segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A Torre Negra

Seguramente um dos piores filmes baseados na obra de Stephen King que já tive o desprazer de assistir. Uma daquelas tramas que não tem salvação, ruim demais para se levar em frente, esse é aquele tipo de filme condenado desde o começo. Não importa que a produção seja milionária e nem que o elenco seja composto por bons atores (o que estaria Matthew McConaughey fazendo aqui?). Quando a ideia inicial é ruim, nada mais se salva. E aqui a culpa vai quase toda para King. Estaria o escritor sem novas ideias? Apelando cada vez mais para enredos fracos, sem um pingo de criatividade? Sim, porque essa coisa de uma torre que protege toda a humanidade me soou meio derivada de "O Senhor dos Anéis". Um plágio disfarçado? Poder ser...

Como eu já escrevi a estória é de amargar. Um garotinho de Nova Iorque descobre que em um universo paralelo existe uma torre que mantém a salvo toda a humanidade. Claro que seres das sombras surgem para acabar com essa proteção. De um lado temos uma espécie de bruxo ou mago, um feiticeiro das forças do mal e do outro um pistoleiro que parece ter saído diretamente de algum filme B de faroeste. E no meio disso tudo fica o espectador com cara de tédio... Enfim, o único conselho que tenho a dar sobre esse filme é bem simples: não assista, não vá perder seu precioso tempo com coisas inúteis.

A Torre Negra (The Dark Tower, Estados Unidos, 2017) Direção: Nikolaj Arcel / Roteiro: Akiva Goldsman, Jeff Pinkner / Elenco: Idris Elba, Matthew McConaughey, Tom Taylor / Sinopse: Em um universo paralelo uma grande torre protege o mundo tal como conhecemos. Forças do mal vão tentar colocar tudo abaixo para que o mal prevaleça sobre todos os homens.

Pablo Aluísio.

Demons - Filhos das Trevas

Eu era bem jovem ainda quando assisti "Demons" pela primeira vez. Ainda era no tempo das locadoras de vídeos VHS e alugar um filme de terror italiano não me deixava muito animado. Quando levei a cópia para casa fiquei com aquela sensação de que iria perder meu dinheiro. Só que fui em frente, por indicação de alguns amigos que diziam que sim, o filme era bom, podia confiar. O filme era mais violento do que eu pensava, claro, porém quando se tem por volta de 14, 15 anos, isso acabava fazendo parte também da diversão.

Basicamente esse filme de terror quase não tem roteiro. É uma orgia de sangue que acontece dentro de um cinema, quando convidados desavisados pensam que vão curtir uma sessão de cinema grátis, mas que acaba se revelando uma armadilha mortal. Nunca mais revi o filme, por pura falta de interesse, mas penso que todos os efeitos especiais, a maquiagem sangrenta e todos os aspectos da produção devem ter ficado mais do que datados. "Demons" assim acabou sendo apenas uma picardia estudantil, de uma época em que alugar filmes como esse era uma grande "subversão"! Cinematograficamente falando porém o filme só vale por ter o nome do mestre Dario Argento nos créditos e nada muito além disso.

Demons - Filhos das Trevas (Dèmoni, Itália, 1985) Direção: Lamberto Bava / Roteiro:  Dardano Sacchetti, Dario Argento / Elenco: Urbano Barberini, Natasha Hovey, Karl Zinny / Sinopse: Um grupo de convidados chegam para assistir a uma sessão de cinema gratuita, mas logo percebem que estão dentro de uma armadilha mortal e brutal de puro terror.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de novembro de 2018

Papillon

Claro que esse remake jamais seria tão bom quanto o filme original. Aquele é um clássico absoluto, com Steve McQueen e Dustin Hoffman no auge de suas carreiras. Inclusive revi não faz muito tempo e o filme continua com a mesma força do passado. Maravilhoso. Essa nova refilmagem parte do mesmo ponto de partida, o livro de memórias escrito por Henri Charrière, vulgo 'Papillon'; Quem foi ele? Foi um ladrão de joias francês que acabou sendo preso em Paris acusado de um assassinato. Um crime que ele sempre jurou jamais ter cometido. Condenado à prisão perpétua, foi enviado para cumprir sua sentença na terrível colônia penal localizada na Guiana Francesa. Lugar inóspito, violento, com o pior que o sistema carcerário francês poderia oferecer. Na viagem de navio até lá, ele se oferece como guarda-costas do frágil Louis Dega (Rami Malek), um inteligente contador que se deu mal ao falsificar títulos no mercado financeiro. Ele é do tipo intelectual, pequeno e franzino, cuja única forma de sobreviver seria contar com a ajuda de um cara mais jogo duro como o próprio Papillon (nesse filme interpretado pelo bom ator Charlie Hunnam). No começo ele o defende em troca de dinheiro e ajuda para seus planos de fuga, mas depois nasce uma verdadeira amizade entre eles.

Uma vez na prisão começam todas as torturas e barbaridades típicas de um lugar como aquele. Para um prisioneiro condenado, sem esperanças, o único jeito era sobreviver um dia de cada vez. E os perigos vinham de todos os lados, não apenas dos guardas sádicos, mas também dos outros prisioneiros. O filme resgata aqueles momentos que já conhecíamos do filme original, como a cela solitária, escura e infecta que Papillon precisou enfrentar, ficando dois anos naquele buraco, até suas inúmeras tentativas de fugir e o envio para a famigerada Ilha do Diabo.

Tudo muito bem refeito nessa produção, que se não é tão boa como o clássico, mantém pelo menos uma boa qualidade cinematográfica. Penso que o remake terá sua finalidade, uma vez que apresentará essa história para as novas gerações. A mensagem é de perseverança e luta pela liberdade, além, é claro, de funcionar como denúncia dos excessos de um sistema prisional desumano e cruel. Sob esse ponto de vista "Papillon" continua sendo tão atual como qualquer livro lançado na semana passada. Um verdadeiro clássico da literatura e do cinema.

Papillon (Estados Unidos, França, 2017) Direção: Michael Noer / Roteiro: Aaron Guzikowski, baseado nos livros "Papillon" e "Banco", escritos pelo autor  Henri Charrière / Elenco: Charlie Hunnam, Rami Malek, Eve Hewson, Joel Basman / Sinopse: Após ser acusado de um crime que não cometeu, o ladrão de joias Henri Charrière ('Papillon') é enviado para uma distante e cruel prisão francesa localizada na Guiana, na América do Sul. Lá tentará sobreviver a todas as torturas e violências imagináveis. O verdadeiro inferno na Terra. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.

Amityville: O Despertar

Quando todos pensavam que não havia mais o que tirar dessa marca de filmes de terror eis que surge nos cinemas um novo filme da saga Amityville. É o oitavo filme de uma longa linha que vem desde os anos 70  Pois bem, a novidade agora é que o estúdio decidiu fazer um filme com história independente, não relacionada com todas as produções anteriores. A única ligação acaba sendo mesmo a casa e nada mais. "Amityville: O Despertar" mostra uma nova família se mudando para a velha mansão. Aparentemente são boas pessoas, normais, sem problemas de relacionamento entre eles.

Apenas um dos jovens está passando por uma situação complicada de saúde. Ele está em coma, em fase de recuperação. E quando todos já estão devidamente acomodados na casa, em seus quartos, tudo instalado e que começam os problemas. Velhos problemas sobrenaturais que os fãs de Amityville já conhecem muito bem. É um filme simples, com roteiro que vai direto ao ponto. Não quiseram inventar nada de novo. Com isso o roteiro se mostra eficiente. Também acertaram na duração. Não é um daqueles filmes longos demais que vão torrar nossa paciência. Pelo contrário, não há cenas gratuitas e desnecessárias. No final de tudo, diria que esse é um filme de terror bem OK, nada demais. Não chega também a ser ruim. Será que depois desse haverá um nono filme? Bom, só o tempo dirá. Vamos aguardar.

Amityville: O Despertar (Amityville: The Awakening, Estados Unidos, 2017) Direção: Franck Khalfoun / Roteiro: Franck Khalfoun / Elenco: Jennifer Jason Leigh, Bella Thorne, Mckenna Grace / Sinopse: Família se muda para uma velha casa onde no passado aconteceu um crime horrível, onde toda uma família foi assassinada. Em pouco tempo começam a ocorrer diversos fenômenos sobrenaturais entre seus corredores escuros e sombrios.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de novembro de 2018

22 Milhas

Mais um filme de ação que foi lançado recentemente nos cinemas. É um thriller movimentado, com edição nervosa, daquele tipo em que cada quadro dura apenas alguns segundos. Chega a ser alucinante em certos momentos. A trama é das mais simples: algumas cápsulas contendo Césio 139 (um material altamente radioativo) desapareceram. O serviço de inteligência do governo americano acredita que elas serão usadas por terroristas nas chamadas bombas sujas. Poucas gramas desse elemento químico poderiam matar centenas de milhares de pessoas numa grande cidade. O agente especial James Silva (Mark Wahlberg) está no grupo que precisa encontrar o Césio. Um policial diz saber onde estão as cápsulas. Só que ele exige duas condições para entregar sua localização: primeiro embarcar em um avião militar americano rumo aos Estados Unidos. Segundo ganhar asilo político. O problema é levar o tal delator para a pista de pouso. São 22 milhas até lá. Claro que muitos vão querer matá-lo antes que chegue em seu destino. O desafio é ficar vivo até chegar na pista de pouso. Basicamente é isso.

Não há maior desenvolvimento dos personagens principais. Até mesmo o agente Silva tem um passado explicado em poucos segundos. Ele era um jovem com alto QI que foi recrutado para participar de operações especiais, ultra secretas. O que importa no filme é desenvolver inúmeras sequências de ação. Uma mais mirabolante do que a outra. Tiros, explosões, carros voando para todos os lados. Destruição em massa.  Como o filme é curtinho, com edição alucinada, o espectador nem tem tempo de ficar entediado. Como mero filme de ação funciona muito bem, temos que admitir. Um tipo de diversão ligeira e eficiente. Até que vale o ingresso.

22 Milhas (Mile 22, Estados Unidos, 2018) Direção: Peter Berg / Roteiro:  Lea Carpenter, Graham Roland / Elenco: Mark Wahlberg, Lauren Cohan, Iko Uwais / Sinopse: O agente James Silva (Mark Wahlberg) é designado para participar de uma operação que deve levar um delator até um avião rumo aos Estados Unidos. No caminho será necessário sobreviver pois muitos querem sua morte.

Pablo Aluísio.

Círculo de Fogo: A Revolta

Segundo filme dessa franquia "Círculo de Fogo". É até fácil entender porque esse tipo de filme é produzido pelos estúdios. Basta apenas pegar o mesmo programa de computação gráfica que foi usado nos filmes da série "Transformers" e adaptar para esses robôs gigantes que enfrentam monstros vindos de outra dimensão, usando fendas submarinas para chegarem em nosso mundo. O material original é japonês, usado em mangás, então você já sabe de antemão tudo o que vai acontecer na tela. Basicamente um grande quebra pau entre robôs enormes e monstros espaciais. No meio da pancadaria eles vão destruindo Tóquio mais uma vez - e você ai pensando que apenas o Godzilla destruía a metrópole japonesa...

É uma aventura feita para um público bem jovem, ali na faixa dos 14 anos de idade. A garotada gosta mesmo de coisas desse tipo e não há nada de errado nisso. Faz parte da fase de amadurecimento, indo para a adolescência. Agora espantoso mesmo é saber que essa produção entre Estados Unidos, Japão e China conseguiu torrar 150 milhões de dólares em sua transposição para as telas de cinema. É muito dinheiro envolvido. Acredito que por essa razão esse seja o último filme a ser produzido, já que embora o filme tenha dado lucro nas bilheterias, não foi nada de muito excepcional (290 milhões arrecadados no mundo inteiro). Penso que da próxima vez eles vão pensar duas vezes antes de gastar uma fortuna dessas em um filme como esse.

Círculo de Fogo: A Revolta (Pacific Rim: Uprising, Estados Unidos, Japão, China, 2018) Direção: Steven S. DeKnight / Roteiro: Steven S. DeKnight, Emily Carmichael / Elenco: John Boyega, Scott Eastwood, Cailee Spaeny / Sinopse: Após a destruição do primeiro filme e da expulsão da invasão alienígena uma nova ameaça surge no horizonte. Uma criatura que consegue unir a força dos robôs gigantes usados pela humanidade a a mente dos monstros comandados por aliens invasores.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Saturno 3

Fazer filmes de ficção é bem complicado, ainda mais quando você não tem a produção certa, a direção de arte adequada, figurinos, efeitos especiais, etc. É aquele tipo de filme que precisa começar a dar certo muito antes do começo das filmagens, ainda na chamada pré-produção. Esse não foi o caso desse "Saturno 3", um filme que poucos se lembram nos dias de hoje. Cópias são raras e o filme nunca é exibido em canais a cabo (não que eu me lembre ou que tenha topado com ele sendo exibido por aí).

Nem é preciso dizer que o filme está mais do que datado. O desenho das naves, as roupas dos astronautas, os cenários e os pobres efeitos especiais envelheceram absurdamente. Tudo parece muito mal feito nos dias de hoje. Até um robô que era sensação na época hoje em dia parece torto e mal ajambrado. Parecia uma geringonça mal feita saída de algum ferro velho ou de uma lata de lixo! A única razão para ver esse filme hoje em dia vem do elenco, começando pela beleza (e belos cabelos) da pantera Farrah Fawcett, passando pela presença do mito envelhecido Kirk Douglas. No meio do espaço fake eles ainda mantém o mínimo interesse no que se passa naquela nave de papelão.

Saturno 3 (Saturn 3, Estados Unidos, 1980) Direção: Stanley Donen / Roteiro: Martin Amis, John Barry / Elenco: Farrah Fawcett, Kirk Douglas, Harvey Keitel / Sinopse: Dois astronautas em missão numa base espacial localizada nos arredores do planeta Saturno precisam lidar com novos tripulantes, sendo um deles um burocrata da empresa espacial e o outro um enorme robô cuja presença na nave nunca chega a ser explicada de forma satisfatória.

Pablo Aluísio.

Remo, Desarmado e Perigoso

Não adianta, se você não tem mais de 40 anos de idade muito provavelmente nunca ouviu falar nesse filme policial. Estou certo que não o assisti no cinema. Se me lembro bem esse tipo de filme sempre entrava em cartaz em um pequeno cinema poeira no centro da cidade onde eu morava nos anos 80. Era o lugar ideal para esse tipo de filme B, no estilo Chuck Norris de fazer cinema. O curioso de tudo é que apesar do roteiro ter sido escrito para Norris, acabou caindo nas mãos de Fred Ward! Quem é ele? Na época (estou me referindo aos anos 80) ele passava longe de ser um astro de cinema. Estava mais para aquele tipo que você até conhecia de outros filmes, mas que nunca havia memorizado seu nome. Como era o nome desse cara mesmo?

Outro fato digno de nota para essa fita de ação chamada "Remo, Desarmado e Perigoso" é que por mais incrível que isso possa parecer, concorreu a uma categoria do Oscar!!! Isso mesmo que você leu! A fita concorreu na categoria de melhor maquiagem para Carl Fullerton! Nada mal. E o que dizer da indicação ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante? Joel Grey teve essa honra e foi indicado. Assim Remo foi realmente uma fitinha B cheia de moral com os grandes prêmios do cinema! Vai entender...

Remo, Desarmado e Perigoso (Remo Williams: The Adventure Begins, 1985) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Richard Sapir, Warren Murphy / Elenco: Fred Ward, Joel Grey, Wilford Brimley / Sinopse: Um homem dado como morto se torna o mais letal e profissional assassino a serviço do presidente dos Estados Unidos. Agora ele precisa sobreviver a uma missão mortal, de vida ou morte.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A Professora do Jardim de Infância

Esse filme na realidade é o remake americano de uma produção israelense de 2014. A história segue sendo basicamente a mesma. Lisa Spinelli (Maggie Gyllenhaal) trabalha como professora do jardim de infância pela manhã e durante à noite frequenta um curso de poesia. Ele escreve poemas, mas sem muito talento, não consegue chamar a atenção nem do professor e nem dos demais alunos. É apenas um poetisa amadora, embora ela ame poesia de uma maneira em geral. Até que um dia um de seus alunos de cinco anos começa a criar ele mesmo poemas. A questão é que a poesia criada pelo menino é de alto nível, que chama atenção até mesmo do professor de Lisa.

Ela então fica um tanto obcecada pelo garoto, sempre esperando que ele venha a surgir com novos estrofes. Essa ligação acaba chamando a atenção da outra professora e até mesmo do pai do garoto. Frustrada em sua vida pessoal, Lisa começa a desenvolver um comportamento obsessivo em relação ao aluno, o que acaba criando uma série de problemas para ela. Um bom filme, interessante, O grande diferencial vem da boa atuação da atriz Maggie Gyllenhaal. É aquele tipo de papel de entrega completa à personagem e nesse aspecto ela se sai muito bem. O roteiro dá a impressão, em determinado momento, que a coisa toda vai desandar, que a professora viria até mesmo a ser acusada de pedofilia, mas felizmente ele não cai nesse tipo de sensacionalismo barato. É apenas uma bem desenvolvida teia de relacionamentos entre uma mulher adulta, frustrada com sua falta de talento pela poesia e aquilo que parece ser algo nato, natural para o seu aluno poeta.

A Professora do Jardim de Infância (The Kindergarten Teacher, Estados Unidos, 2018) Direção: Sara Colangelo / Roteiro: Sara Colangelo, Nadav Lapid / Elenco: Maggie Gyllenhaal, Gael García Bernal, Ato Blankson-Wood / Sinopse: O filme conta a história da professora de ensino fundamental Lisa Spinelli (Maggie Gyllenhaal). Poetisa frustrada e sem talento, ela se torna obcecada por um de seus alunos que demonstra ter um talento incomum para escrever versos. Filme premiado no Sundance Film Festival.

Pablo Aluísio.

Admiradora Secreta

Mais um "clássico Sessão da Tarde" sem culpas. Esse filme, uma espécie de drama romântico adolescente com toques de humor, tinha no elenco a atriz Kelly Preston. Hoje em dia ela é mais conhecida como a Sra. John Travolta, mas nos anos 80 ela era uma teenager com rosto de anjo. Já a conhecia de outro filme dessa mesma época, a comédia picante "A Primeira Transa de Jonathan", mas aqui ela ressurgia com mais graça ainda - e sem cenas de nudez gratuita. A Preston inclusive teve uma carreira meio opaca depois desses primeiros filmes. Provavelmente porque começou a namorar Travolta (que tinha fama de gay em Hollywood) e decidiu se dedicar de corpo e alma a ele. Ruim para os cinéfilos, bom para o John, claro!

O enredo pode ser definido como um romance colegial. Uma carta anônimo acaba dando origem a várias situações, a maioria delas meros desencontros constrangedores entre colegiais. O ator principal do filme foi o ídolo teen  C. Thomas Howell, muito requisitado nos anos 80 para interpretar rapazes colegiais de bom coração. Um velho clichê de escalação de elenco daqueles tempos. Ah e antes que me esqueça: a trilha sonora, como sempre, é muito boa, cheia de bandas New Wave, o som FM e moderninho daquela moçada cheia de laquê no cabelo!

Admiradora Secreta (Secret Admirer, Estados Unidos, 1985) Direção: David Greenwalt / Roteiro: Jim Kouf, David Greenwalt / Elenco: C. Thomas Howell, Kelly Preston, Lori Loughlin / Sinopse: Uma carta anônima acaba criando várias confusões amorosas em um grupo de jovens estudantes dos anos 80.

Pablo Aluísio.