O filme se passa durante a segunda guerra mundial. O tenente Kenneth M. Braden (James Garner) é enviado para servir em um submarino da marinha americana que está no Pacífico Sul. A embarcação recentemente perdeu o segundo oficial em comando, por isso o clima não é dos melhores. A tripulação se ressente do capitão Paul Stevenson (Edmond O'Brien) que deixou seu oficial morrer, enquanto o submarino descia à deriva, após sofrer o ataque aéreo de caças japoneses. Mesmo assim os marinheiros seguem em uma nova e perigosa missão. O novo tenente precisa se infiltrar numa ilha japonesa, para tentar colocar as mãos no código de comunicação das tropas inimigas. Há uma estação de rádio que ele deve entrar para fotografar o livro de códigos, só que essa fica em uma base militar do exército do Japão, o que dificultará ainda mais sua missão. O submarino ficará submerso por 18 horas, esperando seu retorno. Caso não consiga completar seus objetivos nesse tempo será deixado à própria sorte em território inimigo, bem no auge dos conflitos entre japoneses e americanos.
O filme é muito bom. Contando com o apoio da marinha americana tudo o que se vê na tela foi disponibilizado pelos militares para a produção do filme pelo estúdio Warner Bros. Para quem gosta de cenas de ação há duas excepcionalmente bem feitas. A primeira, já citada, acontece quando o submarino é atacado por caças japoneses (o famigerado modelo Zero) e a segunda ocorre quando um destroyer japonês localiza o submarino americano e o ataca com cargas de profundidade - quem já assistiu a um filme de submarinos sabe bem como um ataque desses poderia ser terrível para uma tripulação no fundo do oceano. Então é isso. "Periscópio a Vista" é um bom filme dos anos 50 que resgata os acontecimentos da guerra acontecida na década anterior.
Periscópio a Vista (Up Periscope, Estados Unidos, 1959) Direção: Gordon Douglas / Roteiro: Richard H. Landau, baseado no livro escrito por Robb White / Elenco: James Garner, Edmond O'Brien, Andra Martin / Sinopse: Kenneth M. Braden (James Garner) é um jovem tenente que é designado para servir em um submarino comandado pelo capitão Paul Stevenson (Edmond O'Brien). A missão é capturar um livro de códigos usado pelos militares japoneses durante a guerra.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 19 de abril de 2019
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Idade Perigosa
Título no Brasil: Idade Perigosa
Título Original: Dangerous Years
Ano de Produção: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Arthur Pierson
Roteiro: Arnold Belgard
Elenco: Billy Halop, Scotty Beckett, Richard Gaines, Marilyn Monroe
Sinopse:
Um grupo de garotos é influenciado negativamente pelo delinqüente juvenil Danny (Billy Halop). Assim ele convence mais três jovens a participarem de um assalto, mas os planos não saem exatamente como eles queriam. Uma briga pelo destino daqueles jovens acaba gerando a morte de um professor muito querido na escola, Jeff Carter (Donald Curtis) e Danny é preso! Levado a julgamento começa um intenso debate no tribunal sobre quem seria o verdadeiro culpado, o rapaz ou a sociedade?
Comentários:
Segundo filme da carreira de Marilyn Monroe. Segundo os próprios créditos do filme ela "interpreta" Evie, a garçonete do Gopher Hole! Isso não é de se surpreender pois na época em que Marilyn entrou no cast dessa produção ela não era nada mais do que uma modelo bonita que tinha a pretensão de um dia ser levada a sério como atriz! Alguns indicam esse como seu primeiro filme, pois é aqui que ela surge pela primeira vez na tela. Um equívoco pois Marilyn também esteve em "Sua Alteza, a Secretária", onde o espectador podia ouvir sua sensual voz ao telefone. Já o filme "Dangerous Years" lida com a questão da delinquência juvenil, tema bastante em voga no pós-guerra. O que temos aqui é uma produção B com ares de melodrama que não envelheceu muito bem, sendo em muitos aspectos soa bem inocente - pelo menos para os padrões atuais pois o roteiro insiste de certa forma em apostar na boa índole de jovens a um passo da criminalidade. Na verdade Marilyn Monroe iria se conscientizar que esse não era o caminho para o sucesso, pois ela tinha muito mais vocação para as comédias românticas de costumes, o gênero que iria lhe transformar em uma estrela nas marquises de cinema de todo o mundo. Até porque ela era uma loira bonita e os homens a queriam ver em filmes divertidos e não em dramas sociais com um bando de pequenos infratores como esse.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dangerous Years
Ano de Produção: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Arthur Pierson
Roteiro: Arnold Belgard
Elenco: Billy Halop, Scotty Beckett, Richard Gaines, Marilyn Monroe
Sinopse:
Um grupo de garotos é influenciado negativamente pelo delinqüente juvenil Danny (Billy Halop). Assim ele convence mais três jovens a participarem de um assalto, mas os planos não saem exatamente como eles queriam. Uma briga pelo destino daqueles jovens acaba gerando a morte de um professor muito querido na escola, Jeff Carter (Donald Curtis) e Danny é preso! Levado a julgamento começa um intenso debate no tribunal sobre quem seria o verdadeiro culpado, o rapaz ou a sociedade?
Comentários:
Segundo filme da carreira de Marilyn Monroe. Segundo os próprios créditos do filme ela "interpreta" Evie, a garçonete do Gopher Hole! Isso não é de se surpreender pois na época em que Marilyn entrou no cast dessa produção ela não era nada mais do que uma modelo bonita que tinha a pretensão de um dia ser levada a sério como atriz! Alguns indicam esse como seu primeiro filme, pois é aqui que ela surge pela primeira vez na tela. Um equívoco pois Marilyn também esteve em "Sua Alteza, a Secretária", onde o espectador podia ouvir sua sensual voz ao telefone. Já o filme "Dangerous Years" lida com a questão da delinquência juvenil, tema bastante em voga no pós-guerra. O que temos aqui é uma produção B com ares de melodrama que não envelheceu muito bem, sendo em muitos aspectos soa bem inocente - pelo menos para os padrões atuais pois o roteiro insiste de certa forma em apostar na boa índole de jovens a um passo da criminalidade. Na verdade Marilyn Monroe iria se conscientizar que esse não era o caminho para o sucesso, pois ela tinha muito mais vocação para as comédias românticas de costumes, o gênero que iria lhe transformar em uma estrela nas marquises de cinema de todo o mundo. Até porque ela era uma loira bonita e os homens a queriam ver em filmes divertidos e não em dramas sociais com um bando de pequenos infratores como esse.
Pablo Aluísio.
Névoa do Mistério
Título no Brasil: Névoa do Mistério
Título Original: Fog Over Frisco
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: First National Pictures, Warner Bros
Direção: William Dieterle
Roteiro: Robert N. Lee, George Dyer
Elenco: Bette Davis, Donald Woods, Margaret Lindsay
Sinopse:
Arlene Bradford (Bette Davis) pertence a uma das famílias mais ricas de San Francisco. Seu pai é o industrial milionário Everett Bradford (Arthur Byron) que atende a todos os seus desejos. Isso transformou Arlene em uma típica herdeira mimada, que não admite encontrar limites em sua vida. Embora seja noiva do corretor Spencer Carlton, a quem não dá muita atenção, ela prefere a companhia da meia-irmã Valkyr (Margaret Lindsay)! Juntas acabam se envolvendo com um grupo de gangsters locais, incluindo o infame Jake Bellow (Pichel).
Comentários:
Bette Davis foi uma das grandes estrelas de Hollywood em seu período clássico. Sua forte personalidade era muito adequada para alguns de seus personagens, mulheres fortes e decididas que não se enquadravam no estilo dondoca esperado da época. Com esse modo de ser Davis realizou grandes obras primas, inclusive dramas onde explorava essa forma de lidar com a sociedade à sua volta. Se Bette Davis já era conhecida por um ter um gênio marcante imagine a atriz interpretando uma garota rica e mimada como aqui. Ela está ótima como uma jovem muito má que não se importa em fazer coisas erradas, até porque pode sempre contar com a ajuda de seu milionário pai, sempre disposto a encobrir suas maldades e livrar a sua cara de punições. Sua Arlene Bradford é uma verdadeira peste, uma mulher que fica o tempo todo no fio da meada, um tipo de personagem vilã que só seria possível mesmo na Hollywood dos anos 30, em pleno auge das mulheres fatais no cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fog Over Frisco
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: First National Pictures, Warner Bros
Direção: William Dieterle
Roteiro: Robert N. Lee, George Dyer
Elenco: Bette Davis, Donald Woods, Margaret Lindsay
Sinopse:
Arlene Bradford (Bette Davis) pertence a uma das famílias mais ricas de San Francisco. Seu pai é o industrial milionário Everett Bradford (Arthur Byron) que atende a todos os seus desejos. Isso transformou Arlene em uma típica herdeira mimada, que não admite encontrar limites em sua vida. Embora seja noiva do corretor Spencer Carlton, a quem não dá muita atenção, ela prefere a companhia da meia-irmã Valkyr (Margaret Lindsay)! Juntas acabam se envolvendo com um grupo de gangsters locais, incluindo o infame Jake Bellow (Pichel).
Comentários:
Bette Davis foi uma das grandes estrelas de Hollywood em seu período clássico. Sua forte personalidade era muito adequada para alguns de seus personagens, mulheres fortes e decididas que não se enquadravam no estilo dondoca esperado da época. Com esse modo de ser Davis realizou grandes obras primas, inclusive dramas onde explorava essa forma de lidar com a sociedade à sua volta. Se Bette Davis já era conhecida por um ter um gênio marcante imagine a atriz interpretando uma garota rica e mimada como aqui. Ela está ótima como uma jovem muito má que não se importa em fazer coisas erradas, até porque pode sempre contar com a ajuda de seu milionário pai, sempre disposto a encobrir suas maldades e livrar a sua cara de punições. Sua Arlene Bradford é uma verdadeira peste, uma mulher que fica o tempo todo no fio da meada, um tipo de personagem vilã que só seria possível mesmo na Hollywood dos anos 30, em pleno auge das mulheres fatais no cinema.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Vamos Dançar?
Título no Brasil: Vamos Dançar?
Título Original: Shall We Dance
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Mark Sandrich
Roteiro: Allan Scott, Ernest Pagano
Elenco: Fred Astaire, Ginger Rogers, Edward Everett Horton
Sinopse:
A estrela de musicais Linda Keene (Ginger Rogers) acaba conhecendo numa viagem de navio o dançarino de ballet clássico Pete Petrov (Fred Astaire). Embora sejam profissionais de areas diferentes do mundo da dança ambos ficam intrigados com a técnica de cada um. Será que se dançassem juntos algo de bom poderia sair dessa parceria? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original ("They Can't Take That Away from Me" de George Gershwin e Ira Gershwin).
Comentários:
Mais um lindo musical com a dupla Fred Astaire e Ginger Rogers. Embora não se dessem muito bem pessoalmente, formavam a dupla mais amada e famosa da grande era dos musicais de Hollywood. O problema é que Astaire era um perfeccionista nato e exigia simplesmente a perfeição por parte de sua partner Ginger Rogers. Isso obviamente criava uma certa tensão no relacionamento entre eles. Tanta exigência porém tinha como efeito justamente o que se vê na tela: elegância e charme em forma de dança. Além disso a trilha sonora foi composta pelos gênios George Gershwin e Ira Gershwin! Precisa falar mais alguma coisa? Durante muitos anos os estúdios RKO pertenceram ao magnata excêntrico Howard Hughes, que fazia questão que musicais assim fossem realizados. Com um verdadeiro Mecenas desse porte por trás, não é de se admirar que tantos musicais antológicos fossem realizados em série durante os anos 1930. O curioso é que mesmo após tantas décadas de sua realização, ainda não se conseguiu reproduzir a qualidade técnica de filmes como esses. Como obras cinematográficas são imortais, sem dúvida.
Pablo Aluísio.
Título Original: Shall We Dance
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Mark Sandrich
Roteiro: Allan Scott, Ernest Pagano
Elenco: Fred Astaire, Ginger Rogers, Edward Everett Horton
Sinopse:
A estrela de musicais Linda Keene (Ginger Rogers) acaba conhecendo numa viagem de navio o dançarino de ballet clássico Pete Petrov (Fred Astaire). Embora sejam profissionais de areas diferentes do mundo da dança ambos ficam intrigados com a técnica de cada um. Será que se dançassem juntos algo de bom poderia sair dessa parceria? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original ("They Can't Take That Away from Me" de George Gershwin e Ira Gershwin).
Comentários:
Mais um lindo musical com a dupla Fred Astaire e Ginger Rogers. Embora não se dessem muito bem pessoalmente, formavam a dupla mais amada e famosa da grande era dos musicais de Hollywood. O problema é que Astaire era um perfeccionista nato e exigia simplesmente a perfeição por parte de sua partner Ginger Rogers. Isso obviamente criava uma certa tensão no relacionamento entre eles. Tanta exigência porém tinha como efeito justamente o que se vê na tela: elegância e charme em forma de dança. Além disso a trilha sonora foi composta pelos gênios George Gershwin e Ira Gershwin! Precisa falar mais alguma coisa? Durante muitos anos os estúdios RKO pertenceram ao magnata excêntrico Howard Hughes, que fazia questão que musicais assim fossem realizados. Com um verdadeiro Mecenas desse porte por trás, não é de se admirar que tantos musicais antológicos fossem realizados em série durante os anos 1930. O curioso é que mesmo após tantas décadas de sua realização, ainda não se conseguiu reproduzir a qualidade técnica de filmes como esses. Como obras cinematográficas são imortais, sem dúvida.
Pablo Aluísio.
Ser ou Não Ser
Título no Brasil: Ser ou Não Ser
Título Original: To Be Or Not To Be
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ernst Lubitsch
Roteiro: Melchior Lengyel, Edwin Justus Mayer
Elenco: Carole Lombard, Jack Benny, Robert Stack
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Polônia ocupada por tropas nazistas, uma trupe de artistas de teatro liderados por Maria Tura (Carole Lombard) e seu marido Joseph (Jack Benny) tentam levar sua arte em frente no meio do caos e da destruição. Entre tentativas de se apresentar novamente eles se envolvem nos esforços de um soldado polonês em localizar um espião alemão infiltrado. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música.
Comentários:
Último filme da atriz Carole Lombard. Ela morreria tragicamente com pouco mais de 30 anos quando o avião em que viajava bateu em uma montanha (Table Rock Mountain, em Nevada) no dia 16 de janeiro de 1942. Ela estava participando do esforço de guerra, vendendo bônus para as forças armadas, quando esse terrível acidente aconteceu. Foi uma perda enorme para o cinema da época pois ela era uma das mais populares estrelas dos estúdios. Obviamente que sua morte transformou "Ser ou Não Ser" em um grande sucesso de bilheteria, fato impulsionado pela comoção que se seguiu à notícia de seu trágico falecimento. Mesmo ignorando esses aspectos externos temos que reconhecer que se trata certamente de um bom filme, muito sofisticado, fruto do talento de direção do mestre Ernst Lubitsch, um alemão que foi para os Estados Unidos para fugir do horror nazista e lá dirigiu vários filmes importantes, alguns considerados verdadeiras obras primas. Infelizmente o cineasta também não viveria muito além disso, morrendo em 1947, no pós-guerra. Ele costumava dizer que havia sobrevivido o suficiente para ver a queda de Hitler e isso já o deixava realizado como homem e artista.
Pablo Aluísio.
Título Original: To Be Or Not To Be
Ano de Produção: 1942
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Ernst Lubitsch
Roteiro: Melchior Lengyel, Edwin Justus Mayer
Elenco: Carole Lombard, Jack Benny, Robert Stack
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Polônia ocupada por tropas nazistas, uma trupe de artistas de teatro liderados por Maria Tura (Carole Lombard) e seu marido Joseph (Jack Benny) tentam levar sua arte em frente no meio do caos e da destruição. Entre tentativas de se apresentar novamente eles se envolvem nos esforços de um soldado polonês em localizar um espião alemão infiltrado. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música.
Comentários:
Último filme da atriz Carole Lombard. Ela morreria tragicamente com pouco mais de 30 anos quando o avião em que viajava bateu em uma montanha (Table Rock Mountain, em Nevada) no dia 16 de janeiro de 1942. Ela estava participando do esforço de guerra, vendendo bônus para as forças armadas, quando esse terrível acidente aconteceu. Foi uma perda enorme para o cinema da época pois ela era uma das mais populares estrelas dos estúdios. Obviamente que sua morte transformou "Ser ou Não Ser" em um grande sucesso de bilheteria, fato impulsionado pela comoção que se seguiu à notícia de seu trágico falecimento. Mesmo ignorando esses aspectos externos temos que reconhecer que se trata certamente de um bom filme, muito sofisticado, fruto do talento de direção do mestre Ernst Lubitsch, um alemão que foi para os Estados Unidos para fugir do horror nazista e lá dirigiu vários filmes importantes, alguns considerados verdadeiras obras primas. Infelizmente o cineasta também não viveria muito além disso, morrendo em 1947, no pós-guerra. Ele costumava dizer que havia sobrevivido o suficiente para ver a queda de Hitler e isso já o deixava realizado como homem e artista.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 16 de abril de 2019
Sol de Outono
Título no Brasil: Sol de Outono
Título Original: H.M. Pulham, Esq
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: King Vidor
Roteiro: Elizabeth Hill
Elenco: Hedy Lamarr, Robert Young, Ruth Hussey
Sinopse:
Baseado na novela de John P. Marquand (o mesmo autor de "Tenho Direito ao Amor" e "Lábios Selados") o filme narra a estória de Harry Moulton Pulham (Robert Young), um senhor já entrando na meia idade, sério e muito disciplinado, que acaba se encantando com a jovem Marvin Myles Ransome (Hedy Lamarr), que é seu extremo oposto, impulsiva, jovial, brincalhona e com muita sede de viver intensamente.
Comentários:
Filme da Metro que aposta no carisma e na beleza da atriz Hedy Lamarr. Na época ela foi considerada uma das atrizes mais bonitas e charmosas de Hollywood e para surpresa de muita gente suas qualidades não se resumiam apenas em seus dotes estéticos, pois além de bela era inteligentíssima, muito interessada em ciência e pesquisas - a ponto de hoje ser creditada a ela parte dos avanços tecnológicos que deram origem ao moderno celular que está em seu dia a dia! Deixando isso um pouco de lado temos que nos concentrar aqui em seu trabalho como atriz. Gostei de sua atuação, até porque seu personagem exige uma certa dose de ousadia que lhe caiu muito bem. Para ser bem sincero Hedy Lamarr, mesmo sendo considerada apenas uma starlet e beldade, surpreende, colocando em segundo plano até mesmo seu parceiro Robert Young. E como mera curiosidade, no elenco, fazendo figuração, ainda podemos ver a futura diva Ava Gardner, ainda bem jovem, em sua segunda aparição no cinema. No final das contas é mais um belo trabalho do cineasta King Vidor, que entre tantos filmes marcantes chegou até mesmo a dirigir parte do clássico "O Mágico de Oz" embora não tenha sido creditado. Em conclusão eis aqui um belo romance do cinema clássico para casais apaixonados de todas as idades.
Pablo Aluísio.
Título Original: H.M. Pulham, Esq
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: King Vidor
Roteiro: Elizabeth Hill
Elenco: Hedy Lamarr, Robert Young, Ruth Hussey
Sinopse:
Baseado na novela de John P. Marquand (o mesmo autor de "Tenho Direito ao Amor" e "Lábios Selados") o filme narra a estória de Harry Moulton Pulham (Robert Young), um senhor já entrando na meia idade, sério e muito disciplinado, que acaba se encantando com a jovem Marvin Myles Ransome (Hedy Lamarr), que é seu extremo oposto, impulsiva, jovial, brincalhona e com muita sede de viver intensamente.
Comentários:
Filme da Metro que aposta no carisma e na beleza da atriz Hedy Lamarr. Na época ela foi considerada uma das atrizes mais bonitas e charmosas de Hollywood e para surpresa de muita gente suas qualidades não se resumiam apenas em seus dotes estéticos, pois além de bela era inteligentíssima, muito interessada em ciência e pesquisas - a ponto de hoje ser creditada a ela parte dos avanços tecnológicos que deram origem ao moderno celular que está em seu dia a dia! Deixando isso um pouco de lado temos que nos concentrar aqui em seu trabalho como atriz. Gostei de sua atuação, até porque seu personagem exige uma certa dose de ousadia que lhe caiu muito bem. Para ser bem sincero Hedy Lamarr, mesmo sendo considerada apenas uma starlet e beldade, surpreende, colocando em segundo plano até mesmo seu parceiro Robert Young. E como mera curiosidade, no elenco, fazendo figuração, ainda podemos ver a futura diva Ava Gardner, ainda bem jovem, em sua segunda aparição no cinema. No final das contas é mais um belo trabalho do cineasta King Vidor, que entre tantos filmes marcantes chegou até mesmo a dirigir parte do clássico "O Mágico de Oz" embora não tenha sido creditado. Em conclusão eis aqui um belo romance do cinema clássico para casais apaixonados de todas as idades.
Pablo Aluísio.
Batman - O Homem Morcego
Título no Brasil: Batman - O Homem Morcego
Título Original: Batman - The Movie
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Leslie H. Martinson
Roteiro: Lorenzo Semple Jr
Elenco: Adam West, Burt Ward, Lee Meriwether
Sinopse:
A Mulher-Gato, o Coringa, o Charada e o Pinguim resolvem unir forças para acabar de uma vez por todas com a dupla dinâmica, Batman e seu fiel escudeiro, o jovem Robin. Para isso roubam uma super arma, capaz de reduzir todas as pessoas à pequenas partículas de poeira! Com essa arma os vilões pretendem dominar todo o mundo!
Comentários:
Se você acha que a história do Homem Morcego nos cinemas começou com aquela versão de Tim Burton no final dos anos 1980 é bom rever seus conceitos. Muitos anos antes disso o famoso personagem dos quadrinhos criado por Bob Kane já distribuía socos e pontapés nos infames vilões pelas ruas de Gotham City! Claro que você não deve esperar desse filme o clima soturno e sombrio das versões que se tornaram grandes êxitos de bilheteria. Esse Batman aqui é bem mais pop, cheio de piadinhas e onomatopeias do tipo "Pow" e "Bang" desfilando pela tela. Na verdade tudo não passa de uma adaptação da popular série de TV estrelada por Adam West para ser exibido nos cinemas. Com a intenção de turbinar seu potencial nas bilheterias os roteiristas resolveram trazer praticamente todos os vilões conhecidos para enfrentar Batman e Robin. O excesso de vilanices acaba atrapalhando o resultado que se mostra muito congestionado. Mesmo assim vale pela diversão de ver o Batman mais camp e Kitsch da história da cultura pop! Santo exagero Batman!!!
Pablo Aluísio.
Título Original: Batman - The Movie
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Leslie H. Martinson
Roteiro: Lorenzo Semple Jr
Elenco: Adam West, Burt Ward, Lee Meriwether
Sinopse:
A Mulher-Gato, o Coringa, o Charada e o Pinguim resolvem unir forças para acabar de uma vez por todas com a dupla dinâmica, Batman e seu fiel escudeiro, o jovem Robin. Para isso roubam uma super arma, capaz de reduzir todas as pessoas à pequenas partículas de poeira! Com essa arma os vilões pretendem dominar todo o mundo!
Comentários:
Se você acha que a história do Homem Morcego nos cinemas começou com aquela versão de Tim Burton no final dos anos 1980 é bom rever seus conceitos. Muitos anos antes disso o famoso personagem dos quadrinhos criado por Bob Kane já distribuía socos e pontapés nos infames vilões pelas ruas de Gotham City! Claro que você não deve esperar desse filme o clima soturno e sombrio das versões que se tornaram grandes êxitos de bilheteria. Esse Batman aqui é bem mais pop, cheio de piadinhas e onomatopeias do tipo "Pow" e "Bang" desfilando pela tela. Na verdade tudo não passa de uma adaptação da popular série de TV estrelada por Adam West para ser exibido nos cinemas. Com a intenção de turbinar seu potencial nas bilheterias os roteiristas resolveram trazer praticamente todos os vilões conhecidos para enfrentar Batman e Robin. O excesso de vilanices acaba atrapalhando o resultado que se mostra muito congestionado. Mesmo assim vale pela diversão de ver o Batman mais camp e Kitsch da história da cultura pop! Santo exagero Batman!!!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de abril de 2019
Rastros de Ódio
Esse era considerado por muitos (inclusive pelo próprio John Wayne) como um dos maiores westerns já realizados. O roteiro foi adaptado do romance escrito por Alan Le May que por sua vez usou como fonte uma história verídica ocorrida no século 19. No auge da colonização rumo ao Oeste muitos raptos de crianças brancas foram relatados às autoridades americanas. Muitas tribos indígenas (como os Comanches retratados no filme) roubavam essas crianças para utilizá-las como moeda de troca com os colonizadores ou como ato de terror para que eles abandonassem suas terras. No filme a pequena Debbie é levada por um chefe tribal conhecido como Scar (cicatriz em português). Seus pais são mortos em um rancho enquanto os homens da família partem em busca de gado roubado pelos índios. Ao retornarem se deparam com o rancho em chamas e os corpos dos adultos espalhados pela casa sede. Duas jovens crianças são levadas pelos Comanches. A mais jovem logo é encontrada em um canion no meio do deserto, mas a outra some sem deixar vestígios. A busca por sua sobrinha desaparecida logo se torna a obsessão de Ethan Edwards (John Wayne) que ao lado de seu sobrinho Martin Pawley (Jeffrey Hunter) parte em direção ao Oeste na tentativa desesperada de resgatar a pequena Debbie. Passam-se anos e eles enfrentam todas as adversidades possíveis para alcançar seu objetivo, mesmo que isso custe sua saúde, sua sanidade e sua paz.
O personagem Ethan é uma força da natureza. Mesmo após várias tentativas frustradas ele simplesmente não se abala. Ele segue em frente como símbolo de obstinação e luta! Não importa quantos anos levem, ele segue de forma inabalável rumo a novas cidades, novas pradarias, sempre lutando para descobrir o paradeiro de sua ente querida. Na história verídica Cynthia Ann Parker (nome real da pessoa que inspirou Debbie de "Rastros de Ódio") acabou virando esposa de um guerreiro Comanche, tendo com ele três filhos. No filme Ethan consegue alcançar Debbie ainda jovem, vivendo como uma das quatro esposas do cacique da tribo. A Debbie que eles encontram já não é a mesma garotinha de antes, agora é uma adolescente (interpretada por Natalie Wood) que parece ter se adaptado à cultura dos índios Comanches, algo que se torna imperdoável para Ethan. A direção de John Ford surge mais inspirada do que nunca. Tirando proveito das belas locações naturais (entre elas a conhecida Monument Valley. a região que virou marca registrada dos filmes de western do cineasta) ele criou um visual de grande impacto que entrou no subconsciente de gerações de cinéfilos. Também trabalhou muito na composição de Ethan.
Ao contrário dos mocinhos típicos filmes de western que surgiam invariavelmente como poços de integridade, o personagem interpretado por John Wayne aqui tem defeitos - e muitos! Um deles é seu preconceito contra nativos. Sua aversão a Comanches é tamanha que ele ao perceber que sua sobrinha está totalmente inserida dentro da cultura da tribo prefere vê-la morta do que como está! Ousa inclusive levantar a hipótese de matá-la! Seu passado também é nebuloso. Após deixar a Guerra Civil ele surge com muito dinheiro, em notas novas, sugerindo que teria sido fruto de algum roubo a banco ou trem realizado por ele e seus comparsas. Assim Ethan é um caso raro de personagem multilateral, com várias facetas, muitas delas nada dignas. Wayne encarna com perfeição seu papel, ora criando um vínculo genuíno com o público, ora despertando sua aversão. Para finalizar resta dizer que "Rastros de Ódio" foi eleito recentemente como um dos 100 melhores filmes da história do cinema americano pelo American Film Institute. Uma honra só reservada para as grandes obras primas. Um lugar mais do que merecido para "The Searchers" o filme definitivo das carreiras de John Wayne e John Ford. Um marco na história do western americano.
Rastros de Ódio (The Searchers, EUA, 1956) Direção: John Ford / Roteiro:Frank S. Nugent baseado na novela de Alan Le May / Elenco: John Wayne, Jeffrey Hunter, Vera Miles, Natalie Wood, Ward Bond, John Qualen / Sinopse: Após massacrar toda uma família em um rancho, guerreiros Comanches raptam duas crianças. A primeira é morta no deserto, mas a segunda passa a ser criada na Tribo. O tio dela, Ethan (John Wayne), decide transformar a busca dela no objetivo maior de sua vida. Ao lado do sobrinho mestiço Martin Pawley ( Jeffrey Hunter) ele começa uma longa jornada que durará anos em busca de pistas do paradeiro de sua sobrinha sequestrada.
Pablo Aluísio.
O personagem Ethan é uma força da natureza. Mesmo após várias tentativas frustradas ele simplesmente não se abala. Ele segue em frente como símbolo de obstinação e luta! Não importa quantos anos levem, ele segue de forma inabalável rumo a novas cidades, novas pradarias, sempre lutando para descobrir o paradeiro de sua ente querida. Na história verídica Cynthia Ann Parker (nome real da pessoa que inspirou Debbie de "Rastros de Ódio") acabou virando esposa de um guerreiro Comanche, tendo com ele três filhos. No filme Ethan consegue alcançar Debbie ainda jovem, vivendo como uma das quatro esposas do cacique da tribo. A Debbie que eles encontram já não é a mesma garotinha de antes, agora é uma adolescente (interpretada por Natalie Wood) que parece ter se adaptado à cultura dos índios Comanches, algo que se torna imperdoável para Ethan. A direção de John Ford surge mais inspirada do que nunca. Tirando proveito das belas locações naturais (entre elas a conhecida Monument Valley. a região que virou marca registrada dos filmes de western do cineasta) ele criou um visual de grande impacto que entrou no subconsciente de gerações de cinéfilos. Também trabalhou muito na composição de Ethan.
Ao contrário dos mocinhos típicos filmes de western que surgiam invariavelmente como poços de integridade, o personagem interpretado por John Wayne aqui tem defeitos - e muitos! Um deles é seu preconceito contra nativos. Sua aversão a Comanches é tamanha que ele ao perceber que sua sobrinha está totalmente inserida dentro da cultura da tribo prefere vê-la morta do que como está! Ousa inclusive levantar a hipótese de matá-la! Seu passado também é nebuloso. Após deixar a Guerra Civil ele surge com muito dinheiro, em notas novas, sugerindo que teria sido fruto de algum roubo a banco ou trem realizado por ele e seus comparsas. Assim Ethan é um caso raro de personagem multilateral, com várias facetas, muitas delas nada dignas. Wayne encarna com perfeição seu papel, ora criando um vínculo genuíno com o público, ora despertando sua aversão. Para finalizar resta dizer que "Rastros de Ódio" foi eleito recentemente como um dos 100 melhores filmes da história do cinema americano pelo American Film Institute. Uma honra só reservada para as grandes obras primas. Um lugar mais do que merecido para "The Searchers" o filme definitivo das carreiras de John Wayne e John Ford. Um marco na história do western americano.
Rastros de Ódio (The Searchers, EUA, 1956) Direção: John Ford / Roteiro:Frank S. Nugent baseado na novela de Alan Le May / Elenco: John Wayne, Jeffrey Hunter, Vera Miles, Natalie Wood, Ward Bond, John Qualen / Sinopse: Após massacrar toda uma família em um rancho, guerreiros Comanches raptam duas crianças. A primeira é morta no deserto, mas a segunda passa a ser criada na Tribo. O tio dela, Ethan (John Wayne), decide transformar a busca dela no objetivo maior de sua vida. Ao lado do sobrinho mestiço Martin Pawley ( Jeffrey Hunter) ele começa uma longa jornada que durará anos em busca de pistas do paradeiro de sua sobrinha sequestrada.
Pablo Aluísio.
O Trem do Inferno
Uma locomotiva carregada com uma preciosa carga atravessa a região das montanhas rochosas em um momento extremamente delicado pois vários crimes são cometidos em seu interior durante a travessia. "O Trem do Inferno" mistura vários estilos - é um western, com pinceladas de filmes de espionagem e suspense à la Agatha Christie. Apesar de atirar para tantos lados o roteiro só consegue ser mediano em todos os gêneros que passeia. Como western não consegue ser muito empolgante. Se não fosse a época enfocada teríamos poucos elementos para considerar ele um faroeste clássico. Como suspense ao estilo Agatha Christie o filme também só consegue ser superficial. Ao contrário das tramas escritas pela famosa escritora esse "O Trem do Inferno" não consegue se sustentar muito em cima do mistério que envolve os crimes cometidos dentro do trem. Por fim, como filme de espionagem também não temos nada de muito especial - principalmente quando Bronson revela sua verdadeira identidade (o que em momento algum chega a ser uma grande surpresa). O roteiro, apesar de ser baseado em um bom livro de autoria de Alistair MacLean, não consegue empolgar e nem envolver.
Apesar de todas as suas limitações "O Trem do Inferno" não é um desperdício completo de tempo. Nesse aspecto a produção conta muitos pontos a seu favor. O filme tem bela fotografia, pois foi filmado numa das regiões mais bonitas das rochosas em Idaho e além disso conta com ótimas cenas de ação (em especial a queda de vagões desgovernados e uma bem coreografada cena de luta em cima do trem em movimento). Esses momentos realmente até amenizam seus problemas. Também recomendaria o filme aos admiradores de Charles Bronson. Esse filme é mais um em sua escalada rumo aos estrelato. Por muitos anos Bronson só aparecia em filmes como coadjuvante. A partir do final dos anos 60 e começo da década de 70 porém ele conseguiu virar o jogo e começou a estrelar seus próprios filmes, como "Chino", "O Grande Búfalo Branco" e "Sol Vermelho" o que acabou lhe abrindo as portas do personagens centrais. Seu auge viria em pouco tempo com o grande sucesso "Desejo de Matar". Para os que desejam conhecer sua filmografia melhor é claro que "O Trem do Inferno" se torna realmente obrigatório. Em suma temos aqui um filme apenas mediano mas que ajudou Bronson a abrir seu lugar ao sol. Se você não for exigir demais "O Trem do Inferno" pode até mesmo ser encarado como bom passatempo.
O Trem do Inferno (Breakheart Pass, EUA, 1975) Direção: Tom Gries / Roteiro: Alistair MacLean / Elenco: Charles Bronson, Ben Johnson, Richard Crenna / Sinopse: Uma locomotiva carregada com uma preciosa carga atravessa a região das montanhas rochosas em um momento extremamente delicado pois vários crimes são cometidos em seu interior durante a travessia.
Pablo Aluísio.
Apesar de todas as suas limitações "O Trem do Inferno" não é um desperdício completo de tempo. Nesse aspecto a produção conta muitos pontos a seu favor. O filme tem bela fotografia, pois foi filmado numa das regiões mais bonitas das rochosas em Idaho e além disso conta com ótimas cenas de ação (em especial a queda de vagões desgovernados e uma bem coreografada cena de luta em cima do trem em movimento). Esses momentos realmente até amenizam seus problemas. Também recomendaria o filme aos admiradores de Charles Bronson. Esse filme é mais um em sua escalada rumo aos estrelato. Por muitos anos Bronson só aparecia em filmes como coadjuvante. A partir do final dos anos 60 e começo da década de 70 porém ele conseguiu virar o jogo e começou a estrelar seus próprios filmes, como "Chino", "O Grande Búfalo Branco" e "Sol Vermelho" o que acabou lhe abrindo as portas do personagens centrais. Seu auge viria em pouco tempo com o grande sucesso "Desejo de Matar". Para os que desejam conhecer sua filmografia melhor é claro que "O Trem do Inferno" se torna realmente obrigatório. Em suma temos aqui um filme apenas mediano mas que ajudou Bronson a abrir seu lugar ao sol. Se você não for exigir demais "O Trem do Inferno" pode até mesmo ser encarado como bom passatempo.
O Trem do Inferno (Breakheart Pass, EUA, 1975) Direção: Tom Gries / Roteiro: Alistair MacLean / Elenco: Charles Bronson, Ben Johnson, Richard Crenna / Sinopse: Uma locomotiva carregada com uma preciosa carga atravessa a região das montanhas rochosas em um momento extremamente delicado pois vários crimes são cometidos em seu interior durante a travessia.
Pablo Aluísio.
domingo, 14 de abril de 2019
Honra a um Homem Mau
O jovem cowboy Steve Miller (Don Dubbins) chega nas vastas terras pertencentes ao criador de cavalos e rancheiro Jeremy Rodock (James Cagney). Rodock é um sujeito durão, já envelhecido mas polido nas durezas do velho oeste. Ele chegou no território do Wyoming há muitas décadas e onde não havia nada conseguiu construir um rancho próspero e bem sucedido. Jeremy resolve dar uma chance ao jovem Miller e ele passa a fazer parte do grupo de empregados do rancho. A situação anda tensa na região pois há uma série de roubo de cavalos, atos criminosos provavelmente cometidos por um velho sócio de Rodock. Onde não há a presença da lei os rancheiros resolvem punir os ladrões de uma forma nada sutil: os pendurando em árvores, numa morte lenta e penosa por enforcamento.
James Cagney se notabilizou em sua carreira ao interpretar gangsters durões durante a lei seca. Como esquecer, por exemplo, seu marcante personagem em "Anjos de Cara Suja"? Ele foi tão popular quanto Clark Gable, Gary Cooper ou Spencer Tracy, mas ao contrário desses atores raramente interpretava mocinhos em filmes românticos. James Cagney era baixinho, atarracado e tinha cara de mau e assim fez sua carreira. Essa produção foi realizada quando ele já era um veterano venerado em Hollywood, prestes a se aposentar (o que aconteceria cinco anos depois). Seu personagem, o velho Jeremy Rodock, é seguramente a melhor coisa do filme que é muito bom, acima da média, mostrando como era a dura de criadores de cavalos naqueles tempos.
No meio das perseguições contra os ladrões de cavalos o roteiro ainda encontra espaço para inserir uma muito bem desenvolvida relação amorosa entre Rodock e Jocasta Constantine (Irene Papas) que não consegue se decidir entre assumir um relacionamento com o velho ou se enamorar por algum jovem cowboy. Isso acaba criando uma tensão entre todos os personagens do rancho, o que enriquece bastante a trama. O cineasta Robert Wise assim realiza mais um belo trabalho em sua filmografia. Um filme até bem humano, que consegue desenvolver uma boa carga dramática em um western dos mais bem realizados.
Honra a um Homem Mau (Tribute to a Bad Man, Estados Unidos, 1956) Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / Direção: Robert Wise / Roteiro: Michael Blankfort, Jack Schaefer / Elenco: James Cagney, Don Dubbins, Irene Papas, Vic Morrow, Lee Van Cleef / Sinopse: Rancheiro poderoso e cowboy vivem e lutam em uma terra sem lei no velho oeste americano.
Pablo Aluísio.
No meio das perseguições contra os ladrões de cavalos o roteiro ainda encontra espaço para inserir uma muito bem desenvolvida relação amorosa entre Rodock e Jocasta Constantine (Irene Papas) que não consegue se decidir entre assumir um relacionamento com o velho ou se enamorar por algum jovem cowboy. Isso acaba criando uma tensão entre todos os personagens do rancho, o que enriquece bastante a trama. O cineasta Robert Wise assim realiza mais um belo trabalho em sua filmografia. Um filme até bem humano, que consegue desenvolver uma boa carga dramática em um western dos mais bem realizados.
Honra a um Homem Mau (Tribute to a Bad Man, Estados Unidos, 1956) Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / Direção: Robert Wise / Roteiro: Michael Blankfort, Jack Schaefer / Elenco: James Cagney, Don Dubbins, Irene Papas, Vic Morrow, Lee Van Cleef / Sinopse: Rancheiro poderoso e cowboy vivem e lutam em uma terra sem lei no velho oeste americano.
Pablo Aluísio.
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