quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Pistoleiro Solitário
Título Original: Apache Woman
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Golden State Productions
Direção: Roger Corman
Roteiro: Lou Rusoff
Elenco: Lloyd Bridges, Joan Taylor, Lance Fuller
Sinopse:
Um agente do governo é enviada para uma cidade no velho oeste, bem no meio de um deserto inóspito, para investigar os ataques que os moradores da cidade dizem estar sendo cometidos por furiosos Apaches que vivem nas montanhas da região. O agente, no entanto, suspeita que forças diferentes podem estar cometendo esses crimes. No meio de um perigoso jogo de interesses fica a pergunta crucial: Quem estaria de fato promovendo todos aqueles ataques ferozes contra a população indefesa?
Comentários:
Em um primeiro momento você pode pensar, por causa do título nacional, que se trata de mais um filme enfocando as aventuras do Lone Ranger, o Cavaleiro Solitário. Não é isso. Na verdade se trata de um faroeste que tenta inovar focando numa personagem feminina, uma mulher Apache, como deixa bem claro o título original. Logo de cara dois nomes chamam a atenção na ficha técnica. O primeiro é o de Roger Corman, o Rei dos filmes B de terror e ficção. É curioso assistir a um filme de western dirigido por Corman, uma vez que definitivamente essa nunca foi a praia dele. Cowboys, xerifes e índios nunca fizeram sua cabeça que sempre preferiu monstros, ETs espaciais e filmes trash (não necessariamente nessa ordem). De uma forma ou outra Roger estava disponível e resolveu encarar essa aventura de dirigir um filme de faroeste. Não deu muito certo, a verdade é que o western sempre foi muito especializado e diretores vindos do mundo Sci-fi / Terror quase nunca deram certo ao lidar com esporas e cavalos. O segundo nome que salta aos olhos é o do ator Lloyd Bridges (o pai de Jeff Bridges). Ele também não parece levar muito à sério a coisa toda o que só prejudica ainda mais o resultado final. Mesmo assim sua presença garante o interesse nesse filme pouco convencional, com problemas de roteiro e orçamento (que foi bem pequeno, fazendo jus à fama de Roger Corman de rodar produções baratas que não davam prejuízo aos estúdios). Definitivamente não agradará muito aos puristas, mas servirá como uma curiosidade e tanto para os fãs de Corman, o homem que gostava de dizer que havia feito centenas de filmes em Hollywood sem perder um só tostão!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 21 de agosto de 2018
Perdidos no Espaço - Primeira Temporada
Finalmente depois de um tempo assisti a essa nova versão de "Perdidos no Espaço". Não, não é um filme novo, mas sim uma série da Netflix. Confesso que minhas expectativas não estavam muito altas, principalmente depois de ver cenas avulsas do episódio piloto. Havia modificações ali que me deixaram um pouco de sobreaviso. Só que após conferir o primeiro episódio pude constatar que a série - pelo menos tirando em média nesse primeiro programa - está realmente boa, diria até acima do que eu esperava. A trama segue basicamente sendo a mesma: uma família de astronautas perde o rumo após sua nave, a Jupiter 2, sofrer um acidente. Eles vão parar em um planeta desconhecido, fora do nosso sistema solar. Após se recuperarem do pouso forçado começam os problemas. A nave afunda numa fenda de gelo. As temperaturas são congelantes e eles precisam achar um jeito de ir embora dali.
A Judy também fica presa no gelo congelado ao mergulhar na fenda onde está a Jupiter 2. Antes dela conseguir sair da água essa congela completamente. Bom, se você alguma vez assistiu na vida ao seriado clássico vai saber que três personagens sempre dominaram todas as atenções: o garoto Will Robinson (aqui menos cerebral e gênio do que o primeiro), o Robô (que estava sempre soltando a expressão "Perigo! Perigo!) e é claro o Dr. Smith, alívio cômico e grande vilão (embora querido) da série original. Os três estão de volta. O Robô agora não é a velha "lata de sardinhas" dos tempos passados, mas sim uma criatura high-tech que inclusive consegue mudar o formato de seu corpo, se tornando ora mais aracnídeo, ora humanoide! Em relação ao Dr. Smith temos uma surpresa e tanto. Não é mais um senhor já idoso, mas sim uma mulher. Bom, em termos. Na verdade a personagem que vai ser a nova Dra. Smith é apenas uma fugitiva que rouba um casaco de um engenheiro chamado... Dr. Smith! Estou realmente curioso para ver como isso vai se desenvolver. Então é isso. Ainda só vi até o momento o primeiro episódio, mas posso antecipar que gostei do que assisti. Espero que mantenha o bom nível nos próximos episódios. / Perdidos no Espaço - Impact (Lost in Space, Estados Unidos, 2018) Direção: Tim Southam, Neil Marshall, Stephen Surjik, Deborah Chow / Roteiro: Vivian Lee, Kari Drake, Katherine Collins, baseados na série original criada por Irwin Allen, Matt Sazama e Burk Sharpless / Elenco: Maxwell Jenkins (Will Robinson), Parker Posey (Dra. Smith), Brian Steele (O Robô), Toby Stephens (John Robinson), Molly Parker (Maureen Robinson), Taylor Russell (Judy Robinson), Mina Sundwall (Penny Robinson), Ignacio Serricchio (Don West) / Sinopse: A nave Jupiter 2 sofre um acidente e vai parar em um planeta desconhecido, onde a tripulação, formada pela família Robinson, terá que sobreviver a todos os perigos desse novo universo.
Perdidos no Espaço 1.05 - Transmission
Esse episódio tem muito a ver com o espírito da série original, principalmente quando surge duas criaturas, dois monstros, na base dos sobreviventes naquela planeta distante. Para salvar a todos o Robô retorna. Will havia deixado ele numa distância segura depois que ele agiu de forma perigosa com outros seres humanos. A luta entre o robô e os bichanos acaba sendo a melhor coisa de um episódio que em minha opinião também apresenta um ritmo morno, lento, quase parando... Nas duas outras linhas narrativas temos uma experiência da mamãe Robinson. Ela parcebeu que os dias estão amanhecendo cada vez mais cedo e isso tem algo a ver com a estrela mais próxima (o Sol daquele planeta). Ao observar ela descobre que há sim algo acontecendo ali, mas o episódio não chega a explicar completamente o que seria. Fica para o próxima. Outra cena bem feita acontece quando ela tenta fazer subir o balão de observação. O aparato escapa, amarra em sua perna e ela quase cai de um penhasco. Mais "Perdidos do Espaço" original do que isso, impossível... / Perdidos no Espaço 1.05 - Transmission (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Legendary Television / Netflix / Direção: Deborah Chow / Roteiro: Kari Drake, Irwin Allen (criação) / Elenco: Molly Parker, Toby Stephens, Maxwell Jenkins, Taylor Russell, Mina Sundwall, Parker Posey.
Perdidos no Espaço 1.06 - Eulogy
Nesse episódio os tripulantes da nave Jupiter vão entendendo que o planeta onde estão não vai durar muito. Um buraco negro ronda a região onde ele está situado, atrás do sol deles (a estrela onde orbita aquela rocha espacial). Muito em breve tudo será engolido de forma massiva. Aliás a série deveria ter um pouco mais de cuidado em sua produção. Esse planeta onde eles caíram é em tudo parecido com as florestas canadenses, na América do Norte. Deveriam ter planejado algo mais diferente. Ser assim tão igual mostra que a produção não tem lá muitos recursos, mas enfim... Outro ponto de destaque nesse episódio em particular acontece quando eles vão atrás de combustível na Jupiter 11. O problema é que essa nave está afundada na terra, bem na beira de um abismo. Essa cena em particular vai acordar mais o público que reclama que alguns episódios são parados demais, sem ação. E o que dizer do destino do robô? Will decide dar uma ordem para que ele caia de uma montanha, se despedaçando lá embaixo! Será o fim de um dos personagens mais marcantes de Perdidos no Espaço? Acredito que não... Mais novidades nos próximos episódios. / Perdidos no Espaço 1.06 - Eulogy (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Netflix / Direção: Vincenzo Natali / Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless / Elenco: Toby Stephens, Molly Parker, Maxwell Jenkins, Taylor Russell, Mina Sundwall, Ignacio Serricchio,
Perdidos no Espaço 1.07 - Pressurized
Esse episódio é até bem melhor do que a média dos demais. Isso porque tem mais cenas de ação e suspense, algo que falta - e muito - no resto da série. Aqui o veículo com os pais Robinsons cai em um lago de piche. A situação se torna grave e eles só são soltos após uma engenhosa solução usando um balão de gás hélio. Já Judy descobre algo que já vinha desconfiando, que a Dra. Smith não seria bem quem diz ser. Ela inclusive vai atrás dos pedaços do robô, que havia caído de uma altura considerável. A intenção é remontar o robozão! Com que finalidade? Bom, isso só ficará claro mesmo nos episódios que estão por vir. É esperar para conferir. / Perdidos no Espaço 1.07 - Pressurized (Estados Unidos, 2018) Direção: Tim Southam / Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless / Elenco: Molly Parker, Toby Stephens, Maxwell Jenkins.
Perdidos no Espaço 1.08 - Trajectory
Nesse episódio o mais importante é tentar levantar a nave Jupiter do chão. Como se viu nos episódios anteriores o planeta onde eles estão não tem futuro, não tem solução, está condenado por uma série de eventos geológicos. A única saída é ir embora, ir para o espaço. Só que as naves estão comprometidas, tirar elas do chão é algo complicado, uma tarefa quase impossível. Enquanto alguns ajudam, outros atrapalham. A Dra. Smith já demonstrou que está ali por motivos escusos, nada claros, bem obscuros. Qual seria seu objetivo? Infelizmente para todos os tripulantes a decolada não chega a ser um sucesso, pior do que isso, a nave acaba explodindo em pleno ar! Teriam morrido alguns dos principais personagens da série? Só assistindo para conferir. / Perdidos no Espaço 1.08 - Trajectory (Estados Unidos, 2018) Direção: Stephen Surjik / Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless / Elenco: Molly Parker, Toby Stephens, Maxwell Jenkins.
Perdidos no Espaço 1.10 - Danger, Will Robinson
Esse foi o último episódio da primeira temporada (sim, já foi confirmada que haverá uma segunda!). O saldo final, pelo menos em minha visão, é um pouco negativo. Eu não diria que a série é ruim, nada disso. Porém não empolga, não cria aquela expectativa de sempre estar ansioso para ver os próximos episódios. Algumas mudanças não foram para melhor. O Dr. Smith era um personagem carismático e divertido, o alívio cômico da série original. Aqui colocaram uma mulher, a Dra. Smith, que é apenas uma vilã antipática, sem graça e que não faz diferença nenhuma na trama dos episódios. Ela tenta aqui e ali criar situações ruins para os demais tripulantes, mas não sai disso. Posso dizer que essa nova versão de "Perdidos no Espaço" tem sua dose de decepção. Alguns episódios são bem chatos, arrastados e renegam a série dos anos 60. Haverá uma segunda temporada, mas sinceramente não estou com vontade de assistir. Simples assim. A decepção foi inegável nesses dez primeiros episódios. / Perdidos no Espaço 1.10 - Danger, Will Robinson (Estados Unidos, 2018) Direção: David Nutter Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless / Elenco: Molly Parker, Toby Stephens, Maxwell Jenkins.
Pablo Aluísio.
Waco
Sigo acompanhando a série Waco. Bom, o que temos aqui é a história do líder de seita David Koresh e seus seguidores. Ele determinava que todos os homens de seu grupo (inclusive os casados) se tornassem celibatários. Todas as mulheres só poderiam ter relações sexuais com apenas um homem, ele mesmo, o David Koresh. A poligamia porém nem era o pior aspecto desse caso. O David Koresh também armou seus seguidores com fuzis e armas de grosso calibre. Assim o FBI cercou a sede da seita em Waco, Texas. Depois de 51 dias aconteceu a tragédia. Nesse episódio ainda temos o vigésimo quinto dia de cerco das autoridades. O FBI e a ATF começam uma tática de guerra psicológica, com o uso de som alto e efeitos de luz. No meio de tudo muitas mulheres e crianças.
Foi uma coisa triste, em pleno anos 90, ainda ter que lidar com um fanático desse naipe, um sujeito que em tudo lembrava o Tom Jones, outro fanático perigoso que causou um verdadeiro suicídio coletivo de seus seguidores. O curioso é que o David Koresh até mesmo cria um laço de amizade e colaboração com o negociador do FBI, mas tudo vai sendo sabotado pelos demais comandantes da operação, inclusive os que defendiam logo uma solução militar para o impasse, ou seja, invadir a propriedade da seita com armas e gás, para fazer com que todos fossem expulsos e presos. A série mantém um ótimo nível, com excelente reconstituição histórica dos fatos. Não é uma história com final feliz, todos sabemos, mas pelo menos tudo é muito didático para entender como os acontecimentos realmente se desenvolveram. Fanatismo em nível máximo.
Waco 1.01 - Visions and Omens
Há uma tendência de surgirem seitas violentas e malucas dentro da sociedade americana. O caso da seita criada por David Koresh (Taylor Kitsch) foi um dos mais emblemáticos. Eu ainda me recordo dos jornais da época noticiando essa tragédia. Não é o caso de dar spoiler pois esse é aquele tipo de série baseada em fatos reais que foram amplamente explorados pela imprensa. A cena da sede da seita em chamas no meio do deserto do Texas é algo muito difícil de esquecer. Ali dentro havia mulheres e crianças, mas também um bando de fanáticos, seguidores de Koresh, que estavam fortemente armados com equipamento militar digno de uma guerra. Fuzis, metralhadoras e até granadas! Pois bem, nesse primeiro episódio já encontramos David Koresh e sua seita já devidamente instalada naquele grande galpão (sim, porque a casa parecia um grande galpão de fazenda). O Koresh é visto como um sujeito simpático, bom de papo, diria até carismático. Muitos psicopatas e líderes de grupos religiosos radicais como esse geralmente apresentam esse tipo de personalidade mesmo. O que mais me chocou nesse primeiro episódio foi saber que todos os homens do grupo de Koresh eram celibatários. Não que eles não tivessem esposas. Eles tinham, mas apenas Koresh podia ter relações sexuais com elas! Imagine o nível de loucura e insanidade envolvida nisso! Uma coisa literalmente de loucos fanáticos. / Waco 1.01 - Visions and Omens (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Paramount Network / Direção: John Erick Dowdle / Roteiro: John Erick Dowdle / Elenco: Taylor Kitsch, Michael Shannon, John Leguizamo, Andrea Riseborough, Rory Culkin, Christopher Stanley
Waco 1.08 - Day 51
Episódio final da série. É curioso porque o roteiro meio que banca a versão em defesa do David Koresh. Bom, se você não conhece a história foi justamente no dia 51 do cerco à sede da seita do Koresh que tudo deu muito errado. Cansado depois de meses de negociação o diretor da operação, um agente linha dura do FBI, decidiu que seriam jogadas latas de gás lacrimogêneo dentro da casa onde estavam os membros da seita. Não se sabe até hoje o que aconteceu, mas após a operação começar se iniciou um enorme incêndio que acabou matando quase todos os seguidores do Koresh (ele inclusive foi tragado pelas chamas). Foi um final triste, trágico e em termos de FBI um desastre completo. O roteiro desse episódio final não mostrou os membros fanáticos colocando fogo em tudo (como foi dito pelos responsáveis do Bureau, do governo), mas tampouco deixou claro que o gás, por ser inflamável, é que deu começo ao incêndio devastador. Agora, esses são fatos que já eram conhecidos de quem sabia sobre a tragédia na época. O que eu particularmente não sabia é que a seita do Koresh seguiu em frente... alguns sobreviventes se reuniram e resolveram dar continuidade ao culto Davidiano. Só espero que essa nova seita não seja tão fanática e apocalíptica como a original. De mortes insanas e sem sentido o mundo já está cheio. / Waco 1.08 - Day 51 (Estados Unidos, 2018) Estúdio: HBO / Direção: John Erick Dowdle / Roteiro: John Erick Dowdle, Drew Dowdle / Elenco: Taylor Kitsch, Michael Shannon, Andrea Riseborough, Paul Sparks, Rory Culkin, Shea Whigham
Pablo Aluísio
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
Gerry
Esse filme foi dirigido por Gus Van Sant. É uma das obras cinematográficas mais esquecíveis do diretor, o que não deixa de ser uma grande surpresa já que Van Sant quase sempre dirigiu filmes marcantes que marcaram época. Aqui ele se resume a juntar dois atores jovens e populares, Casey Affleck e Matt Damon, para contar uma história que se formos racionalizar bem não tem lógica e nem direção. Tentando ser novamente cult a todo custo, mesmo sem ter um bom roteiro em mãos, o cineasta no final só conseguiu ser bem chato.
Gerry (Estados Unidos, 2002) Direção: Gus Van Sant / Roteiro: Casey Affleck, Matt Damon / Elenco: Casey Affleck, Matt Damon / Sinopse: Dois amigos partem em busca de algo no temido Vale da Morte, uma das regiões mais desérticas do mundo. Uma vez chegando lá decidem abandonar seu carro e partem a pé em busca do desconhecido. Filme indicado ao Film Independent Spirit Awards.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de agosto de 2018
O Segredo Dos Kennedy
Assim que saiu da água qual seria a atitude certa a tomar? Ora, chamar a polícia e os bombeiros para tentar salvar a vida da moça. Só que Ted não agiu assim. Ele simplesmente se levantou e foi embora, sem prestar socorro, muito provavelmente com medo do escândalo que seria armado pela imprensa. Acabou assim omitindo socorro, sendo enquadrado até mesmo em homicídio culposo. Só que assim que se soube do ocorrido a máquina de acobertamento dos Kennedy entrou em movimento, abafando o caso, jogando toda a sujeita para debaixo do tapete. Com isso ficou tudo nas sombras. Para se ter uma ideia nem mesmo uma autópsia foi realizada no corpo da jovem. A impressão no final que tive do senador Ted Kennedy após assistir ao filme foi a de que ele era na realidade um pusilânime, um bobão ainda preocupado com a opinião do pai, naquela altura um homem já destruído pelo derrame que sofreu, preso a uma cadeira de rodas, mas ainda capaz de articular coisas bem erradas do ponto de vista ético. No geral é um bom filme, porém com esse claro viés de passar pano em cima do covarde Ted Kennedy, o mais inexpressivo dos irmãos da família. Provavelmente se fosse de outro modo o filme nem teria sido produzido justamente por causa de problemas legais. A família Kennedy nem deixaria o filme sair.
O Segredo Dos Kennedy (Chappaquiddick, Estados Unidos, 2017) Direção: John Curran / Roteiro: Taylor Allen, Andrew Logan / Elenco: Jason Clarke, Kate Mara, Ed Helms, Bruce Dern / Sinopse: Com anseios de um dia se tornar presidente como seu irmão mais velho, John Kennedy, o jovem senador Ted decide se candidatar à presidência dos Estados Unidos, só que tudo dá errado quando um acidente de um carro dirigido por ele custa a vida de uma jovem assessora, Mary Jo Kopechne. Filme baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
Napoleão
Eu sempre considerei Napoleão Bonaparte uma das figuras mais contraditórias que já existiu. Auto proclamado herdeiro dos ideais da revolução francesa, assim que assumiu o poder começou a se comportar como um antigo monarca dos tempos do absolutismo. Esqueceu os fundamentos da República francesa e se tornou imperador - um título de nobreza que dizia querer destruir. Dizia-se libertador, mas invadiu as demais nações, levando milhares de pessoas à morte. Era realmente um sanguinário e um hipócrita. Nessa série temos mais uma oportunidade de focar em sua controversa figura. Assista e tire suas próprias conclusões.
Napoleão (Napoléon, França, 2002) Direção: Yves Simoneau / Roteiro: Didier Decoin, Max Gallo / Elenco: Christian Clavier, Isabella Rossellini, Gérard Depardieu / Sinopse: Após alguns anos da Revolução Francesa um jovem e desconhecido militar chamado Napoleão Bonaparte assume o poder na França. Sedento por glória e poder infinito, ele decide conquistar toda a Europa, levando seus exércitos a combaterem todas as nações que ficassem em seu caminho, mas acaba sendo vencido nas frias e selvagens estepes russas. Com seu exército em frangalhos após essa desastrosa campanha militar, acaba sendo derrotado pelos ingleses que o enviam para uma ilha remota no meio do oceano.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de agosto de 2018
Ruas Selvagens
Título Original: Deuces Wild
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Scott Kalvert
Roteiro: Paul Kimatian, Christopher Gambale
Elenco: Stephen Dorff, Brad Renfro, Fairuza Balk, Norman Reedus, Max Perlich, Drea de Matteo
Sinopse:
Dois irmãos se envolvem com gangues pelos bairos mais violentos de Nova Iorque. Um deles sucumbe ao vício, tendo uma overdose fatal. O outro que sobrevive decide então lutar contra o tráfico de drogas no bairro onde mora, causando com isso uma verdadeira guerra nas ruas.
Comentários:
Assisti a esse filme principalmente pela presença do ator Stephen Dorff. Gosto de seu trabalho desde a primeira vez que assisti "Os Cinco Rapazes de liverpool" onde interpretava o "quinto Beatle", Stuart Stutcliff. A partir daí ele fez uma série de filmes menores, nenhum deles de grande repercussão nas bilheterias. Esse "Ruas Selvagens" é até bem realizado, mas parte de uma premissa meio furada. Um membro de gangue que quer varrer as drogas de Nova Iorque! Quem já ouviu falar numa coisa dessas? Membros de gangues são criminosos e como tais usam o tráfico como principal fonte de renda. Bandido é bandido! Não tem sentido tentar colocar valores morais em um personagem criminoso. O resto do elenco é todo jovem, mas sem muita expressão. Acredito que seja apenas um filme passageiro, desses que você assiste na TV a cabo sem maiores compromissos.
Pablo Aluísio.
Sete Minutos no Paraíso
Título Original: Seven Minutes in Heaven
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Linda Feferman
Roteiro: Jane Bernstein, Linda Feferman
Elenco: Jennifer Connelly, Byron Thames, Maddie Corman, Alan Boyce, Polly Draper, Marshall Bell
Sinopse:
O filme conta um período na vida da jovem Natalie Becker (Jennifer Connelly). Ela está prestes a terminar o ensino colegial e partir para uma nova etapa na sua vida, a universidade. Antes disso porém ela acaba se envolvendo numa série de situações com seus amigos, a fazendo conhecer mais sobre a vida, o amor e a juventude.
Comentários:
Jennifer Connelly nos anos 80, no auge da beleza dela, uma gracinha juvenil que imediatamente virou ícone para os jovens da época, estampando cadernos de escola, revistas adolescentes, etc. Esse filme obviamente bem juvenil vai por esse caminho. O diferencial é que foi dirigido por uma mulher, a cineasta Linda Feferman que trouxe toda a sensibilidade feminina para a tela. Outro aspecto que chama muito a atenção nos dias de hoje é a própria estética de roupas, cabelos e figurinos em geral da época. O que era visto como o suprassumo da moda hoje em dia pode soar estranho e exagerado, com todas aquelas roupas com ombreiras, cores exóticas e cabelos armados. Um retrato dos jovens nos anos 80 que a despeito de ter ficado muito datado ainda conserva seu charme nostálgico. Indicado para os quarentões e cinquentões que viveram aqueles tempos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Batman - A Máscara do Fantasma
Título Original: Batman - Mask of the Phantasm
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Eric Radomski, Bruce Timm
Roteiro: Alan Burnett
Elenco: Kevin Conroy, Dana Delany, Hart Bochner, Stacy Keach, Dick Miller, John P. Ryan
Sinopse:
Batman, o Cavaleiro das trevas, é acusado de uma série de crimes que jamais cometeu. Enquanto tenta provar sua inocência em Gotham City surge um novo vilão mascarado, que deseja tomar o seu lugar. Para isso ele tentará eliminar o próprio Batman.
Comentários:
É incrível como essa criação do desenhista Bob Kane nunca saiu de moda. O personagem foi criado em 1939. Lá se vão quase oitenta anos desde que ele apareceu pela primeira vez numa edição da revista em quadrinhos Detective Comics e ainda segue popular! Impressionante. É uma mina de ouro não apenas para a DC Comics que publica seus quadrinhos até hoje como também para a Warner que tem os direitos do super-herói para o cinema e a televisão. Essa é mais uma animação que foi lançada para venda direta ao consumidor. Nos Estados Unidos esse tipo de produto costuma vender muito, no Brasil também, mas em menor escala. É curioso que o universo Batman se expandiu a tal modo que existem personagens que sequer conheço, como o vilão dessa aventura animada. É um desenho com ótimo acabamento e produção esmerada. Não poderíamos esperar por outra coisa. Já para os fãs de carteirinha do morcego não deixa também de ser um lançamento indispensável para se colocar na coleção. Assista e se divirta!
Pablo Aluísio.
Jovens Justiceiros
Título Original: American Outlaws
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Entertainment
Direção: Les Mayfield
Roteiro: Roderick Taylor
Elenco: Colin Farrell, Scott Caan, Kathy Bates, Timothy Dalton, Ali Larter, Gabriel Macht
Sinopse:
Durante a conquista do oeste um inescrupuloso empresário, dono de ferrovias, começa a colocar as mãos nas propriedades da região, usando para isso de meios ilegais. Assim um grupo de fazendeiros se une contra esse facínora que pretende se tornar dono de tudo, a despeito das pessoas que vivem das terras que ele cobiça.
Comentários:
Colin Farrell como Jesse James? Pois é, não há muitos limites em Hollywood. Esse faroeste moderno se propõe a contar de certo modo as origens do famoso bandoleiro e pistoleiro do velho oeste. O resultado porém é modesto. Não contando com uma grande produção (o filme custou meros 35 milhões de dólares, pouco em termos de filmes americanos) e um roteiro que passa longe da veracidade histórica esse "American Outlaws" só serviu mesmo para apresentar o universo do western para pessoas mais jovens que nunca tinham assistido a um faroeste antes em suas vidas. Outro ponto positivo vem da presença do elenco de apoio, coadjuvante, que conta com a maravilhosa e talentosa Kathy Bates e o ex-James Bond agente 007 Timothy Dalton. São profissionais que por si só já justificam uma curiosidade em relação ao filme. No mais é um filme que tenta seguir os passos de produções como "Jovens Demais Para Morrer", mas obviamente sem o mesmo êxito.
Pablo Aluísio.