleite. Diálogos só os essenciais. A beleza das imagens muitas vezes fala por si. Quando o filme terminou tive vontade de bater palmas. Terrence Malick é um gênio da sétima arte!
Uma Vida Oculta (A Hidden Life, Estados Unidos, 2019) Direção: Terrence Malick / Roteiro: Terrence Malick / Elenco: August Diehl, Valerie Pachner, Maria Simon, Tobias Moretti / Sinopse: O filme conta a história de um bom homem chamado Franz Jägerstätter. Fazendeiro austríaco, ele é convocado para lutar pela Alemanha nazista na II Guerra Mundial, mas tomado por uma crise de consciência decide não mais participar das atrocidades cometidas pelo exército alemão. Filme inspirado em fatos históricos reais.
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de outubro de 2021
Rei dos Ladrões
Título Original: King of Thieves
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra
Estúdio: StudioCanal
Direção: James Marsh
Roteiro: Joe Penhall
Elenco: Michael Caine, Francesca Annis, Olivia Le Andersen, Jim Broadbent, Tom Courtenay, Ray Winstone
Sinopse:
Um grupo de velhos ladrões, veteranos no mundo do crime, decide roubar um depósito de valores em Londres. Ali pessoas ricas depositam jóias, ações e objetos de valor, a maioria em ouro. O roubo acaba dando muito certo. O valor roubado fica em 300 milhões de libras. Os problemas começam na hora de dividir toda essa fortuna.
Comentários:
"Rei dos Ladrões" é um filme muito bom. Imagine esse grupo de velhinhos na terceira idade se organizando para dar um último golpe. Eles conhecem um sujeito que tem uma chave mestra. Que é possível entrar na sala do cofre. Então eles topam fazer esse último grande roubo. O grupo é formado por idosos, o mais jovem ali já passou dos 70 anos. Vale mais a ousadia do roubo do que o perigo da prisão. Afinal se eles forem para a prisão qual vai ser a diferença? Porém ladrões são ladrões. Quando o roubo é realizado com sucesso começam os problemas. Uns querendo passar a perna nos outros. E para Brian (Caine), o suposto líder daquele bando, as coisas vão ter que ser resolvidas ao velho estilo. Afinal até mesmo no mundo dos ladrões de bancos há conceitos éticos que precisam ser respeitados. E ele está disposto a colocar aquele bando de velhos na disciplina do mundo do crime... mas será que os policiais vão deixar isso acontecer? Assista para descobrir.
Pablo Aluísio.