Título no Brasil: A Volta de Drácula
Título Original: The Devil Bat
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Madison Pictures
Direção: Jean Yarbrough
Roteiro: John T. Neville
Elenco: Bela Lugosi, Suzanne Kaaren, Dave O'Brien, Guy Usher, Yolande Donlan, Donald Kerr
Sinopse:
O Dr. Paul Carruthers (Bela Lugosi) é um cientista louco que desenvolve uma loção, um produto químico desconhecido que faz com que seus morcegos gigantescos matem qualquer pessoa que ele ordene, em sua eterna sede de vingança.
Comentários:
O título nacional é completamente enganoso. Não se trata de um filme com o famoso conde vampiro Drácula. Na realidade a única ligação vem da presença de Bela Lugosi no elenco. Como se sabe esse ator se imortalizou interpretando Drácula no clássico filme da Universal. O problema é que ele acabou se viciando em drogas, foi demitido pelo estúdio e acabou se tornando alvo fácil de produtores picaretas que só queriam contratá-lo para estampar seu nome nos cartazes dos filmes. A grande maioria dessas produções eram de classe B ou Z, feitas sem orçamento ou cuidado. Muitos desses filmes eram exibidos em pequenos cinemas do interior, no estilo Kamikaze. Esse "A Volta de Drácula" é um exemplo perfeito disso. Indico o filme "Ed Wood" para que o cinéfilo entenda bem o contexto histórico de como esses filmes eram feitos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Bela Lugosi
Bela Lugosi
O ator que ficou extremamente famoso interpretando o Conde Drácula no cinema. Seu visual e figurinos entraram para sempre no universo da cultura pop. Uma imagem das mais marcantes na história do cinema.
terça-feira, 17 de abril de 2007
O Pássaro Azul
Título no Brasil: O Pássaro Azul
Título Original: The Blue Bird
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Walter Lang
Roteiro: Maurice Maeterlinck, Ernest Pascal
Elenco: Shirley Temple, Spring Byington, Nigel Bruce, Gale Sondergaard, Eddie Collins, Sybil Jason
Sinopse:
Mytyl e seu irmão Tyltyl, filhos de um lenhador, são conduzidos pela Fada Berylune em uma viagem mágica pelo passado, presente e futuro para localizar o Pássaro Azul da Felicidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Arthur C. Miller) e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Esse ultra colorido musical "O Pássaro Azul" foi uma resposta da Twentieth Century Fox ao sucesso de "O Mágico de Oz". O estúdio queria o mesmo sucesso, a mesma aclamação da crítica. Inclusive o elenco contava com a estrela mirim Shirley Temple, que havia sido pedida em empréstimo pela Metro para estrelar justamente "O Mágico de Oz". A MGM tentou de todas as formas levar ela para interpretar a garota Dorothy, que com a sua recusa acabou indo parar nas mãos de Judy Garland. A Fox, claro, não quis emprestar sua pequena atriz, considerada a mais popular do estúdio na época. E o resultado foi esse. "O Pássaro Azul" é extremamente bem realizado, um show de cores vibrantes e números musicais bem elaborados. Só que não chegou nem perto do êxito de "O Mágico de Oz". É aquela coisa, um filme como aquele tinha seu encanto próprio, sua mágica inerente, não havia mesmo como reproduzir aquilo novamente, mesmo contando com o que de melhor Hollywood tinha em termos de elenco e produção. Um raio não cai mesmo duas vezes no mesmo lugar.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Blue Bird
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Walter Lang
Roteiro: Maurice Maeterlinck, Ernest Pascal
Elenco: Shirley Temple, Spring Byington, Nigel Bruce, Gale Sondergaard, Eddie Collins, Sybil Jason
Sinopse:
Mytyl e seu irmão Tyltyl, filhos de um lenhador, são conduzidos pela Fada Berylune em uma viagem mágica pelo passado, presente e futuro para localizar o Pássaro Azul da Felicidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Arthur C. Miller) e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Esse ultra colorido musical "O Pássaro Azul" foi uma resposta da Twentieth Century Fox ao sucesso de "O Mágico de Oz". O estúdio queria o mesmo sucesso, a mesma aclamação da crítica. Inclusive o elenco contava com a estrela mirim Shirley Temple, que havia sido pedida em empréstimo pela Metro para estrelar justamente "O Mágico de Oz". A MGM tentou de todas as formas levar ela para interpretar a garota Dorothy, que com a sua recusa acabou indo parar nas mãos de Judy Garland. A Fox, claro, não quis emprestar sua pequena atriz, considerada a mais popular do estúdio na época. E o resultado foi esse. "O Pássaro Azul" é extremamente bem realizado, um show de cores vibrantes e números musicais bem elaborados. Só que não chegou nem perto do êxito de "O Mágico de Oz". É aquela coisa, um filme como aquele tinha seu encanto próprio, sua mágica inerente, não havia mesmo como reproduzir aquilo novamente, mesmo contando com o que de melhor Hollywood tinha em termos de elenco e produção. Um raio não cai mesmo duas vezes no mesmo lugar.
Pablo Aluísio.
Jovem e Inocente
Alfred Hitchcock foi um dos grandes diretores da história do cinema. Disso não restam dúvidas. Entretanto nem toda a sua vasta e importante filmografia é conhecida. Muitos filmes, principalmente em sua fase inicial, quando ainda trabalhava na Inglaterra, ainda são pouco conhecidos pelos cinéfilos da atualidade. Um exemplo disso podemos encontrar aqui, nessa produção da década de 1930, chamada Jovem e Inocente. Embora tenha sido lançado em DVD nos Estados Unidos e Europa, aqui no Brasil segue praticamente inédito. E do que se trata a trama do filme? Baseado no romance "A Shilling For Candles" de Josephine Tey, o filme narra os terríveis acontecimentos que surgem após a descoberta do corpo de uma atriz de cinema numa praia distante e deserta. O cadáver é encontrado pelo jovem escritor Robert Tisdall (Derrick De Marney) que não teve qualquer ligação com o crime, mas que passa a ser considerado suspeito pela polícia por causa de duas testemunhas que afirmam justamente o contrário.
Esse é considerado pela crítica como um dos mais bem elaborados filmes do mestre do suspense em sua fase britânica. Na época de lançamento de "Young and Innocent" a crítica se surpreendeu pelo domínio das técnicas de filmagens por parte do diretor Alfred Hitchcock. Na cena mais famosa, o cineasta usou uma grua enorme que passeia por cima dos convidados de um animado baile, tudo realizado sem cortes, em plano único. A câmera vai indo, até se concentrar em close no rosto do baterista do grupo musical, que mostra ter um tipo de tique nervoso nos olhos! A cena revelava de forma inovadora grande parte do mistério em torno do crime que é o foco principal da trama do roteiro (não se preocupe, não revelaremos mais sobre tudo o que acontece em termos de reviravoltas do roteiro, que é extremamente inspirado e bem escrito).
O mestre do suspense Alfred Hitchcock já desfila aqui no filme todas as nuances e detalhes que iriam fazer sua fama nos Estados Unidos, anos depois. O interessante é que o enredo parecia tão bom que Hitchcock cogitou realizar um remake na década de 60 nos estúdios Paramount, algo que só não foi em frente por causa de problemas relacionados a direitos autorais da obra original. Não faz mal, o filme já estava realizado, com muito talento aliás e certamente merece ser redescoberto hoje em dia pelos fãs desse grande mestre da sétima arte.
Jovem e Inocente (Young and Innocent, Inglaterra, 1937) Estúdio: Gaumont British Picture / Direção: Alfred Hitchcock / Roteiro: Charles Bennett / Elenco: Nova Pilbeam, Derrick De Marney, Percy Marmont / Sinopse: Jovem atriz inglesa é encontrada morta. Ela foi brutalmente assassinada. Quem seria o autor do crime? As suspeitas acabam caindo em cima de um homem inocente em toda a história.
Pablo Aluísio.
Esse é considerado pela crítica como um dos mais bem elaborados filmes do mestre do suspense em sua fase britânica. Na época de lançamento de "Young and Innocent" a crítica se surpreendeu pelo domínio das técnicas de filmagens por parte do diretor Alfred Hitchcock. Na cena mais famosa, o cineasta usou uma grua enorme que passeia por cima dos convidados de um animado baile, tudo realizado sem cortes, em plano único. A câmera vai indo, até se concentrar em close no rosto do baterista do grupo musical, que mostra ter um tipo de tique nervoso nos olhos! A cena revelava de forma inovadora grande parte do mistério em torno do crime que é o foco principal da trama do roteiro (não se preocupe, não revelaremos mais sobre tudo o que acontece em termos de reviravoltas do roteiro, que é extremamente inspirado e bem escrito).
O mestre do suspense Alfred Hitchcock já desfila aqui no filme todas as nuances e detalhes que iriam fazer sua fama nos Estados Unidos, anos depois. O interessante é que o enredo parecia tão bom que Hitchcock cogitou realizar um remake na década de 60 nos estúdios Paramount, algo que só não foi em frente por causa de problemas relacionados a direitos autorais da obra original. Não faz mal, o filme já estava realizado, com muito talento aliás e certamente merece ser redescoberto hoje em dia pelos fãs desse grande mestre da sétima arte.
Jovem e Inocente (Young and Innocent, Inglaterra, 1937) Estúdio: Gaumont British Picture / Direção: Alfred Hitchcock / Roteiro: Charles Bennett / Elenco: Nova Pilbeam, Derrick De Marney, Percy Marmont / Sinopse: Jovem atriz inglesa é encontrada morta. Ela foi brutalmente assassinada. Quem seria o autor do crime? As suspeitas acabam caindo em cima de um homem inocente em toda a história.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Exodus
Título no Brasil: Exodus
Título Original: Exodus
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Otto Preminger
Roteiro: Dalton Trumbo
Elenco: Paul Newman, Eva Marie Saint, Ralph Richardson, Peter Lawford, Lee J. Cobb, Sal Mineo
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Leon Uris, o filme "Exodus" conta a história de formação do Estado de Israel. Ari Ben Canaan (Paul Newman) é um jovem judeu que ajuda outros de sua nação a emigrarem para a Palestina, nas vésperas da criação de Israel pela ONU. Roteiro parcialmente baseado em fatos históricos reais.
Comentários:
"Exodus" foi produzido para ser um filme grandioso, uma super produção de Hollywood. O tema era polêmico, mostrando uma série de personagens que ajudaram na criação do Estado de Israel. O problema dessa criação é que já existia na mesma região um país chamado Palestina. Isso criou um conflito armado entre judeus e palestinos que dura até os dias de hoje. Como se aprende nas aulas de ciência política não há como haver paz se duas nações habitam um mesmo território. A guerra se torna iminente. Deixando de lado essa questão o fato é que o diretor Otto Preminger optou por um corte excessivamente longo. O filme tem mais de 3 horas de duração, o que de certa forma o prejudicou muito comercialmente na época em que foi lançado nos cinemas. Com a história dividida em três grandes atos há uma inegável lentidão na edição, o que pode tornar o filme cansativo para muitos espectadores. De qualquer forma, pelo importante tema que trata, "Exodus" ainda é uma peça importante para se entender a questão palestina naquela região de conflitos políticos, econômicos e religiosos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Exodus
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Otto Preminger
Roteiro: Dalton Trumbo
Elenco: Paul Newman, Eva Marie Saint, Ralph Richardson, Peter Lawford, Lee J. Cobb, Sal Mineo
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Leon Uris, o filme "Exodus" conta a história de formação do Estado de Israel. Ari Ben Canaan (Paul Newman) é um jovem judeu que ajuda outros de sua nação a emigrarem para a Palestina, nas vésperas da criação de Israel pela ONU. Roteiro parcialmente baseado em fatos históricos reais.
Comentários:
"Exodus" foi produzido para ser um filme grandioso, uma super produção de Hollywood. O tema era polêmico, mostrando uma série de personagens que ajudaram na criação do Estado de Israel. O problema dessa criação é que já existia na mesma região um país chamado Palestina. Isso criou um conflito armado entre judeus e palestinos que dura até os dias de hoje. Como se aprende nas aulas de ciência política não há como haver paz se duas nações habitam um mesmo território. A guerra se torna iminente. Deixando de lado essa questão o fato é que o diretor Otto Preminger optou por um corte excessivamente longo. O filme tem mais de 3 horas de duração, o que de certa forma o prejudicou muito comercialmente na época em que foi lançado nos cinemas. Com a história dividida em três grandes atos há uma inegável lentidão na edição, o que pode tornar o filme cansativo para muitos espectadores. De qualquer forma, pelo importante tema que trata, "Exodus" ainda é uma peça importante para se entender a questão palestina naquela região de conflitos políticos, econômicos e religiosos.
Pablo Aluísio.
Como Agarrar um Milionário
Título no Brasil: Como Agarrar um Milionário
Título Original: How to Marry a Millionaire
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jean Negulesco
Roteiro: Nunnally Johnson, Zoe Akins
Elenco: Betty Grable, Lauren Bacall, Marilyn Monroe, David Wayne, Rory Calhoun, Cameron Mitchell
Sinopse:
Três mulheres, bonitas, charmosas, mas sem nenhum dinheiro, decidem arranjar homens milionários para se casarem, só que nessa busca acabam encontrando o verdadeiro amor. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Charles Le Maire, Travilla). Também indicado ao BAFTA Awards.
Comentários:
Nos dias atuais o filme é mais lembrado pela presença de Marilyn Monroe. Entretanto naquela época Marilyn Monroe ainda não havia atingido o statua de estrela. Ela era a terceira do elenco, logo atrás de Betty Grable e Lauren Bacall, que eram bem mais populares e conhecidas do que ela. Algo que iria mudar com os anos, mas que em 1953 ainda era a ordem natural das coisas. Esse filme surpreende pelo roteiro, que inicialmente tem um tom bem cínico e mordaz. Claro que com o desenvolver do enredo ele se rende a um certo romantismo bobo, típico dos anos 1950, mas até isso acontecer, lá pela parte final do filme, o texto e o argumento surpreendem pela ousadia, mostrando mulheres modernas, que no fundo só estão interessadas mesmo em resolver seus problemas de dinheiro. Marilyn Monroe interpreta a "Loira burra" que seria seu passaporte para a fama. Ela inclusive se destaca dentro do trio principal de atrizes, pelo ótimo talento para comédias. Sua personagem é uma loira linda, mas com problemas de visão, o que rende ótimas sequências de puro humor. Enfim, um clássico da década de 1950, com 3 atrizes excelentes, no auge de suas carreiras.
Pablo Aluísio.
Título Original: How to Marry a Millionaire
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Jean Negulesco
Roteiro: Nunnally Johnson, Zoe Akins
Elenco: Betty Grable, Lauren Bacall, Marilyn Monroe, David Wayne, Rory Calhoun, Cameron Mitchell
Sinopse:
Três mulheres, bonitas, charmosas, mas sem nenhum dinheiro, decidem arranjar homens milionários para se casarem, só que nessa busca acabam encontrando o verdadeiro amor. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Charles Le Maire, Travilla). Também indicado ao BAFTA Awards.
Comentários:
Nos dias atuais o filme é mais lembrado pela presença de Marilyn Monroe. Entretanto naquela época Marilyn Monroe ainda não havia atingido o statua de estrela. Ela era a terceira do elenco, logo atrás de Betty Grable e Lauren Bacall, que eram bem mais populares e conhecidas do que ela. Algo que iria mudar com os anos, mas que em 1953 ainda era a ordem natural das coisas. Esse filme surpreende pelo roteiro, que inicialmente tem um tom bem cínico e mordaz. Claro que com o desenvolver do enredo ele se rende a um certo romantismo bobo, típico dos anos 1950, mas até isso acontecer, lá pela parte final do filme, o texto e o argumento surpreendem pela ousadia, mostrando mulheres modernas, que no fundo só estão interessadas mesmo em resolver seus problemas de dinheiro. Marilyn Monroe interpreta a "Loira burra" que seria seu passaporte para a fama. Ela inclusive se destaca dentro do trio principal de atrizes, pelo ótimo talento para comédias. Sua personagem é uma loira linda, mas com problemas de visão, o que rende ótimas sequências de puro humor. Enfim, um clássico da década de 1950, com 3 atrizes excelentes, no auge de suas carreiras.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de abril de 2007
Vitória Amarga
Esse clássico filme dramático do cinema americano concorreu ao Oscar de melhor filme do ano, mas acabou sendo vencido pelo supremo "...E O Vento Levou". Realmente não havia como superar aquela obra-prima. De qualquer maneira temos aqui um maravilhoso filme estrelado pela sempre ótima Bette Davis. Ela interpreta Judith Traherne (Bette Davis), uma mulher bem sucedida, independente, uma socialite querida no meio social. Um dia ela descobre que tem uma séria doença, um tumor cerebral que sequer pode ser operado. Ao descobrir seu diagnóstico ela também recebe basicamente uma sentença de morte.
Sabendo que vai morrer em breve, ela tenta assim recolocar as coisas no eixo em sua vida pessoal e profissional. Muitos médicos quando informam aos seus pacientes que seus dias estão contados geralmente dão esse tipo de conselho, usando frases como "Se eu fosse você colocaria a partir de agora as coisas em ordem!". Então Judith faz exatamente isso, tenta acertar tudo para que consiga viver seus últimos dias com a dignidade pessoal que merece. O roteiro é tocante e humano, sendo que além da indicação ao melhor filme do ano, "Vitória Amarga" ainda concorreu ao Oscar nas categorias de melhor atriz (para Bette Davis, justíssimo) e melhor música (Max Steiner). Grande drama, grande filme, merece todos os aplausos.
Vitória Amarga (Dark Victory, Estados Unidos,1939) Direção: Edmund Goulding / Roteiro: Casey Robinson, baseado na peça teatral escrita por George Emerson Brewer Jr / Elenco: Bette Davis, Humphrey Bogart, George Brent / Sinopse: O filme conta a história de uma dama da sociedade que descobre que está com um câncer incurável. Ao saber disso ela começa então a aparar e reparar as arestas de sua vida.
Pablo Aluísio.
Sabendo que vai morrer em breve, ela tenta assim recolocar as coisas no eixo em sua vida pessoal e profissional. Muitos médicos quando informam aos seus pacientes que seus dias estão contados geralmente dão esse tipo de conselho, usando frases como "Se eu fosse você colocaria a partir de agora as coisas em ordem!". Então Judith faz exatamente isso, tenta acertar tudo para que consiga viver seus últimos dias com a dignidade pessoal que merece. O roteiro é tocante e humano, sendo que além da indicação ao melhor filme do ano, "Vitória Amarga" ainda concorreu ao Oscar nas categorias de melhor atriz (para Bette Davis, justíssimo) e melhor música (Max Steiner). Grande drama, grande filme, merece todos os aplausos.
Vitória Amarga (Dark Victory, Estados Unidos,1939) Direção: Edmund Goulding / Roteiro: Casey Robinson, baseado na peça teatral escrita por George Emerson Brewer Jr / Elenco: Bette Davis, Humphrey Bogart, George Brent / Sinopse: O filme conta a história de uma dama da sociedade que descobre que está com um câncer incurável. Ao saber disso ela começa então a aparar e reparar as arestas de sua vida.
Pablo Aluísio.
Nossa Cidade
Esse clássico filme é uma maravilhosa crônica da sociedade americana na primeira metade do século XX, onde um dos moradores de uma cidadezinha de interior, o farmacêutico local Mr. Morgan (Frank Craven), sai contando sobre a vida das boas pessoas que convive, seu pequenos dramas cotidianos, os romances adolescentes, os pais preocupados, as crises familiares, etc. É, como já escrevi, uma crônica social mesmo, bem criativa, original, leve e divertida, fazendo um panorama geral desse microcosmo que no fundo representa de certa forma toda a sociedade dos Estados Unidos daquela época.
Baseado em uma peça teatral, o filme não nega suas origens de palco. É um filme de diálogos, pensamentos e atuação. Curioso que o filme tenha sido estrelado pelo galã William Holden, naquele momento ainda em uma fase inicial da carreira. Ele que sempre interpretou personagens mais urbanos, das grandes cidades, sofisticados e elegantes, aqui surge mais interiorano, mais condizente com o meio social em que seu personagem vive. O filme, que foi bem recebido pela crítica, também fez bonito no Oscar, sendo indicado em categorias importantes, entre elas a de melhor filme do ano (perdeu para "Rebecca") e melhor atriz (Martha Scott, que penso merecia ter sido premiada).
Nossa Cidade (Our Town, Estados Unidos, 1940) Direção: Sam Wood / Roteiro: Thornton Wilder / Elenco: William Holden, Martha Scott, Fay Bainter, Frank Craven / Sinopse: A vida cotidiana dos moradores de uma pequena cidade do interior do estado americano de New Hampshire, no começo do século XX. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Martha Scott), melhor som (Thomas T. Moulton), melhor música (Aaron Copland) e melhor trilha sonora (Aaron Copland).
Pablo Aluísio.
Baseado em uma peça teatral, o filme não nega suas origens de palco. É um filme de diálogos, pensamentos e atuação. Curioso que o filme tenha sido estrelado pelo galã William Holden, naquele momento ainda em uma fase inicial da carreira. Ele que sempre interpretou personagens mais urbanos, das grandes cidades, sofisticados e elegantes, aqui surge mais interiorano, mais condizente com o meio social em que seu personagem vive. O filme, que foi bem recebido pela crítica, também fez bonito no Oscar, sendo indicado em categorias importantes, entre elas a de melhor filme do ano (perdeu para "Rebecca") e melhor atriz (Martha Scott, que penso merecia ter sido premiada).
Nossa Cidade (Our Town, Estados Unidos, 1940) Direção: Sam Wood / Roteiro: Thornton Wilder / Elenco: William Holden, Martha Scott, Fay Bainter, Frank Craven / Sinopse: A vida cotidiana dos moradores de uma pequena cidade do interior do estado americano de New Hampshire, no começo do século XX. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Martha Scott), melhor som (Thomas T. Moulton), melhor música (Aaron Copland) e melhor trilha sonora (Aaron Copland).
Pablo Aluísio.
sábado, 14 de abril de 2007
A Força do Coração
Título no Brasil: A Força do Coração
Título Original: Lassie Come Home
Ano de Produção: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Fred M. Wilcox
Roteiro: Hugo Butler, Eric Knight
Elenco: Roddy McDowall, Donald Crisp, Elizabeth Taylor, Dame May Whitty
Sinopse:
A vida não está fácil para a família Carraclough. Para diminuir as despesas e ganhar algum dinheiro eles resolvem vender Lassie para um rico duque da região. Isso deixa o pequeno Joe Carraclough (Roddy McDowall) muito entristecido mas para sua alegria Lessie não está disposta a abandonar sua antiga família! Assim uma jornada de volta ao lar começa com muitas aventuras e perigos para a sua fiel amiga.
Comentários:
Os filmes de Lassie fizeram muito sucesso nas décadas de 1940 e 1950. Até os anos 70 seus filmes eram reprisados constantemente nas TVs abertas brasileiras, em especial na Sessão da Tarde da Rede Globo. Esse "Lassie Come Home" tem um atrativo muito especial para cinéfilos de plantão. Em seu elenco surge a futura estrela Elizabeth Taylor. Na época em que o filme foi realizado ela era apenas uma garotinha simpática, com apenas onze anos de idade. Por essa razão entendemos bem porque Liz foi desde muito jovem uma autêntica movie star. O interessante é que ela conseguiu não apenas fazer a transição de atriz mirim para grande estrela do cinema americano como também o fez com raro talento, mostrando sua evolução ao longo dos anos em seus filmes. De fato foi uma artista que cresceu ao lado de seu público. "A Força do Coração" foi o segundo filme de Elizabeth Taylor. Um ano antes ela já tinha aparecido em "There's One Born Every Minute" de Harold Young, onde apesar de ser tão jovem já se destacava dentro do elenco. Em suma, eis uma excelente oportunidade não apenas de ver a pequena Elizabeth Taylor como também de matar as saudades dos nostálgicos filmes de Lassie.
Pablo Aluísio.
Título Original: Lassie Come Home
Ano de Produção: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Fred M. Wilcox
Roteiro: Hugo Butler, Eric Knight
Elenco: Roddy McDowall, Donald Crisp, Elizabeth Taylor, Dame May Whitty
Sinopse:
A vida não está fácil para a família Carraclough. Para diminuir as despesas e ganhar algum dinheiro eles resolvem vender Lassie para um rico duque da região. Isso deixa o pequeno Joe Carraclough (Roddy McDowall) muito entristecido mas para sua alegria Lessie não está disposta a abandonar sua antiga família! Assim uma jornada de volta ao lar começa com muitas aventuras e perigos para a sua fiel amiga.
Comentários:
Os filmes de Lassie fizeram muito sucesso nas décadas de 1940 e 1950. Até os anos 70 seus filmes eram reprisados constantemente nas TVs abertas brasileiras, em especial na Sessão da Tarde da Rede Globo. Esse "Lassie Come Home" tem um atrativo muito especial para cinéfilos de plantão. Em seu elenco surge a futura estrela Elizabeth Taylor. Na época em que o filme foi realizado ela era apenas uma garotinha simpática, com apenas onze anos de idade. Por essa razão entendemos bem porque Liz foi desde muito jovem uma autêntica movie star. O interessante é que ela conseguiu não apenas fazer a transição de atriz mirim para grande estrela do cinema americano como também o fez com raro talento, mostrando sua evolução ao longo dos anos em seus filmes. De fato foi uma artista que cresceu ao lado de seu público. "A Força do Coração" foi o segundo filme de Elizabeth Taylor. Um ano antes ela já tinha aparecido em "There's One Born Every Minute" de Harold Young, onde apesar de ser tão jovem já se destacava dentro do elenco. Em suma, eis uma excelente oportunidade não apenas de ver a pequena Elizabeth Taylor como também de matar as saudades dos nostálgicos filmes de Lassie.
Pablo Aluísio.
Até os Fortes Vacilam
Título no Brasil: Até os Fortes Vacilam
Título Original: Tall Story
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joshua Logan
Roteiro: Julius J. Epstein, Howard Lindsay
Elenco: Anthony Perkins, Jane Fonda, Ray Walston, Marc Connelly, Anne Jackson, Murray Hamilton
Sinopse:
Ray Blent (Anthony Perkins) é um desportista da liga universitária que só tem um desejo em sua vida: se formar e se tornar um bom jogador de basquete. Seus planos mudam quando entra em cena June Ryder (Jane Fonda), também estudante como ele. Esperta e manipuladora, ela acaba se envolvendo numa maneira peculiar de ganhar uma bela bolada de forma rápido e fácil, levando Ray a entrar num esquema de subornos envolvendo manipulação de jogos em casas de apostas. Sua escolha porém trará consequências imprevisíveis para todos os envolvidos.
Comentários:
Um curioso filme dirigido pelo veterano cineasta Joshua Logan que contou em seu elenco com um bom time de atores liderados pela casal Anthony Perkins e Jane Fonda. Curiosamente "Tall Story" foi lançado no mesmo ano do grande filme da carreira de Perkins, o clássico absoluto do mestre do suspense Alfred Hitchcock, "Psicose". Os personagens são até levemente parecidos; claro que o universitário interpretado por Perkins aqui não é um psicopata mas ele surge tão tímido e inseguro como o clássico Norman Bates. Ao contrário do título nacional o Ray Blent de Anthony Perkins não é um forte mas sim um fraco, um sujeito que sucumbe à beleza de uma bonita garota, entrando em um esquema enrolado de corrupção esportiva. Já Jane Fonda está linda em cena, bem jovem e esbanjando carisma. Esse foi seu primeiro filme, arranjado pelo pai, Henry Fonda, que inicialmente não queria que ela seguisse a carreira de atriz mas que depois viu que nada poderia fazer contra sua vontade. Já que não tinha como mudar seu ponto de vista o jeito foi ajudar. Sua estréia é das mais simpáticas, embora o enredo seja levemente bobinho.
Pablo Aluísio.
Título Original: Tall Story
Ano de Produção: 1960
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joshua Logan
Roteiro: Julius J. Epstein, Howard Lindsay
Elenco: Anthony Perkins, Jane Fonda, Ray Walston, Marc Connelly, Anne Jackson, Murray Hamilton
Sinopse:
Ray Blent (Anthony Perkins) é um desportista da liga universitária que só tem um desejo em sua vida: se formar e se tornar um bom jogador de basquete. Seus planos mudam quando entra em cena June Ryder (Jane Fonda), também estudante como ele. Esperta e manipuladora, ela acaba se envolvendo numa maneira peculiar de ganhar uma bela bolada de forma rápido e fácil, levando Ray a entrar num esquema de subornos envolvendo manipulação de jogos em casas de apostas. Sua escolha porém trará consequências imprevisíveis para todos os envolvidos.
Comentários:
Um curioso filme dirigido pelo veterano cineasta Joshua Logan que contou em seu elenco com um bom time de atores liderados pela casal Anthony Perkins e Jane Fonda. Curiosamente "Tall Story" foi lançado no mesmo ano do grande filme da carreira de Perkins, o clássico absoluto do mestre do suspense Alfred Hitchcock, "Psicose". Os personagens são até levemente parecidos; claro que o universitário interpretado por Perkins aqui não é um psicopata mas ele surge tão tímido e inseguro como o clássico Norman Bates. Ao contrário do título nacional o Ray Blent de Anthony Perkins não é um forte mas sim um fraco, um sujeito que sucumbe à beleza de uma bonita garota, entrando em um esquema enrolado de corrupção esportiva. Já Jane Fonda está linda em cena, bem jovem e esbanjando carisma. Esse foi seu primeiro filme, arranjado pelo pai, Henry Fonda, que inicialmente não queria que ela seguisse a carreira de atriz mas que depois viu que nada poderia fazer contra sua vontade. Já que não tinha como mudar seu ponto de vista o jeito foi ajudar. Sua estréia é das mais simpáticas, embora o enredo seja levemente bobinho.
Pablo Aluísio.
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