quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Extinção Humana

Título no Brasil: Extinção Humana
Título Original: Exit Humanity
Ano de Produção: 2011
País: Canadá
Estúdio: Foresight Features, Optix Digital Pictures
Direção: John Geddes
Roteiro: John Geddes
Elenco: Mark Gibson, Adam Seybold, Dee Wallace, Bill Moseley
  
Sinopse:
Durante a guerra civil americana o soldado confederado Edward Young (Mark Gibson) descobre que há algo muito terrível acontecendo. Pessoas que morrem no campo de batalha continuam vivas, se tornando verdadeiros zumbis em busca de carne humana. Após o fim da guerra ele consegue retornar para seu pequeno rancho, porém descobre que sua esposa e seu filho estão contaminados por essa terrível praga. Ele vê então toda a sua vida e felicidade ruir praticamente da noite para o dia. A única forma de matar de uma vez por todas essas criaturas é dando um tiro certeiro em suas cabeças. O apocalipse Zumbi, pelo visto, finalmente chegou...

Comentários:
Filme canadense sobre zumbis passado na guerra civil americana. Olhando assim não parece lá muito interessante, com jeito de filme trash. Não é bem assim. Esse terror até que tem seus méritos. É uma produção bem realizada, com ótimas inserções de animações em determinadas cenas, tudo para contar a trágica história de um veterano da guerra que se vê no meio de um mundo devastado, onde poucos sobreviventes tentam lutar contra uma humanidade em vias de extinção. Uma praga, de origem inexplicável, transformou praticamente todos os seres humanos em zumbis ávidos por carne humana. Provavelmente tenha sido algo inventado para a própria guerra, a ser usada nos campos de batalha, só que alguma coisa deu muito errado e a estranha condição se espalhou de forma descontrolada por todo o país. É a tal coisa, se você é fã de séries como "The Walking Dead" certamente vai gostar do filme. De minha parte só não curti mais porque sinceramente falando já estou um pouco farto de mortos-vivos. De todos os tipos de monstros clássicos esse sempre me pareceu o menos interessante, afinal de contas tudo o que fazem é sair se arrastando lentamente por aí em busca de cérebros humanos. Uma criatura um tanto quanto idiota e pouco assustadora. Assim você tem que gostar de filmes de zumbis para apreciar melhor esse "Exit Humanity" - que não é necessariamente o meu caso. Mesmo assim a fita não me desagradou e nem me aborreceu. Com um pouco de boa vontade conseguiu até mesmo me divertir. Assim deixo a dica desse pouco conhecido filme de terror. Não é nenhuma obra prima do gênero, porém é bem feito e tem boas sequências. Vale a pena ao menos conhecer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Perigo Real e Imediato

Harrison Ford volta ao papel do agente da CIA Jack Ryan nesse terceiro filme da franquia. Só para recordar os outros foram "Caçada ao Outubro Vermelho", "Jogos Patrióticos", "A Soma de Todos os Medos" e o mais recente "Operação Sombra - Jack Ryan". Os roteiros seguem de perto os livros escritos por Tom Clancy. O personagem é basicamente uma versão americana de James Bond, com mais cuidado nas tramas e no realismo das situações, muito embora isso não pareça muito claro. Nessa versão Jack Ryan precisa lidar com um perigoso cartel de drogas colombiano, que parece ter se inflitrado até mesmo dentro das altas esferas do governo americano.

Sempre gosto de escrever que não há maiores problemas nos dois filmes estrelados por Harrison Ford. Para falar a verdade ele se deu muito bem nesse papel. O ator só rompeu com a série por questões puramente financeiras quando estava prester a ir para o terceiro filme. Uma pena. Acabou sendo substituído por Ben Affleck alguns anos depois. No geral vale a pena conferir, principalmente se você gosta de roteiros com muita espionagem internacional e ação desenfreada.

Perigo Real e Imediato (Clear and Present Danger, Estados Unidos, 1994) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Donald Stewart, baseado na obra de Tom Clancy / Elenco: Harrison Ford, Willem Dafoe, Anne Archer / Sinopse: Muita ação e aventura nesse clássico moderno dos filmes de espionagem.  Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais. Também indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ação.

Pablo Aluísio. 

Cobb, A Lenda

Todas as vezes que você tenta indicar algum filme sobre beisebol para os brasileiros acontece a mesma coisa. As pessoas não se interessam por esse tipo de filme. Ninguém entende direito as regras desse esporte que apenas americanos idolatram e de forma em geral esse tipo de produção acaba fracassando comercialmente no Brasil. Não foi diferente com "Cobb, A Lenda", que acredito pouca gente viu até hoje. Na realidade foi lançado diretamente no mercado de vídeo, não chegando nem aos cinemas. A história gira em torno de Ty Cobb, que como o próprio título nacional sugere, foi uma lenda do beisebol americano. Quem interpreta o esportista é o ator Tommy Lee Jones. Ele se esforça bastante para trazer credibilidade ao papel, embora fãs do esporte nos Estados Unidos o tenham criticado por causa da falta de semelhança física entre Cobb e Jones.

Como para nós, brasileiros, isso não tem a menor importância, o filme acaba valendo a pena. Não pelas inúmeras cenas captadas durante as partidas (cá para nós, o beisebol é bem chato mesmo!), mas sim pelo lado mais humano do personagem. No final a única certeza que você encontrará pela frente é que não importa o país, o esporte ou a cultura, geralmente pessoas que ganham fama e fortuna com o esporte da noite para o dia acabam fazendo besteira em algum momento de suas vidas, como bem prova o roteiro desse "Cobb, A Lenda".

Cobb, A Lenda (Cobb, Estados Unidos, 1994) Direção: Ron Shelton / Roteiro: Al Stump / Elenco: Tommy Lee Jones, Robert Wuhl, Lolita Davidovich / Sinopse: O filme conta a história de uma lenda do esporte nos Estados Unidos. Filme indicado ao prêmio da Chicago Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Ator (Tommy Lee Jones).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

007 Contra Spectre

Já deu! Depois de quatro filmes como James Bond o ator Daniel Craig se despede do agente inglês com um filme bem chato e sem novidades. O roteiro me lembrou um pouquinho os primeiros filmes de 007, ainda na década de 60, quando ele tinha que enfrentar um vilão megalomaníaco e desvairado que deseja controlar o mundo. Esse papel coube ao bom ator Christoph Waltz que não foi nada bem aproveitado. Para piorar são poucas as cenas memoráveis de ação. Como se tem repetido os filmes com Craig não conseguiram capturar o charme e a elegância do Bond dos livros. Ele tem um casinho aqui e outro acolá, porém seu poder de conquistar não é nada elegante ou sedutor. Em muitas situações o Craig surge até mesmo meio constrangido. Como ele é fraco nas cenas com as Bond Girls o jeito é caprichar na ação. O problema é que nem nesse quesito o filme empolga.

Considerei uma queda de qualidade muito acentuada se formos comparar com o filme anterior. Se lá a trama era muito interessante, com ótimos desdobramentos, aqui tudo soa muito vazio e sem conteúdo. Inventaram uma ligação inexistente nos livros ligando Bond e o vilão Blofeld (Christoph Waltz). Eles supostamente teriam criado a rivalidade por algo que aconteceu em seu passado, envolvendo uma figura paterna para ambos. Que bobagem sem tamanho! O filme tem bonitas locações em Roma, mas até mesmo a cidade eterna é mal aproveitada. Em conclusão, o que temos aqui é realmente um adeus um tanto decepcionante e melancólico de Daniel Craig da franquia James Bond. Não deixará saudades, até porque ele nunca me convenceu completamente na pele desse icônico personagem, um dos mais populares de todos os tempos da sétima arte.

007 Contra Spectre (Spectre, Estados Unidos, Inglaterra, 2015) Direção: Sam Mendes / Roteiro: John Logan, Neal Purvis, baseados no personagem criado por Ian Fleming / Elenco: Daniel Craig, Christoph Waltz, Léa Seydoux, Ralph Fiennes, Monica Bellucci, Andrew Scott, Judi Dench / Sinopse: James Bond (Craig) descobre a existência de uma ampla organização internacional dedicada ao crime denominada Spectre. Liderado pelo vilão Blofeld (Christoph Waltz) esse grupo almeja ter o controle completo sobre todos os serviços de inteligência do mundo.

Pablo Aluísio

Esperança e Glória

Esse é um filme muito interessante porque ele mostra a II Guerra Mundial de um ângulo diferente, sob os olhos de um garoto. Em uma Londres constantemente atacada por violentos bombardeios nazistas, o espectador é colocado ao lado de um menino que vivencia tudo sob o olhar inocente de sua idade. Há uma cena que retrata bem isso quando um grupo de garotos comemoram a chegada de aviões nazistas sobre a cidade! A razão de tanta alegria? Não haveria mais aulas com isso! Pois é, tudo é enxergado justamente sobre esse prisma. Todos os personagens são bem humanos e desenvolvidos, desde o avô que passou a vida inteira contando seus atos de bravura na I Guerra Mundial (e que agora terá que provar que é corajoso de verdade), até sua mãe que acaba tendo um caso amoroso com o melhor amigo do marido (que foi para o front) passando pela irmã mais velha que acaba ficando grávida de um soldado canadense.

O roteiro foi de certa maneira baseado nas próprias memórias de juventude e infância do diretor John Boorman. Eu sempre considerei esse cineasta um dos mais talentosos de sua geração. Ele conseguiu manter um nível de qualidade bem acima da média do que era feito. Inglês de nascimento só cometeu um erro grasso em sua filmografia, a fraca sequência de "O Exorcista". Tirando esse pequeno deslize só temos filmes interessantes pela frente como, por exemplo, "A Floresta de Esmeraldas", "Excalibur" e "Amargo Pesadelo", considerado até hoje sua grande obra prima. Assim deixo a recomendação desse nostálgico, sentimental e inspirador "Esperança e Glória", um filme que tentou capturar as sensações e sentimentos de uma população civil no meio de um dos mais sangrentos e destrutivos conflitos da história. Vale a pena ter em sua coleção de clássicos modernos.

Esperança e Glória (Hope and Glory, Estados Unidos, Inglaterra, 1987) Direção: John Boorman / Roteiro: John Boorman / Elenco: Sarah Miles, David Hayman, Sebastian Rice-Edwards / Sinopse: O filme mostra a mudança de rotina e vida que ocorre com os moradores de Londres quando a cidade passa a ser bombardeada por aviões nazistas durante a II Guerra Mundial. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Direção de Arte e Melhor Fotografia.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça

O conto original faz parte do folclore americano, das tradições que deram origem ao feriado nacional daquele país conhecido como Halloween, o dia das bruxas. É aquele tipo de obra cultural que já deu origem a livros, filmes, desenhos e todos os tipos de produtos que você possa imaginar. Adaptar algo assim sempre envolve controvérsias pelo fato de ser algo muito conhecido pelo público em geral. Nas mãos de Tim Burton, o mais gótico de todos os cineastas americanos, era de se esperar que tivéssemos um grande filme. Na realidade essa produção só é realmente fantástica em termos de direção de arte. Figurinos, cenários, efeitos digitais, tudo é de primeira linha. Fora isso algumas coisas realmente parecem bem fora do lugar.

O próprio elenco não foi bem escalado. Johnny Depp, em eterna parceria com Burton, tem certamente o seu valor, mas não se mostra adequado para viver o personagem Ichabod Crane. Depp não tinha idade e nem o visual certo para interpretar Crane, que basicamente era um sujeito na meia idade, nada heróico, que tinha que enfrentar um grande mal. Em termos de roteiro Burton não quis arriscar muito, preferindo rodar uma história que lembra bastante o texto original. Provavelmente teria sido melhor dar pitadas de inovação em certos aspectos. Do jeito que está não existe grande justificativa para a produção de algo tão elaborado assim. A única coisa realmente memorável vem das participações de veteranos consagrados como o mito Christopher Lee, recentemente falecido. Sua presença vale por quase todo o filme.

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow, Estados Unidos, 1999) Direção: Tim Burton / Roteiro: Washington Irving, Kevin Yagher/ Elenco: Johnny Depp, Christina Ricci, Miranda Richardson, Christopher Walken, Christopher Lee / Sinopse: A figura sinistra de um cavaleiro sem cabeça assusta os moradores de uma pequena vila. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte. Indicado nas categorias de Melhor Fotografia e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de novembro de 2015

O Rio Selvagem

Um dos mais diferenciados filmes da carreira da grande Meryl Streep. Já percebi que ela, de tempos em tempos, procura realizar filmes menos pretensiosos, com menos cara de Oscar. Provavelmente faça esse tipo de coisa para não virar uma atriz que só possa trabalhar em filmes importantes, com tramas edificantes e roteiros épicos! Até Meryl Streep precisa relaxar de vez em quando. Quando esse filme foi lançado ela afirmou que havia aceitado topar participar porque estava querendo tirar longas férias - então como o filme foi rodado numa das regiões mais bonitas de Montana (nas reservas de Kootenai River e Glacier National Park) ela percebeu que poderia unir o útil ao agradável.

O roteiro não apresenta nada demais, de certa forma temos aqui um thriller sem maiores surpresas. Vale a pena porém porque, como eu já escrevi, temos Meryl Streep em um papel diferente, mais físico do que dramático. Ao lado de Kevin Bacon ela acabou tomando belos caldos nos bonitos rios daquela região. Por ser divertido e nada Oscarizável, já está de bom tamanho. Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep) e Melhor Ator Coadjuvante (Kevin Bacon). Também indicado ao Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep). PS: como se pode perceber a Meryl pode atuar em qualquer coisa que ela sempre, mas sempre mesmo, será indicada para algum prêmio do cinema americano!

O Rio Selvagem (The River Wild, Estados Unidos, 1994) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Denis O'Neill / Elenco: Meryl Streep, Kevin Bacon, David Strathairn / Sinopse: Filme de ação explorando as perigosas corredeiras de um verdadeiro rio selvagem. Emoção, suspense e ação em cada curva do rio.

Pablo Aluísio.

Má Companhia

A história gira em torno de uma extensa e complexa rede de corrupção envolvendo agentes da CIA, membros da Suprema Corte e empresários inescrupulosos. O curioso é que cada um deles parece estar prestes a trair o outro a qualquer momento. Nesse jogo de agentes corruptos e corruptores a coisa funciona realmente assim no mundo real pois quando um dos pilares cede (ou seja, vai para a prisão), todo o esquema desmonta rapidamente - basta lembrar o que anda acontecendo atualmente no Brasil com a operação Lava Jato. Se em países como o nosso várias empresas se unem a agentes de estatais para saquear grandes remessas de dinheiro público roubado, aqui a situação envolve também geopolítica internacional. Apesar do tema atraente, temos que reconhecer, infelizmente, que "Bad Company" não consegue se sobressair muito da média do que era produzido naquela época.

O elenco é muito bom, principalmente pela presença da sensual Ellen Barkin, uma das loiras mais marcantes do cinema americano na década de 1990. Outro destaque vem com o veterano Frank Langella em cena. Depois de um período em que ele ficou afastado das telas, se dedicando principalmente ao teatro em Nova Iorque, onde estrelou grandes adaptações para os palcos consagrados da cidade, ele foi retornando aos poucos para o mercado cinematográfico. Em relação a Langella sempre gosto de dizer que ele foi um dos mais significativos exemplos daquele tipo de ator talentoso que acaba não conseguindo emplacar direito no cinema. Geralmente seu valor suplanta em muito os personagens que costuma interpretar, talvez até por pura falta de oportunidade. Aqui então, nem precisa falar da disparidade entre seu grande valor como ator e seu personagem, um vilão comum de thrillers policiais dos anos 90. Enfim, "Má Companhia" realmente não traz nada de muito relevante e original.

Má Companhia (Bad Company, Estados Unidos, 1995) Direção: Damian Harris / Roteiro: Ross Thomas / Elenco: Ellen Barkin, Laurence Fishburne, Frank Langella / Sinopse: Um intrigante jogo nesse bom filme dos anos 90.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de novembro de 2015

Velocidade Terminal

Enquanto entrava e saía da cadeia por envolvimento com drogas e prostituição de luxo em Hollywood, o ator Charlie Sheen tentava manter sua carreira viva no cinema. Para quem foi saudado como o "novo Tom Cruise" em seu surgimento as coisas pareciam ter dado bem errado! Depois de "Platoon" todos pensavam que ele finalmente iria escalar os degraus do Olimpo cinematográfico, mas isso definitivamente não aconteceu. Sheen preferia curtir sua vida em baladas estravagantes regadas a pilhas de drogas. Isso queimou literalmente seu filme com os grandes estúdios, que procuravam atores que não lhes criassem problemas em grandes produções. Fora dos grandes filmes ele então teve que se contentar com fitinhas B do mercado.

"Velocidade Terminal" é um filme policial de rotina, onde Sheen tentava emplacar algum sucesso para pagar os caros advogados de seus inúmeros processos judiciais. Sem maiores surpresas em termos de roteiro o interesse vinha mesmo no elenco de apoio que contava com a linda Nastassja Kinski (que apesar da idade ainda mantinha a beleza) e James Gandolfini (muitos anos antes de se tornar famoso, rico e popular com a série "A Família Soprano"). A história, banal e mal escrita, gira em torno de um instrutor de para-quedas, uma agente da KGB e teorias da conspiração. Isso porém não tem a menor importância no final das contas pois tudo é bem esquecível e descartável. A vida de Sheen nos tablóides sensacionalistas da época era bem mais interessante.

Velocidade Terminal (Terminal Velocity, Estados Unidos, 1994) Direção: Deran Sarafian / Roteiro: David Twohy / Elenco: Charlie Sheen, Nastassja Kinski, James Gandolfini / Sinopse: Filme de ação lançado nos anos 90 tendo como estrela principal o polêmico ator Charlie Sheen.

Pablo Aluísio.

O Casamento de Muriel

Foi muito badalado em seu lançamento original, mas nunca consegui gostar muito do filme. Pessoalmente acho seu roteiro bem cruel com as mulheres que não se enquadram nos modelos de beleza tradicional que são impostos pela sociedade. A personagem principal muitas vezes parece uma pessoa louca, sem noção, simplesmente porque ainda não se casou como a maioria de suas amigas de sua idade. Que tremenda bobagem! O preconceito já começa daí, depois vai piorando conforme a trama vai avançando. A mensagem, apesar de todas as camuflagens do roteiro, não é a melhor. Renova e fortifica uma visão ultrapassada do papel da mulher na sociedade, mostrando um argumento cheio de estereótipos ruins, que não levam a nada e nem somam na vida de ninguém.

De bom mesmo apenas a forte presença de Toni Collette que aqui provavelmente teve o papel de sua vida. A direção do australiano P.J. Hogan até apresenta algumas soluções interessantes, principalmente no uso bem bolado de uma trilha sonora cheia de canções nostálgicas, mas também fica por aí. Isso obviamente é muito pouco. Assim não consegui gostar e nem achei nada particularmente engraçado. É só uma comédia boba, cheio de falsas boas intenções. Pode-se dispensar sem maiores problemas.   

O Casamento de Muriel (Muriel's Wedding, França, Austália, 1995) Direção: P.J. Hogan / Roteiro: P.J. Hogan / Elenco: Toni Collette, Rachel Griffiths, Bill Hunter / Sinopse: Uma solteirone com problemas emocionais finalmente encontra o homem de sua vida e decide se casar com ele. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Toni Collette). Vencedor de quatro prêmios (inclusive melhor filme e atriz) no Australian Film Institute.

Pablo Aluísio