
Um dos elementos é justamente a simplificação dos roteiros em detrimento da ação incessante. A trama da produção na realidade se desenvolve praticamente toda em torno de uma diligência com carregamento de ouro que tenta chegar até o porto de Vera Cruz. No meio do caminho Cooper e Lancaster, que estão protegendo o carregamento ao lado de um pelotão do exército mexicano, vão enfrentando todo tipo de desafios, conflitos e traições (sim, todos querem no final ficar com a fortuna e para isso não medem esforços em trair qualquer um). A produção é muito boa - bem acima da média dos faroestes da época. O figurino dos mexicanos na fita pode até ser considerada exagerado, mas é fiel no final das contas uma vez que eles realmente se vestiam daquela maneira. Em conclusão Vera Cruz é um bom western, talvez um pouco prejudicado pelo excesso de personagens e pirotecnia. Vale pelo carisma de Lancaster e pela presença sempre muito digna do grande mito Gary Cooper.
Vera Cruz (Vera Cruz, Estados Unidos, 1954) Direção: Robert Aldrich / Roteiro: Roland Kibbee, James R. Webb / Elenco: Gary Cooper, Burt Lancaster, Denise Darcel / Sinopse: Durante a revolução mexicana de 1866 um grupo de pistoleiros e aventureiros americanos são contratados pelo Imperador Maximiliano para escoltar uma condessa mexicana até o porto de Vera Cruz.
Pablo Aluísio.
"Muitos especialistas inclusive qualificam "Vera Cruz" como uma espécie de predecessor do que seria feito no chamado Western Spaguetti."
ResponderExcluirE eu que achei que pelo menos essa forma de fazer cinema fosse uma criação original dos diretores italianos.
O mundo da cultura é assim mesmo. Os influenciadores são influenciados, Tudo flui numa mesma direção, como se fosse um rio indo para o oceano.
ResponderExcluirÓtimo Western do super competente Aldrich. Como já comentaram antecipou vários aspectos da estética dos "Spaghettis".Lancaster é simplesmente o "molde-mestre" de todos os pistoleiros anti-heróicos da Europa.
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