terça-feira, 3 de abril de 2018

Instinct

Assisti ao episódio piloto dessa nova série da CBS. Primeira observação é a de que temos aqui uma série feita para ser exibida na grade de programação desse canal aberto nos Estados Unidos. Mal sinal. Séries assim costumam ser completamente sem criatividade, originalidade. É o que os brasileiros chamam de "enlatado americano". O enredo me animou um pouquinho, mas foi em vão. Na trama temos uma policial do departamento de homicídios (a atriz eslava Bojana Novakovic) que resolve contactar um professor de psicologia forense. Autor de sucesso, o Dr.Dylan Reinhart (interpretado pelo sempre bom Alan Cumming) escreveu um best seller sobre a psicologia dos psicopatas, dos assassinos em série.

Então eis que começam a surgir vários corpos. Todos foram mortos seguindo as linhas do livro de Reinhart. Assim o renomado escritor e professor se une aos policiais na investigação. Não espere por nada muito interessante. A série peca por ser quadradinha demais, emoldurada em demasia. Não tem um pingo de ousadia. O roteiro desse primeiro episódio é completamente despido de novidades. A resolução dos crimes decepciona por ser fácil demais, óbvio até dizer chega! Com esse primeiro episódio já deu para perceber que não há nada de novo no front. Convencional e quadrada demais, é uma série que foi feita para passar na CBS para um público tão médio, mas tão médio, que chego a pensar que os produtores americanos estão mesmo convencidos que seus espectadores são meros idiotas. Assim não dá! Subestimar demais a inteligência do público geralmente costuma dar bem errado.

Instinct (Instinct, Estados Unidos, 2018) Direção: Douglas Aarniokoski, Constantine Makris     / Roteiro: Howard Roughan, James Patterson / Elenco: Alan Cumming, Bojana Novakovic, Michael B. Silver / Sinopse: Um professor universitário, autor de livros sobre serial killers, se une a uma jovem policial para investigar uma série de crimes. O assassino deixa cartas do baralho nas cenas dos assassinatos, mostrando que ele está seguindo um método descrito pelo escritor.

Pablo Aluísio.

10 comentários:

  1. O mesmo aconteceu comigo ontem vendo o primeiro episodio da serie da BBC/Netflix, Collateral. Apesar da Netflix na parada fiquei animado, afinal serie da BBC é de se respeitar. A série trata da investigação de um assassinato de um entregador de pizza Sírio. Seria um crime de ódio, terrorismo, pizza ruim?
    O que me animou a começar, alem da BBC: a protagonista Carey Mulligan, que eu lembrava como um fofura só, e o John Simm da série, também inglesa, Crime e Castigo.
    Bom, azar o meu: a Carey Mulligan já envelheceu muito desde Drive e Shame e a fofura se foi quase toda, e o John Simm, também muito mais velho, quase irreconhecível, faz insuportável deputado de esquerda a favor dos refugiados que da vontade de arrebenta-lo de porrada.
    Enfim, junte essas duas decepções com personagens paralelos bestas e intragáveis e você já tem o motivo para abandonar uma série mesmo antes de terminar o primeiro episódio. Foi o que fiz.

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  2. É bem chato quando você lê a sinopse de uma série, vê o elenco e pensa que vem coisa pela frente e... já no primeiro episódio descobre que a série não presta! É uma perda de tempo mesmo.

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  3. No mais muito boa essa análise dessa série que você citou. E olha que pelo que você inicialmente escreveu eu provavelmente iria conferir... só que agora é melhor deixar pra lá.

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  4. Bom Pablo, você sabe que eu não sou critico nem resenhista e essa é pura e somente minha opinião pessoal sobre essa série; não vá deixar de assisti-la por minha causa, por favor.

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  5. Eu prefiro ler opiniões como a sua. Críticos brasileiros são esnobes e pernósticos. A opinião do espectador comum é muito mais relevante.

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  6. Um outra coisa que me incomodou foi que a policial feita pela Carey Mulligan parece a cada momenta nos dizer "olha como eu sou igual a Marge Gunderson da Frances McDormand em Fargo, o filme".

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  7. O que mais me chocou foi saber que a gatinha Carey Mulligan perdeu o brilho de sua beleza. Deve ser o cigarro, ela fuma demais.

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  8. Amadureceu e perdeu aquela carinha anjinho/diabinho. rsrsrss...

    Está com cara de mulher adulta, não feia como a Frances McDormand, obviamente, mas daquele tipo de mulher.

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  9. Então se foi mais uma musa do cinema... porque a Frances não dá... rsrsrs

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