quarta-feira, 24 de novembro de 2021

A Defesa do Castelo

Título no Brasil: A Defesa do Castelo
Título Original: Castle Keep
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: Daniel Taradash
Elenco: Burt Lancaster, Patrick O'Neal, Jean-Pierre Aumont, Peter Falk, Bruce Dern

Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial um pequeno pelotão de soldados americanos liderados pelo Major Abraham Falconer (Burt Lancaster) é enviado para defender um castelo na Bélgica, uma propriedade rica e luxuosa pertencente ao Duque de Maldorais (Jean-Pierre Aumont). O lugar é de vital importância estratégica pois fica no caminho usado pelos alemães para chegar em Ardenas, onde se travaria a última das grandes batalhas do histórico conflito. Roteiro baseado na novela escrita por William Eastlake. 

Comentários:
Esse é um caso interessante. Apesar de ser um filme americano, dirigido por um cineasta também norte-americano, temos um resultado que mais se assemelha a um filme europeu da época. Pollack nitidamente segue os passos dos grandes diretores europeus, procurando seguir as mesmas técnicas narrativas e os mesmos enfoques cinematográficos que prevaleceram no velho continente. A própria forma de narrar a história reflete isso. Os cortes são muitas vezes inesperados e ao contrário do que sempre aconteceu nas grandes produções americanas de guerra não há interesse em mostrar tudo em detalhes, mas sim de forma indireta, de acordo com a percepção de cada soldado daquele pelotão do exército americano. Com isso a fidelidade história é deixada um pouco de lado, dando prioridade no desenvolvimento de cada personagem. O Major Falconer (Burt Lancaster) é um militar linha dura que pretende seguir o regulamento à risca, embora deslize de vez em quando (principalmente ao se envolver romanticamente com a própria esposa do duque dono do castelo). O Sargento Rossi (Peter Falk) está cansado da guerra e sonha em ser um padeiro na Europa, para viver uma vida simples, mas feliz. Já o soldado raso Piersall Benjamin (Al Freeman Jr.) sonha em ser escritor após a guerra, para narrar suas experiências vividas (na verdade esse personagem é o próprio autor do livro que deu origem ao filme, William Eastlake). Com belas locações e uma linha narrativa fragmentada, "Castle Keep" passa longe de ser um filme de guerra convencional, porém vale bastante a pena pelas ousadias que ousa cometer. Uma pequena obra-prima que merece ser redescoberta pelos cinéfilos apreciadores de filmes clássicos.

Pablo Aluísio.

4 comentários:

  1. Pablo:
    Uma coisa não se pode negar: falam dos erros estratégicos do Hitler em determinados períodos da guerra, o que o levou e ser derrotado, porém vale lembrar que foram necessários 26 países para vencer a Alemanha, que só tinha como aliados, a Itália e o Japão; e o próprio Winston Churchill só viu que poderiam vencer a Alemanha quando os EUA entraram em 1942, pois até ali a derrota era quase certa na visão dele, até porque antes disso a União Soviética pendia para se aliar à Alemanha. Então, na verdade, o Hitler tinha um exercito terrivelmente eficiente que foi vencido pela superiodade numérica.

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  2. Hoje se sabe que muitos soldados alemães na II Guerra Mundial lutavam drogados, principalmente os membros da SS. A isso junte uma ideologia fanatizada e você entenderá porque eles rendiam o dobro ou o triplo no campo de batalha. Já Hitler... bom, ele tinha uma capacidade limitada de organizar estratégias de guerra. Os generais sabiam disso. Talvez por essa razão nunca tenha passado de cabo na carreira militar.

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