Numa primeira visão, bem superficial, pode parecer um daqueles filmes com monstros gigantes como "Transformers" e bobagens do tipo, mas não é nada disso. Na verdade é um drama existencial sobre a morte. No filme temos uma garotinha como protagonista. A escola é um fardo, com outras garotas fazendo bullying o tempo todo com ela pelos corredores. Sem amigas, ela enfrenta uma barra em casa, pois sua mãe está morrendo de uma doença grave. Diante de um mundo real tão hostil e cruel sobra para a menina se refugiar na sua imaginação, onde ela tenta enfrentar monstros e titãs que estão prestes a destruir a cidade onde mora.
O roteiro é muito bem escrito, entrando e saindo da mente de sua personagem principal sem pedir licença. Ao espectador cabe transitar entre o real e o imaginário. Nem quando ela finalmente consegue fazer uma efêmera amizade com uma aluna novata inglesa que vai estudar em sua escola as coisas melhoram muito. Há também a interessante participação de uma psicóloga em sua vida, alguém que tenta lhe ajudar de alguma maneira. No começo pensei que se tratava de mais uma produção assinada por Guillermo del Toro, afinal ele sempre teve essa obsessão por monstros e criaturas do mundo da fantasia, mas não, eis que para minha surpresa o filme foi produzido mesmo por Chris Columbus, de Harry Potter e tantos outros filmes. No final é um drama com toques de fantasia existencial. Não é todo dia que você encontra algo assim para assistir. De minha parte gostei bastante de sua proposta. Ideias originais assim sempre serão bem-vindas.
Eu Mato Gigantes (I Kill Giants, Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica, 2017) Direção: Anders Walter / Roteiro: Joe Kelly / Elenco: Madison Wolfe, Zoe Saldana, Imogen Poots / Sinopse:
Barbara (Madison Wolfe) é uma garota de 12 anos que não tem uma vida fácil. Sofrendo de bullying na escola e enfrentando a doença terminal de sua mãe, ela encontra refúgio em sua imaginação. Numa floresta perto de sua casa ela imagina grandes gigantes que estão chegando para destruir sua cidade, sendo que apenas ela poderá enfrentá-los.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de abril de 2018
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Gangues de Nova York
Assisti a esse filme no cinema, na época de seu lançamento original. Jamais poderia pensar que a elegante e fina Nova Iorque teria tido um passado tão violento e brutal. O diretor Martin Scorsese sempre foi apaixonado pela cidade e resolveu contar esse período histórico pouco lisonjeiro do lugar, em um tempo onde cada palmo de território era disputado no braço por violentos membros de Gangues. Esteticamente bem realizado, com excelente produção, algo que era mesmo de se esperar de um filme dirigido por Martin Scorsese, esse "Gangs of New York" nunca me agradou muito. Achei o filme sujo e violento em demasia, com pouco espaço para uma melhor dramaturgia. Em poucas palavras? Muita briga para pouca história.
Foi, se não estou enganado, o primeiro filme da parceria entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio. Assim o diretor deixava de trabalhar ao lado de Robert De Niro, seu ator preferido e habitual desde os anos 60, para dirigir DiCaprio, um astro de Hollywood, com grande força comercial nas bilheterias. O resultado em meu ponto de vista foi apenas morno. Além disso sempre achei um desperdício contratar um ator brilhante e talentoso como Daniel Day-Lewis para atuar como um mero butcher, um açougueiro irascível e brutal, com facão nas mãos. Sua indicação ao Oscar inclusive foi mais pelo conjunto da obra de sua carreira do que por sua atuação no filme. Outro ponto é que Scorsese amenizou bastante o racismo que imperava nas ruas de Nova Iorque na época histórica que o filme retrata. Afinal as gangues eram todas unidas por fatores raciais, de origem, principalmente as que envolviam imigrantes. Bom, de uma forma ou outra, mesmo não sendo um filme que me agradou totalmente, devo dizer que a produção tem seu lugar dentro da rica e inigualável filmografia de Scorsese, um verdadeiro mestre da sétima arte.
Gangues de Nova York (Gangs of New York, Estados Unidos, 2002) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Martin Scorsese, Jay Cocks / Elenco: Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz, Daniel Day-Lewis, John C. Reilly, Liam Neeson / Sinopse: A história do filme se passa em 1863 quando o jovem
Amsterdam Vallon (Leonardo DiCaprio) chega a Nova Iorque em busca de vingança. Ele quer a cabeça de Bill 'The Butcher' Cutting (Daniel Day-Lewis) que matou seu pai anos antes. Não será algo fácil já que Nova Iorque estava completamente dominada por gangues violentas de rua. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Daniel Day-Lewis), Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia (Michael Ballhaus).
Pablo Aluísio.
Foi, se não estou enganado, o primeiro filme da parceria entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio. Assim o diretor deixava de trabalhar ao lado de Robert De Niro, seu ator preferido e habitual desde os anos 60, para dirigir DiCaprio, um astro de Hollywood, com grande força comercial nas bilheterias. O resultado em meu ponto de vista foi apenas morno. Além disso sempre achei um desperdício contratar um ator brilhante e talentoso como Daniel Day-Lewis para atuar como um mero butcher, um açougueiro irascível e brutal, com facão nas mãos. Sua indicação ao Oscar inclusive foi mais pelo conjunto da obra de sua carreira do que por sua atuação no filme. Outro ponto é que Scorsese amenizou bastante o racismo que imperava nas ruas de Nova Iorque na época histórica que o filme retrata. Afinal as gangues eram todas unidas por fatores raciais, de origem, principalmente as que envolviam imigrantes. Bom, de uma forma ou outra, mesmo não sendo um filme que me agradou totalmente, devo dizer que a produção tem seu lugar dentro da rica e inigualável filmografia de Scorsese, um verdadeiro mestre da sétima arte.
Gangues de Nova York (Gangs of New York, Estados Unidos, 2002) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Martin Scorsese, Jay Cocks / Elenco: Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz, Daniel Day-Lewis, John C. Reilly, Liam Neeson / Sinopse: A história do filme se passa em 1863 quando o jovem
Amsterdam Vallon (Leonardo DiCaprio) chega a Nova Iorque em busca de vingança. Ele quer a cabeça de Bill 'The Butcher' Cutting (Daniel Day-Lewis) que matou seu pai anos antes. Não será algo fácil já que Nova Iorque estava completamente dominada por gangues violentas de rua. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator (Daniel Day-Lewis), Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia (Michael Ballhaus).
Pablo Aluísio.
De Porta em Porta
Um filme simples, mas que tem uma boa história para contar. O roteiro é baseado em fatos reais, na vida de um sujeito chamado Bill Porter (William H. Macy). Portador de paralisia cerebral, ele decidiu parar de ter pena de si mesmo e foi para a luta. Incentivado pela mãe, interpretada pelo ótima Helen Mirren, ele foi em busca de um emprego. Acabou arranjando uma vaga para ser vendedor de porta em porta, onde vendia produtos para o lar como amaciantes, sabão em pó, etc. Em pouco tempo se tornou não apenas um bom vendedor, como também uma figura querida na região onde trabalhava, se tornando próximo dos moradores, que eram não apenas seus clientes, mas também seus amigos.
Claro que algo assim não foi fácil. Bill tinha problemas para andar, não conseguia mexer com uma das mãos, e seu problema de saúde o impedia de falar com normalidade. Mesmo com todas essas adversidades ele quis ser um trabalhador, ao invés de se aposentar por invalidez pela assistência social. O filme é repleto dessas preciosas lições de vida, pitadas de coragem e bons exemplos por todo o enredo. Outra pessoa central em sua vida foi sua ajudante Shelly (Kyra Sedgwick) que não apenas o ajudava nas entregas dos produtos vendidos, como também acabou se tornando sua melhor amiga, após a morte da querida mãe, que sofreu por anos com o Mal de Alzheimer. Sua história de vida acabou sendo descoberta quando ele virou tema de uma matéria em uma revista de grande circulação nos EUA. Depois, em cima dessa reportagem, foi escrito o roteiro desse bom filme. Uma história de um homem comum que com seu exemplo mostrou que nunca devemos desistir de nossos objetivos.
De Porta em Porta (Door to Door, Estados Unidos, 2002) Direção: Steven Schachter / Roteiro: William H. Macy, Steven Schachter / Elenco: William H. Macy, Kyra Sedgwick, Helen Mirren, Kathy Baker / Sinopse: Bill Porter (William H. Macy) é portador de paralisia cerebral. Mesmo assim decidiu que queria ser uma pessoa produtiva na sociedade. Batalhando por um emprego, acabou arranjando uma vaga de vendedor de porta em porta. Roteiro baseado numa história real. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz (Helen Mirren) e Melhor Ator (William H. Macy).
Pablo Aluísio.
Claro que algo assim não foi fácil. Bill tinha problemas para andar, não conseguia mexer com uma das mãos, e seu problema de saúde o impedia de falar com normalidade. Mesmo com todas essas adversidades ele quis ser um trabalhador, ao invés de se aposentar por invalidez pela assistência social. O filme é repleto dessas preciosas lições de vida, pitadas de coragem e bons exemplos por todo o enredo. Outra pessoa central em sua vida foi sua ajudante Shelly (Kyra Sedgwick) que não apenas o ajudava nas entregas dos produtos vendidos, como também acabou se tornando sua melhor amiga, após a morte da querida mãe, que sofreu por anos com o Mal de Alzheimer. Sua história de vida acabou sendo descoberta quando ele virou tema de uma matéria em uma revista de grande circulação nos EUA. Depois, em cima dessa reportagem, foi escrito o roteiro desse bom filme. Uma história de um homem comum que com seu exemplo mostrou que nunca devemos desistir de nossos objetivos.
De Porta em Porta (Door to Door, Estados Unidos, 2002) Direção: Steven Schachter / Roteiro: William H. Macy, Steven Schachter / Elenco: William H. Macy, Kyra Sedgwick, Helen Mirren, Kathy Baker / Sinopse: Bill Porter (William H. Macy) é portador de paralisia cerebral. Mesmo assim decidiu que queria ser uma pessoa produtiva na sociedade. Batalhando por um emprego, acabou arranjando uma vaga de vendedor de porta em porta. Roteiro baseado numa história real. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz (Helen Mirren) e Melhor Ator (William H. Macy).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de abril de 2018
O Passageiro
Já pelo trailer pude perceber que não era grande coisa. O filme tem como protagonista Michael MacCauley (Liam Neeson), um vendedor de seguros que todos os dias vai para o trabalho no trem urbano de sua cidade. Um dia ele é demitido e na volta para casa encontra uma misteriosa mulher (interpretada pela atriz Vera Farmiga) que lhe faz uma proposta. Em troca de 100 mil dólares ele deverá procurar por um passageiro em especial, alguém que não se encaixa naquele trem. Na verdade é uma testemunha de um crime envolvendo policiais corruptos. Sem dinheiro e desempregado, Michael acaba entrando no jogo, sem saber que muito em breve sua vida e de seus familiares estará em risco.
Esse tipo de enredo seria desenvolvido brilhantemente por cineastas do passado, em especial o mestre do suspense Alfred Hitchcock, mas como diretores e mestres do cinema como ele já não existem mais, tudo acaba caminhando para a banalidade. Assim achei o desenvolvimento da estória bem fraco, ruim mesmo. Enquanto Liam Neeson vai tentando descobrir o passageiro que ele tanto procura, alguns acontecimentos vão surgindo, como a morte de um agente do FBI. Nada muito marcante ou bem trabalhado por parte do roteiro. O suspense também é desperdiçado. Junte a isso uma ou outra cena de ação e luta e você terá tudo o que o filme tem a lhe oferecer, o que sinceramente é bem pouco. É curioso que esse filme tenha sido lançado nos cinemas brasileiros já que ele não conseguiu se tornar um sucesso de bilheteria nos Estados Unidos. Outros filmes bem melhores não conseguiram encontrar o mesmo espaço no circuito comercial.
O Passageiro (The Commuter, Estados Unidos, 2018) Direção: Jaume Collet-Serra / Roteiro: Byron Willinger, Philip de Blasi / Elenco: Liam Neeson, Vera Farmiga, Patrick Wilson, Sam Neill / Sinopse: No dia em que é demitido do emprego, o vendedor de seguros Michael MacCauley (Liam Neeson) recebe uma estranha proposta no trem em que está indo para casa. Uma mulher desconhecida lhe oferece 100 mil dólares para localizar um passageiro, uma testemunha envolvida em um crime cometido por tiras corruptos.
Pablo Aluísio.
Esse tipo de enredo seria desenvolvido brilhantemente por cineastas do passado, em especial o mestre do suspense Alfred Hitchcock, mas como diretores e mestres do cinema como ele já não existem mais, tudo acaba caminhando para a banalidade. Assim achei o desenvolvimento da estória bem fraco, ruim mesmo. Enquanto Liam Neeson vai tentando descobrir o passageiro que ele tanto procura, alguns acontecimentos vão surgindo, como a morte de um agente do FBI. Nada muito marcante ou bem trabalhado por parte do roteiro. O suspense também é desperdiçado. Junte a isso uma ou outra cena de ação e luta e você terá tudo o que o filme tem a lhe oferecer, o que sinceramente é bem pouco. É curioso que esse filme tenha sido lançado nos cinemas brasileiros já que ele não conseguiu se tornar um sucesso de bilheteria nos Estados Unidos. Outros filmes bem melhores não conseguiram encontrar o mesmo espaço no circuito comercial.
O Passageiro (The Commuter, Estados Unidos, 2018) Direção: Jaume Collet-Serra / Roteiro: Byron Willinger, Philip de Blasi / Elenco: Liam Neeson, Vera Farmiga, Patrick Wilson, Sam Neill / Sinopse: No dia em que é demitido do emprego, o vendedor de seguros Michael MacCauley (Liam Neeson) recebe uma estranha proposta no trem em que está indo para casa. Uma mulher desconhecida lhe oferece 100 mil dólares para localizar um passageiro, uma testemunha envolvida em um crime cometido por tiras corruptos.
Pablo Aluísio.
Instinct
Assisti ao episódio piloto dessa nova série da CBS. Primeira observação é a de que temos aqui uma série feita para ser exibida na grade de programação desse canal aberto nos Estados Unidos. Mal sinal. Séries assim costumam ser completamente sem criatividade, originalidade. É o que os brasileiros chamam de "enlatado americano". O enredo me animou um pouquinho, mas foi em vão. Na trama temos uma policial do departamento de homicídios (a atriz eslava Bojana Novakovic) que resolve contactar um professor de psicologia forense. Autor de sucesso, o Dr.Dylan Reinhart (interpretado pelo sempre bom Alan Cumming) escreveu um best seller sobre a psicologia dos psicopatas, dos assassinos em série.
Então eis que começam a surgir vários corpos. Todos foram mortos seguindo as linhas do livro de Reinhart. Assim o renomado escritor e professor se une aos policiais na investigação. Não espere por nada muito interessante. A série peca por ser quadradinha demais, emoldurada em demasia. Não tem um pingo de ousadia. O roteiro desse primeiro episódio é completamente despido de novidades. A resolução dos crimes decepciona por ser fácil demais, óbvio até dizer chega! Com esse primeiro episódio já deu para perceber que não há nada de novo no front. Convencional e quadrada demais, é uma série que foi feita para passar na CBS para um público tão médio, mas tão médio, que chego a pensar que os produtores americanos estão mesmo convencidos que seus espectadores são meros idiotas. Assim não dá! Subestimar demais a inteligência do público geralmente costuma dar bem errado.
Instinct (Instinct, Estados Unidos, 2018) Direção: Douglas Aarniokoski, Constantine Makris / Roteiro: Howard Roughan, James Patterson / Elenco: Alan Cumming, Bojana Novakovic, Michael B. Silver / Sinopse: Um professor universitário, autor de livros sobre serial killers, se une a uma jovem policial para investigar uma série de crimes. O assassino deixa cartas do baralho nas cenas dos assassinatos, mostrando que ele está seguindo um método descrito pelo escritor.
Pablo Aluísio.
Então eis que começam a surgir vários corpos. Todos foram mortos seguindo as linhas do livro de Reinhart. Assim o renomado escritor e professor se une aos policiais na investigação. Não espere por nada muito interessante. A série peca por ser quadradinha demais, emoldurada em demasia. Não tem um pingo de ousadia. O roteiro desse primeiro episódio é completamente despido de novidades. A resolução dos crimes decepciona por ser fácil demais, óbvio até dizer chega! Com esse primeiro episódio já deu para perceber que não há nada de novo no front. Convencional e quadrada demais, é uma série que foi feita para passar na CBS para um público tão médio, mas tão médio, que chego a pensar que os produtores americanos estão mesmo convencidos que seus espectadores são meros idiotas. Assim não dá! Subestimar demais a inteligência do público geralmente costuma dar bem errado.
Instinct (Instinct, Estados Unidos, 2018) Direção: Douglas Aarniokoski, Constantine Makris / Roteiro: Howard Roughan, James Patterson / Elenco: Alan Cumming, Bojana Novakovic, Michael B. Silver / Sinopse: Um professor universitário, autor de livros sobre serial killers, se une a uma jovem policial para investigar uma série de crimes. O assassino deixa cartas do baralho nas cenas dos assassinatos, mostrando que ele está seguindo um método descrito pelo escritor.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 2 de abril de 2018
Virando o Jogo
Se tem um ator que faz falta no cinema nos dias de hoje esse é certamente Gene Hackman. Aposentado há quase quinze anos, ele era aquele tipo de ator que fazia valer praticamente qualquer filme em que atuasse. Esse "Virando o jogo" foi um de seus últimos trabalhos, quando ele já estava com um pé na aposentadoria. Como o tema do filme era o futebol americano (esporte que os brasileiros em geral desconhecem ou detestam) o filme acabou não ganhando espaço em nossos cinemas, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo em nosso país. Essa má vontade nem se justifica, uma vez que o filme é bonzinho, calcada numa estória interessante.
Aqui Gene Hackman interpreta um treinador que chega para trabalhar em um time sem grandes recursos. Ele então começa a procurar por jogadores mais veteranos ou jovens que não cumpriram as expectativas nas suas carreiras, entre eles Shane Falco (Keanu Reeves) . Dito como um atleta de futuro promissor não conseguiu despontar, ficando restrito a pequenos times sem expressão. O treinador então decide lhe dar mais uma chance, para quem sabe venha a brilhar como nos tempos do futebol universitário. E assim se desenvolve esse drama esportivo. Não é obviamente uma obra prima, mas consegue manter a atenção. Reeves fica à sobra de Hackman, óbvio. Isso porém era mais do que previsível. O resultado final é bem bacaninha.
Virando o Jogo (The Replacements, Estados Unidos, 2000) Direção: Howard Deutch / Roteiro: Vince McKewin / Elenco: Keanu Reeves, Gene Hackman, Brooke Langton / Sinopse: Velho treinador de futebol americano decide contratar um jovem jogador que nunca conseguiu se tornar uma estrela no esporte. O veterano treinador quer um time formado por jogadores que amem o esporte, que joguem com o coração, acima de tudo.
Pablo Aluísio.
Aqui Gene Hackman interpreta um treinador que chega para trabalhar em um time sem grandes recursos. Ele então começa a procurar por jogadores mais veteranos ou jovens que não cumpriram as expectativas nas suas carreiras, entre eles Shane Falco (Keanu Reeves) . Dito como um atleta de futuro promissor não conseguiu despontar, ficando restrito a pequenos times sem expressão. O treinador então decide lhe dar mais uma chance, para quem sabe venha a brilhar como nos tempos do futebol universitário. E assim se desenvolve esse drama esportivo. Não é obviamente uma obra prima, mas consegue manter a atenção. Reeves fica à sobra de Hackman, óbvio. Isso porém era mais do que previsível. O resultado final é bem bacaninha.
Virando o Jogo (The Replacements, Estados Unidos, 2000) Direção: Howard Deutch / Roteiro: Vince McKewin / Elenco: Keanu Reeves, Gene Hackman, Brooke Langton / Sinopse: Velho treinador de futebol americano decide contratar um jovem jogador que nunca conseguiu se tornar uma estrela no esporte. O veterano treinador quer um time formado por jogadores que amem o esporte, que joguem com o coração, acima de tudo.
Pablo Aluísio.
Um Diabo Diferente
Bom, quando eu comecei a trazer textos sobre cinema para esse blog eu queria escrever sobre praticamente todos os filmes que assisti. Como tenho um lista onde anotei grande parte desses filmes o esforço seria no mínimo interessante. Pois bem, nessa longa jornada de cinéfilo assisti muitos filmes maravilhosos, alguns medianos (na verdade a grande maioria) e, é claro, puro lixo, filmes que são horríveis. Ninguém é perfeito afinal de contas. Uma das grandes porcarias que vi na minha vida foi esse trash involuntário chamado "Little Nicky - Um Diabo Diferente". Aliás é bom frisar, Adam Sandler é um caso à parte. Nunca um comediante do cinema americano fez uma lista tão grande de filmes ruins. Depois de várias péssimas experiências nunca mais vi nada com seu nome no elenco, mas em 2000 ainda conseguia ter paciência para lhe dar alguma chance. Tempo perdido.
Ainda interessado sobre o que o filme trata? Então OK. É uma bobagem imbeciloide sobre Nicky, que não é um sujeito normal. Ele é filho de um demônio (sim, isso mesmo que você leu!) que é enviado para a Terra para cumprir uma "missão" especial. Então tudo se desenvolve com suas peripécias em nosso mundo (isso soou muito com aquelas chamadas genéricas e bem estúpidas da Sessão da Tarde, algo do tipo "Vejam esse incrível diabinho se envolvendo em mil e uma aventuras!). Ahh... que coisa insuportável. Depois desse filme horripilante (no mal sentido) nunca mais vi um filme com o nome de Adam Sandler no poster como algo minimamente assistível. Fuja, como o diabo foge da cruz!
Um Diabo Diferente (Little Nicky, Estados Unidos, 2000) Direção: Steven Brill / Roteiro: Tim Herlihy, Adam Sandler / Elenco: Adam Sandler, Patricia Arquette, Harvey Keitel / Sinopse: Nicky (Sandler) é um cara diferente. Ele é o filho de um importante demônio do inferno que deseja que ele obtenha o mesmo sucesso na carreira que seu pai. Só que Nicky prefere ficar o dia todo ouvindo rock pauleira em seu quarto até ser enviado para a Terra para cumprir uma missão muito importante.
Pablo Aluísio.
Ainda interessado sobre o que o filme trata? Então OK. É uma bobagem imbeciloide sobre Nicky, que não é um sujeito normal. Ele é filho de um demônio (sim, isso mesmo que você leu!) que é enviado para a Terra para cumprir uma "missão" especial. Então tudo se desenvolve com suas peripécias em nosso mundo (isso soou muito com aquelas chamadas genéricas e bem estúpidas da Sessão da Tarde, algo do tipo "Vejam esse incrível diabinho se envolvendo em mil e uma aventuras!). Ahh... que coisa insuportável. Depois desse filme horripilante (no mal sentido) nunca mais vi um filme com o nome de Adam Sandler no poster como algo minimamente assistível. Fuja, como o diabo foge da cruz!
Um Diabo Diferente (Little Nicky, Estados Unidos, 2000) Direção: Steven Brill / Roteiro: Tim Herlihy, Adam Sandler / Elenco: Adam Sandler, Patricia Arquette, Harvey Keitel / Sinopse: Nicky (Sandler) é um cara diferente. Ele é o filho de um importante demônio do inferno que deseja que ele obtenha o mesmo sucesso na carreira que seu pai. Só que Nicky prefere ficar o dia todo ouvindo rock pauleira em seu quarto até ser enviado para a Terra para cumprir uma missão muito importante.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de abril de 2018
Mafiosos em Apuros
O elenco é bom, mas o filme não decola em nenhum momento. Eu gosto bastante do tipo de humor que Richard Dreyfuss faz (ou fazia já que ele hoje em dia está praticamente aposentado). O problema é que sem um bom diretor por trás, nada funciona direito. O diretor Michael Dinner é muito fraco, burocrático, praticamente sem personalidade. Assim o Richard Dreyfuss fez o que quis. Sem amarras caiu em mil e uma armadilhas, exagerando nos cacoetes, afundando em seus próprios maneirismos.
Legal mesmo seria rever Burt Reynolds em forma, novamente em uma boa comédia. Pouca gente sabe, mas ele chegou a ser um dos dez atores mais bem pagos de Hollywood nos anos 70, principalmente por causa de "Agarra-me se Puderes" e suas continuações. O tempo passou e a carreira declinou. Depois de várias plásticas (péssimas, por sinal) tentou uma reviravolta, mas nunca conseguiu. Nesse filme esquecível aqui ele também não voltou a se achar em cena. Enfim, tudo pode ser resumido mesmo na primeira linha dessa resenha. É um filme com bom elenco que simplesmente não funciona. Uma pena...
Mafiosos em Apuros (The Crew, Estados Unidos, 2000) Direção: Michael Dinner / Roteiro: Barry Fanaro / Elenco: Richard Dreyfuss, Burt Reynolds, Dan Hedaya, Carrie-Anne Moss, Jennifer Tilly / Sinopse: Grupo de mafiosos do passado, aposentados e vivendo em um retiro para idosos de Palm Beach, na Flórida, decidem forjar um crime para que os imóveis onde moram sejam desvalorizados, evitando assim que sejam despejados do lugar.
Pablo Aluísio.
Legal mesmo seria rever Burt Reynolds em forma, novamente em uma boa comédia. Pouca gente sabe, mas ele chegou a ser um dos dez atores mais bem pagos de Hollywood nos anos 70, principalmente por causa de "Agarra-me se Puderes" e suas continuações. O tempo passou e a carreira declinou. Depois de várias plásticas (péssimas, por sinal) tentou uma reviravolta, mas nunca conseguiu. Nesse filme esquecível aqui ele também não voltou a se achar em cena. Enfim, tudo pode ser resumido mesmo na primeira linha dessa resenha. É um filme com bom elenco que simplesmente não funciona. Uma pena...
Mafiosos em Apuros (The Crew, Estados Unidos, 2000) Direção: Michael Dinner / Roteiro: Barry Fanaro / Elenco: Richard Dreyfuss, Burt Reynolds, Dan Hedaya, Carrie-Anne Moss, Jennifer Tilly / Sinopse: Grupo de mafiosos do passado, aposentados e vivendo em um retiro para idosos de Palm Beach, na Flórida, decidem forjar um crime para que os imóveis onde moram sejam desvalorizados, evitando assim que sejam despejados do lugar.
Pablo Aluísio.
Maria Madalena
Esse filme entrou em cartaz nos cinemas brasileiros durante essa Páscoa. É uma boa oportunidade para conferir a história de Maria Madalena sob sua ótica pessoal. Figura bastante importante no Novo Testamento, aqui os roteiristas tomaram uma série de liberdades com sua vida. Muitas das coisas que o espectador verá na tela não estão relatadas nos evangelhos. Isso porém não atrapalha em nada o resultado final, que achei muito bom e satisfatório. Maria (Rooney Mara) é uma jovem judia do século I que vive às margens do Mar da Galileia. Ela mora em Magdala (daí seu sobrenome usado nos evangelhos). Vivendo da pesca ela resiste á pressão familiar para se casar com um homem conhecido como Efrain. Isso leva seu pai a entender que ela estaria possuída por demônios. Essa situação conflituosa a leva a conhecer um jovem judeu que prega pelas estradas da Galileia. Ele é Jesus de Nazaré (interpretado por Joaquin Phoenix).
Depois desse primeiro encontro ela passa a seguir as pregações de seu mestre, se tornando uma das mais devotadas seguidoras de sua palavra. O filme assim vai mostrando as passagens mais importantes da vida de Jesus. Seus milagres, as curas, a viagem até Jerusalém, sua entrada na cidade, a revolta contra os vendilhões do templo, sua prisão, crucificação e ressurreição. Maria Madalena está sempre presente nesses momentos cruciais (algo de acordo com as escrituras). Ela foi de fato uma testemunha ocular de tudo o que aconteceu. Sua figura histórica aliás sempre foi alvo de controvérsias. Em determinado momento intérpretes da Bíblia a qualificaram como uma prostituta que Jesus trouxe de volta à Luz. Isso porém nunca é dito diretamente pela Bíblia. Hoje em dia a Igreja recuperou sua imagem, pois afinal ela foi a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado, em toda a sua glória. Por fim algo importante que salvou o filme do sensacionalismo. Os roteiristas não caíram na armadilha de colocar Maria Madalena como esposa de Jesus, algo que não tem base bíblica nenhuma, uma invenção baseada em boatos e livros pseudo históricos. Assim preservou o legado mais importante dela, sua fé e fidelidade à mensagem do Messias.
Maria Madalena (Mary Magdalene, Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, 2018) Direção: Garth Davis / Roteiro: Helen Edmundson, Philippa Goslett / Elenco: Rooney Mara, Joaquin Phoenix, Chiwetel Ejiofor / Sinopse: Maria (Rooney Mara) vive na Galileia do século I. Um região pobre, de pescadores, sob dominação do Império Romano. Sua vida muda completamente quando ela conhece Jesus (Phoenix), um pregador que traz uma nova mensagem de paz e amor ao próximo. Roteiro baseado em parte no Novo Testamento.
Pablo Aluísio.
Depois desse primeiro encontro ela passa a seguir as pregações de seu mestre, se tornando uma das mais devotadas seguidoras de sua palavra. O filme assim vai mostrando as passagens mais importantes da vida de Jesus. Seus milagres, as curas, a viagem até Jerusalém, sua entrada na cidade, a revolta contra os vendilhões do templo, sua prisão, crucificação e ressurreição. Maria Madalena está sempre presente nesses momentos cruciais (algo de acordo com as escrituras). Ela foi de fato uma testemunha ocular de tudo o que aconteceu. Sua figura histórica aliás sempre foi alvo de controvérsias. Em determinado momento intérpretes da Bíblia a qualificaram como uma prostituta que Jesus trouxe de volta à Luz. Isso porém nunca é dito diretamente pela Bíblia. Hoje em dia a Igreja recuperou sua imagem, pois afinal ela foi a primeira pessoa a ver Jesus ressuscitado, em toda a sua glória. Por fim algo importante que salvou o filme do sensacionalismo. Os roteiristas não caíram na armadilha de colocar Maria Madalena como esposa de Jesus, algo que não tem base bíblica nenhuma, uma invenção baseada em boatos e livros pseudo históricos. Assim preservou o legado mais importante dela, sua fé e fidelidade à mensagem do Messias.
Maria Madalena (Mary Magdalene, Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, 2018) Direção: Garth Davis / Roteiro: Helen Edmundson, Philippa Goslett / Elenco: Rooney Mara, Joaquin Phoenix, Chiwetel Ejiofor / Sinopse: Maria (Rooney Mara) vive na Galileia do século I. Um região pobre, de pescadores, sob dominação do Império Romano. Sua vida muda completamente quando ela conhece Jesus (Phoenix), um pregador que traz uma nova mensagem de paz e amor ao próximo. Roteiro baseado em parte no Novo Testamento.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 30 de março de 2018
The Crown - Primeira Temporada
A série The Crown conta a história da atual monarca da Inglaterra, a Rainha Elizabeth II, desde o momento em
que seu pai fica doente, com um câncer de pulmão agressivo, até os dias
atuais. Uma série com produção requintada, ótimo elenco e produção de primeira linha. A primeira temporada teve sua estreia em novembro de 2016, com excelente retorno de público e crítica. Essa primeira temporada contou com 10 episódios, sendo os dois primeiros editados em conjunto, para se assistir como se fosse um longa-metragem. Em suma, uma série de muito bom gosto, para quem aprecia programas com mais refinamento. Vamos aos episódios comentados dessa primeira temporada.
The Crown 1.01 / 1.02- Wolferton Splash / Hyde Park Corner - Estou começando a assistir essa série inglesa que conta a história da Rainha Elizabeth II. Até o momento já conferi os dois primeiros episódios intitulados Wolferton Splash e Hyde Park Corner, respectivamente. A história não começa na infância dela, como era de esperar. Quando o primeiro episódio começa já encontramos Elizabeth mocinha, na juventude ainda. Seu pai, o Rei George VI, era um fumante inveterado, fumando vários maços por dia. Naquela época ainda não se tinha uma visão completa de como o cigarro poderia fazer mal à saúde. O Rei vai ficando cada vez mais doente. Uma cirurgia é realizada, ainda numa fase primitiva da medicina, e parte de seu pulmão é retirado. Ele sobrevive por pouco à intervenção. Algo até brutal. O curioso é que tudo não foi feito no hospital, como era de se esperar. O Rei preferiu que uma sala luxuosa do Palácio de Windsor fosse adaptado, com ele sendo aberto cirurgicamente debaixo de luxuosos lustres dr cristal. No mínimo bizarro.
Pois bem, ele ainda se recupera aos poucos, porém sempre tossindo sangue. No segundo episódio Elizabeth é enviada para uma longa viagem pela Commonwealth, a comunidade britânica de nações. Na África, enquanto tentava se adaptar aos costumes do lugar, acaba recebendo a notícia que o Rei havia falecido. Ao amanhecer seu mordomo foi até seus aposentos para lhe acordar, mas o Rei já estava morto. Alguns aspectos desses dois primeiros episódios também chamam a atenção. O primeiro ministro Winston Churchill está lá, já no fim de sua carreira política, quando ele já estava velho demais para seguir em frente. Outro personagem que chama atenção é o príncipe Phillip, com algo até de antipático. Esnobe e petulante ele comete uma gafe e tanto quando confunde uma coroa de um rei africano com um chapéu. Sujeitinho ignorante. / The Crown 1.01 / 1.02- Wolferton Splash / Hyde Park Corner (Inglaterra, 2016) Direção: Stephen Daldry / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Claire Foy, Matt Smith, Victoria Hamilton.
The Crown 1.06 - Gelignite
Série que resgata a história da rainha Elizabeth II (Claire Foy), desde o momento em que ele assume o trono. Era bastante jovem ainda e teve que lidar com problemas delicados. Nesse episódio o problema principal vem da própria irmã Margaret (Vanessa Kirby). Ela se apaixona por um capitão divorciado e sem tradição dentro da nobreza britânica. Acontece que membros da família real não poderiam em tese se casar com pessoas divorciadas, já que Elizabeth é também chefe da Igreja Anglicana, que proíbe o divórcio. E aí cria-se uma situação delicada. Elizabeth não pode dar a autorização para a irmã sem passar por cima da doutrina anglicana. Complicado. Bom episódio que explora um aspecto pouco lembrado, a de que ser monarca também significa conciliar interesses que são na verdade inconciliáveis. / The Crown 1.06 - Gelignite (Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Claire Foy, Matt Smith, Victoria Hamilton.
The Crown 1.07 - Scientia Potentia Est
A rainha Elizabeth II (Claire Foy) se ressente das falhas de sua educação. Ela vai receber em breve o presidente dos Estados Unidos em Windsor e se sente despreparada para conversar com ele. Assim decide que precisa se preparar e contrata um professor para lhe ensinar mais coisas sobre ciência, energia nuclear, etc. Elizabeth II fica tão desnorteada com sua situação pessoal que confronta a mãe sobre suas falhas educacionais. É surpreendente descobrir nesse episódio que a própria rainha da Inglaterra se sentia despreparada para lidar com os maiores líderes mundiais. Uma situação até vergonhosa. Enquanto Elizabeth II vai aprendendo, como uma boa aluna, o primeiro ministro Winston Churchill (John Lithgow) sofre um derrame. O pior é que ele decide esconder sua condição da monarca que fica realmente furiosa quando descobre que esse tipo de informação lhe foi escondida. O ponto alto do episódio acontece quando o primeiro ministro se encontra pessoalmente com a rainha. O clima de tensão é muito bem trabalhado pelo roteiro. / The Crown 1.07 - Scientia Potentia Est (Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Claire Foy, John Lithgow, Matt Smith, Victoria Hamilton.
Pablo Aluísio.
The Crown 1.01 / 1.02- Wolferton Splash / Hyde Park Corner - Estou começando a assistir essa série inglesa que conta a história da Rainha Elizabeth II. Até o momento já conferi os dois primeiros episódios intitulados Wolferton Splash e Hyde Park Corner, respectivamente. A história não começa na infância dela, como era de esperar. Quando o primeiro episódio começa já encontramos Elizabeth mocinha, na juventude ainda. Seu pai, o Rei George VI, era um fumante inveterado, fumando vários maços por dia. Naquela época ainda não se tinha uma visão completa de como o cigarro poderia fazer mal à saúde. O Rei vai ficando cada vez mais doente. Uma cirurgia é realizada, ainda numa fase primitiva da medicina, e parte de seu pulmão é retirado. Ele sobrevive por pouco à intervenção. Algo até brutal. O curioso é que tudo não foi feito no hospital, como era de se esperar. O Rei preferiu que uma sala luxuosa do Palácio de Windsor fosse adaptado, com ele sendo aberto cirurgicamente debaixo de luxuosos lustres dr cristal. No mínimo bizarro.
Pois bem, ele ainda se recupera aos poucos, porém sempre tossindo sangue. No segundo episódio Elizabeth é enviada para uma longa viagem pela Commonwealth, a comunidade britânica de nações. Na África, enquanto tentava se adaptar aos costumes do lugar, acaba recebendo a notícia que o Rei havia falecido. Ao amanhecer seu mordomo foi até seus aposentos para lhe acordar, mas o Rei já estava morto. Alguns aspectos desses dois primeiros episódios também chamam a atenção. O primeiro ministro Winston Churchill está lá, já no fim de sua carreira política, quando ele já estava velho demais para seguir em frente. Outro personagem que chama atenção é o príncipe Phillip, com algo até de antipático. Esnobe e petulante ele comete uma gafe e tanto quando confunde uma coroa de um rei africano com um chapéu. Sujeitinho ignorante. / The Crown 1.01 / 1.02- Wolferton Splash / Hyde Park Corner (Inglaterra, 2016) Direção: Stephen Daldry / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Claire Foy, Matt Smith, Victoria Hamilton.
The Crown 1.06 - Gelignite
Série que resgata a história da rainha Elizabeth II (Claire Foy), desde o momento em que ele assume o trono. Era bastante jovem ainda e teve que lidar com problemas delicados. Nesse episódio o problema principal vem da própria irmã Margaret (Vanessa Kirby). Ela se apaixona por um capitão divorciado e sem tradição dentro da nobreza britânica. Acontece que membros da família real não poderiam em tese se casar com pessoas divorciadas, já que Elizabeth é também chefe da Igreja Anglicana, que proíbe o divórcio. E aí cria-se uma situação delicada. Elizabeth não pode dar a autorização para a irmã sem passar por cima da doutrina anglicana. Complicado. Bom episódio que explora um aspecto pouco lembrado, a de que ser monarca também significa conciliar interesses que são na verdade inconciliáveis. / The Crown 1.06 - Gelignite (Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Claire Foy, Matt Smith, Victoria Hamilton.
The Crown 1.07 - Scientia Potentia Est
A rainha Elizabeth II (Claire Foy) se ressente das falhas de sua educação. Ela vai receber em breve o presidente dos Estados Unidos em Windsor e se sente despreparada para conversar com ele. Assim decide que precisa se preparar e contrata um professor para lhe ensinar mais coisas sobre ciência, energia nuclear, etc. Elizabeth II fica tão desnorteada com sua situação pessoal que confronta a mãe sobre suas falhas educacionais. É surpreendente descobrir nesse episódio que a própria rainha da Inglaterra se sentia despreparada para lidar com os maiores líderes mundiais. Uma situação até vergonhosa. Enquanto Elizabeth II vai aprendendo, como uma boa aluna, o primeiro ministro Winston Churchill (John Lithgow) sofre um derrame. O pior é que ele decide esconder sua condição da monarca que fica realmente furiosa quando descobre que esse tipo de informação lhe foi escondida. O ponto alto do episódio acontece quando o primeiro ministro se encontra pessoalmente com a rainha. O clima de tensão é muito bem trabalhado pelo roteiro. / The Crown 1.07 - Scientia Potentia Est (Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Direção: Benjamin Caron / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Claire Foy, John Lithgow, Matt Smith, Victoria Hamilton.
Pablo Aluísio.
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