segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Cinema Clássico: Raquel Welch, Elvis Presley

 

Rod Taylor (1930 - 2015)

O ator australiano Rod Taylor, que estrelou o thriller de Alfred Hitchcock "Os Pássaros", morreu aos 84 anos, no último dia 7 de janeiro. Taylor vivia há décadas nos Estados Unidos e morreu em sua casa localizada em Los Angeles após um jantar oferecido a amigos e pessoas próximas. Sua carreira começou em 1951 quando atuou no filme "Inland with Sturt". Sua atuação na aventura australiana "O Pirata de Porto Belo" chamou a atenção dos estúdios de Hollywood. Sem pensar duas vezes mudou-se de seu país natal para os Estados Unidos. Após atuar no seriado de faroeste "Cheyenne" ganhou finalmente sua grande chance na produção "A Rainha Tirana" de Henry Koster onde teve a oportunidade de atuar ao lado de lendas como Bette Davis e Joan Collins. A partir daí a carreira começou a decolar aos poucos, dando a chance para Rod de atuar em alguns clássicos do cinema americano como "Assim Caminha a Humanidade" onde interpretou um personagem inglês, Sir David Karfrey.

Ao lado de Montgomery Clift e Elizabeth Taylor apareceu no excelente drama "A Árvore da Vida". Depois, demonstrando ser um ator eclético, que poderia trabalhar bem nos diversos gêneros cinematográficos, atuou numa comédia romântica de relativo sucesso chamada "Elas Querem é Casar". No final dos anos 1950 acabou porém encontrando o gênero no qual iria se consagrar, a dos filmes com muita fantasia e criatividade. O trampolim veio curiosamente na TV onde se destacou na famosa série "Além da Imaginação". Suas atuações lhe abriram as portas novamente do cinema americano, só que dessa vez focado em adaptações de grandes clássicos Sci-fi da literatura como "A Máquina do Tempo" onde interpretou o próprio autor do romance e personagem central do enredo, H. George Wells. A partir daí, sempre flertando com o público infantojuvenil, aceitou o convite de participar do clássico de animação da Disney "A Guerra dos Dálmatas" onde dublou o personagem canino Pongo. Foi assim um dos primeiros atores de Hollywood a topar fazer dublagens em animações, algo que hoje em dia se tornou comum.

Em 1963 após atuar em "O Pirata Real" (mais uma aventura de capa e espada onde interpretava o famoso bucaneiro dos mares Sir Francis Drake) foi chamado pelo mestre Alfred Hitchcock para trabalhar em "Os Pássaros" que se tornaria uma das obras primas do diretor. Acostumado ao modo britânico de trabalhar o ator acabou se dando muito bem ao lado de Hitch, que sempre econômico em palavras, não se furtou em elogiar sua atuação. Depois desse sucesso sua carreira ganhou um novo impulso e ele seguiu atuando em mais de uma dezena de filmes como "Águias em Alerta" ao lado de Rock Hudson e "A Espiã de Calcinhas de Renda" com Doris Day. Nunca veio a se tornar um astro de primeiro time em Hollywood, mas sempre foi muito requisitado para filmes e séries ao longo dos anos, principalmente por ser talentoso e muito profissional. Rod Taylor faleceu deixando esposa e filha. Que descanse em paz.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de outubro de 2007

Errado Pra Cachorro

Quem está tomando conta da loja? O título original já mostra bem a intenção do filme. Um conjunto de divertidas cenas de humor (algumas ao estilo pastelão) passadas todas dentro de uma grande loja de departamento nos anos 60. Esse tipo de empreendimento comercial estava se tornando muito popular nos EUA naquela época e Lewis, imaginativo como era, percebeu logo que havia inúmeras possibilidades cômicas dentro desse tipo de lugar. Em "Errado Pra Cachorro" o ator levou até as últimas consequências o uso de gags no roteiro. Mestre nesse tipo de situação o comediante deita e rola em várias sequências que ficaram para sempre na memória de seus admiradores (até porque o filme foi campeão de reprises na "Sessão da Tarde" na Globo durante os anos 70 e 80). Algumas dessas gags são bem divertidas como a chegada de um bando de mulheres enlouquecidas atrás de produtos em promoção ou então na divertida venda de sapatos minúsculos para uma senhora gorda que não aceita calçar um número menor! Difícil não rir nessa parte. Lewis, um pioneiro do estilo caretas e humor físico, antecipa muito do que seria feito anos depois por comediantes como Jim Carrey. Seu personagem era quase sempre o mesmo durante essa fase de extremo sucesso popular no cinema: a do rapaz ingênuo, de bom coração, mas extremamente atrapalhado em sua vida profissional e sentimental. Sem a parceria de Dean Martin dos primeiros filmes Lewis se esmerou em escolher roteiros melhores, usando de muitos cacos e improvisos durante as filmagens. O resultado final deu muito certo e Jerry Lewis estrelou alguns de seus melhores filmes justamente durante essa fase.

O diretor e roteirista desse "Who's Minding the Store?" foi o genial Frank Tashlin, que era um craque nesse estilo de humor. Começou a carreira como cartunista, o que talvez explique seu muito peculiar estilo. Ele firmou uma parceria extremamente produtiva ao lado de Lewis, principalmente após a dissolução de sua dupla ao lado do antigo partner Dean Martin. Mantendo o foco nas trapalhadas do comediante os filmes acabaram ganhando em agilidade, algo que nem sempre existia nos filmes da dupla pois o ritmo geralmente era quebrado para Dean Martin cantar alguma canção ou então fazer par romântico com alguma estrelinha. E por falar em estrelinha nesse "Errado Pra Cachorro" temos ainda de quebra a presença da bela Jill St. John, uma atriz muito simpática e elegante. Enfim, "Errado Pra Cachorro" é uma ótima diversão para todas as idades, ainda hoje.

Errado Pra Cachorro (Who's Minding the Store? Estados Unidos, 1963) Direção de Frank Tashlin / Com Jerry Lewis, Jill St. John e Ray Walston / Sinopse: Rica herdeira de uma grande rede de lojas se apaixona por um simples rapaz chamado Norman Phiffier (Jerry Lewis), muito atrapalhado, que acaba indo trabalhar em um magazine pertencente à mãe dela.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de outubro de 2007

Cinema Clássico - Ann-Margret


 

A Imitação da Vida

Um típico drama sentimental dos anos 50 dirigido pelo especialista Douglas Sirk. Eu recomendo o filme a quem gostou do recente "Histórias Cruzadas" pois a temática é ligeiramente parecida. Aqui uma atriz de teatro e cinema, Lora Meredith (Lana Turner), vê sua vida passar ao lado de uma empregada doméstica negra, Anni (Juanita Moore), cuja filha é criada ao lado da filha de sua patroa. São ambas viúvas e juntas vão passando pelas dificuldades da vida. Achei muito interessante porque a questão racial não é jogada para debaixo do tapete. A filha da empregada negra tem vergonha da condição social e racial de sua mãe e faz de tudo para distanciar dela, muitas vezes a humilhando perante outras pessoas. Interessante é que embora a fita seja estrelada pela diva Lana Turner o filme é completamente ofuscado por esse drama familiar entre a mãe trabalhadora e sua filha que renega seu passado e sua raça. As duas atrizes aliás foram recompensadas e ambas foram indicadas ao Oscar e ao Globo de Ouro, sendo que Susan Kolmer (que interpreta a filha ingrata que renega sua mãe empregada) foi premiada com o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante - prêmio mais do que merecido.

No núcleo familiar branco da patroa, Lana Turner brilha. Muito elegante e muito sofisticada Lana é aquele tipo de atriz que não existe mais. Ela consegue interpretar sua personagem ao longo dos anos de forma muito digna e convincente. Sua filha é interpretada por Sandra Dee, que era ídolo juvenil na época, emplacando sucessos com filmes açucarados sobre namoricos juvenis nas bilheterias (anos depois se casaria com o cantor Bob Darin que conheceu no set de filmagens, história que foi mostrada no filme biográfico dele, onde foi interpretado por Kevin Spacey). O diretor Douglas Sirk mostra aqui porque foi um dos grandes cineastas do gênero drama nos anos 50. Toda a produção é muito rica e o technicolor é bem berrante - o que afinal eram duas características desse diretor. Em suma, "A Imitação da Vida" tem um belo roteiro que mostra sem receios a questão racial anos antes da luta pelos direitos civis pela população negra americana. Vale a pena conhecer.

A Imitação da Vida (Imitation of Life, Estados Unidos, 1959) Direção de Douglas Sirk / Com Lana Turner, Sandra Dee e Juanita Moore / Sinopse: O filme conta a história de Lora Meredith (Lana Turner), atriz famosa e consagrada que tinha uma filha e acolhe em sua casa uma mulher negra — Annie Johnson (Juanita Moore) — junto com sua filha para trabalhar como doméstica. Com o passar dos anos, as duas mulheres compartilham suas vidas e os problemas das respectivas filhas

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O Grande Gatsby

O Grande Gatsby é um filme interessante. Baseado em um grande romance da literatura americana escrito por F Scott Fitzgerald na década de 1920 e roteirizado pelo grande cineasta Francis Ford Coppola (que deveria ter dirigido o filme na minha opinião) essa produção luxuosa tinha todos os ingredientes para dar muito certo. O elenco era excelente, principalmente pelas boas atuações de Robert Redford (um pouco contido, é verdade, mas muito bem no papel de Gatsby) e Bruce Dern (em personagem secundário que acaba roubando a cena dos figurões). Com todos esses pontos positivos a favor a pergunta que vem à mente é: por que essa versão de "O Grande Gatsby" não tem o mesmo status de outros clássicos dos anos 70? E por que anda meio esquecida nos últimos anos?

Na minha opinião o maior problema dessa versão de "O Grande Gatsby" é a direção. O diretor Jack Clayton (cujo filme mais conhecido em sua filmografia é o suspense "Os Inocentes") parece indeciso em vários momentos cruciais do roteiro. Embora a trama seja clássica e à prova de falhas a direção deixa muito a desejar, fazendo o filme cair no marasmo em várias sequências. O ritmo se torna arrastado e sem foco em várias partes. Os 140 minutos de duração são sentidos pelo espectador e isso nunca é um bom sinal. Está tudo lá, os carros antigos, as mansões luxuosas, a boa reconstituição de época mas o que falta mesmo é uma direção mais primorosa, mais cativante, que leve o espectador a criar um vínculo maior com todos aqueles personagens. Daisy, interpretada por Mia Farrow, por exemplo, não é aproveitada corretamente, se tornando muito unidimensional. O mesmo acontece com o personagem Gatsby, que em sua essência é cheio de possibilidades, mas que ao final da projeção deixa o público com várias dúvidas sobre quem ele era afinal, quais eram suas motivações, porque se tornou milionário e por aí vai. Mesmo que o livro deixe isso em aberto o diretor poderia ter explorado mais a personalidade misteriosa de Gatsby. Enfim, o filme está muito longe de ser ruim mas poderia ser muito melhor, um verdadeiro clássico do cinema americano da década de 70 se tivesse sido melhor dirigido.

O Grande Gatsby (The Great Gatsby, Estados Unidos, 1974) Direção: Jack Clayton / Roteiro de Francis Ford Coppola baseado na obra de F. Scott Fitzgerald / Elenco: Robert Redford, Mia Farrow, Bruce Dern / Sinopse: Jay Gatsby (Robert Redford) é um milionário que se diverte dando inúmeras festas em sua mansão para a elite local. Nick Caraway é um comerciante vizinho a Gatsby que começa a se interessar pela passado obscuro dele. De peça em peça ele acaba montando o quebra cabeça da origem do enigmático Gatsby.

Pablo Aluísio. 

Marlon Brando - 10 Curiosidades sobre "Uma Rua Chamada Pecado"

1. Vivien Leigh sofria de transtorno bipolar, assim como sua personagem no filme, Blanche DuBois.

2. O ator Mickey Kuhn foi escalado por Vivien Leigh que se tornou sua amiga no set de filmagens de "E O Vento Levou".

3. O grito de Marlon Brando "Stella! Hey, Stella!" foi eleito um dos momentos mais marcantes do cinema americano segundo pesquisa do American Film Institute!

4. Robert Mitchum foi convidado para fazer o papel de Marlon Brando mas recusou na última hora por não ter espaço livre em sua agenda.

5. Laurence Olivier, marido de Vivien Leigh, foi cogitado pelo estúdio para dirigir o filme.

6. O filme sofreu 68 cortes por parte do estúdio para se adequar aos padrões de moralidade do circuito comercial americano. Marlon Brando ficou furioso quando soube dessa intervenção. A versão original jamais foi lançada sem cortes.

7. Da peça original que estreou em Nova Iorque nove atores participaram do filme (a saber: Marlon Brando, Kim Hunter, Karl Malden, Rudy Bond, Nick Dennis, Peg Hillias, Richard Garrick, Ann Dere e Edna Thomas)

8. Jessica Tandy que interpretava Blanche DuBois no teatro teve seu nome recusado pelo estúdio que a considerava desconhecida do grande público. O papel de Blanche foi primeiramente oferecido a Olivia de Havilland, cujo cachê pedido foi considerado excessivo. Um convite então foi feito a Bette Davis mas ela recusou. Vivien Leigh acabou aceitando o convite duas semanas depois.

9. Sem lugar para ficar em Hollywood, Brando acabou indo morar de favor na casa de seu agente Jay Kantor durante as filmagens.

10. A citação da frase "... e se Deus quiser, vou amar-te melhor depois da morte" é da língua portuguesa e data de 1850.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Cinema Clássico - Roman Polanski, Sharon Tate, Goldie Hawn



Tudo o que o Céu Permite

Muito bom esse drama que foca no preconceito que existe na sociedade sobre classes sociais diferentes. Após assistir cheguei na conclusão que certas convenções dentro da sociedade não mudaram nada desde que o filme foi feito. Aqui temos um casal formado por uma senhora viúva rica (Jane Wyman) e um jovem e pobre rapaz jardineiro (Rock Hudson). Claro que mesmo apaixonados ambos vão sofrer todo tipo de preconceito da sociedade por causa dessa situação. O filme é muito bem desenvolvido, sutil e inteligente. Joga com a situação e faz o público torcer pelo casal (isso na sociedade americana dos anos 50, com todos os seus pudores e valores morais ultrapassados). O filme é visualmente muito bonito, aproveitando tudo o que é possível da bela paisagem do local onde o personagem de Rock Hudson vive (um moinho antigo, com uma casa de campo e bambis passeando pelo quintal - mais bucólico impossível). O clima de nostalgia impera e traz muito para o resultado final.

"Tudo o que o Céu Permite" foi produzido por causa do grande sucesso de "Sublime Obsessão". Praticamente toda a equipe foi reunida novamente para esse filme (Rock Hudson, Jane Wyman, o diretor Douglas Sirk e o produtor Ross Hunter). Rock tinha especial veneração por esse diretor pois foi o primeiro que deu uma chance de verdade a ele no cinema, quando era um simples iniciante. Também tinha grande amizade por Jane Wyman que bem mais veterana do que ele nas telas lhe deu apoio incondicional nesses dois filmes, sendo paciente e prestativa no set de filmagem. O curioso é que após o sucesso de "Tudo o que o Céu Permite" o aclamado diretor George Stevens fez tudo o que era possível para pedir Rock de empréstimo da Universal para rodar com ele na Warner o grande clássico "Assim Caminha a Humanidade". Certamente percebeu que Rock não era mais apenas uma promessa mas sim um grande astro. Enfim, recomendo bastante o filme, principalmente para o público feminino, que certamente terá muito mais sensibilidade para se envolver no excelente enredo.

Tudo o Que o Céu Permite (All that Heaven Allows, Estados Unidos, 1955) Direção: Douglas Sirk / Roteiro: Peg Fenwick e Edna L. Lee / Com Jane Wyman, Rock Hudson, Agnes Moorehead, Conrad Nagel / Sinopse: Cary Scott (Jane Wyman) é uma viúva da alta sociedade, que a despeito dos preconceitos sociais acaba se apaixonando por Ron Kirby (Rock Hudson), que trabalha como jardineiro em sua casa. Mesmo com a diferença de idade e já ter filhos adultos ela decide assumir seu novo romance. Não tarda a aparecer todo tipo de pressão para que ela ponha fim ao seu envolvimento.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Robert Vaughn

Com os noticiários envolvidos na eleições presidenciais americanas poucos prestaram atenção nas notícias sobre a morte do ator Robert Vaughn, aos 83 anos de idade, no último dia 11. Também pudera, caso você não goste de cinema clássico realmente pouco se recordará ou prestará atenção em Vaughn. Já para os que gostam de seriados de TV ele sempre será lembrado como o "Agente da UNCLE", série de sucesso dos anos 60 que ficou quatro anos liderando a audiência na TV norte-americana.

Isso porém é muito pouco. O ator trabalhou em inúmeros filmes ao longo de sua produtiva carreira. Só para se ter uma ideia ele atuou em incríveis 220 filmes e séries - um número surpreendente. Como comecei a acompanhar cinema com mais afinco só a partir de um momento em que ele estava já praticamente se aposentando, as minhas lembranças de Robert Vaughn não são tão abrangentes.

A lembrança mais forte nesse sentido vem de sua atuação no clássico western "Sete Homens e um Destino", onde interpretava o pistoleiro durão Lee. É curioso também que esse filme acabou sendo o maior sucesso de sua filmografia, embora o ator sempre tenha se saído melhor em filmes de espionagem, policiais, etc. Para quem não centrava tanto sua carreira para o gênero faroeste é de se impressionar ele que tenha ficado tão marcado por um dos grandes clássicos do gênero em sua fase de ouro.

Também vale a citação da sua atuação no filme "O Moço de Filadélfia" de 1960, produção estrelada pelo astro Paul Newman, cuja atuação ele conseguiu obscurecer com sua ótima performance, ao ponto inclusive de ter sido indicado ao Oscar por seu trabalho. Esse papel também lhe valeu a indicação ao Globo de Ouro, que inclusive foi bem mais generoso com Vaughn, com quatro indicações ao longo de sua vida artística. Robert Vaughn tinha de certa forma uma imagem comum, do homem médio. Por essa razão ele sempre se deu muito bem interpretando esse tipo de personagem, a tal ponto que foi um dos grandes campeões em termos de número de filmes e séries de Hollywood. Que descanse em paz!

Pablo Aluísio.