domingo, 25 de março de 2007

Marilyn Monroe na Coreia

Marilyn Monroe tinha acabado de se casar com o jogador aposentado Joe DiMaggio quando o departamento de Estado americano a convidou para realizar uma pequena turnê na Coreia para as tropas estacionadas naquele distante país. Era tradição em Hollywood desde a Segunda Guerra Mundial o uso de artistas e estrelas famosas do cinema como esforço de guerra, onde eles poderiam providenciar entretenimento e diversão para os combatentes. Marilyn adorou a ideia, mas seu marido odiou. O casamento mal tinha começado e ela e Joe já tinham desavenças sérias e conflitantes, algumas vezes tudo indo parar em agressão física. Mesmo com Joe dizendo para ela não ir, Marilyn pegou o primeiro avião para a Coreia.

Segundo algumas biografias na noite anterior da viagem de Marilyn houve uma séria briga na casa onde eles viviam em San Francisco. Joe teria agarrado Marilyn com força e ela acabou torcendo o polegar da mão. Isso obviamente não passou despercebido da imprensa pois quando Marilyn chegou no aeroporto de Seul todos puderam constatar que ela realmente estava com o dedo machucado que escondia usando um pequeno curativo. Joe era um italiano típico e não aceitava desaforos da esposa. Sua forma antiga de entender como um casal deveria se relacionar acabou sendo o estopim do fim do casamento. Marilyn era independente demais para aceitar esse tipo de coisa. Embora ela posasse para a imprensa como a esposa perfeita e dona de casa ideal todos sabiam que no fundo ela estava decepcionada e frustrada com o casamento.

Para manter as aparências Marilyn chegou a dizer para um jornal de San Francisco: "Adoro cuidar das coisas do meu marido. Estou sempre passando sua roupa e suas camisas. Quando vejo Joe com uma camisa nova passada por mim, fico muito feliz. As mulheres devem tratar muito bem seus maridos para que o casamento seja feliz". Tudo era mentira por parte dela. Marilyn contratou três empregadas domésticas e eram elas que afinal passavam a roupa do marido. Organização aliás não era com Norma Jean (seu verdadeiro nome). Marilyn deixava roupas espalhadas pelo chão da casa e não se importava com arrumação doméstica. Ela viveu quase toda a vida meio largada, em pequenos apartamentos de Los Angeles e nunca foi muito asseada. Já Joe DiMaggio era maníaco por organização. A diferença de personalidade deles certamente dava origem a muitas brigas violentas com gritos e agressões físicas.

Naquela altura de sua vida porém Marilyn não queria mais saber disso. Ela foi escalada para cantar na Coreia e isso a deixava nervosa. Marilyn nunca foi uma cantora segura de si. Desde os primeiros tempos na Fox, ainda nas aulas de canto, ela se sentia extremamente nervosa e insegura. Na frente daquele monte de soldados ela teve que dar o melhor de si e acabou não se saindo nada mal. As apresentações foram curtinhas, onde Marilyn subia ao palco, cantava meia dúzia de músicas, acenava para os militares, sorria, brincava, falava algumas piadinhas e ia embora. O ponto alto foi sua apresentação muito sensual de "Do It Again", que levantou a tropa. "Kiss" também contou com toda a malícia do mito. Por fim ela não poderia deixar de cantar sua música mais conhecida, "Diamonds Are a Girl's Best Friend". Foram quatro shows no total e Marilyn recebeu um agradecimento especial do comando militar americano. Esses shows serviram para Marilyn voltar a ter contato com o grande público. Depois deles, ela desistiu daquela coisa de ser uma dona de casa. A atriz queria voltar o mais rapidamente possível para os filmes. Pior para Joe DiMaggio que ficou para trás..

Pablo Aluísio.

7 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Marilyn Monroe na Coreia
    Pablo Aluísio.

    ResponderExcluir
  2. Uma mulher deve saber usar de sua sensualidade natural. E para isso bastam gestos simples, como uma cruzada de pernas. Olha essa foto da Marilyn Monroe. Ela sabia das coisas. Não é por outra razão que se tornou um símbolo sexual.

    ResponderExcluir
  3. Essa foto foi tirada no aeroporto. Algo casual. Só que a Marilyn Monroe tinha sido modelo e sabia fazer a pose certa. E concordo com você Lord Erick, no que diz respeito ao modo de ser das mulheres, pequenos detalhes fazem grande diferença.

    ResponderExcluir
  4. Eu chamo isso de "cruzada de pernas matadora" kkkkkkkk

    ResponderExcluir
  5. Se a Marilyn chegasse na Coreia e apenas ficasse parada acenando e sorrindo ela já faria mais sucesso que a maioria do artistas.

    ResponderExcluir
  6. É verdade. E a presença dela também foi a última alegria de muitos daqueles jovens soldados.

    ResponderExcluir