terça-feira, 2 de maio de 2017
Chet Baker: A Lenda do Jazz
A partir da perda do controle de seus problemas com drogas ele começou a sofrer reveses sucessivos, tanto na vida profissional como pessoal. Sua mulher o abandonou, a gravadora rescindiu seu contrato e uma surra dada por traficantes acabou quebrando todos os seus dentes. Para quem era trompetista a perda dos dentes representou um problema e tanto. Em pouco tempo ele estava praticamente acabado.
O filme começa quando Chet saiu da prisão. Um produtor de Hollywood pagou sua fiança para que ele estrelasse um filme sobre sua vida pessoal. Chet iria interpretar ele mesmo. A produção não deu certo e assim o músico precisou reencontrar o caminho do sucesso e do respeito. O roteiro do filme mostra apenas uma pequena parte da vida do músico, justamente aquela em que ele tenta se reerguer na vida. Arruinado financeiramente, sem trabalho, ele busca pela última chance em sua vida. Há uma luta interna para não voltar para as drogas e a humilhação de ter que tocar em pequenos bares para sobreviver. Um momento particularmente difícil em sua trajetória.
O ator Ethan Hawke se sai muito bem em sua interpretação de Chet Baker. Esse ator sempre teve uma característica bem interessante, a de passar uma certa vulnerabilidade, até mesmo uma fraqueza física e psicológica em todos os personagens que interpretou. Algo que foi mais do que adequado para esssa atuação. Seu Chet é um ídolo caído, um sujeito que já foi grande, mas que agora beija a sarjeta. Seus maneirismos, as humilhações que teve que passar, tudo é muito bem desenvolvido por Hawke. Ele só não conseguiu ser tão boa pinta como o verdadeiro Chet Baker (que lembrava até mesmo um Elvis Presley do mundo do jazz). Não tem problema, esse filme é realmente muito bom para resgatar a trágica história desse músico que foi do céu ao inferno em sua arte.
Chet Baker: A Lenda do Jazz (Born to Be Blue, Estados Unidos, 2015) Direção: Robert Budreau / Roteiro: Robert Budreau / Elenco: Ethan Hawke, Carmen Ejogo, Callum Keith Rennie / Sinopse: O filme narra parte da vida do músico de jazz Chet Baker, desde o momento de sua queda na carreira e na vida pessoal causada pelo vício em heroína, até suas tentativas de voltar ao topo no mundo da música.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 1 de maio de 2017
A Descoberta
Enredo interessante, boa premissa, tudo bem. O problema é que o filme não desenvolve bem sua estória. Tudo é desperdiçado. O roteiro não explica em detalhes como o cientista chegou na prova de que haveria vida após a morte. Um diálogo bem genérico é dito, envolvendo partículas subatômicas, mas tudo fica por aí. Essa ligação entre a descoberta científica da existência de vida após a morte e suicídios também me pareceu uma tolice, não muito bem explicada. Algo gratuito e forçado, até porque não se sustenta por muito tempo.
A razão que me levou a assistir esse filme foi a presença do ator Robert Redford. Ele aliás é uma das poucas coisas que se salvam nessa produção equivocada. Sua magnífica presença está lá, toda a dignidade de um grande ator de tantos clássicos do cinema também, mas seu personagem, que poderia render muito, acaba sendo apenas vazio. Os roteiristas colocaram um romance entre o filho do cientista e uma garota suicida, mas isso não faz muita diferença. Também não salva o filme a reviravolta final, que tenta impressionar pela originalidade, mas que falha do mesmo modo. Há momentos que lembram filmes B de ficção dos anos 50, como o nada convincente aparelho de gravação de memórias! Enfim, achei bem decepcionante.
A Descoberta (The Discovery, Estados Unidos, 2017) Direção: Charlie McDowell / Roteiro: Justin Lader, Charlie McDowell / Elenco: Robert Redford, Mary Steenburgen, Brian McCarthy / Sinopse: Cientista renomado (Redford) consegue provar que a consciência sobrevive à morte, ou seja, que há ainda vida após a morte do corpo físico. A descoberta gera uma série de reações dentro da sociedade. O autor da façanha científica porém não se intimida, desejando ir além em suas descobertas sobre o tema.
Pablo Aluísio.
Uma Jornada Para Toda a Vida
Sua aventura deu origem a um livro chamado "Tracks" (Trilhas) onde a autora contou tudo o que passou nessa jornada. O roteiro desse filme é baseado justamente nesse livro, que se tornou best-seller na Austrália. A protagonista é interpretada pela atriz Mia Wasikowska, aqui deixando todo o glamour de lado para dar vida a uma mulher dura, de firmeza inabalável. Foi no mínimo curioso ver Mia longe do visual que ela sempre usou para outros filmes. Ao invés de belos vestidos e figurino fashion, ela surge na mais pura simplicidade. Suja de areia, com os pés enfiados numa sandália surrada e muito queimada do sol, Mia parece outra pessoa. Quem a conhece de "Alice" ou "Madame Bovary" não vai reconhecê-la.
Filmes como esse são bem instrutivos, diria até mesmo educacionais. Ao longo de sua história você vai descobrir informações sobre a Austrália que poucas pessoas conhecem. Por exemplo, você sabia que os desertos australianos possuem o maior número de camelos selvagens do planeta? Superam em número até mesmo o Oriente Médio! Esses animais não são naturais da Austrália, eles foram levados para lá no século XVII por uma expedição, depois soltos no meio ambiente. O curioso é que o animal se deu muito bem naquelas pastagens e não apenas se firmou como progrediu no meio dos desertos sem fim. Outra informação bem curiosa é saber que os cangurus são vistos pelos australianos como um apetitoso prato culinário! Os animais inclusive servem de comida para a protagonista durante sua jornada. Então é isso, um bom filme, muito bem realizado, com uma série de informações curiosas sobre as terras desertas da distante Austrália.
Uma Jornada Para Toda a Vida / Trilhas (Tracks, Austrália, 2013) Direção: John Curran / Roteiro: Marion Nelson, baseado no livro escrito por Robyn Davidson/ Elenco: Mia Wasikowska, Adam Driver, Lily Pearl / Sinopse: Jovem australiana desiludida com sua própria vida, enfrentando problemas emocionais, decide partir para uma aventura inédita: atravessar o deserto australiano em direção às belas praias da costa oeste banhada pelo Oceano Índico. Filme vencedor do Australian Cinematographers Society na categoria de Melhor Fotografia (Mandy Walker). Indicado ao Australian Film Critics Association Awards nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Mia Wasikowska) e Melhor Fotografia.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Shameless - Sexta Temporada
"Shameless" foi longe. Esse é o primeiro episódio da sexta temporada. Além dos roteiros divertidos a série se sustenta por causa do bom elenco, com destaque para o veterano William H. Macy que simplesmente arrasa como Frank Gallagher. Ele aliás é um dos pilares desse episódio. Como se viu na temporada anterior Frank acabou tendo um caso de amor louco com uma doutora que durante toda a sua vida foi certinha, correta, etc. Quando foi diagnosticada com um câncer terminal resolveu fazer tudo o que nunca havia feito na vida, caindo numa cirando de loucuras e excessos de todos os tipos. E poderia haver melhor companhia do que Frank para curtir uma vida louca dessas?! Pois bem, nessa nova temporada ela está morta. Frank, desolado, resolve repetir a dose, indo atrás de mulheres desesperadas como ela. O alvo não poderia ser outro a não ser a ala de câncer do maior hospital da cidade! Se você acha que isso é ir longe demais, o que dizer da busca de Frank por um sentido na vida? Ele passa a frequentar as mais diferentes religiões que encontra pela frente, o que rende divertidas gags de poucos segundos que valem pelo episódio inteiro. O humor de Shameless vem do absurdo, da falta de senso, do humor negro, muitas vezes. O episódio, como era de se esperar, procura desenvolver todos os personagens da família Gallagher, porém nenhum deles consegue superar Frank. Ótima diversão à vista, desde que você não fique chocado com a proposta ousada dos roteiros da série. / Shameless 6.01 - I Only Miss Her When I'm Breathing (EUA, 2016) Direção: Christopher Chulack / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.
Shameless 6.03 - The F Word
Como gostam de dizer os nordestinos essa série é danada de boa. Porém ela também é sequencial, o que significa dizer que para que você queira acompanhá-la terá que começar lá atrás, da primeira temporada (atualmente a série foi renovada nos Estados Unidos para a sua sétima temporada!). É um longo caminho, com muitos episódios. Nesse aqui Fiona (Emmy Rossum) descobre que está grávida! Pior do que isso, ela nem pode afirmar com certeza quem seria o pai pois manteve um relacionamento com dois homens ao mesmo tempo! Seu marido e o dono do bar onde trabalha são os prováveis pais da criança. Embora não exista bolsa família nos Estados Unidos, as famílias pobres, sem recursos, sempre podem conta com o serviço social. E é justamente nisso que Frank (William H. Macy) aposta. Acontece que sua outra filha adolescente, Debbie (Emma Kenney), também está grávida de seu namorado. Ela é menor de idade, ainda no período escolar e Frank sabe que situações como essa garantem uma grana extra vinda do serviço social do governo federal. "Dinheiro fácil" no seu modo de pensar! Cara de pau demais para você? Pois é, se não fosse assim a série certamente não se chamaria Shameless (em bom português, "sem vergonha", "desavergonhado", etc). Por fim na outra linha narrativa cria-se uma tensão entre Lip (Jeremy Allen White) e seu irmão Ian (Cameron Monaghan). Enquanto um está na universidade de Chicago estudando, o outro começa a trabalhar no mesmo lugar como faxineiro! A situação não demora a criar uma situação bem delicada entre eles. / Shameless 6.03 - The F Word (EUA, 2016) Direção: Nisha Ganatra / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.
Shameless 6.04 - Going Once, Going Twice
Frank (William H. Macy) arranja um emprego de babá para sua filha. Ela vai trabalhar para um casal em que a esposa está com um câncer terminal. Frank quer que Debbie (Emma Kenney) seduza o marido, afinal o sujeito vive bem, tem uma bela casa, um emprego e em breve estará viúvo. Acha que Frank foi longe demais? Bom, nada mais do que mais um dia normal na vida da família Gallagher. Enquanto isso Fiona (Emmy Rossum) tenta salvar sua própria casa de ir a leilão em Chicago. Afinal de contas se ela for vendida todos vão parar no meio da rua. A casa é velha, caindo aos pedaços, mas é o lar dos Gallagher. Ela até tenta dar o lance vencedor, mas não consegue. O antigo bairro passa por uma valorização e os terrenos por lá começam a valer pequenas fortunas. Pelo visto cada um terá que se virar. Para piorar Fiona descobre mais um aspecto negativo de seu novo namorado, o dono da lanchonete onde ela trabalha. Há semanas ela sabe que ele luta contra um vício em drogas pesadas como heroína e agora descobre que ele também já cumpriu pena por matar um homem no passado. A barra certamente vai pesar um pouco mais para o casal. Não muito preocupado com isso, Ian (Cameron Monaghan) vai atrás de seu novo crush, um bombeiro negro que faz parte do primeiro batalhão exclusivamente gay do corpo de bombeiros de Chicago. Pelo visto os tempos são outros realmente, tempos modernos. E como nenhum relacionamento é muito normal para essa família, Lip (Jeremy Allen White) continua seu caso amoroso com sua professora na universidade. Ela é casada, mas como está em um casamento aberto onde seu marido sabe de tudo, chega até a receber Lip em sua casa para ele transar com sua esposa em seu próprio quarto. Pois é... Tempos modernos 2... / Shameless 6.04 - Going Once, Going Twice (EUA, 2016) Direção: Christopher Chulack / Roteiro: John Wells, Paul Abbott/ Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.
Shameless 6.05 - Refugees
Com a venda da casa da família Gallagher todo mundo acaba indo para o olho da rua. Além de "Shameless" (sem vergonhas) eles viram também "Homeless" (sem tetos). Pois é, tempos duros. Fiona (Emmy Rossum) vai morar com seu namorado, o dono da lanchonete onde ela trabalha. Carl (Ethan Cutkosky) decide que vai comprar um apartamento com o dinheiro do tráfico de armas e drogas que ganha. Por ser universitário Lip (Jeremy Allen White) acaba se safando pois mora na própria universidade, em um dormitório estudantil. Para não deixar o irmão na rua ele chama Ian (Cameron Monaghan) para se alojar com ele. Frank (William H. Macy) e Debbie (Emma Kenney) apostam todas as suas fichas na casa da família onde ela agora trabalha como babá. Outro fato marcante desse episódio vem com a vingança pornô da ex-namorada de Lip. Em um descuido ele a deixa em seu quarto sozinha. Ela fuça seu pc e descobre fotos da namorada dele (a professora) dando mole. Não demora muito e ela espalha a imagem para todos os computadores da universidade, usando a internet para isso. Escândalo total. É isso, "Shameless" é bem divertida. Uma boa série para se assistir nos momentos de ócio. / Shameless 6.05 - Refugees (EUA, 2016) Direção: Wendey Stanzler / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.
Shameless 6.09 - A Yurt of One's Own
Frank e Deborah vão parar em uma comunidade hippie bem no meio da floresta. O lugar é rústico, com amor livre, drogas e tendas para suportar o frio dos arredores de Chicago. Pior do que isso - Frank precisará trabalhar para garantir sua comida. O que ele nem desconfia é que por trás do papo new age há uma plantação de papoula (usada para a fabricação do ópio) bem debaixo da pequena aldeia hippie. Já Lip enche tanto a cara na festa da fraternidade onde trabalha que vai parar no hospital. Pois acontece com Ian, quando chamado por Mandy descobre duas coisas absurdas: a primeira é que ela trabalha como prostituta, a segunda que tem um cliente morto no quarto onde ela teria ido para mais um programa. Por fim Fiona tenta se divorciar, mas seu marido (aquele músico fracassado) cria problemas em cima de problemas. E ela, quem diria, só quer mesmo manter seu relacionamento sério com o dono da lanchonete onde trabalha. Enfim, nada de novo na caótica rotina da família Gallagher. / Shameless 6.09 - A Yurt of One's Own (Estados Unidos, 2016) Direção: Ruben Garcia / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.
Shameless 6.10 - Paradise Lost
Debbie está para ter sua filha, só que ela se encontra naquela comunidade de hippies malucos. Eles querem que seu parto seja feito lá mesmo, em uma banheira imunda. Pior do que isso, a parteira é uma senhora, já bem avançada na idade, cujo último parto que realizou foi na década de 70! Desesperada, com fortes dores, Debbie faz o que qualquer mulher sensata faria - dá no pé e volta para sua casa em Chicago, onde acaba tendo a criança na sala, em meio ao desespero de sua família. Um dia normal na caótica existência dos Gallaghers. Quem não queria ir embora do lugar onde vive os hippies era justamente Frank, ainda mais agora que estava tendo sexo fácil com as mulheres do lugar. Aliás as confusões envolvendo Frank não param por aí. Pego por traficantes ele acaba contando para eles que lá na comunidade dos bichos grilos há uma plantação de papoula - a base da droga chamado ópio. Claro que tudo termina sob uma chuva de balas. Já Lip Gallagher tenta se manter na universidade. Ele está sob investigação da reitoria após se embebedar, dando um vexame público na festa da fraternidade feminina onde trabalha. O cara chega ao ponto de fazer xixi na frente de todo mundo e até na diretora do campus! No outro dia acorda sem lembrar de nada em um hospital. Por fim há Ian. Ele encontrou um novo objetivo na vida, quer ser bombeiro e precisa fazer um teste para entrar. Ele está tendo um caso com um bombeiro negro (que é HIV positivo!) e se prepara para dar uma guinada na vida. Na hora de responder o formulário de admissão acaba escondendo uma informação importante: a de que ele já teve problemas psicológicos! Mais problemas certamente estão por vir. / Shameless 6.10 - Paradise Lost (Estados Unidos, 2016) Direção: Lynn Shelton / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.
Shameless 6.11 - Sleep No More
Por fim conferi mais um episódio de "Shameless". Eu curto bastante essa série por causa de seu humor negro politicamente incorreto. Já estou chegando no final de sexta temporada. Aqui nesse penúltimo episódio da temporada (Sleep No More) encontramos Frank aprontando de novo. Ele quer pagar tudo no casamento de Fiona, mas ninguém sabe de onde vem o dinheiro. Como se trata de Frank é sempre bom manter um pé atrás. Pior é que ele acaba saindo no braço com o noivo da filha, entrando em um quebra pau daqueles. Embora apanhe muito Frank decide que não vai deixar barato e contrata um assassino profissional para matar o noivo de Fiona antes do casamento! Já Ian quer uma nova chance na vida. Ele pretende entrar no corpo de paramédicos dos bombeiros, mas sua superiora descobre que ele tem problemas de bipolaridade! Não será algo fácil de superar. Melhor se sai Kevin, o dono do bar, que agora tem além da esposa em sua cama, a russa que vive ilegalmente nos Estados Unidos. Tudo para que ela não seja pega pela imigração. Nada mal, nenhum homem realmente iria reclamar de algo assim. / Shameless 6.11 - Sleep No More (Estados Unidos, 2016) Direção: Anthony Hemingway / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White / Data de exibição nos Estados Unidos: 27 de março de 2016.
Shameless 6.12 - Familia Supra Gallegorious Omnia!
Melhor se sai a divertida "Shameless". Conferi nesse fim de semana o fim da sexta temporada. Foram doze episódios que se não inovaram muito, pelo menos mantiveram o padrão da série, que é muito boa. Esse último episódio se intitula Familia Supra Gallegorious Omnia! Como era de se esperar Frank arrasa com o casamento de Fiona. Ele aparece na Igreja meio bêbado, drogado (ou as duas coisa juntas) e transforma tudo em um grande fiasco. Acaba revelando a Fiona que seu futuro marido é um mentiroso. Ele vinha dizendo que havia superado seu vício em heroína, mas Frank achou todas as seringas dentro da gaveta de seu armário. A notícia deixa Fiona devastada. Ela não quer se casar com alguém com esse tipo de problema. Outro que enfrenta problemas (só que com bebidas) é Lip. Depois de quase bater em seu professor na universidade ele decide entrar para um programa de reabilitação. Afinal nunca é tarde para recomeçar. Por fim Ian Gallagher (Cameron Monaghan) tenta se manter no emprego de paramédico do corpo de bombeiros, mesmo após sua superior descobrir que ele tem um histórico de bipolaridade, algo que herdou de sua mãe, uma mulher com muitos problemas psiquiátricos. / Shameless 6.12 - Familia Supra Gallegorious Omnia! (Estados Unidos, 2016) Direção: Christopher Chulack / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White / Data de exibição nos Estados Unidos: 3 de abril de 2016.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Dakota Johnson - Cinquenta Tons Mais Escuros
Perguntada sobre o novo filme e seu teor, ela confessou: "Eu nunca pensei que chegaria nesse ponto. Na minha vida pessoal não entraria em um relacionamento tão estranho! Esses filmes me fizeram chegar em lugares que não iria apenas por conta própria" - deixou assim uma sensação de que não concordaria com muitas das situações que sua personagem encara nas produções. "É uma escolha dela, da personagem! Eu não entraria em nada parecido!"
Sobre as críticas Dakota parece bem tranquila. "Sempre haverá críticas ruins e negativas, faz parte do negócio, de se estar no mundo do cinema. Eu percebo que muitos críticos odeiam a tal mensagem que essa história tenta passar, mas isso é uma grande baboseira! É diversão, entretenimento, arte - não é a vida real. As mulheres sonham ainda com príncipes encantados, não tem jeito. Christian Grey é um desses bonitões que sempre esperamos! Ok, ele é meio diferente (risos) mas quem não queria ter um encontro com ele?"
A atriz deixou claro que ainda haverá um terceiro filme a ser lançado no ano que vem. "Estamos no fim das filmagens do terceiro filme! É meio estranho quando algo que já filmamos há tempos só chega nas telas agora, dá uma impressão que estamos assistindo a um filme antigo, embora seja novidade para todo mundo! E então temos que voltar e dar entrevistas de como foram as filmagens, mas será que eu lembro? (risos). Estou feliz que os filmes estejam fazendo sucesso, trabalhamos para isso!".
A texana de Austin porém quer ir além na carreira. "Eu gostei muito de ter atuado em Como Ser Solteira - me identifiquei um bocado com o roteiro! Meu próximo filme será chamado The Sound Of Metal. É uma história sobre uma banda de rock pesado! Eu vou cantar nesse filme, então é tudo ainda no ar! Espero não decepcionar os meus fãs. Suspiria é outro filme meu que chegará em breve nos cinemas. É sobre uma garota na cidade de Berlim durante a década de 1970, guerra fria, e todas essas coisas. Penso que vai ser genial!". Pelo visto Dakota pretende ir sempre em frente, em busca de novos desafios na carreira.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de abril de 2017
10 Curiosidades - Alien: Covenant
1. O novo filme da franquia Aliens custou 111 milhões de dólares. Um valor considerado até bem razoável para um filme como esse, que tem pretensões de ser um blockbuster, um arrasa quarteirão nas bilheterias.
2. O diretor Ridley Scott ficou meses em dúvida se iria ou não dirigir esse primeiro filme depois de Prometheus (2012), Esse foi o primeiro filme dessa nova linha de produções e na opinião de Scott não foi tão bem recebido como ele pensava. A decepção por parte da crítica o fez pensar em dar a sequência para outro diretor dirigir. Depois pensou melhor e resolveu assumir definitivamente a direção desse novo filme.
3. Em entrevistas Ridley Scott confidenciou que havia odiado Alien³ (1992). Ele então juntou peças de um antigo roteiro que havia escrito na época de lançamento daquele filme (e que nunca havia sido filmado) com elementos novos que surgiram depois de Prometheus. Juntando ideias novas e antigas ele finalmente chegou na versão final dessa nova estória vista em Alien: Covenant.
4. Por questões financeiras e fiscais o estúdio Fox decidiu que esse novo filme seria filmado em Sydney, na Austrália. Toda a equipe técnica americana assinou um contrato especial que previa a permanência naquele país por pelo menos seis meses. No final, como bem explicou Ridley Scott, o filme foi praticamente todo feito em Sydney, não apenas em relação às filmagens, mas montagem e edição também. Apenas os efeitos digitais foram produzidos em Los Angeles.
5. O ator Michael Fassbender teve um choque de agendas entre as filmagens desse novo filme "Alien: Covenant" e "X-Men: Apocalipse". Ridley Scott então, por pura gentileza profissional, adiou o começo das filmagens para que Fassbender tivesse tempo de terminar seus compromissos e viajar para a distante Austrália para começar a trabalhar nesse nova produção.
6. O primeiro nome do filme era "Alien: Paradise Lost" (Alien: Paraíso Perdido). Era esse o título que Ridley Scott queria para a produção, mas os executivos da Fox o convenceram a escolher outro nome, isso porque poderia haver uma certa confusão na mente do público com a série "Lost". Além disso, para a Fox, o título escolhido por Ridley Scott era pouco comercial e até brega!
7. Ridley Scott explicou que esse "Alien: Covenant" é na verdade o segundo filme de uma trilogia que serve como prequel para a franquia principal Aliens. O enredo se passa antes do que é visto em "Alien: O Oitavo Passageiro". O primeiro filme dessa nova trilogia foi exatamente o filme "Prometheus" de 2012. O terceiro filme está previsto para ser lançado nos cinemas em 2019 ou 2020.
8. O título "Alien: Covenant" se refere a um pacto entre criadores e criaturas. Uma óbvia referência à história bíblica do pacto entre Deus e os homens que está presente nas escrituras sagradas da tradição judaico-cristã.
9. Os nomes de andróides, David e Walter, são uma homenagem de Ridley Scott aos produtores David Giler e Walter Hill. "Uma questão que apenas os envolvidos no filme vão entender completamente" - explicou o diretor.
10. Na apresentação do filme aos jornalistas americanos o diretor Ridley Scott explicou: "Eu fiquei em dúvida se faria esse segundo filme. Havia também uma nova continuação para Blade Runner e eu pensei por um tempo em ir dirigir o outro filme, mas depois optei por Alien. No final terminamos o filme no custo previsto e no cronograma certo. Estou feliz com o resultado. Espero que todos gostem do novo filme".
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
10 Curiosidades - O Chamado 3
1. O filme custou 33 milhões de dólares - um valor até acima da média para filmes de terror em geral. Grande parte desse orçamento milionário foi gasto em efeitos especiais e marketing. O resultado comercial nas bilheterias até o momento tem sido considerado bom.
2. A principal personagem da franquia "O Chamado" é a garota Samara Morgan. A atriz Bonnie Morgan a interpreta nessa terceira parte, substituindo Kelly Stables da parte 2 e Doona Bae do filme original. Curiosamente a primeira atriz a interpretar Samara foi uma japonesa, Ayane Miura, no filme que deu origem a tudo em 1995.
3. Esse novo filme foi dirigido pelo espanhol F. Javier Gutiérrez. Ele é praticamente um novato no cinema, tendo dirigido anteriormente apenas o filme Três dias. É a sua primeira experiência no gênero terror.
4. Inicialmente o filme deveria ter chegado nas telas em novembro do ano passado, mas seu lançamento foi adiado porque os executivos do estúdio não ficaram satisfeitos com algumas cenas, principalmente em relação ao visual de Samara. Um novo especialista em maquiagem e figurinos, Arjen Tuiten, também foi contratado para melhorar (ou piorar, dependendo do ponto de vista) o visual da protagonista.
5. A atriz Naomi Watts foi convidada para retornar a essa terceira sequência, mas declinou do convite. Ela alegou que O Chamado não lhe interessava mais. Era parte do passado.
6. Os dois filmes anteriores ficaram bem conhecidos por causa da imagem assustadora de Samara. Seu visual foi criado pelo multi oscarizado Rick Baker. Ele também iria trabalhar nessa terceira continuação, mas resolveu se aposentar em meados do ano passado. Foi uma perda bem sentida para a equipe técnica do filme.
7. O Chamado 3 não tem sido bem recebido pela crítica em geral. Muitos estão reclamando do roteiro mal escrito, repetitivo e sem novas ideias.
8. O roteiro foi reescrito várias vezes, por uma equipe formada por cinco roteiristas, incluindo o mesmo grupo que escreveu os roteiros de filmes como "A Última Casa da Rua" e "A Casa dos Sonhos". Nada disso porém surtiu efeitos muito positivos.
9. A franquia "O Chamado" é toda baseada em um livro de terror escrito por Kôji Suzuki. A primeira adaptação para as telas aconteceu em meados dos anos 90.
10. Kôji Suzuki é um mestre da literatura de horror. Outros livros seus também viraram filmes de sucesso como "Água Negra" e "A Invocação". Sobre o fato de se dedicar a livros sobre o sobrenatural o escritor japonês explicou: "A mente humana é um lugar sombrio. Em meus livros procuro conhecer esse labirinto de escuridão".
Pablo Aluísio.
10 Curiosidades - Cinquenta Tons Mais Escuros
1. O filme "Cinquenta Tons Mais Escuros" foi rodado praticamente de forma simultânea com o terceiro filme da franquia chamado "Cinquenta Tons de Liberdade". A intenção do estúdio foi economizar custos, além de viabilizar um lançamento mais próximo do outro.
2. A Universal Pictures investiu 60 milhões de dólares nessa continuação. Para não pagar tantos impostos o estúdio decidiu que as filmagens seriam realizadas no exterior, em Vancouver no Canadá. Ela foram finalizadas em julho de 2016, em Paris e Nice, na França.
3. O ator Jamie Dornan quase não conseguiu chegar em um acordo com a Universal. Ele pediu um cachê que para o estúdio foi considerado alto demais. Só após várias negociações ele finalmente acertou sua volta como o personagem Christian Grey. Estima-se que ele tenha recebido 10 milhões de dólares pelos dois filmes.
4. Kim Cattrall, Michelle Pfeiffer e Charlize Theron foram cogitadas para atuar nessa segunda produção.
5. O roteirista Niall Leonard é casado com a escritora E.L. James, que escreveu todos os romances que deram origem aos filmes. Essa aproximação ajudou bastante na hora em que havia dúvidas sobre a adaptação do texto original para o cinema.
6. Um momento de tensão aconteceu nas filmagens, quando a equipe se encontrava em Nice, na França. Houve um atentado terrorista, onde várias pessoas foram mortas. A Universal então cancelou o restante das filmagens e toda a equipe técnica retornou aos Estados Unidos.
7. A atriz Dakota Johnson ficou visivelmente abalada com tudo o que aconteceu na França. Na volta aos Estados Unidos decidiu não falar sobre o assunto em suas entrevistas de divulgação do filme.
8. Essa é a estreia do diretor James Foley na franquia. Ele foi contratado para dirigir ainda o terceiro filme "Cinquenta Tons de Liberdade". Profissional experiente no mundo das séries ele dirigiu vários episódios de "House of Cards".
9. A Universal espera faturar algo em torno de 300 a 500 milhões de dólares em bilheteria.
10. Assim como aconteceu com o primeiro filme essa nova continuação não tem sido muito bem recebida pela crítica mundial.
Pablo Aluísio.
domingo, 23 de abril de 2017
Lista de Filmes - Parte IV
Infelizmente para Ridley Scott seu mais recente filme na franquia Aliens, o novo "Alien: Covenant", não tem sido muito bem recebido pela crítica. É até algo parecido com o que aconteceu com o primeiro filme dessa nova linha, o "Prometheus" que também passou longe de colecionar boas resenhas dos críticos ao redor do mundo.
Agora surpresa mesmo é perceber que o novo filme de Scott tem sido criticado principalmente em relação ao seu roteiro, considerado por muitos como primário, desorganizado e sem novidades, repleto de clichês por todos os lados! Ainda não assisti ao filme, mas esse tipo de crítica me parece bem surpreendente. De qualquer maneira por ser um filme novo da série que vem se consagrando nos cinemas desde "Alien o Oitavo Passageiro", não há como ignorar o filme. É aquele tipo de produção obrigatória para todos os fãs do gênero Sci-Fi.
Existem outras opções para os fãs de terror nessa semana? A partir do dia 18 (próxima quinta-feira) estreia o filme nacional de terror e suspense "O Rastro". Dirigido por J. C. Feyer e com um elenco que conta com Leandra Leal, Natália Guedes e Rafael Cardoso. Esse interpreta um médico que precisa coordenar a transferência de um hospital público no Rio de Janeiro. Durante essa mudança ele toma contato com uma jovem que aparente ter poderes sobrenaturais. É sempre bom saber que o cinema brasileiro está procurando por novos caminhos. Só o fato de termos um filme de suspense e terror feito aqui no Brasil já é uma boa notícia por si mesma.
Por fim, para quem gosta de fantasia medieval, fica a dica de "Rei Arthur - A Lenda da Espada". É mais uma produção que explora a figura lendária do Rei inglês que para alguns historiadores foi apenas um personagem lendário e para outros teria alguma ligação a história real da formação da nação britânica. O filme foi dirigido por Guy Ritchie (amado por alguns, odiado por outros) e conta no elenco com Charlie Hunnam (da série "Sons of Anarchy) no papel principal e Jude Law, mais uma vez atuando nesse tipo de filme. Uma nova versão sobre Arthur que vale a pena conferir nesse próximo fim de semana.
Pablo Aluísio.
Lista de Filmes - Parte III
Outro filme que assisti nesse mês foi "X-Men: O Filme". Esse fui ao cinema assistir. Gostei do resultado, porém não cheguei a ficar impressionado ou nada parecido. Esse foi o primeiro filme de uma longa franquia. É um dos pioneiros da invasão Marvel nos cinemas. Dirigido por Bryan Singer, esse filme passou pelo teste do tempo mesmo por causa de seu elenco. Não era todo dia que o espectador via atores como Patrick Stewart, Hugh Jackman e Ian McKellen em um mesmo filme. Coisa fina. O roteiro, como não poderia deixar de ser, era de origens, ou seja, tinha que explicar a origem daquele universo para quem não era leitor de quadrinhos (o que era o meu caso). Foi bacana, assistir no cinema e tudo mais, porém em termos de efeitos especiais a fita hoje soa bem datada.
Também vi nesse mesmo mês o filme "O Hotel de Um Milhão de Dólares". Já escrevi resenha no blog Drama & Romance. É basicamente um filme que tenta ser cult ao extremo, mas que no final só se torna mesmo muito chato. Apesar de ter Mel Gibson no elenco, pouca coisa se salva. É daqueles filmes que passam bem lentamente, torrando a paciência do espectador. Na seção micos, conferi a comédia bobinha e descartável "Até que a Fuga os Separe" com Eddie Murphy e Martin Lawrence. Nos anos 80 Eddie era sinônimo de filmes bons, comédias excelentes. O tempo foi passando e ele foi perdendo a graça, virando um xarope. Não sei se isso aconteceu porque o tempo passou e eu não era mais um menino, ou se o comediante perdeu mesmo o rumo. Está mais para a segunda alternativa. De qualquer forma superei esse tipo de fita sem importância. Na sequência vi "O Talentoso Ripley". Muito bom esse filme. Elenco acima da média (contando com Matt Damon, Gwyneth Paltrow e Jude Law), o filme era uma espécie de estudo da alma humana em frangalhos. Incisivo, mordaz e cruel nas medidas certas.
Já "O Homem Bicentenário" foi um filme massacrado pela crítica, mas que acabei gostando. Uma produção classe A, com ótimos efeitos especiais, que acabou ganhando um tom melancólico por causa da morte trágica do ator Robin Williams. O roteiro explorava a história de um androide em busca de emoções humanas. Ao longo de sua existência ele ia presenciando a partida de pessoas queridas, ficando para trás. Rever hoje tornaria tudo ainda mais triste. Outro bom filme assistido nesse mesmo mês foi "Hurricane - O Furação". Esse é o tipo de filme que mostra como Denzel Washington é um grande ator (e isso há muito tempo!). Aqui dirigido pelo mestre Norman Jewison ele interpretava um boxeador, da glória à decadência. Um drama forte, em atuação magistral, que valeu uma indicação ao Oscar para Denzel.
Completam a lista filmes menores, porém alguns muito bons como "Regras da Vida" (também comentado recentemente em um dos meus blogs) e o terror "Premonição", o primeiro de uma longa lista. Por essa época eu já andava um pouco saturado de filmes de terror, então imagine o quanto o gênero decaiu de lá para cá. Esse ainda tinha algumas boas ideias, que não foram tão bem aproveitadas. Mesmo assim até que valeu o preço da locação. Fecha a lista o péssimo "Wing Commander", filme que também já comentei. Um genérico de "Star Wars" de baixo orçamento. Ninguém mais lembra desse filminho hoje em dia, o que não deixa de ser uma justiça do destino. Melhor esquecer mesmo!
Pablo Aluísio.