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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Os Pequenos Vestígios

Título no Brasil: Os Pequenos Vestígios 
Título Original: The Little Things
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: John Lee Hancock
Elenco: Denzel Washington, Rami Malek, Jared Leto

Sinopse:
Nesse filme o ator Denzel Washington interpreta um policial veterano que foi rebaixado em sua carreira. Ele atuava como detetive do departamento, no setor de homicídios, mas ultrapassou limites legais e éticos. De volta à mera função de policial comum, ele não consegue se desvencilhar do antigo caso que investigava e volta a se envolver na solução, na busca por um serial killer que está matando prostitutas em sua região. 

Comentários:
Realmente gostei do filme, mas fiquei com a clara sensação de que poderia ser muito melhor. Ele tem seu próprio ritmo narrativo e não parece estar muito apressado em contar sua história. Isso não é algo negativo, mas nos dias atuais vai ser encarado com lentidão narrativa.  Denzel Washington como sempre está ótimo, fazendo valer qualquer filme em que esteja no elenco, mas me incomodei um pouco com Rami Malek. Vamos ser sinceros, ele não tem pinta para interpretar policiais. Além disso fiquei com Freddie Mercury na cabeça durante o filme, estragando seu personagem. Coisa chata! Melhor se sai Jared Leto que tem um personagem dúbio para interpretar. Tanto pode ser realmente o assassino real como um mero boboca que de tanto ser fã de serial killers acabou atraindo a atenção do departamento de polícia. Então é isso. Um bom filme, que de certa forma perdeu parte de seu potencial. Ainda assim vale a pena assistir e conhecer. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Sem Tempo Para Morrer

Esse é o James Bond mais progressista que você vai assistir em sua vida. Sai de cena o mulherengo conquistador e entra o homem apaixonado. O James Bond desse filme chora ao olhar o horizonte, ao lembrar da mulher que ama. Um sinal dos novos tempos e algo natural sabendo-se que o diretor Cary Joji Fukunaga afirmou em entrevistas que "O James Bond de Sean Connery era praticamente um estuprador". Assim nada de tentar conquistar outras mulheres. O interessante é que houve muitos boatos dizendo que uma mulher negra seria a nova agente 007. Boatos verdadeiros. Bond nesse filme não é mais 007. Seu famoso codinome no serviço secreto foi passado para uma nova agente, confirmando tudo o que se disse antes do filme ser lançado. O roteiro também explora sutilmente a questão da pandemia, ao colocar uma arma biológica no centro da trama. São detalhes para deixar o personagem mais atual. Embora com esse novo espelho progressista em cena, os produtores mantiveram também certos aspectos tradicionais do personagem, como as boas cenas de ação, seu famoso carro e todos aqueles aparelhos tecnológicos que são a marca registrada de Bond desde o primeiro filme. Também há bons vilões na história. Isso faz com que o espectador mais antigo de Bond se identifique pelo menos em parte com essa nova produção.  

Há mais novidades no filme. A partir desse ponto irei falar um spoiler central da história, por isso se ainda não viu o novo Bond sugiro que não continue a leitura. Muito bem, o roteiro progressista do filme não foi o que mais me impressionou. Isso era até mesmo esperado. O que me chocou mesmo foi a morte de James Bond. Ele morreu mesmo? James Bond está morto? Olha, não vejo de outra forma. Afinal que ser humano iria sobreviver a um ataque de mísseis como aquele? Se está morto o personagem ficam algumas perguntas no ar... como por exemplo, qual será o futuro da franquia? Como seguir em frente a partir de agora? A morte de Bond foi algo sugerido pelo próprio ator Daniel Craig. Esse é seu provavelmente último filme como Bond. Nada mais adequado para uma grande despedida do que a morte de seu personagem. Os produtores talvez estejam prontos para deixar James Bond de lado, investindo agora na nova agente 007, Nomi... Será que um filme estrelado apenas por ela seria sucesso de bilheteria? Como seria recebido? Só o tempo dirá mesmo! De qualquer maneira esse filme muito provavelmente será lembrado daqui alguns anos, simplesmente pelo fato de trazer tantos elementos ousados em seu roteiro. Definitivamente não é um Bond banal.

Sem Tempo Para Morrer (No Time to Die, Estados Unidos, 2021) Direção: Cary Joji Fukunaga / Roteiro: Neal Purvis, Robert Wade / Elenco: Daniel Craig, Léa Seydoux, Rami Malek, Lashana Lynch, Ralph Fiennes, Christoph Waltz / Sinopse: James Bond está aposentado. Só que ele vai precisar voltar à ativa para impedir que criminosos internacionais liberem uma perigosa arma biológica na sociedade, o que poderia ocasionar a morte de milhões de pessoas ao redor do planeta.

Pablo Aluísio.

domingo, 28 de junho de 2020

Bohemian Rhapsody

Título no Brasil: Bohemian Rhapsody
Título Original: Bohemian Rhapsody
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: GK Films, New Regency Pictures
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Anthony McCarten, Peter Morgan
Elenco: Rami Malek, Lucy Boynton, Gwilym Lee, Ben Hardy, Joseph Mazzello, Aidan Gillen

Sinopse:
Esse filme conta a história do cantor e compositor Freddie Mercury (Rami Malek) e sua banda Queen. Sucesso absoluto nas décadas de 1970 e 1980 ele viu sua brilhante carreira ser interrompida após ser diagnosticado HIV positivo. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor ator (Rami Malek), melhor edição (John Ottman), melhor edição de som e melhor mixagem de som. Filme indicado ainda ao Oscar na categoria de melhor filme.

Comentários:
A AIDS encerrou a vida de muitos artistas famosos durante a década de 1980. Um das vítimas mais conhecidas foi o cantor Freddie Mercury. Quando surgiu a ideia de trazer sua história para o cinema os produtores tiveram que escolher um caminho. Ou iam pelo lado do drama, mostrando os últimos dias de vida do artista ou então optavam por celebrar a obra musical do Queen. Felizmente para os fãs venceu a segunda opção. E esse filme é justamente isso. O roteiro sofreu algumas críticas, por eventuais erros históricos, mas isso, pensando bem, é um pequeno deslize que não comprometeu em nada o espetáculo cinematográfico em si. Apesar disso o filme se tornou um dos grandes sucessos comerciais de Hollywood em 2018. Somando-se as bilheterias americanas com a do resto do mundo, essa produção faturou mais de um bilhão e duzentos milhões de dólares - um excelente resultado, mesmo para grandes produções, ainda mais se tratando de um musical. E para coroar todo o êxito do filme o ator Rami Malek ainda levou para casa o merecido Oscar por sua atuação. Uma premiação mais do que justa, pois depois da música do Queen ele realmente é a melhor coisa do filme. Deixo meus aplausos para sua performance na tela. Além disso o filme conseguiu uma honrosa indicação ao Oscar de melhor filme. Fazia anos que um musical não conseguia tal feito. Enfim, uma bela homenagem da sétima arte para um dos grandes nomes da história do rock mundial.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Bohemian Rhapsody

Demorei para assistir, mas finalmente conferi essa tão falada cinebiografia do Queen. Bem, antes de tudo, para quem viveu a época do Queen vai ser muito bom ouvir todos aqueles grandes sucessos. Os produtores porém pensaram mais na nova geração do que nos fãs veteranos. O que era para ser apenas um belo cartão postal da banda acabou se tornando algo muito maior. Até o momento o filme já bateu 850 milhões de dólares em bilheteria - um tremendo sucesso de público! Some-se a isso ao fato do ator Rami Malek ter sido premiado com o Oscar de melhor ator e você terá o caldo perfeito para gerar um produto pop perfeito. Sim, o filme é bem isso mesmo. A história de Freddie Mercury ganha ares de pura dramaturgia, tudo feito no velho old school, onde a lenda é imprensa, mesmo com vários, digamos, errinhos de cronologia e fatos históricos equivocados. Nada disso tira os méritos do filme ao meu ver. Gostei de praticamente tudo, da boa reconstituição dos shows, da acertada decisão do diretor Bryan Singer em tentar dar espaço para os outros membros do grupo e até mesmo da direção de arte, que suavizou muitas das breguices datadas que eram moda nos anos 70 e 80. Esse lado kitsch só ressurge com toda a sua força quando os créditos finais sobem e imagens reais de um show do Queen - com o Mercury real - aparece na tela do cinema. Nesse momento ficou impossível esconder as roupas exageradas, os cabelos cafonas, etc.

Fora isso, tudo bem reconstruído. O lado mais promíscuo de Mercury foi amenizado. Temas fortes de sua biografia como sua homossexualidade, a diversidade de parceiros sexuais e por fim a descoberta que tinha AIDS foram tratados com delicadeza e suavidade pelo roteiro. Afinal o estigma e o preconceito ainda existem e não poderia haver em nenhum momento a intenção do filme em macular de alguma forma a biografia de seu protagonista, aqui enfocado como lendário. Porém, para finalizar, temos que dizer que nenhum detalhe cinematográfico vai superar a força da música do Queen. Essa é realmente imbatível. A trilha sonora salva o filme em inúmeros momentos. Basta uma leve caída para o diretor puxar logo um grande hit, ganhando com isso a cumplicidade do público. É como ter um craque em um time mais ou menos. Sempre será possível surgir um gol de gênio no último segundo para salvar todo o conjunto, todo o time. Assim a trilha sonora é a grande arma dessa produção. Sem ela nada poderia se sobressair. Com a música do Queen o gol de placa se mostrou garantido.

Bohemian Rhapsody (Inglaterra, Estados Unidos, 2018) Direção: Bryan Singer / Roteiro: Anthony McCarten, Peter Morgan / Elenco: Rami Malek (Freddie Mercury), Lucy Boynton (Mary Austin), Gwilym Lee (Brian May), Ben Hardy (Roger Taylor), Joseph Mazzello (John Deacon) / Sinopse: Cinebiografia do cantor de rock Freddie Mercury e sua banda Queen, grande sucesso de vendas durante os anos 70 e 80. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Rami Malek), Melhor Edição (John Ottman), Melhor Edição de Som (John Warhurst, Nina Hartstone) e Melhor Mixagem de Som (Paul Massey, Tim Cavagin e John Casali).

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de novembro de 2018

Papillon

Claro que esse remake jamais seria tão bom quanto o filme original. Aquele é um clássico absoluto, com Steve McQueen e Dustin Hoffman no auge de suas carreiras. Inclusive revi não faz muito tempo e o filme continua com a mesma força do passado. Maravilhoso. Essa nova refilmagem parte do mesmo ponto de partida, o livro de memórias escrito por Henri Charrière, vulgo 'Papillon'; Quem foi ele? Foi um ladrão de joias francês que acabou sendo preso em Paris acusado de um assassinato. Um crime que ele sempre jurou jamais ter cometido. Condenado à prisão perpétua, foi enviado para cumprir sua sentença na terrível colônia penal localizada na Guiana Francesa. Lugar inóspito, violento, com o pior que o sistema carcerário francês poderia oferecer. Na viagem de navio até lá, ele se oferece como guarda-costas do frágil Louis Dega (Rami Malek), um inteligente contador que se deu mal ao falsificar títulos no mercado financeiro. Ele é do tipo intelectual, pequeno e franzino, cuja única forma de sobreviver seria contar com a ajuda de um cara mais jogo duro como o próprio Papillon (nesse filme interpretado pelo bom ator Charlie Hunnam). No começo ele o defende em troca de dinheiro e ajuda para seus planos de fuga, mas depois nasce uma verdadeira amizade entre eles.

Uma vez na prisão começam todas as torturas e barbaridades típicas de um lugar como aquele. Para um prisioneiro condenado, sem esperanças, o único jeito era sobreviver um dia de cada vez. E os perigos vinham de todos os lados, não apenas dos guardas sádicos, mas também dos outros prisioneiros. O filme resgata aqueles momentos que já conhecíamos do filme original, como a cela solitária, escura e infecta que Papillon precisou enfrentar, ficando dois anos naquele buraco, até suas inúmeras tentativas de fugir e o envio para a famigerada Ilha do Diabo.

Tudo muito bem refeito nessa produção, que se não é tão boa como o clássico, mantém pelo menos uma boa qualidade cinematográfica. Penso que o remake terá sua finalidade, uma vez que apresentará essa história para as novas gerações. A mensagem é de perseverança e luta pela liberdade, além, é claro, de funcionar como denúncia dos excessos de um sistema prisional desumano e cruel. Sob esse ponto de vista "Papillon" continua sendo tão atual como qualquer livro lançado na semana passada. Um verdadeiro clássico da literatura e do cinema.

Papillon (Estados Unidos, França, 2017) Direção: Michael Noer / Roteiro: Aaron Guzikowski, baseado nos livros "Papillon" e "Banco", escritos pelo autor  Henri Charrière / Elenco: Charlie Hunnam, Rami Malek, Eve Hewson, Joel Basman / Sinopse: Após ser acusado de um crime que não cometeu, o ladrão de joias Henri Charrière ('Papillon') é enviado para uma distante e cruel prisão francesa localizada na Guiana, na América do Sul. Lá tentará sobreviver a todas as torturas e violências imagináveis. O verdadeiro inferno na Terra. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio.