Bom western. Em um pequeno vilarejo chamado Arbonville, chega um estranho, um cowboy. Interpretado pelo ator Jock Mahoney, ele não diz a que veio, apenas anda pelas ruas da cidade que parece deserta. Somente a adolescente Jody (Luana Patten) aparece para trocar poucas e tímidas palavras com ele. Segundo a garota a cidade está sem ninguém porque todos estão trabalhando em um poço de petróleo localizado em um pequeno rancho próximo. O estranho cavaleiro resolve ir até lá para dar uma olhada. A propriedade pertencia a um velho índio, que desapareceu sem deixar vestígios. Com isso as pontas soltas começam a fazer sentido. O petróleo, os gananciosos membros da comunidade por lá, tudo vai se encaixando. Provavelmente os moradores assassinaram o velho nativo para colocar as mãos na fazenda, sonhando fazer fortuna com o ouro negro que jorra de suas terras.
Jock Mahoney era um sujeito alto, esbelto, com boa presença de cena. Ele nunca chegou ao primeiro time de astros de western em sua época, mas era um bom ator, muito eficiente para esse tipo de produção. Luana Patten era linda. Uma adolescente com rosto de anjo que fez muito sucesso entre o público teen. Descoberta ainda na infância pelos estúdios Disney, ela aqui tinha um de seus primeiros papéis na fase em que tinha se transformado numa verdadeira "teen angel". O roteiro do filme é muito bom, centrado mais no aspecto psicológico do que meramente na ação, na troca de tiros. O desfecho da trama também me deixou muito satisfeito. Um faroeste que era para ser mais um filme B da Universal Pictures, mas que acabou se tornando mesmo um western classe A da do estúdio.
A Desforra do Estranho (Joe Dakota, Estados Unidos, 1957) Direção: Richard Bartlett / Roteiro: Norman Jolley, William Talman / Elenco: Jock Mahoney, Luana Patten, Charles McGraw / Sinopse: Cowboy errante chega em um pequeno vilarejo do Arizona e lá descobre que um velho nativo simplesmente desapareceu, pois seu pequeno rancho se tornou alvo de cobiça dos moradores locais após a descoberta de petróleo em suas terras.
Pablo Aluísio.
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