sexta-feira, 6 de junho de 2014

Blade II - O Caçador de Vampiros

Título no Brasil: Blade II - O Caçador de Vampiros
Título Original: Blade II
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Marv Wolfman, Gene Colan
Elenco: Wesley Snipes, Kris Kristofferson, Ron Perlman

Sinopse:
O mundo sombrio dos vampiros é abalado pelo surgimento de um novo tipo de monstro denominado "Anjo da Morte". Uma máquina de matar insaciável que parece disposta a destruir toda a humanidade. Obviamente que isso acaba contrariando o próprio interesse dos seres da noite que precisam dos mortais para continuarem sua existência através dos séculos. Para deter essa nova ameaça o vampiro Blade se une ao conselho das sombras, formado por vampiros de elite. A caçada vai começar. Filme indicado no prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme de Horror e Melhor Maquiagem. Vencedor do Fangoria Chainsaw Awards na categoria Melhor Maquiagem.

Comentários:
Se tivesse que escolher a melhor adaptação para Blade no cinema não teria receio de apontar "Blade II" como o filme que ocuparia essa posição. Aqui temos tudo o que uma boa transposição do universo dos quadrinhos precisa ter para obter êxito no mundo da sétima arte. Trama movimentada e bem escrita, que não ofende a inteligência do espectador, excelentes efeitos digitais, vilões bem bolados e direção de arte bonita e adequada. Também pudera, basta ver o nome do cineasta Guillermo del Toro na ficha técnica para entender porque o filme é de fato tão bom! Se o primeiro filme da franquia era ainda uma tentativa de apresentar o personagem ao grande público e o terceiro já mostrava sinais de desgaste, esse "Blade II" consegue acertar em cheio naquilo que todos esperavam. Nunca é demais salientar também que o vampiro mestiço Blade é um dos responsáveis pelo boom de adaptações de sucesso dos personagens Marvel que tomaria de assalto os cinemas nos anos seguintes. Blade provou que havia todo um público consumidor sedento por novas adaptações. O curioso é que no mundo dos comics ele nunca foi um personagem de primeiro escalão, já no cinema seu pioneirismo se mostrou mais do que importante. Se você gosta dos filmes de Homem-Aranha, Homem de Ferro ou Capitão América, não se engane, tem muito a agradecer aos caninos desse vampiro negro. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A Filha do Meu Melhor Amigo

Título no Brasil: A Filha do Meu Melhor Amigo
Título Original: The Oranges
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Olympus Pictures
Direção: Julian Farino
Roteiro: Ian Helfer, Jay Reiss
Elenco: Leighton Meester, Hugh Laurie, Catherine Keener, Alia Shawkat

Sinopse:
Nina (Leighton Meester) é uma jovem garota que só pensa em curtir a vida. Na universidade, em festas mil, ela acaba se decepcionando com a traição de seu namorado, um aloprado qualquer da vida. De volta para a casa dos pais acaba se envolvendo com o cinquentão David (Hugh Laurie), seu vizinho, que é casado, tem filhos e o pior de tudo, é o melhor amigo do seu próprio pai! Durma-se com um barulho desses...

Comentários:
Poderia ser até algo interessante, unir dois astros da telinha dos seriados "Gossip Girl" e "House" em um filme que explorasse o relacionamento entre pessoas de idades bem diferentes mas... Usando uma expressão bem popular poderíamos dizer que esse filme é muito sem sal. Em nenhum momento você vai ficar minimamente convencido que existe mesmo um romance de verdade entre Meester e Laurie. Aliás o ator que se celebrizou interpretando o Dr. House está péssimo em cena - sem graça, sem vida, sem a menor empatia. Melhor se sai mesmo a gatinha Leighton Meester que até tenta trazer algum calor humano para esse romance de araque mas, tadinha, não consegue sozinha fazer o filme decolar em nenhum momento. O resto do elenco também não ajuda e os personagens idem, pois são todos chatos, um bando de gente da classe média americana que leva uma vida pra lá de enfadonha. No final das contas quem ficará entediado é o espectador em um filme que não tem coragem de ir adiante, resumindo-se a ser um programinha tão xarope quanto os personagens que retrata! Ah, e para não dizer que nada se salva, preste bem atenção nas canções natalinas de Dean Martin, essas sim de primeira qualidade.

Pablo Aluísio.

Palco de Ilusões

Título no Brasil: Palco de Ilusões
Título Original: Punchline
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David Seltzer
Roteiro: David Seltzer
Elenco: Sally Field, Tom Hanks, John Goodman

Sinopse:
O filme narra a estória de duas pessoas bem diferentes que possuem um objetivo de vida em comum: vencer no concorrido mercado de comediantes de stand-up em Nova Iorque durante os anos 80. Steven Gold (Tom Hanks) é um jovem cujo pai deseja que ele curse uma faculdade de medicina. Ele detesta essa coisa de ser médico e deseja mesmo é se tornar um comediante conhecido. Já Lilah Krytsick (Sally Field) é uma dona de casa, mãe de três filhas, que sonha um dia fazer algo diferente, apesar de não contar com o apoio de seu marido John (John Goodman).

Comentários:
Esse filme surpreendeu muita gente na época de seu lançamento. Contando com a presença de Tom Hanks, especialista em comédias escrachadas dos anos 80, interpretando um comediante de palco, todos esperavam por mais um filme bem divertido e engraçado como os seus demais que tinham feito tanto sucesso. Ao chegar no cinema porém o público acabou encontrando um drama, que apesar do tema que prometia muita graça, tinha também uma grande carga dramática, inclusive com tintas pesadas. O argumento é construído em torno do fracasso de pessoas que vão nutrindo sonhos de um dia serem artistas, mas que por um motivo ou outro, acabam não dando certo na busca desse objetivo. A cena em que Hanks desmorona perante seu público em um clube mequetrefe de Nova Iorque, após ser informado que caçadores de talento da TV estariam lá para lhe conhecer, é de fato muito tocante. De certa forma a produção antecipa os rumos que a carreira de Hanks iria tomar dali em diante, o que culminaria em seus Oscars de melhor ator na década seguinte. Não é um filme para rir, mas sim refletir. Por isso vale tanto a pena ver ou rever sempre que possível.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Três Vezes Amor

Título no Brasil: Três Vezes Amor
Título Original: Definitely, Maybe
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Adam Brooks
Roteiro: Adam Brooks
Elenco: Ryan Reynolds, Abigail Breslin, Rachel Weisz, Elizabeth Banks, Isla Fisher, Kevin Kline

Sinopse:
Will Hayes (Ryan Reynolds) está passando por uma fase particularmente complicada de sua vida. Enfrentando o divórcio, ele resolveu contar para sua filhinha, Maya (Abigail Breslin), como conheceu sua mãe. Para tornar as coisas mais divertidas ele troca o nome de três de suas namoradas do passado para que Maya descubra qual delas é a sua mãe! E assim recorda seu passado de relacionamentos amorosos complicados desde de que chegou a Nova Iorque em 1992.

Comentários:
Uma comédia romântica das mais simpáticas, valorizada pelo bom elenco e pelo roteiro muito bem escrito e desenvolvido. O enredo se desenrola em forma de flashback quando Will (Reynolds) começa a recordar seu passado para sua pequena filha. Assim o espectador é transportado para o começo dos anos 90 quando Will vai até Nova Iorque trabalhar na campanha presidencial de Bill Clinton. No começo as coisas não andam muito bem, mas ele segue em frente com a intenção de se estabelecer profissionalmente para se casar em breve com sua namoradinha da faculdade, Emily (Elizabeth Banks), que ficou no Wisconsin para terminar sua universidade. O problema é que Nova Iorque se revela uma cidade cheia de mulheres interessantes, entre elas a alternativa e espevitada April (Isla Fisher) e a inteligente e charmosa jornalista Summer (Rachel Weisz). Dividido entre essas três mulheres realmente especiais, Will terá que decidir com quem ficará para um relacionamento realmente mais sério e maduro. O grande destaque desse filme fica mesmo por conta do elenco. Nesse aspecto quem brilha de fato são as atrizes (Banks, Weisz e Fisher), todas encantadoras em seus respectivos personagens. É um daqueles filmes que inicialmente você não dá grande importância mas que acaba lhe conquistando pela honestidade de sua proposta. Simples, mas bem cativante no final das contas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de junho de 2014

O Terminal

Título no Brasil: O Terminal
Título Original: The Terminal
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, Amblin Entertainment
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Andrew Niccol, Sacha Gervasi
Elenco: Tom Hanks, Catherine Zeta-Jones, Chi McBride

Sinopse:
Viktor Navorski (Tom Hanks) é um cidadão da República da Krakozhia que se vê numa situação inesperada. Assim que chega no aeroporto de Nova Iorque descobre que seus documentos não possuem mais validade pois um golpe militar em seu país derrubou o governo que emitiu seu passaporte. Sem poder sair ou entrar nos Estados Unidos ele acaba confinado numa pequena area do próprio terminal da cidade americana.

Comentários:
Nesse filme o diretor Steven Spielberg quis realizar algo bem diferente em sua filmografia mas infelizmente o tiro saiu pela culatra. Não que falte talento a Spielberg, cineasta que considero um dos maiores da história do cinema, o que falta a ele especificadamente no caso dessa produção é uma história para contar. O enredo de "O Terminal" daria no máximo para render um bom média-metragem ou até mesmo um curta bem inspirado. Como longa não deu, pois o argumento se esgota rapidamente, em no máximo trinta minutos de filme. Depois disso não há mais nada de interessante para se contar e o tudo se arrasta da forma mais enfadonha possível. Se há algo de bom a se destacar nesse filme é o carisma absurdo de Tom Hanks. Qualquer outro ator levaria mais da metade do público a simplesmente se levantar no meio da projeção e ir embora, por puro tédio, mas Hanks é um profissional tão carismático que consegue segurar firme essa bola furada com pitadas de heroísmo até o fim da melancólica projeção! Catherine Zeta-Jones, por exemplo, pode ser uma atriz interessante e bonita, mas não diz a que veio. Em suma, um dos mais fracos filmes da carreira de Steven Spielberg que já anda inclusive muito esquecido. Pois é, até os gênios da sétima arte pisam na bola de vez em quando.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Apartamento 143

Título no Brasil: Apartamento 143
Título Original: Emergo
Ano de Produção: 2011
País: Espanha
Estúdio: Nostromo Pictures
Direção: Carles Torrens
Roteiro: Rodrigo Cortés
Elenco: Kai Lennox, Gia Mantegna, Michael O'Keefe

Sinopse:
Após a morte de sua esposa um pai de família se vê abalado ao presenciar várias manifestações fora do normal. Portas batendo, objetos se mexendo sozinhos e sombras pela noite aterrorizam ele, seu pequeno filho e sua jovem filha adolescente. Para descobrir o que se passa um grupo de especialistas de atividades extra sensoriais são chamados ao apartamento 143 para investigar a origem desses estranhos fenômenos.

Comentários:
Mockumentary espanhol falado em inglês que pega carona com sucessos recentes como a franquia "Atividade Paranormal". Assim você já sabe de antemão o que irá encontrar pela frente - cenas paradas, momentos de ansiedade e tensão e por fim o susto final! A maior diferença é que o roteiro procura dar uma explicação mais racional aos acontecimentos, pelo menos na voz dos pesquisadores que acabam concluindo que todas as atividades paranormais que se manifestam no local não passam de uma manifestação física do poder parapsicocinético da garota adolescente que está passando por uma fase complicada na vida após a morte de sua mãe. Na boa essa fórmula está desgastada. Aqui há poucos sustos realmente memoráveis e o clima não soa muito adequado por ter várias cenas passadas durante o dia (fazer filme de assombração na luz do dia não dá, não é mesmo?). Depois de um começo relativamente à sombra de "Atividade Paranormal" o filme ainda dá uma guinada em direção a coisas como "O Último Exorcismo" mas aí já é tarde demais. O congo da falta de originalidade já havia batido. O cinema espanhol pode fazer melhor, principalmente em relação a fitas de terror.

Pablo Aluísio.

O Filho de Deus

Título no Brasil: O Filho de Deus
Título Original: Son of God
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Christopher Spencer
Roteiro: Richard Bedser, Christopher Spencer
Elenco: Diogo Morgado, Amber Rose Revah, Sebastian Knapp

Sinopse:
O filme narra a história de Jesus de Nazaré (Diogo Morgado), jovem judeu que mudou os rumos da história da humanidade, pois afirmava ser o filho de Deus, o Messias enviado para redimir os pecados do mundo. Pregando ao lado de doze apóstolos ele disseminou sua mensagem de paz e amor ao próximo por onde passou. Sua popularidade e carisma acabou despertando a inveja dos poderosos do Templo que sob a aprovação do governador romano da Judéia, Pilatos, o mandaram para a morte na cruz no calvário.

Comentários:
Antes de mais nada é bom salientar que não adianta você ir assistir a esse filme pensando em encontrar algo extremamente fiel aos evangelhos. Sim, no geral o roteiro é bem respeitoso, porém há pequenos detalhes que vão incomodar os mais tradicionalistas. Além disso é notório que certas partes importantes da vida de Cristo foram amenizadas ou ignoradas, enquanto outras são mal aproveitadas. Na realidade é um filme que me soou até despretensioso do ponto de vista puramente cinematográfico. Não há maiores ousadias autorais ou tentativas de provar qualquer tese teológica como estamos acostumados a ver em filmes sobre Jesus. O diretor, apesar de pequenas licenças poéticas, nunca ousa ir muito além disso. Apesar desse aspecto o filme teve uma certa repercussão negativa, principalmente em seu lançamento na Europa, algo que sinceramente achei um pouco fora de tom, desproporcional até. O ator que faz Cristo não chega nem perto dos bons atores que já interpretaram o papel no passado mas também não chega a prejudicar o resultado final. A produção não é de encher os olhos e os efeitos digitais que recriam cenários da época - como o templo de Jerusalém - não são lá muito bem feitos. Apesar de tudo isso vale ainda a pena assistir, nem que seja para o conferir pura e simplesmente. Diria que é um filme até mesmo didático sob um certo ponto de vista. Dessa maneira até vale a indicação para os mais jovens que não são tão versados assim nas escrituras ou se mostram desinteressados em religião. Fica como um mero convite para um primeiro contato, para quem sabe depois eles possam se aprofundar melhor - e com a devida seriedade - na maior história de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de junho de 2014

Reino Escondido

Título no Brasil: Reino Escondido
Título Original: Epic
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox Animation
Direção: Chris Wedge
Roteiro: James V. Hart, William Joyce
Elenco: Amanda Seyfried, Colin Farrell, Beyoncé Knowles, Josh Hutcherson, Beyoncé Knowles

Sinopse:
Mary Katherine (Amanda Seyfried) é uma garota comum que vai morar com seu pai, um cientista maluco que acredita na existência de uma civilização perdida de pequeninos seres na floresta perto de onde mora. Para sua surpresa ela se vê no meio desses pequenos seres ao esbarrar com uma rainha da natureza que está sendo perseguida por malignas entidades do mal e da poluição. Filme indicado ao Annie Awards, o Oscar da Animação, em cinco categorias.

Comentários:
Animação ecológica dos estúdios Fox que custou uma fortuna de 100 milhões de dólares! Foi uma aposta ousada já que não havia nenhum personagem famoso envolvido e o estúdio teria que vender pela primeira vez a ideia desse universo novo para a garotada. A sorte do estúdio é que vivemos a era de ouro do mundo da animação e assim o retorno foi praticamente garantido. Não resta dúvida que é uma produção simpática, muito bem realizada do ponto de vista técnico e com uma boa mensagem ensinando às crianças o valor da preservação da natureza e do meio ambiente. Em um tempo em que se fazem tantas animações sem nenhuma boa intenção por trás, essa aqui pelo menos ensina e traz uma lição importante para os pequeninos. Com visual colorido, personagens simpáticos e muita aventura é uma animação bastante indicada para a garotada entre 10 a 12 anos. Eles certamente vão gostar bastante do resultado final.

Pablo Aluísio.

O Escafandro e a Borboleta

Título no Brasil: O Escafandro e a Borboleta
Título Original: Le Scaphandre et le Papillon
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Pathé Renn Productions, France 3 Cinéma
Direção: Julian Schnabel
Roteiro: Ronald Harwood, Jean-Dominique Bauby
Elenco: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze

Sinopse:
Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) está no auge da sua carreira profissional. Bem sucedido, rico, no topo de sua profissão (ele é editor da revista Elle, uma das mais importantes do mundo da moda) tudo acaba mudando tragicamente quando sofre um derrame cerebral enquanto dirige seu carro. A partir daí ele perderá todos os movimentos de seu corpo, sendo que a única parte de seu organismo que ainda responde aos seus comandos é seu olho esquerdo. Ele então usa isso para se comunicar com as pessoas ao redor e acaba dando asas à sua imaginação e mente. Filme baseado em fatos reais. Filme indicado a quatro Oscars. Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Direção (Julian Schnabel). Premiado no BAFTA Awards na categoria Melhor Roteiro Adaptado. Vencedor na categoria Melhor Direção no Cannes Film Festival.

Comentários:
Um drama que deixa marcas no espectador. Mesmo após passar um certo tempo você ainda vai se lembrar dessa história que foi baseada em fatos reais. Mostra, entre outras coisas, que todos temos que agradecer por nossa saúde e nossa vida. Depois de assistir a esse filme certamente você não será mais o mesmo e vai parar de reclamar tanto de sua vida. O ditado popular "Saúde e Paz, o resto a gente corre atrás" nunca fará tanto sentido para você depois de conferir essa película. Antes de tudo o que temos aqui é uma bela lição de vida, uma amostra de como nossa vida pode ser frágil e mudar em questão de segundos. Agora o mais louvável na forma como essa história é contada é a extrema sensibilidade que tudo é mostrado ao espectador. O personagem principal é um sujeito bem sucedido (financeiramente), que tem um carrão esporte último tipo, tão auto suficiente que não se importa muito com sua própria humanidade. Após sofrer o derrame tudo muda e ele se torna um ser humano bem melhor, mais consciente do que é realmente importante. Em suma, um filme que fará você se emocionar, chorar e refletir sobre sua própria vida - e isso é o mais importante que a sétima arte pode fazer por qualquer pessoa. Sem dúvida um belo filme para assistir e nunca mais esquecer.

Pablo Aluísio

Tróia

Título no Brasil: Tróia
Título Original: Troy
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: David Benioff
Elenco: Brad Pitt, Eric Bana, Orlando Bloom, Peter O'Toole

Sinopse:
Baseado na obra de Homero o filme conta a história da lendária guerra de Tróia que supostamente ocorreu no ano de 1193 a.C. Um evento banal envolvendo questões familiares deu origem a um intenso conflito armado entre as poderosas cidades estados de Messênia e Tróia. Liderando os exércitos invasores surge o valente e heróico Aquiles (Brad Pitt). Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Figurino.

Comentários:
Alguns filmes épicos tinham tudo para se tornarem clássicos modernos da sétima arte, o problema é que muitas vezes os produtores optam por realizar blockbusters vazios que visam apenas satisfazer os desejos de uma platéia jovem e pouco interessada em história. Ao invés de contar tudo da forma mais crível possível se opta por enredos fantasiosos e baseados em cenas de ação gratuitas. Esse "Tróia" vai por esse caminho. O cineasta Wolfgang Petersen perdeu o controle sobre o filme e os executivos da Warner impuseram sua visão de realizar um filme feito meramente para alcançar grandes bilheterias na temporada mais competitiva do cinema americano. Ao custo de 175 milhões de dólares, "Tróia" tem tudo que a indústria americana tem de melhor a oferecer em aspectos puramente técnicos, principalmente em seus ótimos efeitos digitais, figurinos luxuosos e cenas de impacto visual. A única coisa que não tem é um bom roteiro que logo se perde em bobagens históricas. Brad Pitt, que sempre considerei um bom ator está particularmente medíocre no papel de  Aquiles e como todo o restante do elenco é fraco (alguém vai esperar alguma coisa de Orlando Bloom?) o filme deixa aquela sensação de pastel de vento. Não alimenta e nem enriquece, só engorda.

Pablo Aluísio.