terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Operação Final

Esse filme da Netflix conta a história da captura do oficial nazista da SS Adolph Eichmann. Após o fim da II Guerra Mundial ele conseguiu fugir com sua família para a Argentina. Uma vez no novo país adotou uma nova identidade e começou a trabalhar numa fábrica da Mercedes-Bens em Buenos Aires. A vida do carrasco nazista seguiu em tranquilidade até que no começo dos anos 1960 um grupo de agentes israelenses conseguiu localizá-lo. A partir daí começaram os planos para raptá-lo com o objetivo de levá-lo para Israel onde finalmente seria julgado por seus crimes de guerra. Eichmann era conhecido como o "Arquiteto do holocausto" porque ele organizou de forma matemática e administrativa a matança dos judeus nos campos de extermínio. Era um homem frio e calculista que se empenhou pessoalmente na chamada "solução final", onde os judeus seriam exterminados de maneira industrial em campos de concentração e de extermínio espalhados por toda a Europa. Sua função era deixar a máquina de matança dos nazistas funcionando da maneira mais eficiente possível.

Embora seja um filme até pequeno em termos de orçamento, seu grande triunfo vem da presença do ótimo ator Ben Kingsley, Ele interpreta o nazista, trazendo de volta sua pesonalidade metódica, uma espécie de burocrata da morte em série. Jogando o tempo todo com um de seus raptores no cativeiro ele chega até mesmo a despertar a simpatia de um deles! E isso partindo de uma pessoa que viu sua própria irmã e sobrinhos sendo mortos em caminhões de gás nas florestas da Polônia. Um bom retrato de um dos grandes monstros da barbárie nazista.

Operação Final (Operation Finale, Estados Unidos, 2018) Direção: Chris Weitz / Roteiro: Matthew Orton / Elenco: Ben Kingsley, Oscar Isaac, Mélanie Laurent, Lior Raz / Sinopse: Em 1961, o Mossad, o serviço secreto do Estado de Israel, consegue localizar o paradeiro do criminoso de guerra nazista Adolph Eichmann. Ele vive escondido na Argentina. Assim uma operação é planejada com o objetivo de trazê-lo de volta a Israel, onde finalmente seria julgado pelos seus crimes cometidos no holocausto.

Pablo Aluísio. 

10 comentários:

  1. Operação Final
    Nota: 7.9
    Pablo Aluísio.

    ResponderExcluir
  2. Havia um tempo em que se dizia pelo mundo desenvolvido: "fulano é rico como um Argentino", ou "a Argentina é a Suíça da America do Sul". Até gente prepotente como nazistas fugiam pra Argentina, como mostra esse filme. Como esse país pode chegar no estado em que se encontra hoje? A esquerda acaba com tudo o que toca.

    ResponderExcluir
  3. A Argentina sofre por causa de um histórico de líderes populistas de esquerda que, como sempre, prometem tudo, mas que quando o dinheiro dos outros acaba, não faz nada do que prometeu. Também são especialistas em quebrar as economias nacionais.

    ResponderExcluir
  4. Off topic

    Pablo:

    Por favor, veja essa surpreendente montagem; principalmente se pensarmos que quando essa música foi lançada o Elvis já havia morrido a dois anos. Mas preste atenção na sincronia, é fora de série.

    ResponderExcluir
  5. É um cover cantando. Mesmo assim ficou interessante...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. É um cover sim, já o vi separado. Mas como fizerem, junto com o Queen, ficou muito bem feito.

      Excluir
  6. Essa é da série "Se Elvis tivesse ficado vivo mais alguns anos e cantado algumas músicas muito legais que só foram compostas depois da morte dele" rsrsrs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade, mas o legal dessa é que realmente foi composta e cantada em homenagem e ele, por um cantor quase igual e ele termos de dominar plateias. O Fred Mercury com essa música, apesar de quase caricata no seu vídeo clip oficial, mostra um profundo respeito pela genialidade do Elvis.

      Excluir