domingo, 27 de janeiro de 2008

O cowboy de Marlboro

Durante muitos anos a marca de cigarros Marlboro utilizou a figura do cowboy como garoto propaganda de seu produto. Naquela época (anos 50, 60, 70 e 80) não havia restrições para a publicidade da indústria de cigarros. As propagandas eram bem elaboradas, com trilha sonora edificante e atores representando os cowboys na tela. Eric Lawson (na propaganda ao lado) foi um dos atores contratados pela companhia de fumo.

Ironicamente e tristemente ele também se tornaria uma vítima do tabagismo, morrendo de um doença crônica causada pelos cigarros que ajudava a promover. E se ele tivesse sido o único a ter esse destino a coisa não seria tão grave, mas na verdade ele foi o quarto ator a morrer disso, sendo todos os demais homens de Marlboro do passado.

Esses fatos lamentáveis comprovam que o cigarro é realmente um produto terrível que destrói a saúde dos fumantes (a não fumantes também haja visto a existência dos fumantes passivos que apenas estão ao lado dos que fumam). Abaixo temos uma coleção de comerciais da marca em seu auge de popularidade nos Estados Unidos. Do ponto de vista visual são excelentes comerciais, chegando alguns deles a utilizar trilhas sonoras de filmes famosos. O pacote completo.

Pablo Aluísio.

10 Curiosidades - Doutor Estranho

1. "Doutor Estranho" é considerado um dos grandes sucessos comercias dos estúdios Marvel no cinema. O filme teve um custo total de 165 milhões de dólares e rendeu nas bilheterias uma cifra próxima de 900 milhões. Um grande sucesso em qualquer ponto de vista.

2. Grande parte do custo de produção do filme foi consumido nos efeitos digitais de última geração, o que trouxe um visual único para o filme.

3. No roteiro o personagem Stephen Strange vai até o Oriente em busca de uma cura para suas mãos, mas encontra uma nova filosofia de vida. O ator Benedict Cumberbatch adorou filmar essas cenas em um mosteiro budista real localizado em Darjeeling, India. Acabou ficando muito próximo da comunidade local, atuando até mesmo como professor de inglês para crianças da região.

4. Desde o começo os executivos da Marvel queriam o ator Benedict Cumberbatch para interpretar o Doutor Estranho, mas ele havia assumido compromissos teatrais na mesma época prevista para as filmagens. O nome de Joaquin Phoenix foi então cogitado para assumir o papel. No final as filmagens foram adiadas por quase um ano, o que possibilitou enfim a atuação de Benedict Cumberbatch como o protagonista.

5. O ator Benedict Cumberbatch confessou que não conhecia muito o personagem antes do filme. Por isso comprou o maior número de revistas sobre o Doutor Estranho que conseguiu encontrar. As leu e se convenceu que era mesmo um personagem da Marvel bem diferente. Sobre o Doutor Estranho declarou: "Estou muito impressionado com o aspecto dimensional de suas histórias em quadrinhos. Acabei criando uma certa identificação pois sempre meditei em minha vida pessoal. Não é muito fácil entrar em sintonia com esse aspecto espiritual se você estiver no meio de uma produção complexa como essa, que mais parece um circo itinerante, mas no final eu procurei dar o melhor de mim para esse filme".

6. Stan Lee criou o personagem ao lado de Steve Ditko. Recentemente Lee confidenciou durante uma entrevista que sua inspiração para criar o Doutor Estranho teria vindo das apresentações teatrais do astro do terror Vincent Price.

7. A atriz Tilda Swinton levou seus filhos para as filmagens. Sua filha mais velha acabou trabalhando no departamento de figurinos, além de ter também colaborado em parte dos efeitos especiais.

8. Antes de Tilda Swinton ter assinado contrato com a Marvel, vários atores foram considerados para o papel do mestre Ancião, entre eles Morgan Freeman, Ken Watanabe e Bill Nighy.

9. O diretor Scott Derrickson confessou ser grande fã do personagem Doutor Estranho. Uma das coisas que ele quis preservar em seu filme foi o visual psicodélico lisérgico das primeiras revistas da década de 1960. Para Scott isso era essencial para capturar o contexto histórico em que o Doutor Estranho foi criado.

10. A adaptação do personagem Doutor Estranho não vem de hoje. Há anos um projeto visando justamente isso circula em Hollywood. Vários diretores se interessaram em dirigir o primeiro filme sobre o personagem da Marvel para o cinema, entre eles Wes Craven em 2001, David S. Goyer em 2008, Guillermo del Toro em 2014, etc. Nenhum desses projetos porém conseguiu sair do papel.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Tesla (2020)

Esse é um novo filme que promete muito e tenho um pressentimento que vai ser muito bom. Trata-se de Tesla (2020) que vem com a proposta de contar a história desse cientista genial, o Nikola Tesla, que será interpretado no filme pelo bom ator Ethan Hawke. E não é um papel qualquer. Esse foi um cientista visionário, muitos séculos a frente de seu tempo, que ousou pensar em coisas que sequer tinham sido inventadas em seu tempo.

Mas será que o filme estará a altura desse gênio da ciência?

Penso que sim. A direção e o roteiro é assinado por Michael Almereyda, que afirmou em entrevistas que foi fundo nas pesquisas sobre o biografado. A sinopse afirma que o filme é "Uma visão livre do inventor visionário Nikola Tesla, suas interações com Thomas Edison e a filha de J.P. Morgan, Anne, e seus avanços na transmissão de energia elétrica e luz".

A maior ironia histórico disso tudo é que ele nunca foi devidamente reconhecido em vida. Muitas de suas ideias só iriam ser colocadas em práticas após sua morte. Ele foi muitas vezes humilhado por concorrentes e outros cientistas que diziam que suas invenções eram malucas, fora da realidade. O tempo, senhor de tudo, mostrou quem afinal estava certo. Pena que quando isso aconteceu ele não estava mais vivo. Pois é, de qualquer maneira esse filme parece bem promissor.

Pablo Aluísio.

A Morte de Burt Reynolds

A título de resgate para arquivo, aqui vai a nota de notícia da morte do ator Burt Reynolds que havia sido publicado originalmente no blog Cinema Classe A. Segue a nota:

A Morte de Burt Reynolds
Inicialmente tratado como um boato, mas agora confirmado pelo seu agente, o ator Burt Reynolds morreu aos 82 anos de idade. Ele faleceu hoje pela manhã no Jupiter Medical Hospital, na Flórida.  

Reynolds vinha lutando contra vários problemas de saúde nos últimos anos. Há poucos meses, o representante do ator disse que ele estava em tratamento intensivo em um hospital da Flórida para tratamento de sintomas da gripe, incluindo desidratação.

Ele também já havia sido liberado de um hospital em Los Angeles, quando seu empresário amenizou os boatos de que ele tinha uma doença grave não divulgada. Na ocasião seu agente afirmou que ele havia apenas passado por uma "operação simples, sem maior importância".

Depois disso o próprio ator em entrevista assumiu que tinha problemas de coração. Durante uma entrevista para a revista People ele admitiu que precisaria passar por novas cirurgias pois não sabia até aquele momento que suas artérias estavam fechadas, atrapalhando o funcionamento normal de seu coração. O ator também assumiu que havia adquirido um vício em remédios prescritos. Ele declarou para a revista: "Eu sou um cara grande e durão, mas não consegui superar esse problema por conta própria. É bem complicado!" Até o momento a causa de sua morte não foi divulgada nem pelo hospital e nem pelos familiares. Descanse em paz Burt!

Pablo Aluísio.

Venom

Venom
Alguns gostaram, outros nem tanto. De qualquer forma segue um pequeno arquivo de notícias que foram publicadas inicialmente no blog Cinema Classe A. Éssa postagem está sendo feita como arquivo de textos. E não deixa também de sser curioso ter esse tipo de informação do lançamento original do filme.

Venom é sucesso de bilheteria
Apesar de estar em cartaz há apenas 3 dias, o filme "Venom" já é considerado um sucesso de bilheteria. O filme está sendo exibido em mais de quatro mil salas de cinema nos Estados Unidos e até o momento já faturou 82 milhões de dólares - um excelente resultado.

A bilheteria tem sido muito maior do que "Gravidade", o filme de maior sucesso no ano passado nesse mesmo período. Assim "Venom" é considerado desde já um sucesso de público, embora a crítica de uma maneira geral tenha feito reservas em relação à produção, tanto no exterior como no Brasil. A principal crítica negativa tem sido feita em relação aos efeitos digitais. Alguns críticos reclamaram do visual como um todo, afirmando que certas cenas soaram "artificiais demais, parecendo um videogame comum".

Mesmo com essa onda negativa por parte da imprensa o estúdio aposta que a escalada de sucesso do filme seguirá em frente. Um importante executivo da Marvel afirmou que o público fã do Homem-Aranha não deixará de conferir "Venom" nos cinemas. Como se sabe essa criatura nasceu nas aventuras de Peter Parker e como esse é um dos personagens mais populares do universo Marvel é bem possível que haja uma transferência de público para o filme, aumentando ainda mais sua bilheteria.

Coleção de posters do filme Venom. Acima o poster de primeira divulgação. Logo abaixo o poster que provavelmente será utilizado quando o filme entrar em cartaz (a estreia está prevista para 4 de outubro). Por fim, lá embaixo, vemos um exagerado poster oriental, já colocando a criatura monstruosa em evidência. A direção ficou a cargo de Ruben Fleischer, diretor veterano no mundo da TV que no cinema já dirigiu "Zumbilândia" (uma sequência está prevista para breve). No elenco o filme terá Tom Hardy como o protagonista (Eddie Brock / Venom), além de Woody Harrelson e Michelle Williams. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Jake Gyllenhaal em busca do Zodíaco

Nesse fim de semana também revi o filme "Zodíaco" (2007). O roteiro foi baseado no livro escrito por um jornalista americano que ficou obcecado em descobrir a verdadeira identidade desse serial killer. Como se sabe esse assassino passou impune. Nunca o pegaram pelos seus crimes. De certa maneira sua história lembra a de Jack, o Estripador. Assim como o psicopata inglês ele matava pessoas e depois desafiava a polícia. Enviava pedaços de roupas sangrentas de suas vítimas e provocava as autoridades. Infelizmente assim como Jack também nunca foi preso. Pior do que isso, nunca foi identificado com certeza absoluta.

Jake Gyllenhaa, bom ator, interpreta esse jornalista obcecado. Ele chega ao caso do Zodíaco meio por acaso. Trabalhando como cartunista em um jornal de San Francisco ele acaba sabendo de antemão tudo o que está acontecendo, os crimes, as mortes. Jovens namorados pegos de surpresa, sendo executados sem piedade. O repórter interpretado por Robert Downey Jr na redação é o encarregado de cobrir o caso, mas com o passar dos anos ele vai sendo consumido pelas coisas que aconteceram. Obviamente queria dar o grande furo de reportagem, revelando a identidade do Zodíaco, mas isso jamais aconteceu.

Pior acontece com um dos policiais envolvidos na investigação. Quem o interpreta é o ator (com cara de chorão) Mark Ruffalo. Ele parece estar sempre um passo atrás do assassino. Quando chega em um suspeito muito provável as coisas começam a dar errado. A caligrafia não bate com a das cartas enviadas pelo serial killer, ele não parece ter provas para sequer levar o caso ao tribunal. Esse suspeito certamente era um péssimo exemplo, pois tinha ficha criminal envolvendo pedofilia em seu passado. Só que sem provas provavelmente escaparia de uma condenação. Assim o caso simplesmente não andava, não ia para frente. Entrou em um beco sem saída.

O caso Zodíaco foi simbólico para as polícia americana. O FBI se envolveu, mas também não conseguiu solucionar as mortes. Um fato terrível porque olhando para trás, para as mortes recriadas pelo filme, podemos perceber nitidamente que o Zodíaco passava longe de ser um criminoso precavido ou até mesmo inteligente. Ele matava à luz do dia, em lugares públicos, como no caso do casal morto à beira do lago. Chegava ao ponto de usar roupas bizarras com o mesmo símbolo que desenhava nas cartas e mesmo assim os policiais americanos não conseguiram prendê-lo. No fundo o Zodíaco não foi dos matadores mais espertos da história, mas sim, ao que parece, contou mesmo com a incompetência das autoridades para sair impune de seus atos de pura barbárie. Essa foi uma história sem final feliz. Sim, é para ficar chocado com tudo de real que aconteceu nesse trágico evento.

Pablo Aluísio.

O que aconteceu com a Igreja Evangélica brasileira?

O que aconteceu com a Igreja Evangélica brasileira?
Eu fico pasmo. Quando eu era mais jovem os evangélicos formavam um grupo coeso de pessoas com muita fé cristã. Eram poucos em relação ao total da população brasileira, mas eram de qualidade, vamos colocar nesses termos. Depois de tantos anos a coisa toda mudou. O número de evangélicos e igrejas explodiu no país. E com a massa também veio a perda de qualidade dos crentes.

Nunca em minha vida vi tanta gente má, escrota e sem escrúpulos como  no meio evangélico. Claro que não vou generalizar, longe disso, mas em relação aos líderes evangélicos no Brasil parece que só tem FDP... Uma gente que basta olhar na cara para ver a pura maldade, a escrotice, gente pilantra, gente escrota, fico pasmo em ver como conseguem arregimentar tantos fiéis. 

E daí eu penso que para seguir uma pessoa ruim, só sendo gente ruim também. E as coisas só pioram porque esses mesmos canalhas entraram na política, levaram sua toxicidade ímpar para as casas legislativas. Olha, o Brasil precisa repensar esses votos dados em pastores, policiais militares, militares das forças armadas, etc. Essa gente além de não ter nenhuma cultura jurídica, ainda engloba muita gente ruim em suas fileiras. A situação realmente, nesse momento, é grave. 

Pablo Aluísio 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sputnik

Essa é uma nova ficção que está sendo lançada nesse ano de 2020, tempos complicados. Curiosamente vi apenas seu trailer. A impressão que tive foi de estar assistindo a uma versão de Aliens falado em russo. Pois é, Sputnik, apesar de usar o nome do famoso satélite soviético, não é uma tentativa de contar os fatos históricos, mas sim de fazer mesmo um filme bem de acordo com o clássico Sci-fi de Ridley Scott.

Vai dar certo?

Eu ainda não vi o filme, mas duvido muito que algo assim seja bom. Me pareceu filme B, sem maior orçamento para dar conta de uma história como essa, que convenhamos sempre vai exigir um bom quadro técnico responsável em efeitos especiais e isso, claro, custa bastante dinheiro.

Porém até assistir ao filme darei o benefício da dúvida. Vai que o filme seja algo especial e eu esteja apenas sendo bem pessimista. A direção é de Egor Abramenko, com roteiro da dupla Oleg Malovichko e Andrei Zolotarev. No elenco temos Oksana Akinshina, Fedor Bondarchuk e Pyotr Fyodorov. Beleza, agora tente falar todos esses nomes russos rapidamente e em alto e bom som! Seus vizinhos vão adorar as pronúncias.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Fargo / Better Call Saul

Fargo 1.01 - The Crocodile's Dilemma
Depois que "Hannibal" e "Bates Motel" tiveram êxito na TV americana era de se esperar que outros filmes fossem adaptados para o mundo das séries. Assim, seguindo esses passos, surge esse "Fargo". Provavelmente você seja jovem demais ou então simplesmente nunca tenha assistido a "Fargo", filme lançado em 1996, com direção de Joel Coen. O filme foi bastante elogiado na época de seu lançamento. Acontece que a história real que deu origem ao roteiro da produção original era tão instigante que era questão de tempo para que virasse uma série. No fundo o enredo envolvendo diversas mortes numa cidadezinha gelada e sem importância de Minnesota revela na verdade a mediocridade da vida cotidiana de certas pessoas. O personagem Lester Nygaard (Martin Freeman) é o símbolo disso. Ele foi vítima de bullying nos tempos de escola e por pura infelicidade reencontra o valentão que o agredia naqueles tempos. O sujeito se acha no direito de voltar a ofendê-lo, bem no meio da rua, na frente de seus filhos. Para piorar a vida de Lester não é ruim apenas fora de casa, mas dentro também. Ele é casado com uma víbora, uma mulher que lhe humilha e lhe rebaixa sempre que pode. Um casamento sem amor, um verdadeiro inferno. A vida de Lester porém muda quando ele encontra por acaso a figura de Lorne Malvo (Billy Bob Thornton), um assassino profissional. O resto é história, aliás história mesmo, pois tudo foi baseado em fatos reais! Com mais de uma hora de duração esse episódio piloto já deixa claro que a série é realmente muito boa, ideal para acompanhar daqui em diante. Realmente Classe A. / Fargo 1.01 - The Crocodile's Dilemma (EUA, 2014) Direção: Adam Bernstein / Roteiro: Noah Hawley / Elenco: Billy Bob Thornton, Allison Tolman, Colin Hanks.

Fargo 1.02 - The Rooster Prince
Esse episódio toca em uma questão que é bem comum, inclusive no Brasil. Em cidades pequenas do interior a rede de amizades e relações sociais que existem entre as pessoas geralmente acabam prejudicando investigações policiais e mais além, até mesmo julgamentos são comprometidos por esse tipo de situação. Não é à toa que o tribunal do júri geralmente acaba fracassando no Brasil em cidadezinhas pelo interior afora. Mas voltemos a Fargo. Após as diversas mortes do primeiro episódio a polícia local continua a dar voltas sem ir a lugar nenhum. O xerife Bill Oswalt (Bob Odenkirk) foi amigo de escola de Lester Nygaard (Martin Freeman) e por isso se recusa a acreditar na tese de sua colega de farda, que insiste em dizer que Lester tem muito provavelmente algo a ver com os crimes. Para Bill isso seria uma bobagem, já que Lester sempre foi um garoto tímido, frágil, que jamais faria mal a alguém (e ele, para surpresa de todos, fez ao matar sua própria esposa com um martelo no porão de sua casa!). O ator Bob Odenkirk aliás é o mesmo que interpretou o advogado picareta Saul Goodman na série de grande sucesso "Breaking Bad". Ver ele aqui, com outra caracterização completamente diferente, interpretando um xerife bronco e caipira não deixa de ser uma das maiores diversões de acompanhar essa nova série. Tenho gostado muito dessa versão televisiva de "Fargo". O formato de muitos episódios proporciona um melhor desenvolvimento de todos os personagens, algo que não aconteceu no filme por motivos óbvios. / Fargo 1.02 - The Rooster Prince (EUA, 2014) Direção: Adam Bernstein / Roteiro: Noah Hawley, Noah Hawley / Elenco: Billy Bob Thornton, Allison Tolman, Colin Hanks, Bob Odenkirk, Martin Freeman.
 
Fargo 1.03 - A Muddy Road
O maior problema para a oficial Molly Solverson (Allison Tolman) é que seus superiores são um bando de matutos, sem qualquer experiência ou faro investigativo. Desde o começo ela soube que havia uma ligação entre Lester Nygaard (Martin Freeman) e um estranho suspeito que chegou na cidade para aterrorizar determinadas pessoas. Ele é um assassino profissional, um criminoso de ofício, que foi contratado por um rico empresário para descobrir quem o estaria chantageando. Como não existe ética entre bandidos o próprio Lorne Malvo (Billy Bob Thornton) resolve assumir a chantagem, ou seja, contratado para acabar com o crime ele próprio se apoderou dele, tencionando com isso faturar uma bolada. E ele não parece muito preocupado em se esconder. Indo atrás de um devedor de apostas ele literalmente o arranca do escritório, o levando pela gravata para "passear" em seu carro. Obviamente a intenção é dar um susto no tal sujeito, mas as coisas não saem como esperado e o pobre homem sai correndo no meio da nevasca (detalhe, completamente sem roupas, o que lhe trará morte certa em poucos minutos). Para Malvo isso pouco importa, afinal de contas ele tem coisas mais importantes (e lucrativas) para se importar. Mais um bom episódio dessa série que vem para complementar o que vimos no cult dos irmãos Coen. Há mais tempo para desenvolver os personagens e a trama, o que torna tudo ainda mais bem-vindo. Ótima diversão. / Fargo 1.03 - A Muddy Road (EUA, 2014) Direção: Randall Einhorn / Roteiro: Noah Hawley / Elenco: Billy Bob Thornton, Allison Tolman, Colin Hanks.

Better Call Saul 1.01 - Uno
Bom, se você acompanhou a maravilhosa série "Breaking Bad" já sabe muito bem quem é Saul Goodman (Bob Odenkirk). Ele é aquele advogado completamente picareta que vivia de dar cobertura para Walter White e Jesse Pinkman. Certamente era um dos mais divertidos coadjuvantes dessa série que realmente marcou época. A partir daí era de se esperar que algum spin off aparecesse no horizonte. Assim os produtores aprovaram a ideia do criador e roteirista Vince Gilligan em focar apenas nele nesse novo seriado. O episódio tem duas linhas narrativas. Uma no presente, com Saul de bigode, trabalhando em uma lanchonete de Shopping Center. Claro que depois de tudo o que ele aprontou era mesmo previsível que ele tentasse se esconder atrás de um disfarce pelo resto de sua vida. Sua vida passa longe da adrenalina do passado. Após cumprir seu expediente tedioso tudo o que lhe resta é voltar para casa, solitário e deprimido. Para relembrar um pouco de seus tempos de advogado ele resolve rever em uma velha fita vhs as propagandas de TV que estrelava, onde sempre usava o bordão "Better Call Saul". A partir desse ponto o episódio dá um longo flashback, mostrando acontecimentos em sua vida, anteriores inclusive ao que acompanhamos em "Breaking Bad". O episódio piloto fez grande sucesso de audiência na TV americana, mas lamento dizer que me deixou um pouco decepcionado. Menos divertido e cômico do que era de se esperar a série precisa se soltar mais, criando situações realmente engraçadas, já que Saul sempre foi um alívio de humor na série que lhe deu origem. Do jeito que está ficou sombrio e melancólico além da conta. Espero que daqui para frente acertem o tom de uma vez. / Better Call Saul 1.01 - Uno (EUA, 2015) Direção: Vince Gilligan / Roteiro: Vince Gilligan, Peter Gould / Elenco: Bob Odenkirk, Jonathan Banks, Rhea Seehorn.

Better Call Saul 1.02 - Mijo
Esse segundo episódio foi bem melhor do que o primeiro. Na verdade os roteiristas encontraram o tom certo, mostrando e investindo muito mais no bom humor, que sempre foi o símbolo do personagem em "Breaking Bad". Nesse aqui Saul paga por suas picaretagens. Após se unir a dois skatistas sem noção, ele vê seu plano de arrancar dinheiro de uma pobre velhinha ir por água abaixo. Isso porque a velha senhora tem um neto que não vai deixar isso barato. O sujeito mais parece ter saído de uma gangue de traficantes mexicanos. Com cara de poucos amigos, ele resolve colocar Saul e seus comparsas em seus devidos lugares. Após render o trio de picaretas, ele então  leva todos para o deserto do Novo México - praticamente uma sentença de morte para quem conhece aquela região hostil! Lá ocorre a melhor cena do episódio. Saul, tal como se estivesse numa audiência de conciliação judicial, começa a barganhar com o criminoso, tentando convencer que não se mate os jovens, pois eles possuem uma mãe doente (o que é uma tremenda lorota) e que apenas lhes sejam aplicados uma lição, do tipo "quebrar suas pernas". Impecável realmente e muito divertido. O desfecho também é muito engraçado. Para os fãs de "Breaking Bad" vale a pena prestar atenção pois vários personagens da série original vão aparecendo em pequenas aparições, tão rápidas que merecem mesmo atenção dobrada! O caminho é esse, espero que continuem por essa linha daqui em diante. / Better Call Saul 1.02 - Mijo (EUA, 2015) Direção: Michelle MacLaren / Roteiro: Vince Gilligan, Peter Gould / Elenco: Bob Odenkirk, Jonathan Banks, Rhea Seehorn.

Better Call Saul 1.03 - Nacho
As aparências enganam. Quando uma família inteira desaparece de sua casa, sem deixar rastros, todos começam a desconfiar que Jimmy McGill (Bob Odenkirk), ou melhor dizendo Saul, estaria envolvido com o que supostamente seria um sequestro! Seria mesmo? Afinal de contas ninguém colocaria a mão no fogo por esse advogado especializado não em direito civil ou penal, mas sim em trambiques e fraudes de todos os tipos! Assim Saul resolve ir por conta própria atrás dessa família que parecia um modelo de honestidade e bondade, a típica família suburbana norte-americana, com tudo o que isso significa. Mesmo com terno, maleta e tudo, ele assim resolve encarar o desafio de sair pelo meio do deserto em busca deles! Aos poucos a realidade vai surgindo, mostrando que as primeiras deduções estavam completamente erradas. De todos os episódios dessa nova série "Better Call Saul" esse foi um dos mais divertidos, recuperando em parte o bom humor que caracterizava esse personagem na série "Breaking Bad". Pessoalmente acredito que esse programa não irá muito longe, provavelmente consiga duas ou até mesmo três temporadas pela frente (e isso sendo bem otimista). A questão é que Saul se encaixava muito bem na série original, mas aqui, de forma solo, falta um pouco mais de conteúdo para manter a atenção do espectador por um longo período. Vamos ver até onde "Better Call Saul" consegue ir. / Better Call Saul 1.03 - Nacho (EUA, 2015) Direção: Terry McDonough / Roteiro: Vince Gilligan, Peter Gould / Elenco: Bob Odenkirk, Jonathan Banks, Rhea Seehorn.

Better Call Saul 1.04 - Hero
Nesse episódio Jimmy McGill (Bob Odenkirk), ou melhor dizendo Saul, recebe pela primeira vez suborno - e fica com a consciência pesada por isso, quem diria... Pois é, em começo de carreira ele tenta levantar a bola de seu escritório situado nos fundo de um salão de beleza. O dinheiro é oferecido pela mesma família que a polícia pensa estar sequestrada, mas que na verdade se mandou para fugir com uma bolada de um golpe financeiro. Assim Saul acaba embolsando a grana e nem pensa duas vezes, compra um terno novo, roupas elegantes e contrata um imenso outdoor em uma avenida com suas já conhecidas propagandas picaretas (que iriam ficar famosas em "Breaking Bad"). Como se tudo isso não fosse o bastante ainda usa a logomarca de um escritório conhecido da cidade, tudo com o objetivo de angariar clientes de forma nada ética! Afinal de contas se não fosse jogar sujo ele não seria o velho Saul que conhecemos. Depois de ser processado administrativamente ele é condenado a retirar a propaganda enganosa, não sem antes fazer um grande teatro, como se estivesse sendo perseguido por ricos e poderosos e toda essa situação absurda acaba ocasionando um evento que acredite o vai transformar em um herói na mídia por 15 minutos (afinal todos terão seus quinze minutos de fama um dia)! Quinto episódio da temporada dessa nova série que sinceramente ainda não conseguiu me convencer muito. Sigo acompanhando mais ou menos no controle remoto. Embora seja fã de "Breaking Bad" esse Spin-off ainda não empolgou. Só o tempo dirá quando tempo ainda irei acompanhar. Por enquanto só tem servido mesmo para nos deixar com saudades de Walter White e cia. / Better Call Saul 1.05 - Hero (EUA, 2015) Direção: Colin Bucksey / Roteiro: Vince Gilligan, Peter Gould / Elenco: Bob Odenkirk, Jonathan Banks, Rhea Seehorn.
 
Better Call Saul 1.05 - Alpine Shepherd Boy
O episódio do outdoor trouxe finalmente a publicidade que Saul precisava. O problema é que os clientes que vão surgindo são os piores possíveis. Um rico e ignorante fazendeiro do Texas quer que seu rancho vire um país independente dos Estados Unidos, tal como se fosse um Vaticano americano. O outro coloca uma babá eletrônica na privada e pensa que se trata de uma nova invenção maravilhosa! Enfim, só pessoas sem noção, algumas completamente loucas. Ser advogado freelancer definitivamente não é fácil para Saul. Para piorar o seu irmão é levado sob custódia sob a acusação de ter roubado o jornal da vizinha! Como se sabe Chuck tem problemas em sair de casa (não se sabe se é um tipo de loucura ou uma condição real). Ele diz ter hiper sensibilidade à eletricidade o que o faz viver isolado em uma casa escura e sem nenhuma luz ou aparelho elétrico. Envolto em uma malha de alumínio ele tem ataques e convulsões se exposto a qualquer tipo de eletricidade. Mesmo uma lâmpada comum o deixa em pânico. Levado a um hospital após sofrer um colapso Saul precisa convencer a médica que o atende que ele realmente tem algum problema. Para a doutora ele é apenas um sujeito com problemas psicológicos sérios e nada mais. Enquanto isso Saul tem que correr atrás de clientes - e ele escolhe um asilo de idosos - seu cinismo nessa cena é a melhor coisa do episódio. Muito divertido. No mais a série ainda luta para encontrar seu próprio caminho. Por enquanto ainda não encontrou o tom certo. / Better Call Saul 1.05 - Alpine Shepherd Boy (EUA, 2015) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Vince Gilligan, Peter Gould  / Elenco: Bob Odenkirk, Jonathan Banks, Rhea Seehorn.

Pablo Aluísio.