O ator Robert Redford anunciou recentemente que está se aposentando do cinema, que não fará mais filmes, se concentrando agora apenas na direção, quem sabe. Uma pena porque Redford foi um dos atores mais relevantes da história do cinema. Dupla pena também porque esse "A Descoberta" será sempre lembrado como um dos seus últimos filmes. Sinceramente ele não merecia estar aqui. Produzido pelo Netflix essa é outra decepção da empresa, um filme que tem uma boa premissa, mas que no final das contas não vai para lugar nenhum, enchendo nossa paciência com um roteiro capenga que mal consegue chegar ao final.
O único interesse vem justamente da presença de Robert Redford. Ele interpreta esse cientista que consegue provar que há vida após a morte (não se preocupe, o roteiro não vai lhe explicar nada, nem trazer nada muito profundo nesse aspecto). Pois bem, a reação à descoberta é a pior possível. O índice de suicídios aumenta em todo o mundo e o cientista precisa se mudar para uma região mais isolada, longe de tudo. Ele quer continuar suas pesquisas, mas sem o assédio da imprensa sobre si. Como eu escrevi o enredo parece interessante, mas tudo é pessimamente desenvolvido. É bem decepcionante saber que Redford se envolveu em algo assim... Afinal o que será que teria lhe atraído para esse projeto? Provavelmente apenas a curiosidade de atuar em um filme da plataforma Netflix. Apenas é lamentável que todo o resto não faça a menor diferença.
A Descoberta (The Discovery, Estados Unidos, 2017) Direção: Charlie McDowell / Roteiro: Justin Lader, Charlie McDowell / Elenco:Robert Redford, Mary Steenburgen, Brian McCarthy / Sinopse: Cientista renomado (Redford) consegue provar que a consciência sobrevive à morte, ou seja, que há ainda vida após a morte do corpo físico. A descoberta gera uma série de reações dentro da sociedade. O autor da façanha científica porém não se intimida, desejando ir além em suas descobertas sobre o tema.
Pablo Aluísio.
Mostrando postagens com marcador Charlie McDowell. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Charlie McDowell. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
segunda-feira, 1 de maio de 2017
A Descoberta
A premissa desse filme até que é muito boa. O cientista interpretado por Robert Redford consegue provar que realmente há vida após a morte. Sua descoberta, que deveria ser um grande acontecimento científico, logo gera efeitos colaterais imprevistos, como o aumento o número de suicídios por todo o mundo. Vendo a repercussão negativa, o Dr. Thomas (Redford) não se intimida. Ele aluga uma velha instituição e lá monta seu QG. Seu novo objetivo é descobrir para onde vai a consciência das pessoas mortas.
Enredo interessante, boa premissa, tudo bem. O problema é que o filme não desenvolve bem sua estória. Tudo é desperdiçado. O roteiro não explica em detalhes como o cientista chegou na prova de que haveria vida após a morte. Um diálogo bem genérico é dito, envolvendo partículas subatômicas, mas tudo fica por aí. Essa ligação entre a descoberta científica da existência de vida após a morte e suicídios também me pareceu uma tolice, não muito bem explicada. Algo gratuito e forçado, até porque não se sustenta por muito tempo.
A razão que me levou a assistir esse filme foi a presença do ator Robert Redford. Ele aliás é uma das poucas coisas que se salvam nessa produção equivocada. Sua magnífica presença está lá, toda a dignidade de um grande ator de tantos clássicos do cinema também, mas seu personagem, que poderia render muito, acaba sendo apenas vazio. Os roteiristas colocaram um romance entre o filho do cientista e uma garota suicida, mas isso não faz muita diferença. Também não salva o filme a reviravolta final, que tenta impressionar pela originalidade, mas que falha do mesmo modo. Há momentos que lembram filmes B de ficção dos anos 50, como o nada convincente aparelho de gravação de memórias! Enfim, achei bem decepcionante.
A Descoberta (The Discovery, Estados Unidos, 2017) Direção: Charlie McDowell / Roteiro: Justin Lader, Charlie McDowell / Elenco: Robert Redford, Mary Steenburgen, Brian McCarthy / Sinopse: Cientista renomado (Redford) consegue provar que a consciência sobrevive à morte, ou seja, que há ainda vida após a morte do corpo físico. A descoberta gera uma série de reações dentro da sociedade. O autor da façanha científica porém não se intimida, desejando ir além em suas descobertas sobre o tema.
Pablo Aluísio.
Enredo interessante, boa premissa, tudo bem. O problema é que o filme não desenvolve bem sua estória. Tudo é desperdiçado. O roteiro não explica em detalhes como o cientista chegou na prova de que haveria vida após a morte. Um diálogo bem genérico é dito, envolvendo partículas subatômicas, mas tudo fica por aí. Essa ligação entre a descoberta científica da existência de vida após a morte e suicídios também me pareceu uma tolice, não muito bem explicada. Algo gratuito e forçado, até porque não se sustenta por muito tempo.
A razão que me levou a assistir esse filme foi a presença do ator Robert Redford. Ele aliás é uma das poucas coisas que se salvam nessa produção equivocada. Sua magnífica presença está lá, toda a dignidade de um grande ator de tantos clássicos do cinema também, mas seu personagem, que poderia render muito, acaba sendo apenas vazio. Os roteiristas colocaram um romance entre o filho do cientista e uma garota suicida, mas isso não faz muita diferença. Também não salva o filme a reviravolta final, que tenta impressionar pela originalidade, mas que falha do mesmo modo. Há momentos que lembram filmes B de ficção dos anos 50, como o nada convincente aparelho de gravação de memórias! Enfim, achei bem decepcionante.
A Descoberta (The Discovery, Estados Unidos, 2017) Direção: Charlie McDowell / Roteiro: Justin Lader, Charlie McDowell / Elenco: Robert Redford, Mary Steenburgen, Brian McCarthy / Sinopse: Cientista renomado (Redford) consegue provar que a consciência sobrevive à morte, ou seja, que há ainda vida após a morte do corpo físico. A descoberta gera uma série de reações dentro da sociedade. O autor da façanha científica porém não se intimida, desejando ir além em suas descobertas sobre o tema.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)